Convite / Memórias do Cubal! Fotografias de décadas revelam momentos e pessoas que marcaram a história do Cubal. Compartilha as tuas lembranças e histórias nos comentários ou por email: cubal.ruca@gmail.com Juntos, vamos enriquecer essa jornada no tempo!Respeito pelas memórias: Se alguém da foto, ou familiar, preferir a remoção, por favor, entre em contato. Preservar a história e o respeito pelas memórias é o meu compromisso.Junta-te a nós! Descubramos e celebremos o passado do Cubal! Ruca
13 novembro 2010
Fotos de Mimi Fraga
Pai Fraga (o pessoal das farras de certeza que se lembra dele)
Zé Fraga, Bela Fraga, Mimi Fraga e Bessa
No Ano que chegamos a Portugal
No Ano que chegamos a Portugal
Esta foi tirada na Foto LIG - Cubal
Saudoso Bessa infelizmente já não está entre nós
No átrio da Escola Primária nº 40 - Cubal
Uma aula de ginástica - Só falta o Prof. Leonel
1° fila da esquerda:Luis Filipe da Vinha Faria (Filho do Faria -Carimbos)Fernandes, Filho do comerciante Fernandes da Camunda, Manuel António Pires Amaro, filho do Sapateiro Ezequiel, António Albernaz,filho de um policia,Leite,Simões?,...?2° fila:José Arménio de Almeida Fontoura,Georgina Vaz,Filha do Freire e Maria,Batista,Carlos Alberto de Brito Claudio,C.F.B?Silvino,...,Helder,...?3° fila:Lucilia,Anabela,Fátima,...4° fila:Alzira Guedes Resende,(Dos filtros),Elisabete Carona,Delfina,outra Fátima,...,...,Luis Alberto Benites de Sousa,C.F.B.,Zé Manuel,...?
Curiosidades sobre Cubal in Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura -6º Vol.
Fiz hoje uma consulta à enciclopédia e vejam esta curiosidade datada dos anos 60:
CUBAL — Concelho do distrito de Benguela, comarca do Lobito, diocese de Nova Lisboa. Compreende, além da sede, os postos administrativos de Caimbambo, Hanha e Quendo. Tem a superfície total de 7185 km2 e 60310 habitantes (em 1960). A região apresenta uma altitude média de 900 m. O clima é subtropical, com duas estações: a quente e chuvosa, de Outubro a Maio, e a fresca e seca, de Junho a Setembro. A cultura do sisal é a grande base económica do concelho, havendo várias fábricas de desfibra e também de fabrico de tapetes e cordas. Produz-se ainda o milho, feijão, couros e cera. Há diversas explorações florestais com serrações de madeiras, além de moagens, fábricas de cal e de cerâmica, e oficinas de serralharia. O gado bovino constitui a principal riqueza pecuária. Cubal tem aeródromo. A área do concelho é atravessada pelo Caminho de Ferro de Benguela, situando-se a sede ao km 194. Caimbambo também tem estação ferroviária. Por estrada, Cubal dista 188 km de Benguela, 51 de Vila Mariano Machado, 211 de Nova Lisboa e 56 de Quendo. J. DE AZEVEDO E SILVA -in Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura -6º Vol.
10 novembro 2010
3º Aniversário do blogue do Cubal
Caras e Caros amigos cubalenses e amigos do Cubal,
O nosso espaço virtual, faz três anos de existência.
Como tem sido habitual nos anos anteriores, deixem-me partilhar este momento especial com todos vós, destinatários do trabalho que se tem desenvolvido ao longo destes 3 anos.
Estou convicto que o “mundo cubalense”, ao longo deste período, ficou mais pequeno ou seja, passamos a saber o paradeiro de uns e de outros, com a possibilidade em trocar mensagens e notícias, volvidas algumas décadas de incertezas, partilhando deste modo emoções, afinal o lema principal do nosso blogue. Por vezes também tivemos notícias, que não desejaríamos, quando soubemos do desaparecimento de amigos, que nos deixam imensas saudades. E este ano, como sabem e aqui foi divulgado, foram muitos os casos que nos deixaram incrédulos e com imensa tristeza.
Muita coisa se tem passado ao longo deste tempo.
Cingindo-me ao último ano de vida, poderei salientar como actividade relevante do Blogue, o seguinte:
- Divulgação, dos Encontros dos Cubalenses no Luso e em Mira, conforme indicações das respectivas comissões organizadoras. Foi efectuado agendamento e criação dos eventos também no Facebook, convidando quem se encontrava registado.
- Foi desactivada a página na Rede Social Hi5, tendo sido substituída pela página cubalense no Facebook. Teríamos de estar na vanguarda do fenómeno social evidente e que estava a despontar, sabendo que a especificidade desta rede social poderia ser uma enorme valia, potenciando aquilo que o blogue estava a fazer: A reaproximação de todos nós amigos e amigas cubalenses. Em boa hora foi feito, traduzindo-se actualmente em 233 amigos, que partilham entre si a mais diversa informação.
- Colmatando uma falha existente, foi criada, acessoriamente à página “Cubal Angola Terra Amada!” e “Diáspora Cubalense”, uma nova página “Cubal, hoje – Cidade em Progresso!”, onde são publicados testemunhos, eventos, notícias do Cubal nos dias de hoje. Para esta nova página, estamos a contar também com ajuda e colaboração de cidadãos actualmente residentes no Cubal, destacando o amigo Dinis Chaves, que tem feito um trabalho fabuloso, tendo em conta as dificuldades de rede de internet na região do Cubal. A título de exemplo, o Dinis Chaves, já se tem deslocado propositadamente a Caimbambo, para nos enviar imagens, uma vez que a rede naquele local se encontra menos saturada. O Dinis Chaves tem sido um caso de abnegação e dedicação mais recente e que gostaria aqui destacar pelo exemplo positivo e a seguir.
- Temos efectuado a manutenção na Enciclopédia Livre- Wikipédia no endereço: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cubal
Muitas curiosidades me têm proporcionado o nosso blogue. Para não vos maçar, vou apenas citar a última. O Director de uma grande empresa espanhola de manufacturação de produtos em sisal, entrou em contacto comigo, após verificar os posts das Fazendas de Sisal no Cubal.
Referiu-me que antes de 1975 importava sisal das Fazendas do Cubal. Entretanto e face às contingências históricas, isso deixou de ser possível, orientando as suas importações para a Tanzânia e Kenya (importa anualmente 150 contentores de sisal daqueles países) . E agora pedia a minha ajuda desta forma “(...) Despues de enviar correos a todas la oficinas comerciales existentes en Angola, sin exito, me pongo en contacto con usted para ver si me puede dar alguna informacion sobre plantaciones de sisal y empresas que se dediquen a exportar fibra de sisal”(...).
Dei como resposta a informação possível e que recolhi para o efeito.
Por tudo isto e muito mais, gostaria agradecer a todos aqueles, que têm contribuído para que o blogue permaneça vivo, ao enviarem-me para o meu email: cubal.ruca@gmail.com os testemunhos do Cubal e cubalenses ou facultando-me fisicamente os mesmos, para publicação nas páginas do blogue. Foi graças a estes amigos e amigas (cujos nomes se encontram no lado direito do blogue em “Etiquetas”) que tudo foi possível. MUITO OBRIGADO A TODOS!
Fui, ao longo do tempo, convidando amigos a integrarem-se neste trabalho. Uns de imediato aceitaram, enviando testemunhos ou na ausência comentando no blog. Outros um pouco mais tardiamente. E outros ainda aguardo que me digam alguma coisa após as promessas iniciais e cheias de expectativas. O blogue continua à espera destes e de todos que queiram manter a chama acesa. Comigo podem contar, pois tentarei manter o lema "Não corras atrás das borboletas, cuida do teu jardim e elas virão até ti".
Ao criar a página no Facebook, sabia à priori que a tendência dos amigos, seria destes colocarem nas suas próprias páginas pessoais os seus testemunhos cubalenses, preterindo o blogue. Sabia e tinha consciência que este facto iria acontecer. Por esse motivo tive sempre o cuidado em mencionar no Facebook que gostaria que considerassem a página da rede social como uma extensão do blogue. Se colocassem na sua página pessoal /mural as imagens/testemunhos do Cubal, o convite formulado foi sempre no sentido que enviassem, em simultâneo, para as colocar no blogue. Infelizmente, na sua maioria, isso não está a acontecer. Colocam na página do Facebook e não pretendem ou não enviam para o blogue . Estão no seu direito.
No BLOGUE, os testemunhos cubalenses ficam concentrados num único espaço cubalense (NO NOSSO BLOGUE), podendo ser analisados e consultados em qualquer momento e em qualquer parte do mundo, por pesquisa de temas ficando os mesmos disponíveis na Internet quando se efectua uma pesquisa, por exemplo nos motores de busca Google, Yahoo!, etc. No Facebook isso não acontece. Se alguém efectuar uma pesquisa no Google, nunca irá encontrar as imagens ou temas que cada um tem na sua página pessoal, nem sequer os comentários que aí foram efectuados. Porque só os amigos podem visualizar! Daí estar a perder-se uma enorme oportunidade para que os nossos testemunhos sejam vistos e apreciados universalmente e não apenas pelo número reduzido de amigos que temos no Facebook. Relembro que existem muitos cubalenses que acedem ao blogue e não estão no Facebook, devido a factores vários , como p.e. pouca apetência, faixa etária elevada e com pouca predisposição, desconhecimento, desconfiança das redes sociais, etc.etc.
Como devem calcular, para mim também se torna difícil continuar a “implorar” continuamente para que coloquem os testemunhos e partilhem os mesmos no blogue. Ou se tem vontade em fazer parte deste projecto, ou não! Ou se tem vontade em partilhar, ou não! Ou se tem vontade em divulgar aquilo que foi e é o Cubal, ou não! Como tenho dito, o blogue não é meu: É NOSSO! e gostaria que todos assim o considerassem.
Se me demonstrarem que o Facebook, poderá substituir na totalidade o blogue, agradeço que o façam. Pode ser que mude de ideias e se acabe com o blogue a favor do Facebook ou outra rede social. Estou aberto à mudança, desde que tenha ajuda de todos e que me demonstrem que um é melhor que o outro.
Lembrem-se disso e deixem de lado o espírito de não partilha. Não me parece que o espírito cubalense seja esse. A pequenez nunca foi lema cubalense.
Como curiosidades:
O nosso blogue, ao longo do último ano, foi assim visto em todo o Mundo (número de visitas e páginas vistas):
****
-- Site Summary --- Visits Total ....................... 71,412 Average per Day ................ 121 Average Visit Length .......... 7:07 This Week ...................... 847 Page Views Total ...................... 242,980 Average per Day ................ 345 Average per Visit .............. 2.9 This Week .................... 2,414
Temos, actualmente publicadas 5600 imagens /testemunhos do Cubal (não contabilizando as imagens dos Encontros anuais em Mira e Luso)
Por tudo isto, peço a colaboração de todos para que o blogue continue a ser a referência e “…o elo de ligação de todos os cubalenses, onde se fomente o debate saudável, possibilitando novas ligações entre pessoas e a PARTILHA DE EMOÇÕES DOS CUBALENSES E AMIGOS DO CUBAL.”
O futuro e a continuidade do blogue está nas mãos de todos! Não gostaria que a chama se apagasse!
Recebam uma saudação cubalense e estamos todos de parabéns!
Rui Gonçalves (Ruca)
09 novembro 2010
07 novembro 2010
Como eu vi o Cubal em 1972
2. Vistas do Cubal
Já lá vão 48 anos que, pela primeira vez passei no Cubal, foi num dia de Novembro, que não me esquece por ser o dia em que o saudoso aviador Emílio de Carvalho foi do antigo Huambo a Benguela, num avião «Caudron», com pleno êxito e, naquele tempo como hoje, os comboios quer rumo ao Leste, quer rumo a Benguela, passavam de noite. Assim o Cubal só se vislumbrava nas trevas quebradas por uma luz filtrada pelas trinchas de uma porta ou por janela aberta em casa de quem, como era hábito vinha à chegada do comboio, à espera de alguém.
3. A fachada do Edifício do Palácio da Justiça do Cubal
Notámos a falta de hortaliças, que vêm de fora, do Chinguar e outros pontos, assim sugerimos à Câmara, que junto dos seus viveiros instale uma boa horta para o abastecimento da cidade e, estamos certos que o seu rendimento daria bem para manter o seu encarregado que simultaneamente trataria dos viveiros. Era de utilidade, proveito e extasiava a vista de quem lá fosse ver e sAssim e embora voltasse a passar pelo Cubal, mas de comboio e uma vez de camioneta, só agora me foi possível ver o Cubal de dia já cidade, embora muito moça, mas garrida como todas as moças que se prezam. O Cubal é uma grande terra, que procura tornar-se uma grande cidade, o que estamos certos, num futuro muito próximo, o será.
As suas ruas e avenidas, bem delineadas, algumas já arborizadas, estão a preparar-se para receber o asfalto, enquanto este não vem, procura a Câmara evitar a incómoda poeira regando-as onde o movimento é maior.
Verificamos alguns talhões com casebres e ruínas, que muito desfeiam a cidade e até no topo de uma avenida uma velha casa aguardando o camartelo para que fique deveras airosa. Um problema que, estamos certos, a Câmara resolverá.
Vimos as obras da nova igreja, qual enorme barco com a sua proa bem lançada, singrando rumo ao futuro contra a descrença e, incutindo na alma e nos corações a poderosa fé em Cristo, ao lado, a velha Igreja, que a nosso ver, deveria ser conservada, transformando-a em Museu Regional.
De passagem vimos a fábrica de sumos de fruta. Tem o Cubal ainda o problema do abastecimento de água que em breve estará solucionado, pois foi-nos dado ver as obras de captação e construção do tanque abastecedor e as obras da respectiva conduta.
O local da captação é convidativo a um passeio e tornar-se ponto escolhido para um fim-de-semana se a edilidade colocar, com pouca despesa, umas árvores, uns jangos e uns bancos campestres e, vamos lá ao piquenique...
eria um estímulo para outros concorrendo assim para o barateamento das hortaliças indispensáveis às donas de casa, com a vantagem de a terem fresquinha, ao natural, e não por conservá-la nas geleiras...
Visitamos a piscina dos ferroviários e ficámos encantados pelo que lá vimos e o que será quando estiver concluída.
As suas ruas e avenidas, bem delineadas, algumas já arborizadas, estão a preparar-se para receber o asfalto, enquanto este não vem, procura a Câmara evitar a incómoda poeira regando-as onde o movimento é maior.
Verificamos alguns talhões com casebres e ruínas, que muito desfeiam a cidade e até no topo de uma avenida uma velha casa aguardando o camartelo para que fique deveras airosa. Um problema que, estamos certos, a Câmara resolverá.
Vimos as obras da nova igreja, qual enorme barco com a sua proa bem lançada, singrando rumo ao futuro contra a descrença e, incutindo na alma e nos corações a poderosa fé em Cristo, ao lado, a velha Igreja, que a nosso ver, deveria ser conservada, transformando-a em Museu Regional.
De passagem vimos a fábrica de sumos de fruta. Tem o Cubal ainda o problema do abastecimento de água que em breve estará solucionado, pois foi-nos dado ver as obras de captação e construção do tanque abastecedor e as obras da respectiva conduta.
O local da captação é convidativo a um passeio e tornar-se ponto escolhido para um fim-de-semana se a edilidade colocar, com pouca despesa, umas árvores, uns jangos e uns bancos campestres e, vamos lá ao piquenique...
eria um estímulo para outros concorrendo assim para o barateamento das hortaliças indispensáveis às donas de casa, com a vantagem de a terem fresquinha, ao natural, e não por conservá-la nas geleiras...
Visitamos a piscina dos ferroviários e ficámos encantados pelo que lá vimos e o que será quando estiver concluída.
4. A Piscina do Ferrovia
5.O Clube Ferrovia do Cubal
Também vimos o recinto de jogos pobres do Recreativo, o Clube sensação do Distrital de 71 e que poderia estar no Provincial senão fosse... não vale a pena remexer as cinzas... Também fomos ver o seu campo de futebol, mas, tanto o recinto como o campo de futebol precisam de ser concluídos e, cremos que o bairrismo dos cubalenses e o auxílio das entidades ligadas ao Desporto não deixarão de auxiliar o Recreativo para que possa concluir as obras em curso.
6.Aspecto do campo de futebol
Passamos pelo Emissor Regional do Rádio Clube de Benguela, que não visitamos, mas que nos pareceu funcional.
Sentimos que o tempo disponível não nos permitisse fazer uma visita ao verdadeiro Cubal, isto é às suas actividades agro-pecuárias com base no sisal e algodão e criação bovina, o sisal foi e continuará a ser o «forte» da agricultura, tem dado muitos dissabores dada a incerteza do mercado, mas estamos certos que a montagem da anunciada fábrica para a sua industrialização se não remedia em parte a crise, é perspectiva para um futuro mais risonho de que as gentes laboriosas do Cubal são merecedoras para compensação da luta que vêm travando para manter o que tanto lhes custou a criar e com muitos sacrifícios vêm mantendo. Portugueses de rija têmpera, como de resto são todos os que mourejam por qualquer dos cantos de Angola, fazemos votos sinceros pela rápida solução dos seus problemas e o novo ano lhes permita a todos quer sejam da cidade ou das «chitacas» a concretização dos seus anseios que reverterão a bem da cidade e do seu concelho.
Sentimos que o tempo disponível não nos permitisse fazer uma visita ao verdadeiro Cubal, isto é às suas actividades agro-pecuárias com base no sisal e algodão e criação bovina, o sisal foi e continuará a ser o «forte» da agricultura, tem dado muitos dissabores dada a incerteza do mercado, mas estamos certos que a montagem da anunciada fábrica para a sua industrialização se não remedia em parte a crise, é perspectiva para um futuro mais risonho de que as gentes laboriosas do Cubal são merecedoras para compensação da luta que vêm travando para manter o que tanto lhes custou a criar e com muitos sacrifícios vêm mantendo. Portugueses de rija têmpera, como de resto são todos os que mourejam por qualquer dos cantos de Angola, fazemos votos sinceros pela rápida solução dos seus problemas e o novo ano lhes permita a todos quer sejam da cidade ou das «chitacas» a concretização dos seus anseios que reverterão a bem da cidade e do seu concelho.
Reportagem de Governo Montez para o "Semanário Sul"
24 de Janeiro de 1972
06 novembro 2010
05 novembro 2010
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