26 outubro 2009

20 ANOS

E pronto!
Terminou mais um Encontro.
Não, não foi um Encontro banal. Foi um Encontro maior, com 20 anos de idade.
Só isso seria suficiente para nos congratularmos. Como sempre a Direcção do mesmo, esmerou-se e ultrapassou-se para que todos tivessemos um fim de semana feliz.
O objectivo nunca conseguido por ninguém, era de que toda a gente gostasse de tudo e se sentisse bem.
Infelizmente a tarefa de agradar a todos é impossível. No entanto no computo geral, foi fantástico ( opinião pessoal, óbviamente). Houve prendas a rodos e só quem está por dentro sabe o trabalho e o dinheiro envolvido. Houve fados inesquecíveis, na voz e nas guitarras da nova geração coimbrã.
A cereja em cima do bolo, chama-se Fernando Dacosta. Homem simples na aparência, que nos fez uma conferência memorável sobre o nosso passado comum e que traçou pistas para o futuro. Tive oportunidade em amena cavaqueira, de lhe dizer que não concordava totalmente com tudo o que disse, mas não posso deixar de dizer que foi absolutamente magistral. No fim, ainda tive que ouvir o meu grande amigo Sampaio dizer-me: toma e embrulha. Pois que assim seja.
Finalmente, apenas quero agradecer penhoradamente, pela parte que me toca, à Organização. Foram inexcedíveis.
Grande abraço
Henrique

5 comentários:

Anónimo disse...

Sou uma jovem que não nasceu no cubal, mas tenho sangue cubalense.
Em relação ao encontro, o próprio convívio com as pessoas foi muito agradável, como sempre! No entanto, achei que algumas situações se encontravam fora do contexto africano, tais como o fado. Em relação ao discurso memorável do Sr. Fernando Dacosta, achei que foi demasiado massador, pois uns bons 15 minutos seriam suficientes.
Não posso deixar de falar da animação. O grande Belito Campos que todos esperavam que nos animasse, nada se compara com o Grande conjunto do Boto. E aqui sim, houve uma grande animação.
Compreendo perfeitamente todo o trabalho que este tipo de evento proporciona. E como disse, não é fácil agradar a todos, mas na minha opinião não posso dizer que foi fantástico.
Beijos
Céline Lopes

Unknown disse...

Como Cubalense e antiga estudante do Cubal, não posso comungar com a opinião do Henrique Faria.
O convívio não foi o mesmo e passo a explicar porque o digo:
A recepção (quanto a mim, não foi feita com o "calor humano" dos outros anos.
No Porto de Honra, (que em princípio deveria ser para TODOS poderem dar largas à alegria do reencontro convivendo em amena cavaqueira), deram-nos fado de Coimbra (que também me parece fora de contexto, pois não foi nunca, tradição Cubalense!). Não gostei que estivessem a mandar calar,,,Sim! Calar!!!! Literalmente isso!...
As pessoas ainda estavam a chegar e nem se tinham apercebido do que estava a acontecer ali...
Vi e ouvi muita gente descontente com esse facto, e cá fora ouvi alguns antigos estudantes do Cubal que terminaram os seus estudos em Coimbra a partilharem o mesmo que aqui falo, dizendo que não era ali, naquele dia, que os fados de Coimbra caberiam.
No que respeita ao jantar, durante 4 anos as anteriores Organizações, habituaram-nos a ver um salão "enfeitado" e com um "toque" feminino e africano, este ano, nada disso aconteceu, tudo muito impessoal, e desculpem-me, mas os olhos também comem e todos gostamos de estar a jantar num local onde há uma bela decoração e essa decoração, pode até ser simples, como o fizeram as anteriores Organizações (não posso deixar de referir o gesto bonito no ano em que o grupo do Géo, Álvaro e Vieira, ofereceu uma flor às senhoras presentes, e nos últimos 2 anos a amabilidade e simpatia das três CUBALENSES: São Múrias, Isabel Duarte e Anabela Borges!...) simples todas estas Organizações, e agradaram à maioria!
Quanto ao Sr. Fernando Dacosta, é realmente uma figura das letras notável, mas novamente fora de contexto para aquele dia, e pior, uma palestra que se alongou em demasia e com alguns pontos muito controversos e com os quais, não concordo em absoluto!
Por fim, a animação:
Mais uma vez, as minhas expectativas foram goradas, pois os Kizband apresentaram um reportório extremamente fraco fizeram intervalos muito longos, onde nem música puseram para as pessoas continuarem a dançar, o que julgo ser um direito que nos assiste, (como o GRANDE TRIO ÁFRIKA, DO NOSSO QUERIDO BOTTO, NOS HABITUOU), para não falar no nosso conterrâneo Belito Campos que nos "brindou" com meia dúzia de canções em Play Back...
Os 20º Aniversário do Encontro dos Antigos Estudantes do Cubal, até pela sua longevidade e por toda a carga emocional que carrega, e todos os que se deslocaram para o festejar, mereciam algo que nos lembrasse o "NOSSO CUBAL", ÁFRICA, e toda uma simplicidade que, (na minha opinião pessoal), é uma das maiores riquezas que nós os chamados "Retornados" herdamos e que não precisamos mostrar que somos mais ou menos intelectuais, num dia que apenas devia servir, para nos sentirmos novamente crianças, (como dizia no seu discurso em 2007, a Susana Faria):

«E, já agora, qual é o filho que não gosta de ver o pai ser criança outra vez? Aqui, vejo o meu pai transformar-se. Imagino que, como ele, vocês deixem todos os problemas, todas as preocupações e todos os anos que já passaram, lá fora.

Consigo imaginar que, de um momento para o outro, a piscina ali ao lado se transforma subitamente no rio Cubal se um de vocês lá mergulha, ou então que o campeonato de matraquilhos adquire proporções de uma competição vital, ou ainda que a festa desta noite se torna no baile o Clube do Ferrovia...

Imagino por isso que, como o meu pai, vocês necessitem desesperadamente deste encontro para sobreviverem o resto do ano, até ao próximo.»

Eu necessito sim, deseperadamente, sei também que não é fácil agradar a todos, mas pelo que me apercebi, este ano, não agradou a muitos!
Espero que para o ano se repense com outra sensibilidade no NOSSO ENCONTRO!

Um abraço.
Mimi Fraga

GED disse...

Longe de mim, abrir uma guerra por tão pouco. Além do mais sou absolutamente a favor da liberdade de expressão. Apenas me apraz dizer que o texto que escrevi reflecte apenas a minha opinião pessoal.
No entanto convem relembrar alguns factos. Durante a tarde tentou-se ensaiar algo de diferente, a pensar precisamente em toda a gente que está horas sem fazer nada. Aparentemente não resultou para muitos, mas a verdade é que foi a pensar em todos, que se tentou preencher parte da tarde. A Mimi que me desculpe, mas sejam fados de Coimbra ou o Quim Barreiros, deve-se concorde ou não, ouvir em silêncio e, já agora ninguém mandou calar ninguém.
Quanto ao Fernando Dacosta, apena tenho a dizer que gostei muito, mas se não tivesse gostado, teria na mesma ouvido com toda a atenção.
Mais uma vez, o convite foi feito a pensar em todos e no momento especial que estavamos a passar. Pena que não tenha sido do agrado de todos.
Óbviamente que não estou a responder pela Organização, apenas por mim e devido ao facto de um texto meu estar a ser comentado.
Num ponto estou totalmente de acordo.
O próximo Encontro terá que ser muito bem repensado, com a certeza absoluta de que não irá agradar a todos.
Grande abraço
Henrique

Unknown disse...

Caro Henrique, também eu, longe de mim ,estar neste Blog que me é tão querido que me merece todo o respeito, assim como,o seu fundador o Ruca, um CUBALENSE que tem proporcionado tantas alegrias aos ex-residentes da NOSSA cidade do CUBAL!
Quanto ao Henrique dar-me, ou tentar dar lições de como se deve estar...aí acho que se excedeu!

TENHO MUITO ORGULHO NA EDUCAÇÃO QUE OS MEUS PAIS ME DERAM E SEI ESTAR EM TODOS OS LOCAIS E EM TODAS AS SITUAÇÕES COM EDUCAÇÃO E DIGNINADE!
E já agora também lhe posso adiantar, que não é a 1ª vez que oiço Fado de Coimbra, nem é a primeira vez que vou a palestras sobre Angola e outros temas! Só que cada coisa na sua altura (continuo com a minha opinião pessoal).
Quanto à comparação com Quim Bareiros....pois aí é que está: a ouvir Quim Barreiros, as pessoas brincam, dançam, riem e PODEM FALAR Á VONTADE!!!
Em relação às horas em que as pessoas nos anteriores anos passavam sem ter nada para fazer, mais uma vez discordo e relembro, que houve SEMPRE actividades desde: (Futebol nos 1ºs anos, e depois os famosos campeonatos de matraquilhos e ping-pong, tiro ao alvo e o ano passado o Torneio de Tchifuta, que foi mais uma mamneira de relembrar a nossa infância!).
O resto do tempo, as pessoas ocupavam-no da maneira que também é um dos MOTIVOS MAIORES que as leva TODOS OS ANOS aos ENCONTROS: CONVÍVIO, REENCONTRO, CONVERSAR, RELEMBRAR MOMENTOS DA NOSSA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA, PASSADAS NAQUELA TERRA MARAVILHOSA! (AQUI TAMBÉM A MINHA OPINIÃO PESSOAL, APENAS E SÓ!).

E por fim, dizer que temos que aceitar as críticas, para tentar melhorar! Por certo, as anteriores Organizações também as ouviram (não havia ainda era o Blog e talvez as tivessem ouvido, até de uma forma bem menos construtiva e educada!).

Não querendo que estes meus comentários pareçam MÁ FÉ OU MÁ VONTADE para com a Organização do 20º Encontro dos Antigos Estudantes do Cubal, dou por encerrada a minha participação neste post!
Um abraço.
Mimi Fraga.

GED disse...

Minha amiga
Não era suposto, que isto enveredasse por este caminho. Nem estava para responder, pois um dos meus pilares é o direito de cada um se expressar.
No entanto quis fazê-lo de uma forma amigável, mas como sempre a lingua portuguesa é traiçoeira, mais a mais quando as pessoas não se podem olhar.
Seja como for, no meu horizonte permanente, está sempre aquilo que os meus pais de mais valioso me diexaram. Uma quantidade enorme de irmãos, que eu quero a todo o custo manter. É também por isso, que eu nunca ponho defeitos em nada que seja feito para estarmos juntos. Continuo a achar que foi fantástico o Encontro e que tirei dele tudo o que queria. Continuo a achar que esta organização fez tudo o que pode e mais ainda, para nos tornar felizes. Discordo em absoluto, da dureza de algumas opiniões, numa altura em que temos que ser mais tolerantes.
Já agora ( e garanto que ninguém me mandatou para tal), quero dizer-te que a informação que me deram, foi de que o Boto não tinha ido tocar, porque quando contactado, já não tinha lugar na agenda para nós. Como vês, nem tudo o que parece é!
Concordo contigo.
Encerremos isto, de forma tradicionalmente cubalense.
Com muita amizade.
Henrique