Do fundo do meu baú familiar, partilho mais uma pérola que nos transporta para os tempos dourados do Cubal no final dos anos 50. Esta fotografia, desbotada pelo tempo mas viva em emoções, traz consigo a simplicidade elegante e a beleza pura de uma geração que marcou os alicerces da nossa terra.
No verso da foto, apenas uma breve anotação: “Casamento de uma amiga…”. Uma frase que, apesar de vaga, abre um mundo de memórias e mistérios por desvendar.
Reconheço, com emoção, a minha querida mãe, Júlia Flórido (Gonçalves), ainda jovem, a segunda em pé a contar da esquerda. Uma imagem que me toca profundamente e me liga a tantas histórias ouvidas ao longo da vida — de amizades, festas, e de uma juventude vivida com intensidade no coração de Angola.
A noiva, ao centro, é o rosto da elegância e da felicidade, vestida de branco, com tiara e vestido de tule, rodeada pelas amigas que certamente fizeram parte do seu dia mais especial. Mas… quem será ela? E quem são todas estas jovens encantadoras que a rodeiam?
Lanço aqui um apelo a todos os que guardam na memória os tempos do nosso querido Cubal: ajudem-me a identificar este momento e ano do evento, esta noiva e os nomes de todas as jovens presentes na imagem. Cada nome que juntarmos a este retrato é uma peça que se encaixa no nosso puzzle de memórias.
Porque recordar é viver — e juntos mantemos viva a alma do nosso Cubal.