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26 novembro 2025

🛶 Uma viagem de memórias: António Freitas de Oliveira no Cubal!

 🛶 Uma Viagem de Memórias: António Freitas de Oliveira no Cubal!

É com imensa alegria e entusiasmo que damos as boas-vindas ao colaborador do nosso espaço, o blogue CUBAL ANGOLA TERRA AMADA!.

Recebemos hoje o primeiro de vários textos e fotografias do nosso conterra António Freitas de Oliveira. O António, que está a preparar um livro baseado nas suas vivências de infância no Cubal, disponibilizou-se gentilmente para partilhar connosco alguns excertos em primeira mão.

O António traz-nos um olhar poético e profundamente pessoal, onde a recordação da terra se mistura com as paisagens, as figuras e as sensações de quem ali cresceu. A sua escrita, rica em expressões locais e em imagens que nos transportam no tempo, certamente irá despertar em muitos de nós aquele tão familiar e doce sentimento de saudade e reconhecimento.

Começamos esta colaboração com o texto "Visitas na Nossa Terra - I". Preparem-se para pedalar nos caminhos de areia, fintar galinhas e revisitar a "Baía Azul" e o "morro" do Cubal através dos olhos de um menino.

Sejam bem-vindos a esta viagem pela memória!



Visitas na Nossa Terra - (parte I)

As bicicletas levantavam a poeira que competia ao estreito caminho de areia 'doce de beijar borracha', sem importunar o óbito do kota Januário, ex-kapiangador do etílico azul de polir coronha de espingarda.

Os galináceos da aldeia fintavam o desfecho do Januário, desafios à morte em movimentos suicidas, 'valsas biscleteiras', danças do ventre em rodopio à kinga Ulisses!

A verdade é que o Tomé, kakuenje de um militar português, tremia junto com o capim soprados a vento descendente do morro, tudo o assustava, até os gambuzinos que atravessavam o atlântico para morder na Baía Azul, ali, aos olhos da Caotinha

- Então Tomé? Esses ananases? Apanhas? Ou preciso subir no escadote?

Bondades da infância, estigar o inocente pardal da Beira Alta, jeito de crescer africano com barba.

Todos os modos de ser criança são recriados nos anos somados, quando os cabelos da cal retirada dos tambores da missão do Kuando te fazem bater os sonhos, visitar os parentes que ficaram, os animais amigos, fecha só os olhos... vês melhor que na televisão, visitas a Nossa Terra.

(continua) 

@ntonioFreitasdeOliveira (texto/fotografia)

29 outubro 2025

🗞️ Tesouros do passado: Cubal, a "Sisalândia", rumo a sede de Concelho e ao progresso!



Apesar da baixa qualidade da imagem disponibilizada, é com grande entusiasmo que partilhamos hoje um documento histórico notável, cedido gentilmente pelo António Freitas de Oliveira. Trata-se de um artigo de revista, com o título expressivo "CUBAL vai ser sede de concelho e deseja também uma agência do BANCO DE ANGOLA", que nos transporta diretamente para um momento crucial na história do nosso vibrante  Cubal.

Uma época de otimismo e evolução

O texto, provavelmente publicado num período de pré-elevação ou pouco depois da crise do preço do sisal, capta na perfeição o espírito de luta e a ambição dos habitantes de Cubal. A "aspiração máxima" da povoação era clara: ascender à categoria de vila e sede de concelho.

🌿 Cubal, a “Sisalândia”: O artigo destaca o papel de Cubal como um dos maiores produtores de sisal de Angola – uma designação que a ligava intrinsecamente à sua economia agro-pecuária e aos seus "férteis terrenos".

A luta pelo reconhecimento

O artigo enfatiza que a elevação a sede de concelho seria a "efectivação de um sonho" alicerçado na sua crescente importância. A data de 1959 é mencionada como um ano de promessa para este passo em frente – um sonho que viria a concretizar-se. Para o registo histórico, o Cubal foi elevado à categoria de vila e sede de concelho em 14 de junho de 1961.

Os pilares do progresso desejado:

  • Infraestruturas: Construção de edifícios para a sede da Administração, Comissão Municipal, Fazenda, Correios, e a ampliação do Hospital.

  • Economia: O desejo de novas indústrias e a consolidação do setor do sisal, incluindo oficinas e armazéns.

  • Serviços Bancários: A necessidade urgente de uma agência do Banco de Angola, devido aos 200 km de distância até à agência mais próxima (em Benguela), demonstrando o crescente volume de transações comerciais, industriais e agrícolas.

O texto conclui com uma nota de forte confiança no futuro: "Só assim é que se compreende o progresso e só assim é que Angola caminhará para o futuro."


🏛️ Uma viagem no tempo

As fotografias que acompanham o artigo são um tesouro à parte, mostrando:

  • "Modernas construções" (a parte superior da imagem).

  • Uma "casa de arquitectura original" no Cubal (no centro).

  • Um edifício em construção.

Estes registos visuais são um testemunho tangível da arquitetura e do ímpeto de desenvolvimento urbano da época.

Agradecemos profundamente ao António Freitas de Oliveira por partilhar connosco esta peça de incalculável valor para a memória de Cubal. Ela recorda-nos que as cidades são feitas de sonhos e de esforços que, tal como o Cubal, procuraram e mereceram o seu lugar de destaque no mapa.


Convidamos os nossos leitores: Têm memórias, histórias ou mais informações sobre esta época do Cubal? Partilhem connosco nos comentários! Seria ótimo enriquecer esta narrativa.

Obrigado

Ruca


 

17 junho 2025

Camaradagem na caça: O Dr. Freitas de Oliveira e um grupo de Cubalenses em tempos idos


 Mário Paulo, José M. Cabral, Freitas de Oliveira, João Jorge Paulista, Fernandes, Cravo (maquinista CFB), Brito e Rodrigues. 
Obrigado a quem contribuiu na identificação - Ana Cristina Paulista, Celestino e Hernâni)


Com as generosas partilhas da família Freitas de Oliveira, continuamos a folhear o álbum de memórias do nosso Cubal. Hoje, deparamo-nos com uma imagem que, à primeira vista, nos transporta para um passado diferente, um tempo com outras perspetivas e costumes. A fotografia mostra o Dr. Freitas de Oliveira (terceiro da esquerda para dta)  e um grupo de cubalenses que partilhavam a paixão pela caça, exibindo com orgulho o resultado das suas jornadas.

É crucial olharmos para esta imagem através da lente da época em que foi captada. Nos "outros tempos", a caça desportiva era uma atividade comum, vista como um passatempo e um meio de convívio social, enquadrada por regras e hábitos então aceites. Esta fotografia é um reflexo desse contexto, de um lazer partilhado entre amigos, onde a camaradagem se forjava também nestas atividades ao ar livre.

Hoje, naturalmente, a nossa consciência sobre as questões animais e ambientais é muito mais apurada. A valorização da biodiversidade, a preocupação com a sustentabilidade e o bem-estar animal são pilares de uma mentalidade que evoluiu significativamente. Ao observarmos esta imagem, fazemos uma ponte entre o passado e o presente, reconhecendo que os valores e as prioridades da sociedade se transformam.

No entanto, a fotografia continua a ser um documento histórico valioso. Ela não só nos mostra um aspeto do quotidiano e dos passatempos dos habitantes do Cubal (ou de alguns cubalenses) daquela época, como também nos permite vislumbrar a rede de amizades e a forma como a comunidade se organizava em torno de interesses comuns. Vemos cubalenses equipados com as suas armas, cintos carregados e os frutos da sua caça – talvez perdizes  – evidenciando a prática e o sucesso da jornada. O ambiente descontraído entre eles sugere a camaradagem e o prazer da companhia mútua.

Esta imagem, portanto, é um convite à reflexão sobre a evolução dos nossos costumes e da nossa relação com a natureza. Mas é também uma oportunidade para recordarmos, com respeito e perspetiva histórica, um tempo e um modo de vida que fizeram parte da tapeçaria do Cubal. 

Convidamos todos a partilharem as suas memórias, a identificarem rostos ou a contextualizarem ainda mais este momento, sempre com a consciência de que o passado, com as suas particularidades, faz parte da rica história do nosso Cubal Angola Terra Amada.

Obrigado

Ruca

Imagem 4: Encontro e partilha – rostos do Cubal - evento


 Imagem 4: Encontro e partilha – rostos do Cubal - evento

Nesta fotografia, provavelmente no mesmo evento da imagem 3, somos convidados a observar um momento de convívio informal da comunidade do Cubal. Um grupo diversificado de pessoas, incluindo figuras com uniforme e civis, está reunido ao ar livre, num espaço que parece ser central à vila. Há uma jovem que segura uma bandeja, talvez oferecendo algo aos presentes, um gesto que sublinha a hospitalidade e a partilha características da nossa gente. As construções ao fundo, com a sua arquitetura tradicional, enquadram este momento de interação social.  Por falar em arquitetura iremos publicar um artigo, daquele tempo, sobre este tema com imagens que irão gostar (a 

Qual era o propósito desta reunião? Conseguem identificar alguns dos participantes ou o local exato onde esta cena foi captada? Ano? 

Obrigado
ruca

Imagem 3: Progresso e inovação Cubalense– O campo/agricultura/indústria em destaque


                          Imagem 3: Progresso e Inovação – O campo/agricultura/indústria em destaque

Esta imagem transporta-nos para um evento ao ar livre, possivelmente uma feira ou exposição relacionada com a agricultura ou indústria, dada a presença de um trator imponente, um "DAVID BROWN 55D". Vemos vários homens, alguns de uniforme, outros de fato, reunidos à volta das máquinas, observando e conversando. O ambiente sugere um momento de apresentação de novas tecnologias ou de balanço da atividade económica no Cubal. A presença de bandeiras ao fundo e a luz intensa do sol reforçam a ideia de um evento público e de relevo. 

Qual seria o propósito desta reunião/feira? 

Quem são as figuras que observam atentamente o equipamento eu partilham ideias neste cenário de progresso?

Peço a V. ajuda e contributo.

Obrigado

Ruca


Imagem 2: Gala e Elegância cubalense

 I   

                            Imagem 2: Gala e Elegância – rostos no centro das atenções
Dr Freitas de Oliveira e ....


Nesta segunda imagem e num outro evento da da imagem 1,  o foco parece recair sobre um grupo restrito de convidados, sentados à mesa. Reconhecem alguns destes rostos? Lembram-se do contexto deste encontro?

Obrigado

Ruca

Memórias partilhadas - família Freitas de Oliveira - O jantar festivo

Das preciosas memórias que a família Freitas de Oliveira nos tem vindo a partilhar, emerge agora um conjunto de fotografias históricas que nos transportam diretamente para o coração do Cubal de outros tempos. Mais do que simples registos visuais, estas imagens são convites a uma viagem no tempo, a momentos de convívio, celebração e progresso que moldaram a nossa querida vila/cidade.

Convidamos todos os cubalenses e amigos do Cubal a olharem com atenção para estas fotografias, a deixarem-se guiar pelas emoções que elas despertam e, sobretudo, a partilharem os seus conhecimentos e as suas memórias. 

Quem são as personalidades presentes? Quais os momentos que estas imagens eternizam? Cada detalhe que se recordem é um pedaço valioso para reconstruir e enriquecer a nossa história coletiva.

                            Imagem 1: O Jantar Festivo – Um Brinde à Comunidade

Esta fotografia captura um ambiente de convívio e celebração, provavelmente num jantar ou evento social no Cubal. Vemos mesas postas, com talheres, copos e garrafas, sugerindo uma refeição . Terá sido na despedida do Dr. Freitas de Oliveira?  As pessoas estão sentadas, algumas em animada conversa, outras a olhar para a câmara. No fundo, uma decoração festiva, com grinaldas suspensas, acrescenta um toque de alegria ao cenário. A formalidade das vestes, com homens de fato e gravata e senhoras elegantemente trajadas, denota a importância da ocasião. 

Quem ajuda na identificação das pessoas e momento? Que evento estaria a ser celebrado? As tuas memórias são cruciais para desvendar este momento.

Obrigado

Ruca

09 junho 2025

Quando a arte encontra a medicina: Tony de Matos e Dr. Freitas de Oliveira no Cubal de 1965

Esta imagem está relacionada com publicação anterior e partilhada pelo Hernâni Cabral: 

clicar aqui Tony de Matos - atuação no Recreativo

Era o ano de 1965, e o Cubal vivia momentos de particular agitação e entusiasmo. O cançonetista romântico Tony de Matos, nome consagrado da música portuguesa, visitava a localidade, trazendo consigo a melodia e a emoção das suas canções. Não era apenas um concerto; era um evento que unia a comunidade e que, para alguns, significava um encontro mais íntimo com o artista.

É nesse contexto que surge esta fotografia rara, partilhada por António Freitas de Oliveira, filho do saudoso Dr. António Freitas de Oliveira. A imagem capta um momento de descontração e amizade entre o seu pai, o médico que tanto carinho e dedicação dispensou ao Cubal, e o próprio Tony de Matos. Uma cena de bastidores, talvez na casa do Dr. Freitas de Oliveira, onde a formalidade se desvanecia para dar lugar à camaradagem.

Ali, em pose descontraída, vemos o Dr. Freitas de Oliveira à direita na imagem, com os óculos escuros e um cigarro entre os dedos, a personificar o charme e a tranquilidade de um momento de lazer. Tony de Matos, à esquerda, elegantemente sentado, capta a essência de um encontro entre personalidades. O ambiente é acolhedor, com uma estante recheada de livros que sugerem uma mente curiosa e culta, e um candeeiro com motivos africanos, um toque que remete para a cultura local e a vivência em Angola.

No centro da atenção, um gira-discos. É quase certo que estariam a ouvir música, talvez um dos sucessos de Tony de Matos, como "Destino Marca a Hora", ou outro fado-canção que embalasse a conversa e o fumo leve dos cigarros ou cigarrilhas. As bebidas nos copos completam o quadro de um encontro tranquilo. E, em destaque, um belo rádio, testemunha de uma época em que as ondas hertzianas traziam o mundo e a música até casa.

Esta fotografia é mais do que um simples registo; é um pedaço da história do Cubal, um testemunho de tempos em que a vida se fazia de encontros improváveis, de música e de partilha. É um convite a imaginar as conversas que ali teriam tido, os risos e as reflexões, perpetuando a memória de dois homens notáveis e do laço que os uniu, mesmo que por instantes, na terra amada do Cubal.


Ruca

Dr António de Freitas de Oliveira, na sua despedida do Cubal - 22 DE ABRIL DE 1967

 


Identificação : para além do homenageado , p.f. peço a V. ajuda

O Cubal, uma terra de memórias e de corações gratos, prepara-se para reviver um pedaço da sua história, homenageando um homem que marcou profundamente a comunidade: o Dr. António Freitas de Oliveira. Médico por vocação e por paixão, a sua passagem pelo Cubal deixou um legado de cuidado, dedicação e afeto, que ainda hoje ecoa nas palavras dos que com ele privaram ou dele ouviram falar.

As fotografias que agora emergem, gentilmente partilhadas pelo seu filho, também António Freitas de Oliveira, são mais do que simples imagens; são janelas para um tempo em que o Dr. Freitas de Oliveira era um pilar da vida cubalense. Uma dessas imagens imortaliza o jantar de despedida, a 22 de abril de 1967, um momento de sentida separação, como bem recorda o filho: "revejo sempre este momento com enorme nostalgia, foi a chamada do meu pai para a frente leste como médico militar (na altura eram necessários). Não o tivessem mobilizado e teríamos ficado pelo Cubal mais alguns anos."

O convite para o jantar, um documento singelo mas carregado de significado, revela a gratidão da comunidade do Cubal para com "Excelentíssimo Senhor Dr. António Freitas de Oliveira". E a ementa do jantar? Um registo dos sabores de então, com "Canja de galinha", "Filetes de pescada au Erly", "Frango de cabidela" e "Pudim Flyn", acompanhados de vinhos tintos e brancos Casal Garcia e Evel. Um banquete que, mais do que alimentar, celebrava uma despedida.

Nas palavras do amigo Canais, que com saudade e carinho identifica numa outra foto já anteriormente publicada, percebe-se a dimensão do apreço que o Dr. Freitas de Oliveira granjeava: "Adorei ver estas fotos  ... o mais famoso que passou pelo nosso CUBAL."".

O Dr. António Freitas de Oliveira, referido por Canais como "o maior, porque curava todas as doenças do pessoal", deixou uma marca indelével na memória coletiva do Cubal. 

O convite agora estende-se a todos os cubalenses e amigos do Cubal que recordam  o Dr. Freitas de Oliveira com respeito e admiração e queiram partilhar as suas recordações, testemunhos e histórias.

O filho, António Freitas de Oliveira, com a mesma generosidade que o pai dedicava à comunidade, prontamente acedeu ao apelo de partilhar mais detalhes sobre a vida do seu pai no Cubal: "Em tudo o que puder ajudar e sem qualquer dúvida participarei com o melhor contributo". A sua colaboração será essencial para tecer esta narrativa, enriquecendo-a com pormenores sobre a chegada do Dr. Freitas de Oliveira ao Cubal, as suas atividades, e tudo o que julgar oportuno para que a memória deste homem extraordinário seja perpetuada para as futuras gerações.

Esta homenagem não é apenas um tributo a um médico, mas sim a um homem que soube viver e que, através do seu trabalho e da sua presença, se tornou parte integrante da alma do Cubal. Convidamos todos a contribuir com as suas memórias, para que, juntos, possamos construir um mosaico de lembranças que faça o Dr. António Freitas de Oliveira sentir, onde quer que esteja, o maior orgulho pelo legado que deixou.

Ruca

08 junho 2025

Documentos históricos cubalenses, por Antonio Freitas de Oliveira

Amigos
Adorei ver estas fotos que, penso eu, terão sido cedidas pelo médico Dr. FREITAS DE OLIVEIRA, o mais famoso que passou pelo nosso CUBAL. Igualmente gostei de vêr o meu amigo Aranha, esse Sr. forte que se encontra em 1º a contar da esqª., o Peixoto, guarda livros da firma Joaquim de Sousa & Cª., Alcino, da emp. Faria, Santos & Irmão, o Arnaldo, filho da loja da Piedade, Dr.Freitas de Oliveira, o maior, porque curava todas as doenças do pessoal, Correia, da firma Laranjeira, Pires & Correia, Lda. e por último o Carrasqueiro, que por acaso neste momento passa por uma fase má da sua vida, por causa da saúde. Um abraço do Canais.