15 março 2017

Augusto Neves "cabecinha d`ouro"

Augusto Neves "cabecinha d`ouro" 
Uma referência no desporto cubalense

Futebol cubalense, por Linda Rogado



anónimo
O "Cubalense" que está de cócoras e com a bola nas mãos, é o Celso Barroso,  marido da minha prima Matilde!!!!

Amigos cubalenses, por Linda Rogado

 Quem ajuda na legendagem, identificando todos estes amigos?
Celestino Alves Geral
Da esq. para a dir. Augusto Neves(Cabecinha), José Sousa, Jacinto Guerra, Becas,penso eu de que. Os restantes não me lembro.

Futebol cubalense


A Linda Rogado, filha do Augusto Neves (Cabecinha d'ouro), partilha connosco alguns testemunhos do seu querido pai.
Quem se lembra destes momentos e pode ajudar na legendagem?

Obrigado Linda, publicarei as restantes nos próximos dias.
Abraço
Ruca

17 setembro 2015

Do GIL para a nossa Diáspora Cubalense



Obrigado, Jaime, pela mensagem que nos ofereceste no facebook. Mas também gostava de a ver aqui nas colunas do nosso Cubal-Angola-Terra Amada. 

  Há anos, sugeri aqui nas nossas páginas, que todos nós, relatássemos, como cada um melhor entendesse, os passos mais significativos da nossa vinda e radicação neste pedacinho de Portugal. Penso que todos nós, agora 40 anos passados, podemos contar alguns episódios e peripécias, como se estivéssemos reunidos debaixo de uma árvore no convívio do Luso. Não perdemos nada e fica para a história. Mesmo qualquer atitude menos digna, já atingiu a caducidade. Penso que só o Ruca, aderiu nessa altura, é minha sugestão. Foi bom.    Alguns de nós sofreram mais que outros, outros que sentiram menos, não por serem mais ou menos lúcidos, mas pelas circunstâncias que nesses momentos se lhes depararam.  Hoje lembro com saudade alguns problemas dessa fase.

Eu, no Cubal, vivia com a Foto Lig, tinha um táxi que trabalhava especialmente para a Repartição de Finanças, para os Delegados de Saúde e do Ministério Publico. Além disso era agente da Companhia de Seguros  A  NACIONAL e também da Agencia de Viagens EXPRESSO, do Lobito.  Vendiam-se muitos bilhetes TAP para a metrópole, que custavam cerca de 14.000 angolares e eu tinha uma comissão de 4 %.  Como eu, não precisava de levantar essas comissões ao fim de cada ano, verificava quanto tinha em crédito, fixava o meu olhar nos hemisférios do mapa-mundo, e mandava emitir um bilhete LOBITO-LUANDA-LISBOA-RIO, etc.   etc- LOBITO, com respectivas reservas de hotéis. Nos anos seguintes, a cena repetia-se para outros cantos do globo.   Mas quando os meus pés pisavam de novo os aeroportos do Lobito ou de Benguela, levantava os olhos para os céus, feliz por voltar ao meu paraíso.

   Como todos os anos, vinha a Lisboa, tinha que utilizar hotel, alugar carro, etc., um dia pensei em alugar uma casa, comprar carro e guardá-lo numa garagem, e que servia também para qualquer amigo que cá viesse, aproveitar a casa e carro.   Realizei estas ideias e passado um tempo, aliando as minhas ideias ás de um meu irmão, também fotografo e que residia em Moçâmedes. Pensamos que, como não eramos pessoas ricas, não nos podíamos dar ao luxo de vir para Lisboa, armados em ricaços.   Depois pensamos em montar uma loja de fotografia em Lisboa, que só funcionaria 6 meses por ano. No verão lisboeta eu estaria cá 2 ou 3 meses, ele os outros 3 meses, obteríamos qualquer rendimento para essas  férias e depois, os restantes meses, na nossa querida Angola. E assim montamos uma loja de fotografia, junto á igreja dos Anjos. Mas  NUNCA,  NUNCA,   NUNCA,  nos passou pela cabeça deixar de viver nessa terra amada.   Sempre pensei passar toda a minha vida, nessas paragens e muito especialmente no nosso querido Cubal.
       Morava eu na casa de esquina em frente á casa do padre Zé, onde havia morado o Raul, quando numa certa noite, um nosso amigo cubalense me bateu á porta, dizendo que tinha a cabeça a prémio e pedindo um empréstimo de todos os dólares que eu tivesse, porque tinha que ir imediatamente para a África do Sul. Eu emprestei-lhe os dólares e rands que tinha.      Até hoje..................

      No dia seguinte fui ao Lobito, e com os contactos que tinha na Companhia Colonial e na Nacional, arranjei maneira de embarcar a mulher e os filhos no primeiro paquete que chegou ao Lobito.   E daí, fiquei vivendo no Cubal.   Formei um trio, com o Borges da farmácia e o Vilaça, e todos os dias era assado um cabritinho ou um leitãozinho, num forno que havia nas traseiras da sede do Ferrovia. O Vilaça, esgotou o stock dos vinhos de boas marcas que tinha na loja.     Eu, lavadeiras também tinha, só que surgiu um problema. A certa altura, eu só tinha uma camisola para uma, um lençol para outra, umas calças para outra e já não tinha mais roupa suja que chegasse para todas. Mas enfim, com estes sacrifícios todos, lá íamos vivendo.

    Depois com os contactos dos amigos da EXPRESSO LOBITO, adquiri 12 bilhetes-viagens do LOBITO-LUANDA-LISBOA-LUANDA, e nesse período de Outubro e Novembro, fiz umas 12 viagens.  Cheguei a despachar bagagem em Luanda, ir em fila para o avião, dar uma volta e embarcar com outro bilhete no avião do dia seguinte, com mais respectiva bagagem, que se ia aglomerando nos armazéns do aeroporto de Figo Maduro, e aproveitava as manhãs para ir ao Banco de Angola, trocar uns tantos contos por angolares, com cada bilhete TAP. Angolares trocados por escudos, na zona da Maianga em Luanda, também era usual.   

     Depois, foi ter que tentar esquecer o nosso querido Cubal e o nosso estilo de vida.   Sem dar por isso, quando a independência aconteceu, eu tinha em Lisboa, casa, carro, loja e uns patacos, tudo aconteceu por mera casualidade, pois   NUNCA    me passou pela cabeça, deixar de viver na nossa querida Angola.   As coisas foram acontecendo e simples e naturalmente, originadas talvez somente pelo meu espirito de viajar e aproveitar a vida.

     Mas também aconteceram casos menos agradáveis, que com a força da minha juventude dessa época, se foram vencendo.

      Mas também, um caso engraçado. Em princípios de 1974, comprei em STUTGART um Mercedes novo, importei para Angola, e em meados de 1974, vendi-o a um amigo cubalense. Ele trouxe o Mercedes quase novo para  e metrópole, e eu deixei o dinheiro no Banco de Angola.    Inteligência negativa........

       Depois, fui fixando mais a minha vida em Lisboa, quási sem dificuldades, trabalhando sempre honestamente, encontrando aqui e ali angolanos e cubalenses amigos, até que surgiu o primeiro encontro no Luso, que proporcionou uma verdadeira loucura de alegria e prazer.

        E agora, que já cá cantam  78  Setembros, vamos levando a cruz ao calvário o maior período de tempo que consiga. Um abraço para todos.

Gil Barros

02 setembro 2015

26º Encontro dos Antigos Estudantes e Amigos do Cubal



40º Aniversário do Êxodo
26º Encontro dos Antigos Estudantes e Amigos do Cubal
Está a chegar o próximo encontro dos Antigos Estudantes e Amigos do Cubal.
Faz precisamente 40 anos, que entre 17 de Julho de 1975 e 3 de Novembro, desse mesmo ano, se deu a derrocada imparável da sociedade angolana, tal como um navio a afundar-se, estava condenada à destruição e à ruína. Em escassos meses, mais de trezentos mil “retornados”, são obrigados a largar tudo e a fugir, embarcando numa ponte aérea e marítima que marca o maior êxodo da história dos portugueses. Para trás deixaram os seus amigos, os seus amores, as suas fazendas, as suas lojas, as suas casas, os seus carros e até os seus animais de estimação e também deixaram um rastilho aceso que acabaria por abalar toda a África Austral. O preço para o povo angolano dessa luta fratricida, sem quartel, foi muito elevado, para no fim não existirem vencedores.
Afinal todos perderam…

Há 40 anos quando chegamos de Angola, pensem bem, eu, José Lemos, tinha 26 aninhos e os meus “velhotes” 46. Como é possível ter nesta altura do campeonato, um filho com a idade dos meus pais? Este raciocínio até parece um paradoxo do tipo Epiménides. Curioso!... Como não me apercebi da velocidade alucinante do tempo? Esta verdade nua e crua, do decorrer da vida, com a qual nos defrontamos permanentemente, é irreversível e imparável, e para mal dos nossos pecados, é limitada, e quando chegarmos à meta, ali já ao virar da esquina, aguarda-nos uma agência de viagens que nos irá oferecer um bilhete de ida, sem regresso, para uma “jornada de luz” em direcção ao infinito.
Mas enquanto espero com paciência por esse futuro inevitável do além, mas indesejável, provavelmente de trevas, vou pregar-lhe uma “finta” e rumar ao passado.
No arquivo geral da minha memória, clico ao acaso num qualquer ficheiro e ao abri-lo, vislumbro um conteúdo da adolescência com mais de cinquenta anos de existência, tendo como pano de fundo os dois clubes, o da Vila e o do Ferrovia. O nome destas duas instituições é sinónimo de grandes farras com conjuntos musicais e bailarico e sobretudo o que muito me deleitava, assistir a projecção de filmes. Quanto a estes, recordo as famosas películas cinematográficas de “Westerns” e algumas deixaram marcas indeléveis, caso de Shane, Rio Bravo, Os Profissionais, Por um Punhado de Dólares, Os Sete Magníficos, Cinco Anos Depois. Lembro-me deste último, cuja acção decorre próximo da fronteira dos Estados Unidos com o México e o resultado é singular e importante. «One-Eyed Jacks» põe Marlon Brando frente a frente a um velho cúmplice de assaltos que o traíra, Karl Malden, feito sheriff de uma cidade onde o primeiro o vai encontrar cinco anos depois de ter sido preso.
Na época, ao analisar uma história deste género, com uma ponte de cinco anos, a nossa “tola” entrava em órbita, tal o grau de perplexidade que a envolvia, era muito tempo, era areia a mais. Claro, significava pouco menos de metade da nossa curta existência!
Afinal tudo é relativo, como diria Albert Einstein. Esse minúsculo espaço de tempo não passava de um sopro…

Na verdade tens uma oportunidade excelente de no dia 3 de Outubro reencontrares colegas que já não os vês, não há cinco anos, nem tão pouco há vinte, mas há quarenta ou mais anos. Prepara-te para momentos inacreditáveis e irrepetíveis no resto da nossa existência.

Mas… Alguém pergunta:
“O que é que é preciso fazer para experimentar uma oportunidade, como esta, com tanta emoção”?
Muito simples, respondo!
“Apenas e só, inscrever-te no próximo Encontro dos Antigos Estudantes e Amigos do Cubal. De outro modo, não adianta depois chorares sobre o leite derramado”.

Agendado para o dia 3 de Outubro de 2015, na Figueira da Foz, promete ser inovador para os participantes e espera congregar muitos daqueles que foram companheiros de caminhada, de carteira, de trabalho e de aventuras, visando sobretudo o reforço das suas ligações.

 A Organização do Evento, pretende proporcionar agradáveis momentos de convívio e como é óbvio, gostaria de poder contar com a tua presença.
26º Encontro de Antigos Estudantes e Amigos do Cubal

A 03 de Outubro de 2015 realiza-se no Grande Hotel da Figueira da Foz – Mercure - o Encontro de Antigos Estudantes e Amigos do Cubal que permitirá, “reviver, durante um fim de semana intenso, todas as lembranças do tempo de estudante com os amigos e a família”.
Reserva o teu lugar antes que esgote, contacta-nos por e-mail ou telefone.

1 - PROGRAMA

Sábado • 3 de Outubro
14H00     
§  Concentração no Hotel
§  Recepção dos participantes no Hall do Hotel, a realizar por elementos da organização.
§  Distribuição dos quartos (ver quartos - nota1).
§  Convívio
18H30     
§  Aperitivo  (ver Menu)
20H00     
§  Jantar (ver Menu)
 21H30
§  Animação musical.
§  Baile
§  Vai andar o quino
§  Surpresas
§              Ceia (ver Menu)  por volta das 01H00
Custo da Animação Musical
§  5€ por pessoa

Domingo • 4 de Outubro
§  Entre as 07H00 e as 11H00 será servido o Pequeno Almoço
2 - MENU
Aperitivo
§  Espumante de frutos silvestres e canapés
 Jantar:
§  Sopa de peixe (Opção – Creme de Espargos)
§  Bacalhau com broa
§  Medalhões de Novilho com Molho de Pimentas, acompanhado com batata rosti e legumes salteados
§  Buffet de sobremesas
Ceia:
§  Ceia prego no pão e caldo verde
Custo
§  28.50€ por pessoa
QUARTOS
Nota1:
§  Em função da sua localização e vista, os quartos serão distribuídos da seguinte maneira: 1- Disponibilidade do Hotel na entrega dos quartos à organização; 2 – Opção de escolha para quem dorme já na sexta-feira; 3- Distribuição dos restantes quartos, por parte da organização, de acordo com a data de inscrição no encontro feita pelo participante.

Tabela de Custos das Dormidas
§  Quarto para uma pessoa
Custo 49€
§  Quarto para duas pessoas
Custo 54€
§  Quarto para duas pessoas C/Cama Extra (com < 14 anos)
Custo 54€
Serviço Grátis para Crianças com < de 14 Anos de Idade

3 - O TEU CUSTO
= Despesa com o Hotel (Jantar 28,50€ por pessoa + Quarto) + 5€ por pessoa para Animação Musical
4 - PROCEDIMENTO PARA PAGAMENTO
Por razões de ordem logística, seria muito importante ter a confirmação da tua presença e comprovativo de pagamento, impreterivelmente, até ao dia 16 de Setembro de 2015 (deve ser utilizado preferencialmente o pagamento por Multibanco utilizando o NIB 0007 0000 00281645903 23, seguido do envio da fotocópia do talão de transferência do Multibanco – digitalizado - para o endereço de email:

Se a opção for o pagamento através de cheque, o mesmo deve ser passado em nome de Sérgio Augusto de Sousa Gonçalves e enviado pelo correio para:
Sérgio Gonçalves
Rua Ciudad Rodrigo, 44
Buarcos
3080 – 221 Figueira da Foz
Em caso de dúvida contacta a organização.

Esperando que nos possamos encontrar no próximo dia 3 de Outubro, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

5 - Elementos da Organização e Contactos

Endereço do e-mail
Telemóvel
Tel.Fixo
Sérgio Gonçalves
968579775
233428340
Amílcar Múrias
964003593

Mª Conceição Múrias
910100901

Mª Olímpia Lemos
969626508
232400790





6 - Podes aceder ao nosso Blog do Encontro:

27 agosto 2015

Curiosidades da família Flórido e dos seus seis irmãos - artigo do Penacova Actual

O meu avô Joaquim Flórido , que agora nos deixou, era o mais velho de seis irmãos.

Aqui partilho, com os meus amigos, o artigo do Penacova Actual de 23 de julho de 2015, sobre a família e a curiosa longevidade e lucidez de todos.

link da notícia :
http://www.penacovactual.pt/2015/07/cheira-seis-irmaos-entre-84-e-102-anos.html

http://www.penacovactual.pt/2015/07/cheira-seis-irmaos-entre-84-e-102-anos.html


Agradecimento

Há momentos na vida em que nada é capaz de realmente nos acalentar o coração, mas saber que temos amigos cubalenses e não só, que nos amam, traz imenso conforto.

Quero agradecer a todos os familiares e amigos (dos tempos do  Cubal e de Portugal )  que manifestaram as suas condolências e pêsames pela perda do avô Flórido. Pelos gestos, palavras de conforto, carinho e atenção que tiveram comigo e com a minha família.

O Vosso apoio foi e é importante para mim e restante família.

Deixo a todos vós, os meus mais sinceros agradecimentos e um abraço caloroso  da família Flórido Gonçalves

Ruca (rui gonçalves)