Páginas obrigatórias do nosso Blogue cubalense

08 novembro 2025

🎉 Recordação histórica: Baile de Finalistas do Liceu no Cubal (1972/1973)!

 

Turma do 5º ano do Liceu do Cubal, Finalistas 1972/1973. Cortesia de Carlos Monteiro.

🎉 Baile de finalistas do Liceu do Cubal, 1972/1973: A Turma do 5º Ano (Foto Histórica)

É com um enorme prazer que recebemos mais um tesouro do nosso amigo Carlos Monteiro para o arquivo digital do CUBAL ANGOLA TERRA AMADA! (Cubal-angola.blogspot.com).

Esta é uma fotografia vibrante e cheia de história do Baile de Finalistas do Liceu, referente ao ano letivo de 1972/1973 — a turma do 5º ano! Quase 52 anos separam-nos deste momento, mas a memória está bem viva, e a beleza e o entusiasmo daqueles jovens finalistas perduram neste testemunho a preto e branco.


👑 O mistério da Miss e a galeria de Memórias

Carlos Monteiro sugere que este momento imortalizado possa ter sido o da eleição da Miss Finalista daquele ano. O nome, já perdido nas brumas do tempo, é um convite à nossa comunidade para ajudar a completar este puzzle da memória cubalense!

O próprio Carlos oferece-nos uma lista de identificações que servem de ponto de partida para a nossa "enciclopédia" coletiva, o nosso  Zezau e todos os que se recordam destes anos dourados:

Posição Nome Identificado Notas e Pistas
Em cima (da esquerda para a direita) Bonzão 1.º à esquerda.
Palmira 2.º.
Isabel Duarte 3.º.
???? 4.º.
???? 5.º (Irmã de um gerente bancário).
Miss 6.º (Seria irmã da Nini ).
Benvinda 7.º.
Elizabeth Ribeiro 8.º.
???? 9.º.
???? 10.º.
???? 11.º.
???? 12.º e último à direita.
Em baixo (da esquerda para a direita) Dadinho O primeiro agachado.
Eu (Carlos Monteiro)
Artur Irmão da Palmira.
Marques RIP.
Elias Crê ser este o nome.

💡 Apelo à "enciclopédia" Zezau e a todos os Leitores!

Carlos, a tua descrição é fabulosa e um ponto de partida valiosíssimo!

Conforme referes, sabemos que a nossa "enciclopédia Zezau" terá certamente a chave para corrigir, completar ou até mesmo identificar a Miss Finalista e todos os nomes que ainda estão em falta.

Amigos do Cubal, é a vossa vez!

  • Reconhece-se nesta foto?
  • Consegue identificar os nomes em falta (os ????)?
  • Qual era o nome da Miss Finalista de 1972/1973?

Deixem os vossos comentários abaixo ou enviem as vossas correções e memórias para enriquecer este registo! Queremos que todos estes rostos tenham o seu nome de volta, honrando a história do Liceu do Cubal!

---

Saudações

Ruca

💰O financiamento e a construção da Escola Industrial e Comercial do Cubal em 1967

 


💰 O financiamento e a construção da Escola Industrial e Comercial do Cubal em 1967

(Documento: Portaria n.º 22 993, publicada no Diário do Governo, n.º 256, I Série, de 3 de Novembro de 1967.)

O nosso oitavo documento histórico fecha o ciclo de transformação da nossa principal instituição de ensino! Se o documento anterior (Decreto n.º 47 799) decretou a elevação da Escola para **Industrial e Comercial**, esta **Portaria n.º 22 993**, de **3 de Novembro de 1967**, traduz essa decisão em números, autorizando o financiamento para a **construção e o apetrechamento** da nova escola.

Os números do investimento no Cubal

O decreto autoriza o Governo-Geral de Angola a avançar com as obras e as compras necessárias, definindo os montantes máximos para o investimento, escalonados por ano. Reparem nos valores destinados à nossa Vila, que estão logo no ponto **1), alínea e)**:

e) Escola Industrial e Comercial do Cubal:

1967 . . . **350 000$00**
1968 . . . **550 000$00**

TOTAL . . . **900 000$00**

Apesar de o montante total de **900.000$00** para o Cubal ser inferior ao de outras localidades mencionadas (como Lobito e Luso), este valor é crucial, pois confirma a passagem da escola do plano legal para a **realidade física**. Este dinheiro destinava-se a construir ou adaptar edifícios e a adquirir o equipamento (máquinas, ferramentas, material de laboratório) necessário para os novos cursos de Eletromecânica, Formação Feminina e Comércio.

O financiamento vinha por conta da dotação atribuída ao "Plano Intercalar de Fomento - Promoção social - Educação", reforçando o carácter de desenvolvimento e planeamento deste investimento.


🔎 O legado das obras e do ensino

Este documento é a prova de que a nossa escola era uma obra com orçamento definido e cronograma a cumprir. É um testemunho do período de grande e rápido desenvolvimento que o Cubal viveu na década de 60.

Quem viu a construção ou remodelação da Escola Industrial e Comercial? Têm fotografias das obras ou do equipamento novo? A vossa memória constrói a nossa história documentada!

Saudações Cubalenses!

Ruca

05 novembro 2025

⛈️ Mais de 30 mil raios em Lisboa: Não vos lembrou as trovoadas épicas do nosso Cubal?

Um estrondo na madrugada de Lisboa. Os jornais referem em dezenas de milhares de raios. Mas o que este fenómeno me fez sentir não foi o tremor da capital, foi o tremor da nossa casa no Cubal, nos anos sessenta e setenta! Quem se lembra daquelas trovoadas que pareciam não ter fim, que faziam a mobília ranger e os vidros cantar ao ritmo do raio? É uma memória forte, sobretudo a do abraço de proteção da minha mãe. Um porto seguro contra a fúria do céu. Se a trovoada de Lisboa o transportou para estes tempos, leiam e partilhem a vossa história!

Notícia em Destaque:

"Acordou com a trovoada? Zona de Lisboa atingida por milhares de raios durante a madrugada"

Excerto: "A madrugada desta quarta-feira foi marcada por intensas trovoadas na região de Lisboa e Vale do Tejo. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), nas últimas 24 horas, até às 06:50, foram registadas mais de 20 mil descargas elétricas positivas e mais de 10 mil descargas negativas..."

Fonte: CNN Portugal

O estrondo que nos unia 

Cubal, sol de fim de tarde, mas o céu se fecha em dor,
Anos sessenta, setenta, o terror do trovão maior.
Não era só chuva, era a terra a respirar,
E o ar carregado, os vidros a vibrar.

Mas a força maior, que a memória não desfaz,
Era o abraço quente que a minha jovem mãe me traz.
Um escudo de amor, contra a fúria da tempestade,
A tremer de medo, mas seguro no seu lume.

Lisboa treme hoje, a notícia faz-nos ver,
Que a saudade do Cubal não se pode esconder.

E tu, Cubalense, essa trovoada de outrora,
Não te abraça a alma, não te faz reviver essa hora?

E tu, Cubalense, essa trovoada de outrora, não te abraça a alma, não te faz voltar àquele tempo? Partilha connosco as tuas memórias!

Ruca

04 novembro 2025

O cronista visual do Cubal: Homenagem a Júlio Gil Barros , (GIL) "JUGIBA" e o legado da 'Foto Lig'

 O fotógrafo, o viajante e o cronista que trouxe o mundo ao Cubal

JÚLIO GIL BARROS

FOTO LIG, no Cubal


É com o coração cheio de nostalgia e, acima de tudo, de profunda gratidão que me dirijo a todos os cubalenses e amigos do Cubal. O blogue do Cubal angola terra amada - cubal-angola.blogspot.com vem hoje prestar uma justa homenagem a um homem que é, ele próprio, um pedaço vivo da nossa história: Júlio Gil Barros — o nosso querido Gil, ou "JUGIBA".

⚽ De desportista a cronista: O GIL/JUGIBA dinâmico

O dinamismo de Gil Barros não se limitava à câmara. Sabemos que a sua garra e empenho foram evidentes antes de abraçar a fotografia no Cubal, tendo já dedicado parte da sua vida ao desporto. Esta mesma energia e paixão, características de um desportista, foram transferidas para a forma como capturava a vida da nossa terra e, claro, a emoção dos jogos do Recreativo.

Quando olho para esta imagem da "Foto Lig", vejo mais do que uma montra: vejo um centro de convívio, um ponto de encontro da alma cubalense. Lembro-me, e sei que muitos de nós se recordam, daquele ritual sagrado de ir "religiosamente", poucas horas após o apito final dos jogos do Recreativo do Cubal, espreitar a reportagem fotográfica exposta ali. Era o nosso ecrã, o nosso jornal, a nossa memória instantânea. Era o Gil a garantir que a emoção do campo não se perdia.

🌍 O viajante e o mundo visto na montra

Mas o trabalho do Gil é muito maior do que as nossas recordações do futebol. Lembro-me, em particular na minha infância, da fascinação que era quando o Gil regressava das suas longas viagens. Quem não se lembra de ficar hipnotizado a ver os slides projetados na montra da sua loja?

Eram as suas façanhas de viajante, capturadas em cenários longínquos: o Parque Nacional Etosha, o deserto de Moçâmedes, Macau, e até os Açores, entre outros belos locais. Recordo-me nitidamente de ver pela primeira vez a beleza da Lagoa das Sete Cidades através das lentes do Gil. Ele não só registava o Cubal, mas trazia o mundo até nós, cativando-nos com o seu talento como **captador de cenários e imagens**.

O Gil foi o nosso cronista visual, o nosso guardião de momentos. Se hoje o nosso blogue, cubal-angola.blogspot.com, existe como um tesouro de memórias, é em grande parte graças ao olhar atento e dinâmico do GIL/ JUGIBA. Quantas FAMÍLIAS FOTOGRAFADAS, quantos EVENTOS e quantos TRABALHOS ele eternizou? Festas, batizados, paisagens industriais, as fazendas, o sisal, as escolas — ele registou o Cubal em movimento.

As suas fotografias não eram apenas registos; eram documentos de valor histórico inestimável. A prova disso é que o seu trabalho, o da "Foto Lig", faz hoje parte de arquivos oficiais, como os que documentam a Barragem de Lomaum e o desenvolvimento da região.

Antes de 1975, o Gil elevou o nome do Cubal e dos cubalenses nas diversas revistas e jornais de Angola. Ele era um embaixador da nossa terra, usando a luz e a câmara para contar a nossa história ao mundo.

🌟 Reconhecimento:

Júlio Gil Barros, o nosso GIL/JUGIBA, merece o nosso mais profundo e sentido obrigado por tudo o que registou, por tudo o que nos deu e por ter sido o espelho da nossa comunidade. É imperativo que todo o seu trabalho tenha um reconhecimento público à altura do legado que ele nos deixou. O Cubal deve-lhe a sua memória fotográfica.

Quem não possui uma foto familiar, com a identificação no canto inferior de "Lig" ou "Foto Lig" ?


Obrigado, Gil, por manteres a nossa história viva.

Um grande abraço,


Os Meninos da arcada da casa do Raúl e Júlia no Cubal (*inspirado em Ondjaki)



Hoje sonhei com o Cubal
__________________________

E os meninos! 

Os da minha rua, os da minha fé, 

Aquele tempo de kart, 

a alegria de um "pé-de-cão" 

Que corria solto, sem saber o que é. 

Eram irmãos de brincadeira, pacto sem sermão. 

No pátio da arcada, onde o chão era nosso mapa,

Cada bicicleta, cada riso, era a mais feliz das etapas. 

Não havia guerra, nem silêncio: havia o jogo. 

Éramos a chama breve, antes do grande fogo.


* (inspirado em Ondjaki) 

Ruca - 03 de novembro 2025

#Cubal #cubalangolaterraamada #angola

 

03 novembro 2025

7) De Escola Técnica elementar a Industrial e Comercial! O salto do Ensino no Cubal em 1967

,


(Documento: Decreto n.º 47 799, publicado no Diário do Governo, n.º 165, I Série, de 17 de Julho de 1967)

Avançamos rapidamente na nossa cronologia! Se o quarto documento (Decreto n.º 46519 de 1965 ) nos mostrou a criação da **Escola Técnica Elementar** no Cubal, este sétimo documento — o **Decreto n.º 47 799**, de **17 de Julho de 1967** — demonstra o rápido desenvolvimento da nossa Vila e a resposta do Governo à procura por formação profissional!

A reclassificação: Mais estudos, mais futuro

O preâmbulo do decreto explica o motivo desta reclassificação: satisfazer as necessidades resultantes do "progresso industrial e comercial verificado na província de Angola" e reclassificar escolas para uma **"maior extensão dos estudos nelas ministrados"**

E a Vila Cubal, menos de dois anos após a fundação da sua primeira escola técnica, é a principal beneficiária! O **Artigo 1.º** decreta formalmente:

Citação do Artigo 1.º:

"São elevadas à categoria de **escolas industriais e comerciais** as Escolas Técnicas Elementares de Henrique de Carvalho e **do Cubal**, ambas de frequência mista, nelas passando a funcionar:


  1. Ciclo preparatório do ensino secundário;
  2. Cursos de formação de: Electromecânico, Formação Feminina, e Geral de Comércio;
  3. Secções preparatórias para os institutos industriais e comerciais.

É um salto quântico na qualidade e diversidade da educação oferecida no Cubal!  De "Elementar", passamos a ter **cursos industriais** (Electromecânico, Trabalhos Manuais, Electricidade, Serralharia e Grafias ) e **cursos comerciais** (Geral de Comércio).

Isto reforça a narrativa que temos vindo a construir: o Cubal não era apenas um concelho no mapa; era um **polo em crescimento industrial e comercial** que exigia mão de obra qualificada. Os símbolos no nosso brasão (o gado e o sisal) ganham agora um novo complemento: a **formação técnica**!

O Decreto também extingue a Escola Elementar a partir da data de funcionamento da nova escola, garantindo que todo o pessoal transite para a nova instituição, mantendo os seus direitos.


🔎 O legado da Escola Industrial e Comercial do Cubal

Esta é uma das instituições mais importantes na memória de muitos cubalenses. Com a criação de novos quadros de pessoal (Art. 2.º), a escola ganhou uma nova vida e mais capacidade de ensino.

Quem estudou no **Ciclo Preparatório**, no curso de **Electromecânico** ou na **Formação Feminina** desta Escola?  Quem lecionou?  

Partilhem connosco as vossas memórias, fotos e histórias desta época dourada da educação no Cubal!

Saudações Cubalenses!

Ruca

02 novembro 2025

6) 👨‍👩‍👧‍👦 O Decreto de 1966 que reforçou o Registo Civil no Cubal

 



(Documento: Portaria n.º 21 886, publicada no Diário do Governo, n.º 43, I Série, de 21 de Fevereiro de 1966.)

Avançamos para o **sexto documento** da nossa série histórica! Depois de termos visto a PIDE, o Brasão e a Escola Técnica, voltamos a mergulhar na **administração e na vida cívica** dos cubalenses. O documento de hoje, a **Portaria n.º 21 886**, de **21 de Fevereiro de 1966**, confirma o crescimento e a necessidade de reforçar serviços essenciais na Vila Cubal: o **Registo Civil**.

O sumário é claro: criam-se lugares de "oficial privativo" nas delegações do Registo Civil de vários concelhos de Angola. A justificação é que o "movimento das delegações do registo civil situadas nos concelhos mais populosos da província de Angola aconselha a criação de lugares oficiais privativos".

O Cubal e o reforço dos serviços essenciais

A Portaria manda, portanto, criar um lugar de oficial privativo em cada uma das delegações do registo civil de uma vasta lista de concelhos. E, orgulhosamente, o **Cubal** está incluído nessa lista! Este é o reconhecimento oficial do aumento da população e da atividade cívica no nosso concelho.

Citação da Portaria n.º 21 886 (Ponto I):

"É criado um lugar de oficial privativo em cada uma das delegações do registo civil dos concelhos de Amboim, Andulo, Bailundo, Bela Vista, Bocoio, Caála, Caconda, Cacuso, Camacupa, Cambambe, Capelongo, Cela, Chitato, **Cubal**, Dande, Dilolo, Duque de Bragança, Ganda, Golungo Alto, Icolo e Bengo, Libolo, Menongue, Negage, Porto Alexandre, Quibala, Saurino, Seles e Vila Nova, na província de Angola."

A criação de um **Oficial Privativo** no Registo Civil do Cubal, que lida com nascimentos, casamentos e óbitos, é um indicador de que a vida na Vila estava a expandir-se a um ritmo que exigia um reforço de pessoal permanente e dedicado. É uma prova, fria e burocrática, do dinamismo demográfico e social que o Cubal vivia em meados da década de 60.

O documento também confirma o Diploma Legislativo de Angola n.º 3611, de 8 de Janeiro de 1966, que estabeleceu os quadros de pessoal auxiliar, e autoriza o Governador-Geral a abrir o crédito especial para suportar estes encargos.



No n.º 1, onde se lê: «... Capelongo, Cele, Chitato, Cubal, Dande, Dilolo, ...», deve ler-se: «... Capelongo, Santa Comba, Chitato, Cubal, Dande, Teixeira de Sousa, ...».


🔎 As memórias da vida cívica do Cubal

Com seis documentos, temos uma visão clara: em poucos anos (1962-1966), o Cubal foi formalmente estabelecido, ganhou símbolos, recebeu investimento em educação, viu o reforço da segurança e, agora, viu a consolidação dos seus serviços de registo de cidadania.

Conheces ou lembras-te do Oficial do Registo Civil do Cubal desta época? Se tiveres alguma memória ou fotografia ligada à Repartição do Registo Civil da Vila, partilha-a connosco!

Saudações Cubalenses!

Ruca

5) 🏛️ A história também passa pela PIDE: O Decreto de 1965 (há 60 anos) que criou o Posto da Polícia no Cubal.

 

(Documento: Portaria n.º 21 612, publicada no Diário do Governo, n.º 247, I Série, de 30 de Outubro de 1965.)

Damos hoje continuidade à nossa série de documentos oficiais do Diário do Governo. Depois de estabelecermos a identidade administrativa (concelho, distrito) e social (escola técnica, brasão) do Cubal, partilho convosco um documento que aborda a realidade política e de segurança da época: a **Portaria n.º 21 612**, de **30 de Outubro de 1965**.

Acredito, firmemente, que a história da nossa "Terra Amada" deve ser contada na sua totalidade, sem omissões. E o contexto colonial da década de 60 incluía a presença da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), o organismo de polícia política do Estado Novo.

O Cubal no mapa da PIDE

O sumário da Portaria indica a criação de vários postos da PIDE em diversas localidades de Angola. E, no texto do decreto, o **Cubal** é formalmente incluído nesse mapa:

Citação da Portaria n.º 21 612:

"[...] sejam criados os postos da Polícia Internacional e de Defesa do Estado nas localidades de Miconje, no distrito de Cabinda, Luremo, no distrito de Henrique de Carvalho, Gimbe, Lutembo, Muié e Ninda, no distrito de Moxico, Calai e Dirico, no distrito de Guando Cubango, Baía dos Tigres, no distrito de Moçâmedes, Gabela, no distrito de Cuanza-Sul, e **Cubal, no distrito de Benguela**, na província de Angola, todos dependentes da delegação do referido organismo com sede em Luanda [...]".

O objetivo do decreto era garantir a distribuição do pessoal (efetivo e eventual) da Polícia, consoante as necessidades do serviço. A inclusão do **Cubal, no Distrito de Benguela**, neste conjunto de localidades demonstra que a Vila tinha uma importância estratégica ou populacional que justificava a instalação de um posto desta natureza. Para a nossa história, é um facto administrativo inegável.


🔎 O Nosso Compromisso com a história completa

A publicação destes documentos — sejam eles sobre educação, brasões, ou segurança — permite-nos ter uma visão completa e sem filtros da vida e da administração do Cubal nos anos 60. O nosso papel aqui é o da memória, documentando o que a lei da época estabeleceu.

Continuarei a procurar estes registos oficiais para o nosso blogue. Juntem-se a mim nesta jornada de resgate da história do Cubal.

Saudações Cubalenses!

Ruca