Etnografia angola - Cubal Angola, por Ana Cristina Paulista

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Recreativo do Cubal, por Ana Cristina Paulista

Recreativo do Cubal

Vamos lá identificar a equipa maravilha

Eventos cubalenses, por Ana Cristina Paulista

Imagem 1 

Imagem 2

Imagem 3

Vamos lá identificar e ajudar nas legendas.
Os nossos agradecimentos à Ana Cristina Paulista, por mais esta exemplar partilha no nosso espaço.

Cubalenses, por Cristina Paulista

José Soares d' Abreu Avelar - sobrinho do Abreu do Hotel - por José Fidalgo

José Soares d' Abreu Avelar 

José Soares d' Abreu Avelar 

Mãe 

José Soares d' Abreu Avelar 

O meu pai José Soares d' Abreu Avelar é sobrinho do Abreu do Hotel.

O meu nome é José Manuel Fidalgo d´Abreu Avelar

Numa das fotos estou ao colo do meu pai com a minha mãe


Obrigado

Abraço

José Fidalgo

30º Convívio dos Cubalenses a realizar no dia 02.Julho. 2017 LOCAL: Pampilhosa - Mealhada, Quinta das Muralhas.

A pedido da Comissão Organizadora do 30º Convívio dos Cubalenses segue abaixo comunicação/ documentação sobre o mesmo.

Cubalenses,
Em anexo remetemos a carta-circular e folheto sobre o nosso  30º Convívio dos Cubalenses a realizar no dia 02.Julho. 2017,  na Pampilhosa-Mealhada, Quinta das Muralhas.
Este evento não é exclusivo só para Cubalenses, podem convidar familiares e amigos.
O Nosso muito obrigado pela vossa colaboração
Um Grande Abraço

Clica nas imagens para ampliar e confortável leitura.

clicar para ver LOCAL DO EVENTO @40.3349175,-8.4113734,126

EFEMÉRIDE -HÁ 45 ANOS -Angústia e felicidade na família cubalense - 21.05.1972

Os Cubalenses viveram a angústia do acidente de aviação no Lobito de forma especial, quando se soube que no avião Fokker F-27 Friendship 200, viajava o nosso Cubalense Vítor Alves, um dos três sobreviventes.
Hesitei em colocar as fotos da revista Sul de Maio de 1972. Contudo, e porque o Morais envia um testemunho que nos leva a um momento feliz, dentro daquela tragédia que enlutou várias famílias angolanas, decidi postar informação vária sobre o assunto e enriquecê-la com o referido testemunho do Morais.
Aqui fica a homenagem ao Vítor Alves.

1. Vitor Alves

2. Revista Sul de 27 de Maio de 1972
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4.

5.Foram estes homens que salvaram Vitor Alves,Martins Teixeira e Alcino Mesquita6. Moreira Pinto -do posto náutico do Lobito Sports Clube, Francisco Horta- Inspector do CFB, Cândido Coelho -despachante oficial-

7.Vitor Alves - é transportado para uma ambulância

8.Parte do artigo

9. Reencontro famíliar

Celeste e Vítor

Post relacionado " Efeméride" a 21 de Maio: clicar aqui

TESTEMUNHO DO MORAIS - RÁDIO AMADOR CR6 SV

10. Morais no seu posto CR6SV

NUNCA PODERIA PENSAR QUE AQUELE DOMINGO 21 DE MAIO DE 1972 SERIA O DIA MAIS NEGRO DE TODA A MINHA VIDA DE RADIO AMADOR.
NESSA MANHÃ E COMO ERA HÁBITO, LIGUEI A MINHA ESTAÇÃO DE RÁDIO DISPOSTO A PASSAR UM BOM MOMENTO COM OS MEUS COLEGAS DA RÁDIO E AQUILO QUE EU ESCUTEI É O QUE A SEGUIR VOS CONTO:
VOU RECUAR NO TEMPO, ESTES ANOS TODOS QUE PASSARAM, VOU CERRAR OS OLHOS E VOU TENTAR REVIVER AQUELE DIA: ESTOU A FAZER A BARBA E SIMULTANEAMENTE A ESCUTAR UMA CONVERSA ENTRE VÁRIOS COLEGAS E CHEGO À CONCLUSÃO QUE SE TRATA DE UM ACIDENTE AÉREO DE UM AVIÃO QUE FAZIA O TRAJECTO LUANDA-LOBITO MAS COMO A CONVERSA NÃO ME DIZIA DIRECTAMENTE RESPEITO, ACHEI POR BEM CONTINUAR Á ESCUTA E NÃO INTERFERIR.
ENTRETANTO CHEGAM A MINHA CASA VÁRIOS AMIGOS TAMBEM SABEDORES DA NOTÍCIA E QUE PROCURAVAM SABER ALGO MAIS.
ACHEI QUE SERIA HORA DE MARCAR PRESENÇA. MAL SABIA EU QUE O VICTOR ALVES VINHA NESSE AVIÃO, ASSIM COMO O MESQUITA QUE ERA PILOTO E OUTRO COLEGA MEU RADIOAMADOR DE PEREIRA D'EÇA. RAPIDAMENTE FUI INFORMADO DO QUE SE ESTAVA A PASSAR E COMO HAVIA UM ZUM - ZUM NO AR EM COMO O VICTOR VINHA NESSE AVIÃO, PEDI A UM COLEGA DO LOBITO QUE ME CONFIRMASSE SE O VICTOR CONSTAVA NA LISTA DE PASSAGEIROS.
PRECISAMENTE QUANDO O COLEGA ESTAVA A CONFIRMAR O NOME DO VICTOR, ENTRA A CELESTE EM MINHA CASA E APERCEBE-SE DE TUDO.
O QUE SE PASSOU A SEGUIR, NÃO CONSIGO DESCREVER, IMAGINEM A CELESTE A ENTRAR EM MINHA CASA E ESCUTAR A CONFIRMAÇAO EM COMO O MARIDO FAZIA PARTE DA LISTA DE PASSAGEIROS (CREIO QUE NESTA ALTURA ELA NÃO TINHA A CERTEZA SE O MARIDO TINHA EMBARCADO) EU NEM ME QUERO LEMBRAR, AINDA ME ARREPIO EM VIVER TUDO ISTO. DE REPENTE UMA VOZ FORTE CHAMA POR MIM:
..."C R 6 S V - MORAIS ESTÁS POR AÍ?"...
..."AFIRMATIVO, RESPONDI EU."...
E A CONVERSA CONTINUA: ..."ATENÇÃO ISTO É UMA EMERGENCIA PEÇO AOS COLEGAS PARA NÃO INTERFERIREM"...CONTINUA ELE:..."MORAIS O VICTOR ALVES ESTÁ VIVO E FAZ PARTE DA LISTA DE SOBREVIVENTES"....A CELESTE COMEÇA AOS GRITOS, CHAMA-ME MENTIROSO, QUE AQUILO ERA TUDO COMBINADO PARA A ACALMAR E AO MESMO TEMPO "ACARICIA-ME "COM DUAS VALENTES PALMADAS NAS COSTAS QUE AINDA HOJE PARECE QUE AS ESTOU A SENTIR.
FOI PRECISO PEDIR AO COLEGA PARA REPETIR A MENSAGEM.
..."MINHA SENHORA AFIRMO SOB MINHA PALAVRA DE HONRA QUE SEU MARIDO ESTÁ VIVO"...
A CELESTE RENASCEU APESAR DE TODO ESTE SOFRIMENTO EIS QUE SURGE UMA NOTÍCIA ANIMADORA: ENTRE CHOROS LÁGRIMAS E ABRAÇOS ELEVAMOS AS MÃOS AO CÉU E DEMOS GRAÇAS A DEUS POR ESTE FINAL FELIZ.
IRONIA DO DESTINO, OS TRÊS ÚNICOS AMIGOS QUE CONHECIAMOS E QUE VINHAM NO AVIÃO FORAM OS ÚNICOS SOBREVIVENTES.

VALENÇA 17 DE ABRIL 2008
ANTONIO MORAIS

Acidente de Aviação no Lobito
Data:21.05.1972, 7:35 mins

Tipo: Fokker F-27 Friendship 200

Operador:DTA Angola Airlines

Nº Registo:CR-LLDC/n: 10439

Ano de Construção:1970

Horas de Vôo: 3828 hrs

Ciclos: 3224 ciclos

Tripulação:5 vítimas / 6 a bordo

Passageiros:17 vítimas / 19 a bordo

Total:22 vítimas / 25 a bordo

Local:Lobito; a 3km do aeroporto

Fase:Aproximação Final

Natureza:Transporte de Passageiros

Vôo:- Luanda - Lobito (265)Fonte: http://aviation-safety.net

Este artigo só foi possível pela colaboração do Gil que cedeu a revista, de onde digitalizei os vários documentos, ao Morais pelo testemunho, e minha pesquisa na Net.

Paisagens do Cubal, por Herculano e Maria do Carmo Guerra

1. Palácio da Justiça, Cubal

( com Fátinha Guerra a correr)….estaria ela a fugir da justiça???......

2. Delegacia de Saúde, Cubal

3. C.F.B. - Cubal

Cubalenses, por Vanda Alves

1. Anita, quando foi coroada Miss Cubal
2. Olga

Fotos cedidas pela família Alves numa homenagem à Olga e Anita .

Cubalenses, por Vanda Alves

1. Meu pai com Luis Lousa, Toneco Lousa, Raimundo e 2 Rodesianos (Técnicos da fazenda do Sr. Laranjeira) uma passagem de ano 2.Mário Lopes, com o meu paizinho-Rio Cubal 3. 4.Oficina do Raul (meu pai a trabalhar no torno, pois claro)
5.

Fotos e texto Vanda Alves

Cenas das Festas no Cubal de outros tempos

1.

2.

3.Graciete Cabral

4.Ilda Fonseca

5.Lucilia

6.

7.Nome? Sobrinha do sr Ambrosio

8.Isaura Mendes

9.Emilia Cunha

10.Leonilde (cabeleireira)

Quem são as dançarinas que, em grande estilo, dançam com o José M. Viana?

Augusto Neves "cabecinha d`ouro"

Augusto Neves "cabecinha d`ouro" 

Uma referência no desporto cubalense

Futebol cubalense, por Linda Rogado

anónimo

O "Cubalense" que está de cócoras e com a bola nas mãos, é o Celso Barroso,  marido da minha prima Matilde!!!!

Amigos cubalenses, por Linda Rogado

 Quem ajuda na legendagem, identificando todos estes amigos?

Celestino Alves Geral

Da esq. para a dir. Augusto Neves(Cabecinha), José Sousa, Jacinto Guerra, Becas,penso eu de que. Os restantes não me lembro.

Futebol cubalense

A Linda Rogado, filha do Augusto Neves (Cabecinha d'ouro), partilha connosco alguns testemunhos do seu querido pai.
Quem se lembra destes momentos e pode ajudar na legendagem?

Obrigado Linda, publicarei as restantes nos próximos dias.
Abraço
Ruca

Do GIL para a nossa Diáspora Cubalense

Obrigado, Jaime, pela mensagem que nos ofereceste no facebook. Mas também gostava de a ver aqui nas colunas do nosso Cubal-Angola-Terra Amada. 

  Há anos, sugeri aqui nas nossas páginas, que todos nós, relatássemos, como cada um melhor entendesse, os passos mais significativos da nossa vinda e radicação neste pedacinho de Portugal. Penso que todos nós, agora 40 anos passados, podemos contar alguns episódios e peripécias, como se estivéssemos reunidos debaixo de uma árvore no convívio do Luso. Não perdemos nada e fica para a história. Mesmo qualquer atitude menos digna, já atingiu a caducidade. Penso que só o Ruca, aderiu nessa altura, é minha sugestão. Foi bom.    Alguns de nós sofreram mais que outros, outros que sentiram menos, não por serem mais ou menos lúcidos, mas pelas circunstâncias que nesses momentos se lhes depararam.  Hoje lembro com saudade alguns problemas dessa fase.

Eu, no Cubal, vivia com a Foto Lig, tinha um táxi que trabalhava especialmente para a Repartição de Finanças, para os Delegados de Saúde e do Ministério Publico. Além disso era agente da Companhia de Seguros  A  NACIONAL e também da Agencia de Viagens EXPRESSO, do Lobito.  Vendiam-se muitos bilhetes TAP para a metrópole, que custavam cerca de 14.000 angolares e eu tinha uma comissão de 4 %.  Como eu, não precisava de levantar essas comissões ao fim de cada ano, verificava quanto tinha em crédito, fixava o meu olhar nos hemisférios do mapa-mundo, e mandava emitir um bilhete LOBITO-LUANDA-LISBOA-RIO, etc.   etc- LOBITO, com respectivas reservas de hotéis. Nos anos seguintes, a cena repetia-se para outros cantos do globo.   Mas quando os meus pés pisavam de novo os aeroportos do Lobito ou de Benguela, levantava os olhos para os céus, feliz por voltar ao meu paraíso.

   Como todos os anos, vinha a Lisboa, tinha que utilizar hotel, alugar carro, etc., um dia pensei em alugar uma casa, comprar carro e guardá-lo numa garagem, e que servia também para qualquer amigo que cá viesse, aproveitar a casa e carro.   Realizei estas ideias e passado um tempo, aliando as minhas ideias ás de um meu irmão, também fotografo e que residia em Moçâmedes. Pensamos que, como não eramos pessoas ricas, não nos podíamos dar ao luxo de vir para Lisboa, armados em ricaços.   Depois pensamos em montar uma loja de fotografia em Lisboa, que só funcionaria 6 meses por ano. No verão lisboeta eu estaria cá 2 ou 3 meses, ele os outros 3 meses, obteríamos qualquer rendimento para essas  férias e depois, os restantes meses, na nossa querida Angola. E assim montamos uma loja de fotografia, junto á igreja dos Anjos. Mas  NUNCA,  NUNCA,   NUNCA,  nos passou pela cabeça deixar de viver nessa terra amada.   Sempre pensei passar toda a minha vida, nessas paragens e muito especialmente no nosso querido Cubal.

       Morava eu na casa de esquina em frente á casa do padre Zé, onde havia morado o Raul, quando numa certa noite, um nosso amigo cubalense me bateu á porta, dizendo que tinha a cabeça a prémio e pedindo um empréstimo de todos os dólares que eu tivesse, porque tinha que ir imediatamente para a África do Sul. Eu emprestei-lhe os dólares e rands que tinha.      Até hoje..................

      No dia seguinte fui ao Lobito, e com os contactos que tinha na Companhia Colonial e na Nacional, arranjei maneira de embarcar a mulher e os filhos no primeiro paquete que chegou ao Lobito.   E daí, fiquei vivendo no Cubal.   Formei um trio, com o Borges da farmácia e o Vilaça, e todos os dias era assado um cabritinho ou um leitãozinho, num forno que havia nas traseiras da sede do Ferrovia. O Vilaça, esgotou o stock dos vinhos de boas marcas que tinha na loja.     Eu, lavadeiras também tinha, só que surgiu um problema. A certa altura, eu só tinha uma camisola para uma, um lençol para outra, umas calças para outra e já não tinha mais roupa suja que chegasse para todas. Mas enfim, com estes sacrifícios todos, lá íamos vivendo.

    Depois com os contactos dos amigos da EXPRESSO LOBITO, adquiri 12 bilhetes-viagens do LOBITO-LUANDA-LISBOA-LUANDA, e nesse período de Outubro e Novembro, fiz umas 12 viagens.  Cheguei a despachar bagagem em Luanda, ir em fila para o avião, dar uma volta e embarcar com outro bilhete no avião do dia seguinte, com mais respectiva bagagem, que se ia aglomerando nos armazéns do aeroporto de Figo Maduro, e aproveitava as manhãs para ir ao Banco de Angola, trocar uns tantos contos por angolares, com cada bilhete TAP. Angolares trocados por escudos, na zona da Maianga em Luanda, também era usual.   

     Depois, foi ter que tentar esquecer o nosso querido Cubal e o nosso estilo de vida.   Sem dar por isso, quando a independência aconteceu, eu tinha em Lisboa, casa, carro, loja e uns patacos, tudo aconteceu por mera casualidade, pois   NUNCA    me passou pela cabeça, deixar de viver na nossa querida Angola.   As coisas foram acontecendo e simples e naturalmente, originadas talvez somente pelo meu espirito de viajar e aproveitar a vida.

     Mas também aconteceram casos menos agradáveis, que com a força da minha juventude dessa época, se foram vencendo.

      Mas também, um caso engraçado. Em princípios de 1974, comprei em STUTGART um Mercedes novo, importei para Angola, e em meados de 1974, vendi-o a um amigo cubalense. Ele trouxe o Mercedes quase novo para  e metrópole, e eu deixei o dinheiro no Banco de Angola.    Inteligência negativa........

       Depois, fui fixando mais a minha vida em Lisboa, quási sem dificuldades, trabalhando sempre honestamente, encontrando aqui e ali angolanos e cubalenses amigos, até que surgiu o primeiro encontro no Luso, que proporcionou uma verdadeira loucura de alegria e prazer.

        E agora, que já cá cantam  78  Setembros, vamos levando a cruz ao calvário o maior período de tempo que consiga. Um abraço para todos.

Gil Barros