26 maio 2015

Cubal, por Joaquim Flórido

CUBAL

Cinco letras perfiladas
De criança transformadas
Num amor sentimental
São no mapa um pontinho
Muito muito pequenino
O nosso querido Cubal

Terra longínqua bastante
Uma lembrança constante
Situada além do mar
Quem lá viveu ou nasceu
Nesse cantinho do céu
Terá sempre que te amar

Do Cubal quando eu menino
Tu ainda pequenino
Só me resta a saudade
Tão longe no tempo é presente
Viverei eternamente
Revendo-me nessa idade

Foi terra de todos nós
Sem raças, credos ou voz
Em consonância total
Realço com jactância
A minha feliz infância
Nessa vivência rural

É dever do Cubalense
Ter no presente e pra sempre
Gratidão e não esquecer
Por tudo quanto lhe demos
Mas muito mais recebemos
Na bênção de lá viver

Lembro pessoas de bem
Que ali viveram também
O seu exemplo foi escola
De quem segui a conduta
No viver e na labuta
Pela minha vida fora

Terra de sublime encanto
Por quem és te quero tanto
Sofro, só por te não ver
Serei grato eternamente
Pago simbolicamente
Pensando em ti ao morrer

Mas polvilho de esperança
A minha perseverança
Um dia poder voltar
É talvez sim, ilusão
Ou desmedida ambição
Esse dia há de chegar...
Se a crença não for cumprida
Partirei triste na vida
Até morto, hei-de chorar!

Por: Joaquim Flórido

09 maio 2015

Curiosidades cubalenses



O nosso blogue. Tem valido a pena.

Cubal - Angola - Terra amada !                
                                               

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06 maio 2015

Fernanda e Helena (manas Vasconcelos)


Quem ajuda o Leo (reinhard jerschke) a encontrar os manos Oliveira? ( o pai era o Jaime do Cinema)

Olá ruca  eu vivo na  Alemanha e também sou do cubal. Eu sou do alto cubal uma fazenda de sisal. Tenho um grande pedido:  estou á procura de uns amigos meus não sei se você me podes ajudar de encontrar esses amigos. Chama-se Jorge,  Carlos e Marlene de Oliveira  também  viveram na fazenda, e andavam na escola no Cubal. Agora devem estar entre 54 e 59 anos de idade. Desculpa o meu portugues e os meus erros. Eu ia ser muito feliz se você  podias encontrar esses amigos.  Muito obrigado e um abraço de um cubalense  ( leo) reinhard jerschke.


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Caro amigo Leo. Espero que esteja tudo bem consigo. Estamos a falar dos filhos do Jaime de Oliveira que também nos deliciava com projeções de filmes , não é verdade? Eu não tenho o contacto deles. Sei que antes do pai deles falecer, moravam em Almeirim perto de Santarém. Se estiveres de acordo eu coloco o apelo no blogue e aqui no Facebook. Achas bem? Pode ser que alguém tenha o contacto deles, ou eles próprios apareçam. Recebe um abraço .
ruca

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caro amigo ruca. e' uma ideia muinto boa, estou de acordo colocar a mensagem no blogue e facebook. por agora muinto obrigado e um abraco do amigo leo.

04 maio 2015

Cubalenses, por Fernanda Vasconcelos

Na foto estou eu (Fernanda Vasconcelos) do lado esquerdo, a minha irmã Helena, à direita e a Gabi Ferreira no meio. Nós, somos conhecidas como manas Vasconcelos. Gostaria mt de ter notícias desta amiga e, outrora, vizinha no Cubal.

Cubal e cubalenses (2), por Eva Barata

1 -Eva Barata e amigos (quem identifica)

2

3 -Um pic nic no Cubal.A minha mãe ,Madalena Barata é  a 2ª senhora à esquerda.

4 -O Sr. encostado ao jipe é meu pai Rogério Barata gerente do Banco de Angola na altura

5

6 -Banco de Angola no Cubal
Por cima, a minha casa

Cubal e cubalenses, por Eva Barata

Eva Barata

Eva Barata e irmão_ (nome?)__________

Eva Barata

03 maio 2015

"Dia da Mãe" - À minha mãe Júlia

Ruca e mãe Júlia - Angola - Nova Lisboa / Huambo  anos 60

Mãe

Conheço a tua força, mãe, e a tua fragilidade.
Uma e outra têm a tua coragem, o teu alento vital.
Estou contigo mãe, no teu sonho permanente na tua esperança incerta
Estou contigo na tua simplicidade e nos teus gestos generosos.
Vejo-te menina e noiva, vejo-te mãe mulher de trabalho
Sempre frágil e forte. Quantos problemas enfrentaste,
Quantas aflições! Sempre uma força te erguia vertical,
sempre o alento da tua fé, o prodigioso alento
a que se chama Deus. Que existe porque tu o amas,
tu o desejas. Deus alimenta-te e inunda a tua fragilidade.
E assim estás no meio do amor como o centro da rosa.
Essa ânsia de amor de toda a tua vida é uma onda incandescente.
Com o teu amor humano e divino
quero fundir o diamante do fogo universal.

António Ramos Rosa, in 'Antologia Poética' 

02 maio 2015

"O Alves", por Bibito Guerra

O ALVES
 
Era de Benguela mas visitava frequentemente o Cubal.
Pai do nosso grande amigo Victor Alves de que todos se devem recordar não só por ter sido bancário no Cubal como também pela grande atividade desportiva e colaboração que prestou ao nosso Recreativo que graças ao dinamismo do Victor viu a sua equipe de futebol disputando o campeonato angolano.
Porém, era o Victor ainda criança quando certa noite a população do Cubal viu a sua rotina quebrada pelo barulho de um avião sobrevoando a povoação, melhor, uma avionete como se chamavam os pequenos monomotores de dois lugares.
Toda a gente saiu de casa, às pressas, para apreciar o inédito espetáculo.
O avião deu uma volta larga e retornou.  Desta vez, ao passar sobre a povoação, cortou o motor e de lá de cima se ouviu uma voz que gritava:
-          Mandem carros para o campo! Mandem carros para o campo!
O povo não acreditava no que ouvia tal era o espanto e, de novo, calando o motor à passagem, o mesmo apelo:
-          Mandem carros para o campo!
Saindo do estupor inicial causado pela surpresa, todos começaram a movimentar-se,  gritando sugestões,  tentando, enfim, colaborar na tentativa unânime de salvar o aflito piloto.
-          Lanternas! Vamos levar lanternas! Quem tem lanterna? – indagava um.
-          Qualquer coisa que dê luz. Archotes. Vamos fazer archotes. – aventava outro.
-          Vamos depressa. O homem está em dificuldade. – incentivava um terceiro.
-          Eu levo uma vela... -
-          Toquem o sino da Igreja...
A esta altura, a pequena povoação habitualmente pacata, era sacudida por um movimento frenético. Carros, (que não seriam mais de cinco naquela época);  vultos  munidos de lanternas de mão; outros, portando potentes farolins de caça; ainda outros, pelos lados do bairro dos ferroviários, com lanternas de cabeça, acessório obrigatório do equipamento profissional dos maquinistas; todos surgindo dos mais diversos pontos e movimentando-se rapidamente com o mesmo objectivo.
Ninguém se preocupou em tocar o sino da Igreja como foi sugerido nem foi necessário porque os ferroviários em serviço no depósito de máquinas, impedidos de colaborar, abriram as goelas das locomotivas ali estacionadas soltando seus estridentes apitos. Estranhas e imprevisíveis as rações humanas.
O inusitado movimento, a gritaria, os apitos, provocaram não só desmaios entre senhoras como também um violento ataque de riso a outra cujo nome não me ocorre, mas com a curiosa alcunha de “Pior”.
Finalmente, com o campo referenciado, o pequeno avião aterrissou por sobre alto capim e “bissapas” já que, por falta de demanda, não era capinado havia longos meses.
Todos acorreram curiosos para ver quem ajudaram a salvar e os gritos de alegria foram ainda maiores quando o piloto assomou e reconheceram nele o velho amigo Alves.
-          Estava quase sem gasolina. Se vocês atrasassem, eu teria aterrado mesmo  na rua  -  foi gritando, enquanto desembarcava, referindo-se com certeza à rua principal que era a única iluminada.
Foi um bom motivo para dali irem para o Hotel Central, único ponto social naquele tempo e ali vararem a noite bebendo e ouvindo o Alves contar a história pormenorizadamente e peripécias outras que passara pelos vastos céus da nossa Angola.
Afinal, havia que aproveitar pois ninguém sabia quando é que o Cubal teria outro caso que o tirasse da pacata rotina de pequena povoação.

Bibito Guerra
Salvador/Bahia/Brasil