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15 junho 2009

CIVILIZATION AT CROSSROADS

Para quem como eu, é preocupado por este planeta a que chamamos casa, vejam também o reverso da medalha.
Quem conseguir descarregar o filme da ABC News (Earth 2100), saído em 2 de Junho de 2009, verá o reverso da medalha do Home.
Verá também como somos importantes, todos nós, para tentar salvar a" nossa casa".
Quem não conseguir, pode sempre ver excertos, procurando por Earth 2100 no Google.

Um abraço
Henrique

12 abril 2009

Para reflectir

Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis e um exército de professores, explicadores,educadores e psicólogos,como se a criança fosse um potro de competição.Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida , mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho,os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a FELICIDADE.
João Pereira Coutinho, Jornalista