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17 junho 2025

Camaradagem na caça: O Dr. Freitas de Oliveira e um grupo de Cubalenses em tempos idos


 Mário Paulo, José M. Cabral, Freitas de Oliveira, João Jorge Paulista, Fernandes, Cravo (maquinista CFB), Brito e Rodrigues. 
Obrigado a quem contribuiu na identificação - Ana Cristina Paulista, Celestino e Hernâni)


Com as generosas partilhas da família Freitas de Oliveira, continuamos a folhear o álbum de memórias do nosso Cubal. Hoje, deparamo-nos com uma imagem que, à primeira vista, nos transporta para um passado diferente, um tempo com outras perspetivas e costumes. A fotografia mostra o Dr. Freitas de Oliveira (terceiro da esquerda para dta)  e um grupo de cubalenses que partilhavam a paixão pela caça, exibindo com orgulho o resultado das suas jornadas.

É crucial olharmos para esta imagem através da lente da época em que foi captada. Nos "outros tempos", a caça desportiva era uma atividade comum, vista como um passatempo e um meio de convívio social, enquadrada por regras e hábitos então aceites. Esta fotografia é um reflexo desse contexto, de um lazer partilhado entre amigos, onde a camaradagem se forjava também nestas atividades ao ar livre.

Hoje, naturalmente, a nossa consciência sobre as questões animais e ambientais é muito mais apurada. A valorização da biodiversidade, a preocupação com a sustentabilidade e o bem-estar animal são pilares de uma mentalidade que evoluiu significativamente. Ao observarmos esta imagem, fazemos uma ponte entre o passado e o presente, reconhecendo que os valores e as prioridades da sociedade se transformam.

No entanto, a fotografia continua a ser um documento histórico valioso. Ela não só nos mostra um aspeto do quotidiano e dos passatempos dos habitantes do Cubal (ou de alguns cubalenses) daquela época, como também nos permite vislumbrar a rede de amizades e a forma como a comunidade se organizava em torno de interesses comuns. Vemos cubalenses equipados com as suas armas, cintos carregados e os frutos da sua caça – talvez perdizes  – evidenciando a prática e o sucesso da jornada. O ambiente descontraído entre eles sugere a camaradagem e o prazer da companhia mútua.

Esta imagem, portanto, é um convite à reflexão sobre a evolução dos nossos costumes e da nossa relação com a natureza. Mas é também uma oportunidade para recordarmos, com respeito e perspetiva histórica, um tempo e um modo de vida que fizeram parte da tapeçaria do Cubal. 

Convidamos todos a partilharem as suas memórias, a identificarem rostos ou a contextualizarem ainda mais este momento, sempre com a consciência de que o passado, com as suas particularidades, faz parte da rica história do nosso Cubal Angola Terra Amada.

Obrigado

Ruca

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Ruca