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25 novembro 2007

COMÉRCIO NO CUBAL

Cidade do Cubal
Há estabelecimentos comerciais abertos em toda a cidade, a maioria a funcionar com luz solar, enquanto esta o permitir. Não se observa muito movimento e um grande número de lojas funciona como no nosso tempo de menino e moço, ou seja, tipo botequim. São pessoas simpáticas e afáveis. Fernando Cangola, é natural de Benguela, mas trabalha no Cubal, como gerente comercial. Em sua opinião «o comércio ainda é rudimentar, isto porque os cubalenses não têm poder de compra. A maioria das casas comerciais, vende artigos de primeira necessidade como sabão, arroz, açúcar, leite, cerveja... e o nosso estabelecimento comercial é o que tem maior dimensão no Cubal, e por consequência, tem uma maior variedade». Joaquim Monteiro é proprietário de um bar e de uma discoteca no Cubal e, Olímpia Pereira, dirige na mesma cidade, uma lanchonete. Ambos têm a particularidade de serem jovens e não recear avançar como os seus negócios – acreditam em si e no futuro da sua terra. Estes empresários tal como Fernando Cangola, fazem as suas compras nas cidades de Benguela e Lobito. Este último, referiu «quando chegamos com a mercadoria, temos de ir à delegação do Comércio, no Cubal, para darmos a conhecer que tipo de mercadoria deu entrada no nosso estabelecimento. Eles colocam um carimbo na factura, como sinal de conferência». Ficamos deveras bem impressionados, com este controlo exercido por aquele organismo, visto que minimiza a fraude fiscal e controla a qualidade e validade dos produtos (por vezes, pelo que nos foi dito, há conferências físicas). Todos vendem a dinheiro. Perante a pergunta se há união entre os comerciantes, Fernando Cangola, disse «temos tido encontros com determinadas entidades, no sentido de termos formação em áreas como: comércio; higiene e segurança e ainda na semana passada (26/06) tivemos uma reunião com a policia económica sobre assuntos relacionados com as suas competências.” É importante que em Angola se crie o associativismo, tal como refere o nosso interlocutor “estas reuniões permitem que estejamos unidos e por outro lado, também permite a troca de opiniões entre a classe». Joaquim Monteiro, no seu bar, serve fundamentalmente, bebidas como cerveja e refrigerantes e tem também algum serviço de snack. O bar está diariamente aberto e fecha por norma, por volta das 21 horas. No que respeita à discoteca, Joaquim Monteiro disse «a discoteca funciona de sexta-feira a domingo. O maior afluxo de clientes é no sábado, em que abrimos às 22 horas e fechamos às 6 horas. Ao domingo, abrimos às 22 horas e encerramos o mais tardar às 2 horas». De acordo com o seu proprietário as pessoas que frequentam a discoteca «são jovens, fruto da abertura do INE e, por vezes, aparece “malta” vinda de Benguela e Lobito, nomeadamente às sextas e sábados», referiu ainda «esta discoteca a nível de som, rivaliza com a maioria das discotecas de Benguela e Lobito». Hoje, qualquer discoteca, deve ter meios de segurança nomeadamente contra incêndios. Segundo Joaquim Monteiro tal já se verifica na sua discoteca que conta com «três portas de emergência (entrada,lateral e frontal). Não temos nenhum extintor, mas vamos brevemente pôr dois extintores. A discoteca foi aberta em 2002 e nunca tivemos problemas a nível de violência». Olímpia Pereira, tem pena de não haver «uma padaria que fizesse pão para hamburger ». Como é complexa a vida. No seu negócio a ausência daquele produto é um óbice, a 150 quilómetros, em Benguela, já não é, o que vem de encontro ao que diz Nuno Menezes «Nada temos. Vivemos muito do pouco que temos». Esta jovem empresária, que actualmente não tem concorrência no seu negócio e que também não a teme no futuro esclarece que «por norma faço comida por encomenda e os pratos são escolhidos pelas pessoas que os pedem. No momento, este estabelecimento funciona mais como lanchonete. Porém é frequente a Administração recorrer aos meus serviços, como também gente de Benguela e Luanda, quando cá vêem. Os pratos mais encomendados são: funje, cabidela, peito alto... Já houve alturas em que atendia cerca de 30 pessoas por dia. Quem tiver qualidade, não deve ter medo da concorrência ». Acrescentou «no interior come-se mais carne do que peixe e a carne por norma, é a de galinha»

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Ruca