![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUm6w3R_yH7cS_gOEeDa4gsCtD3drGr43ndeD7WODQXptiuO-aMtNkBk8CBL-2OB5tVC7zbHe74mZxDjLt2zA5gP-eTf_q3HvnrA3rYOlacknzyoTNZ9EYgaW5No7Qg6EVxUhHGN6D-rg/s320/O-LIVRO-cubal-pp-5.jpg)
Nobre nascimento aquele.
Ali bem de perto,
escutavam-se as notas
à passagem das águas
de lágrimas do Cubal. Que rio…
E foi ali
Hércules emprenhou
Dejanira.
E foi ali
que de nobre nascimento,
em terra cor de sangue
se fez povoado e cidade,
e foi ali,
que se verteram os corações
e se amontoaram paixões.
E, foi ali
que começou o mundo.
Por entre imbondeiros
e acácias que tudo começou.
Desde o silvo dos ventos
às trovoadas rancorosas
até ao parque da Vila e do Ferrovia.
E foi ali
que nos iniciámos,
na Hanha.
Ah Cubal ! Ah Cubal !
E o oráculo não mentiu
e a donzela foi sacrificada
pelo preço da vitória.
Em vez de Cubal deviam,
de nome ter-te dado de Macária.
Depois, de repente,
veio o feitiço
e tudo matou.
Os sonhos, as angústias,
as alegrias e os gritos
de meninos e meninas
inocentes.
Foi o feitiço foi.
Acabaram-se os Chinganjes
e os armazéns de sisal.
Morreu tudo.
Até a paixão.
A donzela foi sacrificada.
Necas
Parabéns por este poema tão bonito que nos faz sentir um arrepio tão profundo no corpo e na alma.
ResponderEliminarum abraço
Raúl e Júlia Gonçalves