Gigante preso em apertados laços,
Tronco rasgado em fissurados traços,
E de raizes mergulhando fundo.
Tem flores brancas, de um alvor profundo,
E longos frutos descorados, baços,
E os seus ramos semelhando braços,
Dizem raivosos um adeus ao mundo.
Como uma raça pecadora e má,
As suas flores não possuem já,
A força viva que germina o fruto.
É como um homem que já nada tem;
Perdeu seus filhos, sua esposa e mãe,
E arrasta em vida o seu próprio luto.
.
Cubal, 1962
Aurelino Faria.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoDxMmISpTRHIZzk3cb2HBD8sPzGub0c3LDiwpLuEB0X88L0FyoB2ZoeMa6nb1-nuORgCg7fJTeF8PJfwJuXsIew8w2MoRHhgokdJxc114g5ZgbjHC72okUcZqVdR53n36CdwEfsOlAPs/s280/O-LIVRO-cubal-pp-14.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkBdHSmdOk2m_jEGwiRf_gyaU90ZRHxQr0FQzUZbkL9TofDoVaPZgSs8RrTT4tHNgj9H2W_m4n1fyFQ1L5PL4qnVEDcD2JFQkCrFlIN4HqPiThGglywzW0KzwsW04iRHUCtJzBvXC2KO4/s280/O-LIVRO-cubal-pp-15.jpg)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo contributo/comentário que será publicado brevemente.NÃO TE ESQUEÇAS DE INSERIR O TEU NOME.Abraço
Ruca