Páginas obrigatórias do nosso Blogue cubalense

19 junho 2025

Festas de Caimbambo: juventude, alegria e amizades de 1964


Há fotografias que, mesmo passadas décadas, exalam a energia contagiante da juventude e do espírito de festa. Esta bela imagem, gentilmente partilhada pela Nanda Valadas, é um testemunho vivo desse tempo, transportando-nos diretamente para as animadas Festas de Caimbambo, na localidade vizinha do Cubal, a 18 de outubro de 1964.

É impossível não sorrir ao ver este grupo de amigos, tão cheios de vida e de alegria. A fotografia capta um momento de pura celebração, onde o riso e a despreocupação da juventude preenchem o ambiente. Reconhecemos nestes rostos a essência das festas daquela época: o convívio, a dança e a amizade que se fortalecia em cada encontro.

Nesta composição vibrante, conseguimos identificar algumas figuras que  marcaram a vida social da região: o Chico Valadas, a Teresa, a Locas, a Nanda Valadas (a quem agradecemos a partilha desta joia!) e o João Camilo. Cada um deles, com o seu estilo e a sua pose, contribui para a vivacidade da cena. A luz, o ambiente festivo e a espontaneidade dos jovens criam uma atmosfera quase palpável, convidando-nos a imaginar o som da música e as conversas animadas.

Esta imagem não é apenas um registo de uma festa; é um pedaço da nossa história, um flash de um tempo em que as comunidades vizinhas se encontravam para celebrar a vida, a união e a juventude. É um lembrete das amizades que floresciam e dos lares que se formavam na nossa terra.

Agradecemos profundamente à Nanda Valadas por nos trazer esta recordação tão feliz. Estas são as memórias que enriquecem o nosso património afetivo e nos permitem manter viva a chama do passado do Cubal e arredores. Que a alegria estampada nos rostos do Chico, Teresa, Locas, Nanda e João nos inspire a celebrar as nossas próprias amizades e a valorizar cada momento de convívio.

Ruca

Cubalenses de gema: Um brinde à amizade de outros tempos - Em frente à nossa (antiga) Igreja

Da esquerda para a direita: o 4º elemento é o meu pai, o Raúl Gonçalves, com o seu filho – eu – . 5º-Amílcar VinhaisMais à direita, como 10º elemento,  Albano.


Há fotografias que nos transportam diretamente para o coração de uma época e para um lugar exato, e esta, vinda do meu baú familiar, é uma dessas jóias raras. A cores, e datada provavelmente de 1968 ou 1969, captura um momento de genuína camaradagem entre tantos elementos masculinos do nosso querido Cubal, com o cenário reconhecível da Igreja do Cubal -à esquerda .

Ao olhar para esta imagem, sinto um calor especial no peito. É uma daquelas cenas que nos recordam a força dos laços que se criavam na nossa comunidade. Homens de várias idades, reunidos, com um espírito de união que transborda da fotografia. O ambiente, descontraído mas digno, sugere um encontro significativo, talvez uma celebração, uma confraternização ou um momento de convívio informal que se tornou inesquecível, tendo a nossa Igreja como testemunha.

Consigo reconhecer alguns rostos com clareza e emoção. Da esquerda para a direita, o quarto elemento é o meu pai, o Raúl Gonçalves, e vejo-o ali, protetor, com o seu filho – eu – resguardado junto dele. Uma imagem que me toca profundamente, relembrando a segurança e o carinho daquele tempo. Logo a seguir ao meu pai, identifico o Amílcar Vinhais, um grande e generoso amigo da minha família e mais um rosto familiar de grandes memórias. Mais à direita, como décimo elemento, está o Albano e a seguir julgo que seu filho (?).

Mas a beleza desta fotografia vai além das identificações pontuais. É no conjunto que ela nos fala mais alto: na forma como se agrupam, nos sorrisos, alguns contidos, outros mais abertos, nas posturas que refletem respeito e afeto. Cada um deles é um pedaço da história do Cubal, homens que, de diferentes formas, contribuíram para o pulsar da nossa vila.

Esta imagem é um testemunho da amizade à moda antiga, aquela que se forjava no dia a dia, nos eventos sociais, no trabalho e no lazer partilhado. São os rostos de uma geração que viveu e construiu o Cubal, e que nos legou um sem-fim de histórias e memórias.

Lanço, por isso, um apelo a todos os leitores do blogue: se reconhecerem mais alguém nesta fotografia, ou se tiverem alguma história associada a este momento ou a estas figuras, por favor, partilhem connosco nos comentários. Cada pedacinho de informação ajuda-nos a pintar um quadro mais completo do nosso passado e a manter viva a chama da nossa herança cubalense.

Ruca

18 junho 2025

Obrigado aos leitores e sobretudo a quem partilha as nossas memórias. 800,000 visualizações

Parabéns a todos os cubalenses e amigos que nos seguem! O blogue ultrapassou as 800.000 visualizações de páginas.

Obrigado aos leitores e sobretudo aos que partilham as nossas memórias. Só assim é possível!

Abraços

Ruca




 

Localizações principais. De onde nos visitam.


João Carona: O nosso campeão do Cubal e uma amizade para a vida


João Nascimento Carona
Reconheço o Morais (na direção da taça), o Alexandre (mão nos bolsos a usufruir do momento) , meu pai Raul de camisa branca a aplaudir maravilhado, o garoto é o Zito Marta Neves? (obrigado Miló). Quem reconhece quem?

No passado dia 16 de junho, a minha mãe, a Júlia, que infelizmente padece de dificuldades cognitivas, celebrou mais um aniversário. Recebi imensas mensagens de carinho de cubalenses, tanto telefónicas como nas redes sociais, e entre elas houve um telefonema que me tocou de forma especial: o da amiga Alice Cautela Carona. Para além da imensa alegria de voltar a ouvir a Alice, apercebi-me da fragilidade da saúde do seu marido, o nosso querido João Carona, que também enfrenta dificuldades cognitivas num estado avançado.

O João Carona… Que grande figura cubalense, multifacetada! Para além da amizade familiar que nos unia, todos nós no Cubal tínhamos e temos um enorme orgulho pelas suas façanhas motociclistas. Quem não se lembra das provas realizadas no final dos anos 60 e início de 70? Como nós vibrávamos com as suas vitórias! O João Carona era um campeão nato. E hoje, mais do que nunca, desejo que ele continue a ser esse campeão, e a minha esperança é que a sua saúde possa, de alguma forma, melhorar.

O João era um mecânico automóvel e de motos absolutamente excecional, um autêntico génio. Ele próprio desenvolvia e adaptava as suas motos para competição. Eu era uma criança, mas recordo-me perfeitamente que, durante as brincadeiras com o seu filho Vítor – que era ainda mais miúdo do que eu – o João Carona explicava-me as adaptações dos motores. Lembro-me (teria eu uns seis / sete oito anos) que ele me disse, com uma seriedade e um pormenor que me tratava como se fosse um adulto, como tinha desenvolvido e adaptado um simples motor da Florett para competição. Os detalhes que me contava ficaram gravados na minha memória infantil.

O João Carona foi também, durante um período, mecânico na oficina do meu pai, "A Reparadora Transmontana", onde, mais uma vez, a sua aptidão e mestria eram evidenciadas diariamente. A nossa afinidade familiar ia muito além disso: os meus pais, o Raul (que infelizmente nos deixou em 2020) e a Júlia, foram convidados para padrinhos batismo do Paulo, o segundo filho da Alice e do João Carona. Lembro-me tão bem dessa cerimónia, um momento de grande união familiar.

Ao ver estas fotografias e ao saber do estado de saúde do João, bem como da amizade inabalável da Alice, não pude deixar de sentir a necessidade de homenagear esta família tão amiga. Desejo-lhes o melhor que a vida ainda pode proporcionar. Sinto saudades daquelas brincadeiras no quintal dos meus vizinhos cubalenses, onde, no meio dos jogos com o amiguinho Vítor, tínhamos o papagaio cinzento, o Jacó. Sei que o Jacó ainda veio para Portugal e viveu muitos e muitos anos… Para além das bicadas que nos dava, divertíamo-nos muito com aquele papagaio cinzento que falava pelos "cotovelos". E no meio de tudo isto, o João Carona mostrava-me como funcionavam os motores… Enfim, são memórias que me preenchem a alma.

Esta é a minha forma de expressar o profundo carinho e respeito por esta família e, acima de tudo, pelo nosso querido João Carona. Que a força e a esperança continuem a acompanhá-lo a ele e família.

Ruca


Desafio aos Leitores:

Sabemos que as histórias do João Carona são muitas e certamente repletas de momentos vibrantes! Se também tiverem memórias, fotografias ou episódios que queiram partilhar sobre o nosso campeão, o João Carona, convidamo-vos a fazê-lo nos comentários. Vamos juntos manter viva a sua história e as suas façanhas!

17 junho 2025

Camaradagem na caça: O Dr. Freitas de Oliveira e um grupo de Cubalenses em tempos idos


 Mário Paulo, José M. Cabral, Freitas de Oliveira, João Jorge Paulista, Fernandes, Cravo (maquinista CFB), Brito e Rodrigues. 
Obrigado a quem contribuiu na identificação - Ana Cristina Paulista, Celestino e Hernâni)


Com as generosas partilhas da família Freitas de Oliveira, continuamos a folhear o álbum de memórias do nosso Cubal. Hoje, deparamo-nos com uma imagem que, à primeira vista, nos transporta para um passado diferente, um tempo com outras perspetivas e costumes. A fotografia mostra o Dr. Freitas de Oliveira (terceiro da esquerda para dta)  e um grupo de cubalenses que partilhavam a paixão pela caça, exibindo com orgulho o resultado das suas jornadas.

É crucial olharmos para esta imagem através da lente da época em que foi captada. Nos "outros tempos", a caça desportiva era uma atividade comum, vista como um passatempo e um meio de convívio social, enquadrada por regras e hábitos então aceites. Esta fotografia é um reflexo desse contexto, de um lazer partilhado entre amigos, onde a camaradagem se forjava também nestas atividades ao ar livre.

Hoje, naturalmente, a nossa consciência sobre as questões animais e ambientais é muito mais apurada. A valorização da biodiversidade, a preocupação com a sustentabilidade e o bem-estar animal são pilares de uma mentalidade que evoluiu significativamente. Ao observarmos esta imagem, fazemos uma ponte entre o passado e o presente, reconhecendo que os valores e as prioridades da sociedade se transformam.

No entanto, a fotografia continua a ser um documento histórico valioso. Ela não só nos mostra um aspeto do quotidiano e dos passatempos dos habitantes do Cubal (ou de alguns cubalenses) daquela época, como também nos permite vislumbrar a rede de amizades e a forma como a comunidade se organizava em torno de interesses comuns. Vemos cubalenses equipados com as suas armas, cintos carregados e os frutos da sua caça – talvez perdizes  – evidenciando a prática e o sucesso da jornada. O ambiente descontraído entre eles sugere a camaradagem e o prazer da companhia mútua.

Esta imagem, portanto, é um convite à reflexão sobre a evolução dos nossos costumes e da nossa relação com a natureza. Mas é também uma oportunidade para recordarmos, com respeito e perspetiva histórica, um tempo e um modo de vida que fizeram parte da tapeçaria do Cubal. 

Convidamos todos a partilharem as suas memórias, a identificarem rostos ou a contextualizarem ainda mais este momento, sempre com a consciência de que o passado, com as suas particularidades, faz parte da rica história do nosso Cubal Angola Terra Amada.

Obrigado

Ruca

Imagem 4: Encontro e partilha – rostos do Cubal - evento


 Imagem 4: Encontro e partilha – rostos do Cubal - evento

Nesta fotografia, provavelmente no mesmo evento da imagem 3, somos convidados a observar um momento de convívio informal da comunidade do Cubal. Um grupo diversificado de pessoas, incluindo figuras com uniforme e civis, está reunido ao ar livre, num espaço que parece ser central à vila. Há uma jovem que segura uma bandeja, talvez oferecendo algo aos presentes, um gesto que sublinha a hospitalidade e a partilha características da nossa gente. As construções ao fundo, com a sua arquitetura tradicional, enquadram este momento de interação social.  Por falar em arquitetura iremos publicar um artigo, daquele tempo, sobre este tema com imagens que irão gostar (a 

Qual era o propósito desta reunião? Conseguem identificar alguns dos participantes ou o local exato onde esta cena foi captada? Ano? 

Obrigado
ruca

Imagem 3: Progresso e inovação Cubalense– O campo/agricultura/indústria em destaque


                          Imagem 3: Progresso e Inovação – O campo/agricultura/indústria em destaque

Esta imagem transporta-nos para um evento ao ar livre, possivelmente uma feira ou exposição relacionada com a agricultura ou indústria, dada a presença de um trator imponente, um "DAVID BROWN 55D". Vemos vários homens, alguns de uniforme, outros de fato, reunidos à volta das máquinas, observando e conversando. O ambiente sugere um momento de apresentação de novas tecnologias ou de balanço da atividade económica no Cubal. A presença de bandeiras ao fundo e a luz intensa do sol reforçam a ideia de um evento público e de relevo. 

Qual seria o propósito desta reunião/feira? 

Quem são as figuras que observam atentamente o equipamento eu partilham ideias neste cenário de progresso?

Peço a V. ajuda e contributo.

Obrigado

Ruca


Imagem 2: Gala e Elegância cubalense

 I   

                            Imagem 2: Gala e Elegância – rostos no centro das atenções
Dr Freitas de Oliveira e ....


Nesta segunda imagem e num outro evento da da imagem 1,  o foco parece recair sobre um grupo restrito de convidados, sentados à mesa. Reconhecem alguns destes rostos? Lembram-se do contexto deste encontro?

Obrigado

Ruca

Memórias partilhadas - família Freitas de Oliveira - O jantar festivo

Das preciosas memórias que a família Freitas de Oliveira nos tem vindo a partilhar, emerge agora um conjunto de fotografias históricas que nos transportam diretamente para o coração do Cubal de outros tempos. Mais do que simples registos visuais, estas imagens são convites a uma viagem no tempo, a momentos de convívio, celebração e progresso que moldaram a nossa querida vila/cidade.

Convidamos todos os cubalenses e amigos do Cubal a olharem com atenção para estas fotografias, a deixarem-se guiar pelas emoções que elas despertam e, sobretudo, a partilharem os seus conhecimentos e as suas memórias. 

Quem são as personalidades presentes? Quais os momentos que estas imagens eternizam? Cada detalhe que se recordem é um pedaço valioso para reconstruir e enriquecer a nossa história coletiva.

                            Imagem 1: O Jantar Festivo – Um Brinde à Comunidade

Esta fotografia captura um ambiente de convívio e celebração, provavelmente num jantar ou evento social no Cubal. Vemos mesas postas, com talheres, copos e garrafas, sugerindo uma refeição . Terá sido na despedida do Dr. Freitas de Oliveira?  As pessoas estão sentadas, algumas em animada conversa, outras a olhar para a câmara. No fundo, uma decoração festiva, com grinaldas suspensas, acrescenta um toque de alegria ao cenário. A formalidade das vestes, com homens de fato e gravata e senhoras elegantemente trajadas, denota a importância da ocasião. 

Quem ajuda na identificação das pessoas e momento? Que evento estaria a ser celebrado? As tuas memórias são cruciais para desvendar este momento.

Obrigado

Ruca

09 junho 2025

Quando a arte encontra a medicina: Tony de Matos e Dr. Freitas de Oliveira no Cubal de 1965

Esta imagem está relacionada com publicação anterior e partilhada pelo Hernâni Cabral: 

clicar aqui Tony de Matos - atuação no Recreativo

Era o ano de 1965, e o Cubal vivia momentos de particular agitação e entusiasmo. O cançonetista romântico Tony de Matos, nome consagrado da música portuguesa, visitava a localidade, trazendo consigo a melodia e a emoção das suas canções. Não era apenas um concerto; era um evento que unia a comunidade e que, para alguns, significava um encontro mais íntimo com o artista.

É nesse contexto que surge esta fotografia rara, partilhada por António Freitas de Oliveira, filho do saudoso Dr. António Freitas de Oliveira. A imagem capta um momento de descontração e amizade entre o seu pai, o médico que tanto carinho e dedicação dispensou ao Cubal, e o próprio Tony de Matos. Uma cena de bastidores, talvez na casa do Dr. Freitas de Oliveira, onde a formalidade se desvanecia para dar lugar à camaradagem.

Ali, em pose descontraída, vemos o Dr. Freitas de Oliveira à direita na imagem, com os óculos escuros e um cigarro entre os dedos, a personificar o charme e a tranquilidade de um momento de lazer. Tony de Matos, à esquerda, elegantemente sentado, capta a essência de um encontro entre personalidades. O ambiente é acolhedor, com uma estante recheada de livros que sugerem uma mente curiosa e culta, e um candeeiro com motivos africanos, um toque que remete para a cultura local e a vivência em Angola.

No centro da atenção, um gira-discos. É quase certo que estariam a ouvir música, talvez um dos sucessos de Tony de Matos, como "Destino Marca a Hora", ou outro fado-canção que embalasse a conversa e o fumo leve dos cigarros ou cigarrilhas. As bebidas nos copos completam o quadro de um encontro tranquilo. E, em destaque, um belo rádio, testemunha de uma época em que as ondas hertzianas traziam o mundo e a música até casa.

Esta fotografia é mais do que um simples registo; é um pedaço da história do Cubal, um testemunho de tempos em que a vida se fazia de encontros improváveis, de música e de partilha. É um convite a imaginar as conversas que ali teriam tido, os risos e as reflexões, perpetuando a memória de dois homens notáveis e do laço que os uniu, mesmo que por instantes, na terra amada do Cubal.


Ruca

Dr António de Freitas de Oliveira, na sua despedida do Cubal - 22 DE ABRIL DE 1967

 


Identificação : para além do homenageado , p.f. peço a V. ajuda

O Cubal, uma terra de memórias e de corações gratos, prepara-se para reviver um pedaço da sua história, homenageando um homem que marcou profundamente a comunidade: o Dr. António Freitas de Oliveira. Médico por vocação e por paixão, a sua passagem pelo Cubal deixou um legado de cuidado, dedicação e afeto, que ainda hoje ecoa nas palavras dos que com ele privaram ou dele ouviram falar.

As fotografias que agora emergem, gentilmente partilhadas pelo seu filho, também António Freitas de Oliveira, são mais do que simples imagens; são janelas para um tempo em que o Dr. Freitas de Oliveira era um pilar da vida cubalense. Uma dessas imagens imortaliza o jantar de despedida, a 22 de abril de 1967, um momento de sentida separação, como bem recorda o filho: "revejo sempre este momento com enorme nostalgia, foi a chamada do meu pai para a frente leste como médico militar (na altura eram necessários). Não o tivessem mobilizado e teríamos ficado pelo Cubal mais alguns anos."

O convite para o jantar, um documento singelo mas carregado de significado, revela a gratidão da comunidade do Cubal para com "Excelentíssimo Senhor Dr. António Freitas de Oliveira". E a ementa do jantar? Um registo dos sabores de então, com "Canja de galinha", "Filetes de pescada au Erly", "Frango de cabidela" e "Pudim Flyn", acompanhados de vinhos tintos e brancos Casal Garcia e Evel. Um banquete que, mais do que alimentar, celebrava uma despedida.

Nas palavras do amigo Canais, que com saudade e carinho identifica numa outra foto já anteriormente publicada, percebe-se a dimensão do apreço que o Dr. Freitas de Oliveira granjeava: "Adorei ver estas fotos  ... o mais famoso que passou pelo nosso CUBAL."".

O Dr. António Freitas de Oliveira, referido por Canais como "o maior, porque curava todas as doenças do pessoal", deixou uma marca indelével na memória coletiva do Cubal. 

O convite agora estende-se a todos os cubalenses e amigos do Cubal que recordam  o Dr. Freitas de Oliveira com respeito e admiração e queiram partilhar as suas recordações, testemunhos e histórias.

O filho, António Freitas de Oliveira, com a mesma generosidade que o pai dedicava à comunidade, prontamente acedeu ao apelo de partilhar mais detalhes sobre a vida do seu pai no Cubal: "Em tudo o que puder ajudar e sem qualquer dúvida participarei com o melhor contributo". A sua colaboração será essencial para tecer esta narrativa, enriquecendo-a com pormenores sobre a chegada do Dr. Freitas de Oliveira ao Cubal, as suas atividades, e tudo o que julgar oportuno para que a memória deste homem extraordinário seja perpetuada para as futuras gerações.

Esta homenagem não é apenas um tributo a um médico, mas sim a um homem que soube viver e que, através do seu trabalho e da sua presença, se tornou parte integrante da alma do Cubal. Convidamos todos a contribuir com as suas memórias, para que, juntos, possamos construir um mosaico de lembranças que faça o Dr. António Freitas de Oliveira sentir, onde quer que esteja, o maior orgulho pelo legado que deixou.

Ruca

08 junho 2025

Documentos históricos cubalenses, por Antonio Freitas de Oliveira

Amigos
Adorei ver estas fotos que, penso eu, terão sido cedidas pelo médico Dr. FREITAS DE OLIVEIRA, o mais famoso que passou pelo nosso CUBAL. Igualmente gostei de vêr o meu amigo Aranha, esse Sr. forte que se encontra em 1º a contar da esqª., o Peixoto, guarda livros da firma Joaquim de Sousa & Cª., Alcino, da emp. Faria, Santos & Irmão, o Arnaldo, filho da loja da Piedade, Dr.Freitas de Oliveira, o maior, porque curava todas as doenças do pessoal, Correia, da firma Laranjeira, Pires & Correia, Lda. e por último o Carrasqueiro, que por acaso neste momento passa por uma fase má da sua vida, por causa da saúde. Um abraço do Canais.


05 junho 2025

O Clube Recreativo do Cubal: Um dos corações da convivência, memórias vivas e magia do cinema

Pelo interesse este post deverá ser lido e apreciado com estes relatos (clicar aqui): Recordações dos bons velhos tempos no Cubal - por Nanda Valadas publicado no blogue em  


É com uma enorme nostalgia e um carinho especial que hoje vos trago, através destas três preciosas imagens, o que foi, para muitos de nós, um dos grandes centros da vida social e cultural do nosso Cubal, durante tantos anos: o nosso emblemático Clube Recreativo. Mais do que um simples edifício, este Clube foi palco de tantos encontros, celebrações, tertúlias e, um dia, viria a ser o grande ecrã onde a magia do cinema se revelaria, oferecendo-nos momentos inesquecíveis que moldaram a nossa comunidade, a par de outros espaços tão importantes para o nosso convívio como o nosso querido Clube Ferrovia do Cubal.

1

A primeira fotografia, a vista frontal do Clube Recreativo do Cubal, dá-nos logo a ideia da sua imponência. Com a sua fachada bem cuidada e aquela inscrição "CBRC" lá no alto, este edifício não era apenas paredes e telhado, era um símbolo de união e de vida. Aquelas escadarias que nos levavam à entrada… lembro-me bem da azáfama dos dias de festa, dos bailes que ali se faziam, das reuniões de amigos e família. Mais tarde, viria a ser aqui que se realizariam as tão esperadas sessões na sua sala de cinema/espetáculos. Quantos de nós não nos recordamos dos filmes western, como os inesquecíveis "Trinitá", e tantos outros que ali nos transportavam para mundos distantes? A simplicidade e a robustez da arquitetura mostravam bem o seu propósito: ser um espaço acolhedor e central para todos.

2

A segunda imagem, que nos mostra a parte lateral do Clube virada para o Quartel Militar e a Escola Primária n.º 40, revela como ele estava bem integrado na nossa vila. As árvores frondosas nesta perspetiva dão um ar de calma, mais resguardado. É curioso pensar como, de um lado, se via a disciplina militar e o rigor da escola primária, enquanto do outro se desenrolava toda a vida social, o lazer e a cultura. Esta proximidade é um testemunho de como a nossa comunidade estava interligada, com o Clube Recreativo, entre outros locais, a servir de ponto de encontro para as diferentes vertentes da nossa existência no Cubal. As janelas, tão bem alinhadas, davam-lhe um ar de solidez e de que ali ficaria para sempre.

3

Por fim, a terceira fotografia, que capta a parte lateral do Clube virada para o Colégio Eça de Queirós, completa este conjunto de imagens. Esta vista, com a vegetação e aquela luz que nos faz sentir o passar do tempo, permite-nos perceber a dimensão do edifício e a sua relação com os espaços à volta. O Colégio Eça de Queirós, como instituição de ensino, estaria em constante ligação com o Clube, talvez com eventos escolares a serem ali realizados ou a nossa juventude a frequentar os seus espaços de convívio e a sua futura sala de cinema depois das aulas. Esta imagem, tal como as outras, evoca a sensação de uma comunidade viva e ligada, onde os edifícios não eram só construções, mas testemunhas silenciosas de uma rica tapeçaria de vidas, histórias e, claro, dos incontáveis momentos de magia proporcionados mais tarde pelo grande ecrã.

Estas três imagens são muito mais do que simples fotografias; são documentos históricos que nos permitem reconstruir a memória do nosso Cubal, valorizar o nosso património e reconhecer a importância de locais como o Clube Recreativo na construção da nossa identidade e das nossas memórias. Agradeço por partilharem estas preciosidades que mantêm viva a chama da nossa história no Cubal.

Nota histórica sobre a projeção de cinema no Cubal: Memórias partilhadas

É fundamental clarificar o percurso da projeção de cinema no nosso Cubal, especialmente porque, no tempo em que estas três imagens foram captadas, presume-se que a sala de cinema do Clube Recreativo ainda não estaria a funcionar. O cinema chegou à nossa vila por fases, com diferentes projetores e locais, e felizmente temos testemunhos preciosos para nos ajudar a reconstruir esta história.

Graças à informação inicial da Fernanda Valadas e às contribuições valiosas do Victor PenaHernani Cabral e a validação do Rodrigo "Bibito" Guerra, podemos traçar uma cronologia mais precisa:

  • O início e os primeiros projetores: Antes de o Clube Recreativo se tornar um local de projeção, os filmes eram exibidos no Hotel Central (o antigo Hotel Rodrigues). O Victor Pena e o Hernani Cabral ajudam-nos a ordenar os primeiros nomes que marcaram esta era:

    • O Sr. Simões foi o pioneiro a exibir filmes no Cubal, provavelmente entre os anos de 1954/55 e daí para a frente, tal como o Hernani Cabral se recorda vivamente.
    • A seguir ao Sr. Simões, veio o Sr. Carvalho, conforme mencionado pelo Victor Pena.
    • Depois, foi a vez do Sr. Santos e da Dona Olga.
    • Finalmente, chegou o Sr. Jaime Oliveira (do Alto Cubal).
  • As projeções e as memórias: O Hernani Cabral partilha connosco memórias fantásticas, confirmando em absoluto o comentário do Victor Pena sobre a ordem dos projetores. O Hernani recorda-se de acompanhar o Sr. Simões na carrinha, com o Bibito Guerra de microfone em punho, a anunciar o filme do dia pelas ruas do Cubal – uma imagem que nos transporta diretamente para essa época! Ele recorda-se de ter cerca de 11/12 anos (anos 54/55), e de como, em 58/59, ele próprio cortava os bilhetes à entrada do cinema. Eram tempos de galhofa, mesmo quando era "corrido" pelo Chefe do Posto, Álvaro da Silva Franco, por tentar ver filmes para maiores de 18 anos!

  • O Clube Recreativo como ecrã: Foi com a chegada destes projetores e a consolidação das projeções que o Clube Recreativo se tornou o palco principal de cinema, a par das grandes festas. Como o Victor Pena aponta e o Bibito Guerra valida, esta sucessão de nomes e a sua dedicação foram essenciais para a cultura cinematográfica do Cubal.

Agradecemos imensamente à Fernanda Valadas por iniciar a partilha de imagens e esta interessante discussão e ao Victor Pena, ao Hernani Cabral e ao Rodrigo "Bibito" Guerra por partilharem estas memórias tão detalhadas e vívidas. As suas contribuições são inestimáveis para completarmos esta fascinante história do cinema no Cubal e para mantermos viva a memória desses tempos dourados. A história da nossa vila ganha uma nova dimensão com estes testemunhos que nos trazem de volta os sons dos projetores e a emoção do grande ecrã.

Obrigado Nanda , pela partilha das imagens.

Abraço fraterno a todos vós.

Ruca

03 junho 2025

Cubal, 1959 | A beleza simples de um momento no jardim do Ferrovia


Do meu baú pessoal e familiar surge mais esta fotografia, que provavelmente foi tirada no mesmo dia da imagem partilhada pela amiga Eufémia Marques em  post anterior . 

Na imagem, em destaque e com a serenidade de quem já carregava luz própria, está a minha linda futura mãe, Júlia Flórido (Gonçalves). De vestido branco, em pé à beira da piscina do Jardim do Ferrovia, onde hoje a memória corre mais forte que a própria água. Ao fundo, outras crianças e jovens parecem partilhar a mesma alegria desse tempo simples e puro.

Como referiu a Eufémia, não existia ainda o edifício do Clube Ferrovia — apenas os bungalows de madeira acolhiam as festas e encontros que tantos recordam com saudade. Mas a felicidade já morava ali, naquele espaço que era de todos, onde cada banco, cada árvore e cada olhar se tornavam eternos.

É impossível não me comover ao ver a minha mãe assim — jovem, bonita, firme no seu jeito tímido e elegante, sem saber ainda tudo o que a vida lhe reservava. São estas imagens que nos ligam à nossa origem, que dão rosto às histórias que ouvimos em casa e que, agora, partilhamos para que não se percam no tempo.

Com este registo, deixo mais uma peça do grande puzzle da memória cubalense.
Que esta imagem toque também o coração de quem a vê — e que ajude a manter viva a alma do nosso Cubal Angola Terra Amada.

Com carinho,
Ruca
https://cubal-angola.blogspot.com

02 junho 2025

Cubal – Finais dos anos 50 | Casamento da amiga Fátima Chícharo Neves.

Em pé da esquerda para direita : 2ª a minha jovem e futura mãe Júlia Flórido (Gonçalves), com 16-17 anos. Noiva : Fátima Chícharo Neves. Quem identifica as restantes amigas?
CLICAR NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Hernâni Cabral, disse: "Ruca. Além da tua mãe reconheço na direita da foto a seguir à miúda a Emília Saraiva que casou com o Benjamim Coelho e a seguir é a Lucília cunhada do Pereira revisor do CFB. As miúdas, direi que são as irmãs da Fátima Chícharo Neves mulher do Augusto Neves(cabecinha) e já a agora tias da Ana Paula Neves."...

 

Outro contributo cubalense, diz: Ruca,  a noiva, Fátima Chícharro, que casou com o Augusto Neves (cabecinha de ouro), como era conhecido. As duas crianças, irmãs da noiva, Corália e Lita Chicharo. 

Outro comentário não identificado: Como curiosidade, o edifício branco que aparece na foto era a serralharia do Sr Virgilégio, pai do Becas, no inicio do bairro da Camunda




 Do fundo do meu baú familiar, partilho mais uma pérola que nos transporta para os tempos dourados do Cubal no final dos anos 50. Esta fotografia, desbotada pelo tempo mas viva em emoções, traz consigo a simplicidade elegante e a beleza pura de uma geração que marcou os alicerces da nossa terra.

No verso da foto, apenas uma breve anotação: “Casamento de uma amiga…”. Uma frase que, apesar de vaga, abre um mundo de memórias e mistérios por desvendar.

Reconheço, com emoção, a minha querida mãe, Júlia Flórido (Gonçalves), ainda jovem, a segunda em pé a contar da esquerda. Uma imagem que me toca profundamente e me liga a tantas histórias ouvidas ao longo da vida — de amizades, festas, e de uma juventude vivida com intensidade no coração de Angola.

A noiva, ao centro, é o rosto da elegância e da felicidade, vestida de branco, com tiara e vestido de tule, rodeada pelas amigas que certamente fizeram parte do seu dia mais especial. Mas… quem será ela? E quem são todas estas jovens encantadoras que a rodeiam?

Lanço aqui um apelo a todos os que guardam na memória os tempos do nosso querido Cubal: ajudem-me a identificar este momento e ano do evento, esta noiva e os nomes de todas as jovens presentes na imagem. Cada nome que juntarmos a este retrato é uma peça que se encaixa no nosso puzzle de memórias.

Porque recordar é viver — e juntos mantemos viva a alma do nosso Cubal.

,
Ruca
https://cubal-angola.blogspot.com

01 junho 2025

Memórias com alma – Jardim do Ferrovia - Cubal, 1959

Da esq. para direita: Eufémia Vieira (Marques),  Laura, pequena Guida - irmã da Eufémia, a m/ mãe Júlia e a Fernanda Oliveira

 
É com uma emoção difícil de descrever que partilho esta imagem rara e preciosa, enviada pela querida Eufémia Vieira Marques, amiga da casa e guardiã de tantas memórias do nosso Cubal.

Corria o ano de 1959 e o cenário é o velho Jardim do Ferrovia — um espaço ainda sem o emblemático edifício do clube, onde o salão era feito de simples bungalows de madeira, mas onde se viviam momentos de uma beleza e alegria que o tempo nunca conseguiu apagar.

Nesta fotografia, de um valor incalculável para mim, está a minha mãe, Júlia Flórido (Gonçalves), com apenas 17 anos. Vê-la assim, jovem, radiante, sentada entre as amigas que sempre ouvi mencionar em casa ao longo da minha vida, é como abrir uma janela para o passado e sentir o calor daquelas histórias contadas ao serão.

Da esquerda para a direita: a Eufémia Vieira (Marques), sempre sorridente, a Laura (filha do senhor Edmundo Freitas, dos Açores), a pequena Guida, irmã da Eufémia, a minha mãe Júlia, e a Fernanda Oliveira — nomes que me acompanham desde sempre, carregados de ternura e cumplicidade.

As roupas, os sorrisos, o cenário simples mas cheio de vida… tudo nesta imagem respira autenticidade. É uma celebração da amizade, da juventude cubalense e da força de laços que resistiram ao tempo e à distância. São estas memórias vivas que fazem do Cubal não apenas um lugar, mas uma parte eterna do nosso coração.

Obrigado, Eufémia, por esta partilha que tanto significa para mim. Que esta imagem fale aos corações de todos os que aqui viveram, cresceram e deixaram um pedaço da sua alma.

Com carinho,
Ruca

A beleza feminina cubalense dos anos dourados - Cubal anos 60

Da esquerda para direita: Emília Cunha, Eufémia Vieira Marques, Paula Xavier e Locas 

Há imagens que não apenas capturam um momento no tempo, mas transportam-nos para uma era de elegância, juventude e encanto. Esta fotografia, gentilmente partilhada por Eufémia Vieira Marques, é uma dessas preciosidades que nos fazem viajar aos anos 60, ao coração do Cubal, mais precisamente ao salão do Recreativo do Cubal — palco de tantas memórias inesquecíveis.

Nesta ocasião especial — um casamento cujo nome do casal continua um pequeno mistério a desvendar — vemos quatro jovens cubalenses num brinde de pura alegria e amizade. Da esquerda para a direita, identificamos Emília Cunha, Eufémia Vieira Marques, Paula Xavier e Locas.  O sorriso espontâneo de cada uma, o brilho nos olhos e os vestidos delicadamente escolhidos para a ocasião são testemunho da graciosidade e sofisticação das mulheres cubalenses da época.

A mesa decorada com um bolo esculpido e detalhes florais remete-nos para o cuidado e carinho com que se celebravam os momentos importantes. Mas é sobretudo a leveza do gesto, o levantar dos copos em uníssono, que simboliza a união, a amizade e os laços que marcaram uma geração.

A beleza aqui não é apenas exterior — ela vive na elegância do gesto, na expressão sincera de felicidade, na forma como a história se entrelaça com a vida de cada uma destas mulheres. São memórias como esta que constroem a alma do Cubal e mantêm viva a chama do passado.

Agradecemos à Eufémia esta partilha que nos enche de ternura e nostalgia.

Ruca

Créditos: Imagem do arquivo pessoal de Eufémia Vieira Marques, partilhada para o Cubal-Angola. Terra Amada!

P.S.: Se a noiva não está nesta foto, onde estaria ela? Talvez numa próxima partilha descubramos — a história continua!

29 maio 2025

Um momento de cumplicidade em 1965: Fernando Van der Kellen e Chico Valadas

                                    Fernando Van der Kellen e Chico Valadas
 

No ano de 1965, em pleno coração Cubalense, dois grandes amigos partilhavam um instante de pura cumplicidade: Fernando Van der Kellen e Chico Valadas. Esta imagem, capturada com espontaneidade, revela não apenas os rostos  destes dois cubalenses, mas também a essência de uma amizade que resistia ao passar dos anos.

Num tempo onde os encontros eram celebrados com simplicidade e calor humano, Fernando e Chico representam o espírito acolhedor de uma comunidade unida pelas histórias, pelas risadas e pelos momentos vividos juntos. 


Que esta fotografia nos lembre do valor das amizades que atravessam décadas e continuam a inspirar as gerações futuras.


© Cubal Angola Terra Amada!
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Se tiverem mais histórias ou curiosidades sobre estes dois amigos, partilhem nos comentários — adoraríamos conhecer mais detalhes desta amizade!

Encontro de amigos no Cubal dos anos 50: António Valadas e Mário Paulo

António Valadas e Mário Paulo

Nesta fotografia de 1950, dois rostos marcantes da história cubalense cruzam-se: António Valadas e Mário Paulo, reunidos na casa deste último. A imagem captura um momento de convívio, reflectindo a camaradagem e as vivências que definiram uma geração. Cada detalhe, desde as expressões serenas até ao ambiente acolhedor, transporta-nos para o Cubal de outrora, onde as relações humanas eram o alicerce da comunidade.

Uma fotografia que é, acima de tudo, um tributo às memórias partilhadas e às raízes que continuam a unir os cubalenses.


© Cubal Angola Terra Amada!


Memórias de Cubal: Nanda Valadas, Mário Paulo e Paula nos Ano 1950

 

Nanda Valadas, Mário Paulo e Paula - Ano 1950

Esta imagem, capturada na década de 1950, transporta-nos para um momento especial na casa do Sr. Mário Paulo, no Cubal. Nanda Valadas, então com apenas 2 anos, partilha este instante com o Sr. Mário Paulo e a Paula, numa composição que retrata a simplicidade e a beleza das relações familiares e comunitárias da época.

A fotografia, mais do que um registo, é um testemunho vivo da história cubalense, onde cada rosto conta uma história e cada detalhe revela um pouco do quotidiano de uma Terra Amada. Através destas memórias, revivemos a essência de Cubal e homenageamos as pessoas que fizeram parte desta jornada.

Partilha connosco as tuas recordações ou histórias sobre Cubal nos comentários! 🌍❤️

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25 maio 2025

Rostos da juventude cubalense: Uma fotografia que conta histórias (Início dos Anos 1970)

 


Esta foto do início dos anos 70 mostra uma juventude cubalense vibrante. Na fila de cima, da esquerda para a direita, vemos Áurea Ribas, Fernando Marta, Filipa (nome a confirmar), Mário Campanhã, Alice Almeida e Emília (nome a confirmar). Em baixo, também da esquerda para a direita, estão meu tio, Eduardo Flórido, Fernanda Almeida, Helga e Bessa. 
É uma imagem que evoca amizade e memórias de uma época. 

Se houver correções nas identificações, por favor, informem.

Convite à Comunidade Esta foto é um quebra-cabeças que só os cubalenses podem completar. Se:

  • Reconheces alguém na imagem,
  • Tens informações sobre os apelidos em falta,
  • Ou guardas fotos semelhantes,

Contacta o blogue (https://cubal-angola.blogspot.com) ou deixa um comentário. Cada detalhe resgata uma parte da história coletiva!


Obrigado

Ruca

23 maio 2025

Apelo no livro de visitas do Cubal (Cutolo -Calondo)

Alguém consegue ajudar o José  Augusto, familiar de Carolino Lopes. Apelo no ( clicar aqui no) Livro de visitas do Cubal . Por favor responder no mesmo local. Obrigado.  Ruca

21 maio 2025

Três amigos e as motas que marcaram gerações no Cubal - Cabolas, Chico e Santana


Entre as memórias que resistem ao tempo, destacam-se as imagens de três jovens – Cabolas, Chico e Santana – posando com a moto, símbolos de liberdade e modernidade no Cubal dos anos 1960. Estas fotografias não só capturam a cumplicidade entre amigos, mas também um pedaço da história tecnológica e social da época. 

 

Ajudem a desvendar os detalhes.

 

Cabolas, Chico e Santana
com a (provável) Honda C 114
Anos 60




O Posto de Saúde antigo

"Esta foto, sem autoria conhecida, mostra o antigo posto de saúde do Cubal, um local cheio de histórias. À esquerda, era a vivenda do enfermeiro Gouveia, que nos chamava "barriga de ginguba" no dia das injeções. Lembro-me das 21 agulhadas da vacina da raiva – consequência de brincar com uma cadelita que morreu – e do mercurocromo a cobrir os joelhos esfolados.

O posto, era/foi gerido por figuras como o enfermeiros Mário Jorge, Gouveia e  Diamantino Coelho . 


Contexto: Um retrato da saúde pública de então, onde enfermeiros eram heróis locais e as crianças sobreviviam às aventuras com resiliência (e algumas cicatrizes para contar)."


  • NB: A foto do posto de saúde, embora não identificada, é uma relíquia para o blogue – quem se lembra dos enfermeiros  e outros ou das injeções ?

As Motas da família Valadas

António Valadas - em frente ao Clube B. Recreativo do Cubal


Estas fotos capturam a alegria simples da vida no Cubal, onde as motas eram mais que transporte; eram parte da identidade da família.


Do que consegui apurar da narrativa da Nanda:


"O meu pai era um entusiasta de motas – comprava-as novas, todas elas, através do senhor Piedade que as encomendava por catálogo. Numa das fotos, vemos duas motas: uma pertencia ao pai Valadas , a outra ao meu tio Zé. Em cima delas, estão as minhas tias Maria José (à esquerda, que hoje vive perto de Cascais e celebra incríveis 104 anos!) e Mariana, esposa do tio Zé. No meio, o meu primo Fernando Valadas, membro ativo do nosso blogue.

Noutra imagem, o meu pai posa com a moto e o macaco Simão, o "malandro", enquanto o meu irmão Chico, com cerca de 7 anos, observa de bicicleta. Recordo o quintal da nossa casa, onde bambus gigantes cresciam – talvez os mesmos que o Colégio Eça de Queirós viu, quem sabe?"

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Maria José (à esquerda, que hoje vive perto de Cascais e celebra incríveis 104 anos!
Mariana, esposa do tio Zé. 
Meu primo Fernando Valadas

António Valadas, Chico Valadas e o macaco Simão :-)


  • As datas aproximadas (1949-1951) e os nomes mencionados (Fernando Valadas, tias Maria José e Mariana, Chico e António Valadas) são peças deste puzzle familiar.