26 outubro 2011

Eventos cubalenses II


Na imagem, que me deixou muito feliz e com muitas saudades, para além do Sr. Vilares, do jovem militar que não me lembro como se chama, do Júlio, parece ele lá bem ao fundo, parcialmente cortado, e da Elga ou Letinha a receber um diploma ou algo similar da mão de Leonel Teixeira Neves, professor de muitos jovens, no Cubal, hoje com idades compreendidas entre os 45 e 55, vizinho da Celeste e do Vitor Alves, que morava do mesmo lado da rua, um pouco mais acima, meu pai.
Abraços

Eventos cubalenses


Conheço alguns miúdos..
Vamos identificar?

25 outubro 2011

Sala de aulas da Escola Ind. Com. D. João II - Cubal, com o Prof. Victor Martins

Olá Ruca. descobri esta...
foi tirada para ser enviada para Luanda,
Ministério da Educação da altura.
Enfim, tirando o prof. (eu...) pode ser que alguém se reconheça.
Um abraço.
Victor Martins
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Alguém consegue identificar os atentos alunos nas aulas de electrotecnia  E.I.C. D. João II, com o Prof. Victor Martins? 
Neste local eram as oficinas e laboratórios de electricidade?
Ruca

24 outubro 2011

Jovens cubalenses

 Vamos identificar? Lá em baixo nos comentários.
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Imagens Cedidas pela Elga e Letinha e remetidas para o nosso blogue pela Helena Carvalho

Serviço público cubalense


Olá Ruca!
Gostaria de receber o Email da Mirecas filha do Sr. Valentim e também do Gi Vilares.
Um grande abraço.

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Caro Rui,
Já entrei em contacto com o Gi Vilares que irá escrever-te. Quanto à Mirecas, não tenho qualquer informação da mesma. Pode ser que algum amigo nos forneça alguma informação.
Pede-se a quem souber informações as faça chegar.
Abraço
Ruca

Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - Prof Victor Martins

Olá Caro amigo. 
Como curiosidade, somente... terminei um texto com histórias ficcionadas, com "partidas" do Cubal. Uma parte. Histórias de caça mal sucedidas... As que nos fazem arrancar um sorriso ou uma gargalhada, mas, aqui o interessante também, algum quotidiano da nossa cidade... Histórias sobre o "Rebuge", que me perdoe, mas sem querer magoar ninguém, histórias do Valentim... Aquela da chegada dele do puto, a Benguela, em casa do cunhado, aquela em que o Valentim deu o Broklaxe que comprou ao Borges da farmácia aos funcionários na obra... A do esquentador no Sousa, com o bilhete do Rebuge... enfim... Os protagonistas são o Borges da oficina, eu, claro, o Franklin, o Matos, o meu colega Carvalho, da escola... Bom, muitas histórias são ficção, com fundos de verdade, porque aconteceram. Dado a que não me conformei com a nossa saída... Só agora fiz o meu exorcismo através deste texto com cerca de 200 páginas, em A4. Estou a fazer uma ronda pelas editoras, mas... Já tenho sorrido com as propostas de muitas editoras de vão de escada. Pretendem que o autor "pague literalmente" a edição... E muito mais... enfim... Enviei esse texto, inédito é claro, para muitos, mas para outros não o será, porque conheceram os protagonistas das histórias, mas dado a que entrei em quase tudo... "Salvo-seja"... Reservei-me ao direito de escrever estas memórias, mas que, repito, são de todos nós, os Cubalenses. São dois os contadores de histórias: António Conguluila e Carlos Calequisse. É uma homenagem que faço, uma, a um aluno do nosso Cubal, outro nome a um amigo que esteve comigo na pensão Bimbe em Nova Lisboa. Mas, no fundo, é claro... É este teu amigo, com saudades de tudo aquilo... Vou publicando algumas no meu site, o www.alemdosvidros.com Outras histórias têm a ver com a minha estadia em Serpa Pinto, em Sá da Bandeira e em Nova Lisboa. Muitas intimidades também estão por lá... Vamos ver o que se consegue. Entretanto, dado tratar-se de "literatura"... "Ai-ué"... Angolana, com muito termos pertencentes a vários dialectos, com a explicação devida do seu significado em rodapé, concorreu ao prémio Marquês de Valle-Flor para este ano. O resultado será divulgado no princípio do ano que vem... Claro que não tenho pretensões nenhumas... Mas é só para se saber que estou com a nossa gente ao ponto de ter escrito estas memórias, com histórias... Do "arco-da-velha". Afectos ao fim e ao cabo. Para que conste. 
Um abração do Victor Martins

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Publico estas notas curiosas do Prof. Victor Martins, que nos ajudam também a conhecê-lo melhor e às suas outras facetas.
Ao Victor, aqui deixo publicamente o convite para enriquecer este nosso espaço com os seus testemunhos cubalenses ou outros. Já enviei o convite para ser autor do nosso blogue. Espero que aceite o mesmo.
Quanto à publicação do livro, deparei-me com o mesmo problema quanto pensei e tentei publicar um livros sobre o Cubal e seus testemunhos.  O Projecto continua em pé, esperando um dia ter o tempo disponível (que bem tão precioso e tão escasso) e que me tem faltado.
Ao Victor Martins, aqui deixo esta solução/sugestão a ter em conta e em alternativa às Editoras que exigem ao autor o pagamento da Edição: Veja aqui  e neste link um um exemplo
Abraço e apareça sempre!
Ruca

23 outubro 2011

Cubalenses

Vamos identificar estas caras amigas conhecidas.
Façam os V. comentários.

Homenagem ao basquete, às basquetebolistas e corpo técnico feminino cubalense

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Prevejo alguma alegria e emoção cubalense, alí para os lados do Lobito.
Estarei enganado Celeste e Victor Alves?
Ruca
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Ruca
Envio algumas fotos gentilmente cedidas pela Elga e Letinha
Helena Carvalho
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Obrigado à Elga e Letinha pela cedência das imagens, bem como à Helena Carvalho que, com mais esta sua excelente colaboração ao enviar as mesmas, permitem a partilha destes (e dos outros que virão a seguir) belos testemunhos pela comunidade cubalense espalhada pelo Mundo.
Obrigado uma saudação especial.
Ruca

RECORDAÇÕES DOS BONS VELHOS TEMPOS NO CUBAL, por Fernanda Valadas


 Clube Beneficente e Recreativo do Cubal
Tema:- Cinema e seus envolvimentos
1ªParte
Anos 50/60

ÀS 4ªs e sábados todas as tardes uma carrinha com uma grande campânula percorria as ruas do Cubal anunciando o filme da noite, através da voz do Bibito Guerra, acompanhado dos últimos sucessos musicais da época, rock and roll.
Após o almoço, era grande a azáfama em minha casa, já que éramos uma família grande e tínhamos de cuidar das toilettes. Passava-se a roupa a ferro (de carvão), punha-se goma nos saiotes e laçarotes (água com farinha de trigo), engraxavam-se os sapatos (de verniz com azeite e os brancos com Blanco), vincavam-se as calças do meu pai e irmãos, punham-se as palhetas nos colarinhos das camisas, limpavam-se os casacos de fazenda com café. Depois de tudo pronto, estendiam-se as roupas nas camas respectivas para serem usadas na devida altura.
Jantava-se mais cedo e depois, cada um ia preparar-se para a grande sessão.
Eu e a Anita éramos despachadas em primeiro lugar. As minhas irmãs Olga e Lisete penteavam-nos e punham-nos uns laçarotes no cabelo com 6 ou 7 cm de largura, cheios de goma que na cabeça mais pareciam umas borboletas gigantes. Diga-se de passagem, que nunca gostei muito desses atavios, mas, naquele tempo, o regime era: come e cala!
A Olga e a Lisete levavam mais tempo nos seus preparativos. Ripavam o cabelo para poderem fazer grandes poupas e para isso usavam água e limão para as mesmas ficarem bem firmes. Punham pó de arroz, rouge, creme Pound's, batom e no fim o perfume muito em voga, Tabu.
Tudo pronto, havia ainda que por uns cintos muitos largos que eram apertados ao máximo para fazerem uma cinturinha o mais estreita possível.
Todos estes preparativos levavam o seu tempo e o meu pai impaciente a espera no portão.
A sessão começava as 21 horas, ia-se sempre com antecedência por causa das praxes.

Quando se chegava ao clube, já os rapazes estavam no cimo da escadaria em alegres cavaqueiras, mas sempre atentos a chegada das suas eleitas. Naquele tempo, um a simples troca de olhares era uma grande emoção e felicidade.
Os homens levavam as mulheres aos seus lugares dentro da sala, sem que antes o Alexandrino cortasse os bilhetes, saiam e iam para o salão jogar bilhar, "ping pong", beber uma cerveja ou fumar. As senhoras, dentro da sala, saiam dos seus lugares e iam ter umas com as outras e aproveitavam aquele tempinho para porem a conversa em dia.
Nós, as crianças, entravamos com os nossos pais, mas depressa nos escapávamos e íamos para fora jogar as escondidas ou ao "canhe", ou então andar num celebre baloiço que o Zé Lemos tinha feito numa acácia em frente ao clube.

Às 21 horas começava a sessão.

2ª Parte
O CINEMA

Tal como o meu pai, havia um certo número de pessoas que tinham lugar cativo, o que equivale a dizer que existiam um determinado grupo de crianças e jovens que marcavam presença em todas as sessões. Crianças até 12 anos não pagavam" bilhete".
Vou fazer uso da minha memória fim de enumerar o nome das crianças que, salvo raras excepções, não faltavam a uma sessão.
Anabela e Zé Simões, Graça Gouveia, Dália Botelho, Olga Santos, Palmira, Maria Sampaio, Céu Canais, Ana Maria Paulista, Gaby Ferreira, Teresa Mota, Anita e Nanda Valadas, Henrique Faria, Carlos e Silvério Falcão, Zé e Quim Queirós, Zé Lemos, Chico Valadas, Hernâni Cabral, Fernando Alexandre, Luís e Cabolas, Vítor (hotel) e Vítor (algarvio), Canais, Armando Ferreira, Necas e Carlos Abreu, e… outros mais que não recordo de momento.
A sala era composta por cadeiras de madeira todas ligadas umas as outras e a frente duas idas de bancos corridos de cada lado da coxia. O lado direito era destinado aos rapazes e o esquerdo as raparigas - não haviam misturas, homens eram homens e mulheres eram mulheres- cada um no seu canto...
Naquele tempo, as habituais tinham o seu lugar marcado e se a sala ficava superlotada, os não habituais
Sentavam-se no chão, onde por sinal dormiam grandes sonecas por não estarem habituados aquela rotina.
A sessão abria com "bonecos animados", O Sr. Pitosga, Tom e Jerry, Bugs Bunny, para nossa tristeza eram apenas 5 ou 10 minutos. Seguidamente vinha um documentário, umas vezes interessante, outros aborrecidos, para nas crianças, claro!
Completo delírio eram os três estarolas. Ai sim! Toda a sala vibrava com gargalhadas hilariantes.
Para nos, filmes bons, eram aqueles em que o "artista" matava todos e nunca morria, tais como: Índios e cow boys-Randolph Scott, John Wayne, Gary Cooper.Espadachins- Zorro, Errol Flyn, Tyrone Power.Tarzan, Cantinflas, Fernandel, Sissi e posteriormente filmes bíblicos, tais com Os 10 Mandamentos, Ben Hur,etc.. Quando o filme não nos interessava, tínhamos duas alternativas, ou dormíamos nos bancos ou íamos lá para fora brincar.

3ª Parte
O BALOIÇO

O Zé Lemos teve a ideia de fazer um baloiço numa acácia que havia em frente ao clube velho.
Só que não era um baloiço convencional, eu explico:
-Ele, Zé Lemos, arranjou duas cordas de sisal das mais grossas e amarrou-as a uma pernada da acácia a distância de 1,5/2 metros uma da outra. A fazer de assento, pôs um pau de bambu dos mais grossos. Como sabem o bambu tem uma superfície demasiado lisa, para além de ser cilíndrico.
Como já frisei anteriormente, nos intervalos dos filmes ou quando achávamos que o mesmo era um "barrete" íamos lá para fora brincar.
Naquele tempo a primazia era ainda das meninas e, como tal, nos éramos as primeiras a saltar para o baloiço e eles tratavam de nos empurrar. Até ai, tudo bem!
Conseguíamo-nos sentar cinco ou seis, tal era o comprimento do mesmo. As que ficavam nos extremos, agarravam-se as cordas, as outras agarravam-se umas as outras.
Quando nos começavam a empurrar e o balanço já era grande, ai começava o festival do desequilíbrio...as do meio escorregavam, agarravam-se as companheiras do lado que por sua vez também se desequilibravam e acabávamos por ficar penduradas pelas articulações das pernas, tipo trapezista, e com as mãos a segurar o pau de bambu, já que os nossos apoios dos lados não nos serviam de nada. Ficávamos com o rabo todo para baixo e os rapazes continuavam sempre a dar cada vez mais balanço e o resultado eram tombos valentes com algumas esfoladelas mas, nem isso nos fazia desistir, o que queríamos era andar.
Um certo dia, para grande tristeza de todos, o baloiço já lá não estava, foi retirado.
Pelo que vim a saber depois, começaram a surgir vozes de protesto de alguns pais, cujos filhos apareciam com arranhões e esfoladelas, portanto, era uma diversão perigosa.
Tiraram-nos uma das melhores diversões, hoje reconheço que com toda a razão, mas quando me recordo ainda sinto vontade de rir pelas situações cómicas que o dito baloiço nos proporcionava.

4ª Parte 

O DESAPARECIMENTO MISTERIOSO

Certo dia, o filme que projectavam era demasiado monótono, sem acção, compondo-se apenas de diálogos, e já se sabe, para crianças isso não dá!
Eu, a minha irmã Anita, a Anabela Simões, a Graça Gouveia e a Maria Sampaio, nesse dia, éramos as únicas meninas espectadoras, a sala estava vazia.
Após o 2 intervalo, e como o filme estava a ser um grande "barrete" para nos, uma a uma fomo-nos deitando nas fiadas das cadeiras e adormecemos profundamente.
O filme terminou e todo mundo saiu, incluindo os nossos pais pois não nos vendo nos bancos pensaram que estávamos lá fora a brincar como tantas vezes acontecia.
Ao chegarem lá fora, as meninas não estavam lá e então começaram a perguntar as pessoas que ali estavam, só que a resposta era negativa. Pergunta aqui, pergunta ali, começou-se a gerar pânico e como e natural, todo o mundo começou a procurar-nos a volta do clube. Chamavam por nós mas...qual quê? Lá dentro não se ouvia e nos estávamos na 3a dimensão do sono.
A certa altura a Maria Sampaio acordou e ficou espantada por sermos as únicas pessoas dentro do salão e estando o mesmo a media luz. Acordou-nos a todas e o nosso  espanto também era grande. Não compreendíamos nada do que se estava a passar!
As páginas tantas, surge a mãe da Graça Gouveia, lá em cima no palco, onde ficava a máquina de projectar e, mal nos viu, sem que nada nos dissesse, saiu a correr lá para fora. Ai, ainda ficamos mais confusas, mal sabendo nos que a senhora foi a correr avisar os outros do nosso aparecimento.
Tudo isto durou cerca de 30/40 minutos após o término do filme. Calculem a preocupação dos nossos pais.
Apesar de não termos cometido nenhuma falta, não nos foram poupados alguns ralhetes com a ameaça de que nunca mais nos levariam ao cinema.
Na próxima sessão lá estávamos de novo, pois tudo tinha sido esquecido

5ª e última Parte

UM SOM DESLOCADO

Grande concentração no filme. Sala cheia. Silencio absoluto.
Alguém, confiado no controlo dos seus gases intestinais, achou que podia dominar "aquele" que a viva força queria vir para a rua. Entreabriu-lhe a porta para que "ele" saísse silencioso. Mas...qual quê?
O dito cujo tinha estado tão oprimido, que, quando viu a porta da liberdade ali mesmo em frente, abriu as goelas e deu um berro tão alto que ecoou por toda a sala.
Gargalhada geral, risos convulsivos.
Houve-se uma voz:
-Oh Valadas, o que foi isso?!!!!
-Valadas:
-Oh Valentim, não tentes disfarçar!
Gargalhadas redobradas.
De repente, ouve-se lá atrás uma voz:
-Esse não pagou renda. Foi despejado!...
As gargalhadas subiram de tom. Já ninguém dava atenção ao filme.
Do lado de fora quase se jurava que se estava a assistir a uma comédia hilariante.
Ficou-se na dúvida. Quem foi o autor? Valadas ou Valentim?

Lá no assento eterno onde te encontras, perdoa-me meu pai, mas fiquei sempre com a desconfiança de que foste tu.

Termina aqui o ciclo do cinema e seus envolvimentos.


20 outubro 2011

Notícias de cubalenses e amigos do Cubal -António Peixoto Baptista

TONI NO KARTODROMO



Caro Ruca boa noite,
Primeiramente muito obrigado pela publicação das fotos no Blog. Creio ter contribuído para que muitas pessoas revivam momentos agradáveis e inesquecíveis, bem como relembrem entes queridos que o destino há muito os separou. ...
(...)Diz ao teu avô Flórido que sou filho do Alberto Baptista da Chimbasse e da Elisa de quem ele era muito amigo. 
Aliás fiquei super emocionado ao vê-lo com 99 anos, rijo e lúcido.
Dê-lhe um grande abraço.
Para ti também um abraço fraterno do amigo,
Toni Peixoto Baptista

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Caro Toni,
Aqui fica o meu agradecimento pela tua colaboração e palavras amigas, também  para o meu querido avô Flórido. Aparece sempre.
Forte abraço com amizade
Ruca

Nas Fazendas do Chimbasse e Elisa

Pai Alberto em 1968  na Chimbasse Cubal
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Pai Alberto em 1968 e na Chimbasse Cubal
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Pai Allberto, Toni, Carlos, Mario na Fazenda Elisa
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Testemunhos cubalenses do António Peixoto Baptista

Mãe, tias Alice, Dalcina e Gracinda no Cubal 
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Meus pais e irmãos
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Pai Alberto, mãe Maria, Toni e Carlos no Cubal
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Pais e tios
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Pais padrinhos do casamento...
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Pais padrinhos irmã Fátima Cubal
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Casamanto dos tios Américo e Celeste no Cubal
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Tios e pais no Cubal
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Tios e pais no Cubal
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Mão Maria, Amândio Pinto, esposa, Toni e Carlos
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Mãe, tias Alice, Dalcina e Gracinda no Cubal
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18 outubro 2011

Oração de Sapiência, por André Querido (*)


Oração de Sapiência

Vários Encontros
Ao longo de muitos anos
Cubal no coração
É por isso que celebramos
E partilhamos
Todas as boas memórias
Convivendo alegremente
Contando várias histórias
Sobre aquilo que amamos
Sobre aquilo que vivemos
Pensando no Cubal
Só aí é que percebemos
Que faz parte da nossa alma
E também do nosso Ser
Marcados pelos sabores
Que Angola conseguia oferecer
Momentos únicos
Que eu gostava de ter vivido
E as coisas boas de que falam
Também ter sentido
Andar descalço
Provar frutos tropicais
Sentir a chuva quente
Apreciar belos animais
Ver o pôr-do-sol
A preencher o horizonte
Andar no capim
Ver as queimadas ao longe
Comer uma manga
Deixar o sumo escorrer
Observar as fazendas
E o sisal a crescer
O comboio cama couve
 A transbordar de pessoal
Chegava sempre a horas
À estação do Cubal
Cubal de nascimento
Cubal de coração
A terra a que chamamos
Terra da perfeição
E para acabar
Uma salva de palmas para a organização


André Querido (*)
Aguieira, 2011

(*)Oração de sapiência que o sobrinho da Diny Querido, o  André, de 15 anos, escreveu e leu no 22º Encontro na Aguieira

15 outubro 2011