14 março 2020

Cubalenses

1. São Múrias, Celeste Mata e Francisca Isilda
(da esqª para a dtª. )

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Oi Ruca
O prometido é devido.
Aqui vão algumas fotos para postar... beijos Isilda


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A nossa amiga Francisca Isilda presenteia-nos com alguns testemunhos de Cubalenses.
Que alegria imensa. Quase todos eram meus vizinhos.
Obrigado Chica.
Um beijinho e descobre mais testemunhos destes, e envia-nos.
Ruca



Inauguração do Posto Policial do Cubal, em 10 Agosto 1963


Cubal, 10 de Agosto de 1963

Caro Ruca,
Junto lhe envio uma foto tirada no dia da inauguração do Posto Policial do Cubal, em 10AGOS63. Foi uma data marcada na história do Cubal. Esse Posto teve como efectivo 1ºSubchefe, 7 guardas e 2 auxiliares.
Eram bons tempos, convivíamos em perfeita harmonia com a população e desse efectivo saíu algum tempo depois três graduados.
Com um abraço do
EdVinhas.-

30 janeiro 2020

Querido Amílcar, até sempre!

Amílcar, até sempre!
30/01/2020
Imagem que ficará nas nossas memórias pela amizade sincera e longínqua!
(Amílcar A. Vinhais, à esquerda e Raúl Gonçalves, no Cubal nos anos 1960 )


Hoje, despedimo-nos de um grande amigo da minha família  e que acaba de partir, deixando-nos destroçados, deixando destroçado o meu querido pai Raúl, que, há pouco, na sua cansada voz me referia, balbuciando, chorando:  "Não consigo acreditar que meu querido Amílcar se foi. Meu coração está de luto e meu peito já transborda de tanta saudade"....

Prometemos rezar por ti querido e velho amigo, para que Deus te proteja onde estiveres. 

Ninguém pode imaginar o que o Amílcar e a sua longínqua amizade significou para o meu pai. Sua falta será sentida todos os dias, enquanto existirmos. Tenho a certeza.

Adeus, nosso querido amigo Amílcar e perdoa-nos não termos estado presente tantas vezes como pretendias .
Descansa em Paz!

Ruca , pelo Raúl e Júlia, meus pais

Amilcar Vinhais, Raúl Gonçalves (meu pai) , Armando Vinhais e António Lopes

Amigos para sempre

Eventos cubalenses em 1968

1.
Pede-se a ajuda na legendagem e identificação destes amigos.
Nesta, reconheço o Amílcar Vinhais e......
Os adultos vai ser fácil. Um deles, à parte o Amilcar que já era daí, ficou no Cubal.
Quero é ver é a criançada.(André Santos)
Meus Caros vamos aceitar o desafio do André Santos e saber quem é esta
criançada toda! (Ruca)
2. Aniversário Hélder
3. Aniversário Odília
4. Casamento Celestino
5. Casamento Quim
6. Festa no Recreativo do Cubal

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Ruca, Boa noite. São estas algumas das fotos que eu tenho para partilhar com vocês.
Foram tiradas em 1968 e as criancinhas devem estar uma graça.
André Avelino dos Santos
***
O André Santos participa com estes belos testemunhos cubalenses, do ano de 1968.
Obrigado André por esta partilha.
Abraço e aparece sempre.
Ruca

No Clube Ferrovia do Cubal

1.
No Clube Ferrovia do Cubal
Amilcar Vinhais, Edmundo do Ó Vinhas e.....
(quem ajuda na identificação?)
***

Caro Gonçalves:
Ao dar uma volta aqui pelo Picasa 3, fui localizar mais uma foto, tirada no Clube Ferrovia do Cubal. Os únicos que não são ferroviários, sou eu e o Amilcar Vinhais, os restantes eram funcionários do CFB e lamento não os identificar.
Os melhores cumprimentos,
do Edmundo do Ó Vinhas

12 julho 2018

É elevada à categoria de cidade, a vila do Cubal

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/visita-de-rebocho-vaz-ao-distrito-de-benguela/

CLICAR AQUI PARA VER FILME DE ARQUIVO DA RTP 

 1.

Governador Geral de Angola
Camilo Augusto de Miranda Rebocho Vaz, visita o Cubal.
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Suplemento do BOLETIM OFICIAL DE ANGOLA, de Terça- Feira, 23 de Janeiro de 1968
GOVERNO GERAL DE ANGOLAPortaria nº 15371Eleva à categoria de cidade, a Vila do Cubal, sede do Concelho do mesmo nome, do Distrito de Benguela.
Tendo em consideração o grande desenvolvimento atingido no concelho do Cubal, do Distrito de Benguela, revelado pela criação feita pelo Decreto nº 48 033, de 11 de Novembro de 1967, de um Julgado Municipal de 1ª classe;Com o parecer favorável do Conselho Económico e Social;No uso da competência atribuída pelo artigo 155º da Constituição, o Governador-Geral de Angola manda:Número único: É elevada à categoria de cidade, a vila do Cubal, sede do concelho do mesmo nome, do distrito de Benguela.Cumpra-se.Residência do Governador-Geral de Angola, em Luanda , 23 de Janeiro de 1968.
O Governador-Geral,
Camilo Augusto de Miranda Rebocho Vaz

Cerimónias no Cubal

1.
Visita Oficial do Governador Geral de Angola,
Ten. Coronel Camilo Augusto Rebocho Vaz,
ao Cubal em Janeiro de 1968
2.
Missa - no Quartel do Cubal

3.

Portaria nº 15371 Eleva à categoria de cidade, a Vila do Cubal, sede do Concelho do mesmo nome, do Distrito de Benguela.


GOVERNO GERAL DE ANGOLA
Portaria nº 15371
Eleva à categoria de cidade, a Vila do Cubal, sede do Concelho do mesmo nome, do Distrito de Benguela.

Tendo em consideração o grande desenvolvimento atingido no concelho do Cubal, do Distrito de Benguela, revelado pela criação feita pelo Decreto nº 48 033, de 11 de Novembro de 1967, de um Julgado Municipal de 1ª classe;
Com o parecer favorável do Conselho Económico e Social;
No uso da competência atribuída pelo artigo 155º da Constituição, o Governador-Geral de Angola manda:
Número único: É elevada à categoria de cidade, a vila do Cubal, sede do concelho do mesmo nome, do distrito de Benguela.

Cumpra-se.
Residência do Governador-Geral de Angola, em Luanda , 23 de Janeiro de 1968.
O Governador-Geral,
Camilo Augusto de Miranda Rebocho Vaz

Suplemento do BOLETIM OFICIAL DE ANGOLA, de Terça- Feira, 23 de Janeiro de 1968.

PARA A HISTÓRIA DO CUBAL

Mais uma acha para a fogueira.

O ARQUIVO HISTORIAL DA CIDADE

Todas as pátrias, todas as terras e todos os homens, têm a sua génese, na sobrevivência das comunidades em que se inserem e nos imperativos que determinam a identificação do Homem com a sua ecologia. Isto é, os homens nascidos junto ao mar sentem, naturalmente, quando afastados da vibração do movimento das ondas, nostalgia do ambiente que lhes foi negado e o saudosismo dos poentes que deram o colorido cristalino às suas vidas. Da mesma forma, os homens que nasceram no campo, quando separados da paisagem tranquila das serras e dos montes, do verde repousante dos campos e do marulhar das águas dos rios que deram melodia à sua juventude, vivem na alma a angústia do quadro saudosista, do vazio do lar que lhes serviu de berço e o perfume dos pinheiros que crepitam nas lareiras nas longas noites de frios invernos.
Paradoxalmente, na imprecisão de elementos históricos acessíveis, da génese cronológica desta cidade, como terra e como comunidade, temos de nos conformar, valendo-nos de elementos dispersos e perdidos na poeira dos tempos, porque nem sempre existem, com oportunidade, no tempo e no espaço, os historiadores que submersos no silêncio da investigação persistente, escrevam com precisão formativa e honesta, as epopeias humanas, para que se sublimem como exemplo para os tempos fora, as gestas corajosas dos gigantes do passado, cuja memória nos cumpre honrar.
Portanto, paradoxalmente, o Cubal nasceu do ancestral espírito de aventura dos portugueses e, curiosamente, na simbiose de um homem que deixou o mar para se embrenhar na quietude emocionante e misteriosa da selva virgem e do silêncio das savanas agrestes. Mas foi a experiência do mundo que conheceu, da evolução que cuidadosamente estudou, que o dinamizou e inspirou na tentação de ser o primeiro a fixar-se numa terra que mais tarde encontrou a sua razão de ser na agricultura do agave, planta exótica e vinda de longe, que constitui essência de vida e destino de uma cidade, que o é, das mais promissoras na geopolítica e na geoeconomia de Angola.
E é natural inferir-se que foi justamente o denodo do marinheiro na osmose da persistente coragem do homem do campo, onde quase todos temos a nossa origem, que o fez enfrentar corajosamente a agressividade do clima e a dureza da terra, para que anos volvidos na ampulheta do tempo, esta terra fosse o que hoje é, como valor económico, como conjunto social, como povo sempre insatisfeito no anseio de progresso da sua urbe, esta realidade portuguesa que o sabe ser, entre os que mais orgulhosamente sentem, como portugueses de Angola, espanto, surpresa e quase inverosímil presença do luso-tropicalismo, cujas raízes se alimentam da seiva do ecuménico humanismo que os portugueses sempre admiravelmente revelaram ao Mundo.
O Cubal, na versão memorizada daqueles cujas rugas profundas no rosto, fazem adivinhar as canículas vividas nos sucessivos anos de trabalho árduo ao sol dos trópicos, humedecendo a dura terra que desbravaram, com o suor gotejante das suas frontes generosas, salgando as gargantas com as lágrimas que sorviam no saudosismo dos seus lares distantes e mastigavam no delírio febril das doenças, privadas de tudo e no desconforto de um ambiente inóspito e primitivo que só o seu estoicismo conseguia vencer; desses homens, cujos cabelos brancos lembram os cacimbos passados e constituem marcos imperecíveis da gesta humana que aqui foi escrita no passado, do que deles ouvimos em serões confabulatórios, permitir reunir os elementos conotantes da origem do Cubal. Sim. Temos de perguntar: - Como teria nascido o Cubal?
O Cubal nasceu da aventura de um homem cuja coragem e dignidade foi estímulo para a inspiração de muitos outros e que, depois dele, se fixaram e transformaram a terra agreste que era, na urbe prometedora que hoje se ergue para orgulho de todos nós.
O Cubal, que hoje comemora a efeméride do sexto ano, como jovem e das mais aliciantes cidades de Angola , nasceu da presença de um homem chamado Joaquim Francisco Ferreira, o “Yola-Yola”, como lhe chamavam os nativos. Oficial da marinha mercante portuguesa, despediu-se em Luanda, do navio a que pertencia, pelo seu inconformismo em face de decisões que considerou injustas e de que foi vítima, que se opunham a éticas fundamentais e inalienáveis de uma vivência moldada nos princípios da sua honra e dignidade e o levaram a desvincular-se da vida a que se devotara, procurando, longe dos homens que lhe feriram a alma, uma nova vida, onde pudesse realizar o seu sonho de viver tranquilo, no contacto saudável com a natureza mais agreste, mas mais leal, que às vezes compensa até com generosidade, os sacrifícios que se lhe dedicam.
Assim, Joaquim Francisco Ferreira, deixou Luanda e dirigiu-se para o Sul tendo chegado à Hanha a 24 de Junho de 1878, ali se fixando como comerciante e tendo adquirido aos autóctones oito glebas confinantes, fez-se agricultor e instalando uma fazenda que mais tarde se chamou Várzea de São João da Lutira. Fez uma grande plantação de cana sacarina e montou uma indústria que ao tempo tinha uma dimensão surpreendente. E Joaquim Ferreira foi, na Hanha, não só o comerciante, o agricultor, o industrial e até o grande juiz dos diferendos sociais e humanos dos povos da região, tão grande era o seu prestígio, a sua formação moral, a sua dignidade, o humanismo com que se conduzia e o seu elevado espírito de justiça. E de tal modo que facilmente conseguiu junto do Soba da região de nome Catoto, acabar com a pena de morte que então ali vigorava, como castigo para certos crimes, e que os nativos aceitavam com o seu ancestral espírito fatalista. No contexto do seu prestígio granjeado entre o próprio povo insere-se a atitude do Soba Catoto que sempre o procurava para o veredicto final das mais graves questões da sua gente que o Joaquim Ferreira sempre conciliava e resolvia dentro das leis portuguesas, mais humanas e cristãs, que persistentemente ia instilando nas mentalidades primitivas e incultas dos nativos.
Por razões a que já nos referimos, em artigo que assinamos, em “A Província de Angola” de 15 de Agosto de 1967 sobre o Cubal, que não repetimos por ocioso, Joaquim Ferreira, em 1923, veio para o Cubal onde construiu a primeira casa que embora com a traça primitiva alterada, ainda hoje existe à entrada da cidade, à esquerda e próxima da passagem de nível.
O segundo europeu que se instalou no Cubal e aqui construiu a segunda casa, foi Teodoro José da Cruz, pai do saudoso advogado de Benguela e quase lendária figura do seu historial, Dr. Amilcar Barca da Cruz, um dos homens mais cultos que conhecemos e com quem passamos longos e proveitosos serões. Depois, vieram as primeiras brigadas do caminho de ferro que aqui se instalaram provisoriamente.
Mas, como começou o Cubal como região agrícola e portentoso produtor de sisal?
Foi Francisco Severino de Lima, que construiu no Lobito as primeiras casa de madeira para o Estado e que ao Cubal um dia se deslocou enfeitiçando-se pela região e aqui, demarcando um terreno que anos depois deu origem às Fazendas Kiskerhof e Santana e Pires onde inicialmente se fizeram culturas de milho, gergelim e outros produtos característicos da região.
Algum tempo depois, outro advogado de Benguela, o Dr. Baltasar Aguian, avô do brilhante causídico Dr. Paula Azeredo e do grande cirurgião ortopédico do Porto, Dr. Luís Azeredo, procedeu também a importantes demarcações que durante bastantes anos foram dirigidas e desenvolvidas, entre elas a Chimbasse – pelo filho do Dr. Aguian, Paula Azeredo (pai), figura de extraordinária iniciativa e homem de grande humanismo nas suas relações e contactos com os autóctones, que se dedicou ao comércio, agricultura e pecuária e a quem os nativos, pela sua grande actividade e pelo facto de andar sempre de calções de caqui, chamavam o “Kamindumbo”, do “dumbo” com que designavam nesse tempo o caqui.
Em fins de 1913, um ano antes da primeira Grande Guerra, Francisco Severino de Lima, em face do contacto que tinha no Lobito, com os marinheiros dos navios que ali chegavam, teve conhecimento da existência de uma planta que se desenvolvia sem grandes cuidados nas regiões tropicais, o que o entusiasmou, conseguindo que lhe trouxessem das Filipinas, dois sacos de “bolbilhos” que colocou em viveiros e depois plantou em 15 hectares de terreno, no local onde hoje se situa a Administração do Concelho e o prédio de Sebastião das Neves. Foi, portanto, ao que consta, a primeira plantação de sisal da região ou mais propriamente de agave. Todavia, por razões que se perderam no tempo, mas que se deduz e justifica pela falta de conhecimento da industrialização do agave, Francisco de Lima não deu sequência à plantação, que entretanto foi crescendo sem o menor aproveitamento.
Entretanto pouco tempo depois, nasceram as plantações do Cuemba e a Fazenda Aurora, fruto de uma sociedade constituída por portugueses e alemães que fizeram plantações experimentais a partir dos bolbilhos, do Severino de Lima. E em 1927 surgiram no Cubal os alemães Luís e Hanse Spits, com o propósito de fazerem duas plantações, uma na margem esquerda do rio Cubal, onde depois foi a Fazenda Rio-Bom e a segunda no Calenguer.
Em 1929, dois anos depois, fundou-se a “Angola Stats” no Alto Catumbela , que anos depois foi transferida para o Membassoco por se ter reconhecido que este local oferecia melhores condições para o desenvolvimento da planta. Nesse mesmo ano Walter John fundou o “Alto Cubal”, em 1932, Hanse Kisker ergueu a Fazenda Agrícola Kiskerhof. Três anos decorridos, Hernest Marshall iniciou as plantações de sisal no Lompungo (Ganda); em 1937, Sebastião das Neves, esse eterno jovem do Cubal, e que além de pioneiro tem sido dos mais vibrantes entusiastas pelo seu progresso, fundou no Mungué-Cubal, a Fazenda Elisa.
Depois, a história contemporânea e portanto dos nossos dias, que todos conhecemos, cujos pormenores nos abstemos de enunciar para não tornar a descrição fastidiosa, por extensa, mas que fazem parte da gesta humana desta terra que um dia deverá ser escrita por um estudioso, pela justiça que todos devemos ao passado e ao magnífico exemplo dos homens e das mulheres que fizeram do Cubal e onde, uma vez mais, se revelou a sublimidade do espírito fraterno, ecuménico e cristão dos portugueses que souberam viver em paz com os autóctones, com os ingleses que por aqui passaram, e com os alemães cuja colónia ainda hoje aqui permanece, constituindo exemplo de organização as suas fazendas, permanentemente de comportamento cívico, de trabalho e convivência saudável. Isto demonstra, à saciedade, que houve sempre nesta terra, lugar para todos fosse qual fosse a sua origem raça ou credo.
Em 14 de Junho de 1961, é oficialmente fundado o Concelho do Cubal, sendo seu primeiro Administrador Horácio Lusitano Nunes e, ao tempo, Governador de Benguela, essa portentosa figura do escol administrativo, Hortêncio de Sousa. Em Dezembro desse mesmo ano, a Junta local transforma-se em Câmara Municipal e, em 23 de Janeiro de 1968, há precisamente seis anos, a então Vila do Cubal, é elevada por mérito próprio e desejo da sua gente à categoria de cidade de Angola, em cerimónia a que presidiu o então Governador-geral Rebocho Vaz.
E assim entramos no tempo da actual cidade do Cubal e da sua realidade como comunidade humana, perante as suas potencialidades económicas presentes e futuras e bem merece, pela sua expressão significativa no contexto angolano e pelo mais elementar espírito de justiça, que nos debrucemos sobre a sua História, que é a história da grei que tornou férteis os campos e ergueu cidades numa autêntica epopeia de sacrifício e trabalho, como causa determinante dos seus parâmetros económico-sociais.
Cubal, nasceu portanto, da epopeia da permanente luta do homem sobre a terra e da gesta da sua determinação, consciente da autenticidade portuguesa e da sua maneira de estar no mundo, num mundo onde quase sempre os outros nunca tinham chegado. E se assim nasceu, assim terá de continuar, agora com mais responsabilidades, não só porque é cidade, como terá de começar a pensar conscientemente na verdadeira programática do seu futuro, que não poderá continuar circunscrito às flutuações das cotações internacionais do sisal.
O Cubal necessita de estruturar o seu amanhã, a partir de hoje, diversificando culturas, organizando a pecuária e inserindo-se no contexto dos centros industriais de produção. É evidente que isso se não consegue de repente, com o simples toque de uma varinha mágica, principalmente quando não abundam os recursos e falta a coragem e a capacidade de iniciativa. Mas, certos estamos, que o actual Governo lhes não negará as hipóteses possíveis de realização a que tem juz, desde que os problemas sejam equacionados com o realismo indispensável à sua prossecução. Isto é, facultando-lhe no que compete ao Estado, a experiência e nível dos técnicos oficiais e da própria Universidade – pois é para isso que eles existem – instalando parques de máquinas de que todos equanimemente possam beneficiar, principalmente os de mais modestos recursos, organizando convenientemente os Serviços de Veterinária, para apoio a uma pecuária que deve ser olhada com o maior interesse, facilitando e estimulando a criação de indústrias adaptadas às suas condições ecológicas e climáticas, curando com a urgência que se impõe, da Comarca que necessita, melhorando os níveis de ensino e olhando objectivamente para uma eficiente Escola de Artes e Ofícios dirigida ao apoio das Fazendas e à própria agricultura e tudo o mais que constitui o conjunto básico das infra-estruturas que o Cubal necessita para prosseguir como merece, na sua senda evolutiva.
A Câmara Municipal, presidida hoje por um dos seus filhos, com tradições paternas de verdadeiro pioneirismo e por uma pleiade de homens de boa vontade que constituem a sua vereação, tem revelado um dinamismo relevante e saudável e cedo nascerão os frutos da sua honesta dedicação. Que os munícipes os estimulem com o seu apoio e os ajudem nas suas dificuldades.
Muitas são efectivamente as dificuldades, para atender com a oportunidade desejada, aos imperativos de uma jovem cidade onde muita coisa falta e das mais dramáticas e evidentes, as instalações hoteleiras que aliciem visitantes e homens de negócios que aqui se têm de deslocar. Mas, certos estamos, que isso e o mais que é manifesto, virá com o tempo.
Do municipalismo, disse recentemente o Governador deste Estado, Santos e Castro com a coragem do Governador moderno que é, do político inteligente que se tem revelado e na autenticidade do homem de Angola que estratifica a acção sobrepondo-a às ultrapassadas dialécticas que faziam ganhar tempo mas que a nada conduziam disse Santos e Castro, dizíamos nós que “grandes ou pequenas, as cidades não são apenas amontoados de edifícios que se multiplicam sem regras, nem campo para árbitros ou ganâncias especulativas. Nada nelas pertence a um só. A legitimidade indispensável da propriedade privada não pode ir além do que fira ou diminua o que pertence ao foro do bem comum e é património de todos e da cidade em si própria. Viver em sociedade – e a sociedade urbana é bem complexa – exige regras que defendam todos e cada um, e fazê-las cumprir é o primeiro dever dos municípios (...). Têm as Câmaras Municipais de ser persistentes e generosas. Fazer uma grande cidade é missão de tão altos e globais objectivos humanos e sociais que não consente abdicações. (...Que as Câmaras não sejam mesquinhas em nenhuma das suas realizações”.
Estas palavras, estes conceitos, enunciados por quem exerceu funções cimeiras no municipalismo metropolitano e onde deixou obra de grande valia, devem constituir estímulo e autêntica doutrina para quem tem, como a Vereação do Cubal, a responsabilidade de a transformar numa grande cidade.
Alegra-nos saber, que vai ser finalmente instalada no Cubal, uma fábrica para o aproveitamento do seu principal produto, unidade que será instalada com máquinas novas, depois de cuidado estudo técnico-económico para a produção principal de um artigo que Angola importa com dispêndio de preciosas divisas: os sacos, justo é que felicitemos o Governo de Santos e Castro por tão útil como feliz decisão, pois desta vez, instala-se em local próprio e dentro de racionais regras tecnológicas, uma unidade própria e o dinheiro do contribuinte é, felizmente neste caso e nesta unidade industrial, aplicado com gestão inteligente e meritória. E dizemos isto, porque continuamos a condenar, por prejudicial a Angola a instalação de indústrias novas com máquinas velhas e, principalmente que o estado, mal avisado ou menos identificado, auxilie com o dinheiro do contribuinte, sociedades anónimas, com provas negativas de gestão e erros primários de estruturação. Felizmente desta vez fez-se – ou vai fazer-se – o que é racional e inteligente.
Mas o Cubal necessita de mais indústrias e carece, como também preconizou Santos e Castro, que a empresa produtora de energia eléctrica processe rapidamente a ampliação das suas linhas de alta tensão, de forma a alimentar a maior parte das povoações e fazendas desta região, com energia acessível e a preços comportáveis, evitando-se cada vez mais, o dispêndio com importações de motores diesel, com manutenções dispendiosas e o consumo de gasóleo que temos de importar.
Mas, nem só ao Estado se devem pedir as ajudas de que se carece porque ele não pode, por si só, nesta corrida contra o tempo em que todos estamos empenhados, resolver tudo o que é necessário dentro dos imperativos das prioridades a que nenhuma planificação se pode eximir.
Tudo leva a crer, para os que acompanham, lendo e ouvindo o que se passa no Mundo, que os preços do sisal se manterão na alta por bastante mais tempo, pois as fibras sintéticas, seu principal concorrente, derivadas do petróleo, serão cada vez mais caras, porque o preço do petróleo, já não voltará a ser o que foi. É que, por muito estranho que pareça, foi a Venezuela quem primeiro provocou a alta dos preços e não os árabes, como agora se revela. Ora, é preciso abjurar a ideia e tomarmos consciência de que não devemos continuar a ser um país colonizável, que exporta mão de obra e matérias primas. Temos consequentemente, de começar a fabricar os nossos próprios produtos para os valorizar e para isso temos de criar indústrias. E quando dizemos indústrias, não nos referimos a “fabriquetas” utopicamente transformadoras, que servem quase sempre – e apenas – para que alguns pseudo-industriais, transfiram para a Metrópole, em sobrevalorizações de facturas de máquinas e matérias primas que importam, acabadas ou quase acabadas, que apenas servem para provocar o hiperbólico aumento do custo de vida, acabando por venderem pelo dobro o que mais economicamente se poderia importar por metade do seu preço.
Precisamos, isso sim, de indústrias com I maiúsculo, que produzam artigos baratos, que criem lugares de trabalho e que programem obras sociais, porque o trabalhador tem de ser olhado como elemento humano, produtivo e indispensável.
Portanto, não podendo o Estado atender a tudo, compete àqueles que devem ao Cubal a sua independência económica, o bem estar que desfrutam, terem uma visão realista do futuro da terra e das suas próprias fazendas, retribuindo em gratidão o muito que lhe deve. Isto é, têm de começar a pensar em investir na indústria, na construção civil, em melhorar as condições técnicas e produtivas das suas próprias fazendas, estruturando-as racionalmente e beneficiando-as tanto no aspecto tecnológico como nas condições sociais e humanas do trabalhar. Inclusivamente, tentando novas experiências de diversificação de produtos e não esquecendo que é hoje mais do que nunca, necessário promover socialmente o mais válido elemento da comunidade, o Homem.
Ter ideias, defendê-las e lutar por elas, só dignifica o Homem, dando-lhe personalidade e tornando-o cidadão à altura dos seus deveres e direitos. E está suficientemente provado que não há povo evoluído e progressivo, se for atrasado, pouco desenvolvido, se despersonalizados forem os seus cidadãos. Esta é uma verdade incontroversa, tanto mais evidente quanto mais difícil for a crise que nos atormente e nos avassale. Mas ser cidadão evoluído e consciente significa estar atento e intervir com todos os recursos ao seu alcance. Que possa agir e pensar com discernimento e acerto na solução de quantas situações difíceis e problemas intrincados nos assoberbem. Assim, o homem de ideias é, pressupostamente, uma pessoa responsável e sempre que a noção de responsabilidade exista em consciência, não nos desamparará o dever das obrigações que nos são impostas tanto pelas nossas necessárias exigências, como pela nossa tributação social.
As grandes crises sociais são sempre precedidas por actos insólitos e ideias extraviadas e foram sempre conjuntos de irregulares propósitos que desvairaram os homens e o mundo para a consumação de grandes calamidades. Há assim, fenómenos cíclicos que temos de recordar e muitos dos dramas humanos foram precisamente provocados pelos que apenas pensavam com egoísmo, tudo exigindo em seu proveito e nada querendo dar em troca na redistribuição das riquezas para que todos contribuem no contexto da economia de uma Nação ou comunidade.
É isso que queremos recordar, no aspecto social, político e humano aos homens desta terra – e de tantas outras – que a elas tudo devem da sua realização.
O Concelho do Cubal caminha a passos largos para as 100.000 almas e necessita consolidar no presente o futuro que deseja e não só como região agrícola e produtora de sisal, mas enraizando-se na pecuária e na indústria. O sisal não deverá continuar a constituir só por si, a sua única razão de ser. Que se faça pois, o “ponto da situação” e se pense no futuro para que os homens de hoje não tenham de merecer amanhã, dos seus filhos, o julgamento minimizado da sua falta de visão, a crítica pela mesquinhez do seu espírito e o julgamento que a História lhes não perdoará. Que o Cubal seja, pois, com as suas potencialidades materiais e humanas, orgulho de todos nós, como afirmação imperecível da gesta portuguesa num continente que grandes nações abandonaram ao primeiro sopro dos desencantados ventos da História e onde nós ficamos e permanecemos, pelos imperativos conscientes da civilização que trouxemos, pela humanização do trabalho a que nos devotamos, pelo sentimento do valor da pessoa humana e pela convivência cristã, admirável e surpreendente da realidade da nossa maneira de estar no Mundo.
Humberto Lopes
Cubal, 1974

CUBAL: ORIGEM E MITOS

Segundo o regedor Daniel Samuel, natural do Cubal e um estudioso da sua região, a origem da palavra Cubal está relacionada com uma senhora que vivia na Ganda e curava os populares com ervas e plantas. O seu dom fez com que fosse considerada pelos chefes da região, como quimbanda (feiticeira), pelo que foi expulsa da região indo então viver para a zona da Hanha.
Mas mesmo distante, os seus “doentes” continuaram a procurá-la e ela continuou a curá-los. Um belo dia, dois responsáveis da região onde agora vivia, encontraram-na e perguntaram-lhe como era possível ter tanta carne seca e ter uma horta tão bonita e farta. Ela respondeu que o seu marido era caçador e agricultor e ela, dedicava-se única e, exclusivamente, a curar pessoas e a praticar o bem. Os ditos responsáveis ficaram bastante impressionados e, a partir daquela data, chamaram aquela região Cuvalê, que era o nome da senhora. Com a chegada dos portugueses à região e talvez devido a alguma dificuldade em pronunciar a palavra “Cuvalê”, resolveram mudar o nome para Cubal. Porém, existem outras teorias que mostram que o nome Cubal provém da expressão Okuvala que na língua nativa Umbundu significa “principiar onde ninguém mais chegou”. Esta misteriosa simbologia é a que identifica uma das mais belas cidades da província de Benguela que dista a 150 quilómetros do litoral. O Cubal ascendeu à categoria de cidade a 23 de Janeiro de 1968. O seu nascimento está relacionado com os Caminhos-de-ferro de Benguela e com o nome de Joaquim Francisco Ferreira, mais conhecido por “Yiola-yiola” (alcunho popular), um comerciante de nacionalidade portuguesa que chegou às terras da Hanha em 1878. Instalou a sua primeira Fazenda com a designação de Vareal de São João de Lutuima.Por se envolver de corpo e alma nos julgamentos de diferendos humanos e sociais dos nativos, foi lhe atribuído o estatuto de Juiz. Joaquim Ferreira chegou mesmo a convencer o Soba Katoto a abolir a pena de morte que vigorava na região e que os nativos aceitavam como castigo em obediência às Leis Tradicionais. Por mérito próprio, o Cubal ascendeu à categoria de cidade pela Portaria 1537 e Decreto 48033 de 11 Novembro 1967, por despacho do então Governador-geral de Angola, Camilo Augusto de Miranda Rebocho Vaz. Os primeiros povos que habitaram aquela região foram da tribo Muhanha, depois chegaram os Munanos provenientes do Planalto Central (Huambo) e os Ovambuelo da Região da Huíla. Exímios dedicantes da pastorícia e da agricultura, o Cubal cresceu e desenvolveu-se graças à aliança entre os Caminhos-de-ferro e a Industria sisaleira que tinha as Fazendas Alto-Cubal, Kiskerof, Elisa, Banja-banja e Rio Bom como os seus expoentes de produção. Das recordações do antigamente, ficam o Comboio-mala do Planalto e o Camacove do Litoral que se cruzavam naquela cidade por volta das 22 ou 23 horas, fundido saudades do hiterland de Angola.

Medalha comemorativa do 1º Aniversário da Cidade de Cubal

1.
2.
1. e 2. Anverso e verso

****

O nosso amigo Gi Vilares, na sua excelente colaboração no nosso blog, descobriu mais esta preciosidade de testemunho histórico.
A medalha comemorativa do 1º aniversário da elevação à categoria de cidade, da Vila do Cubal.
O Gi é de opinião que existirão poucos exemplares. Eu digo que esta é a primeira que vejo e não tinha conhecimento da sua existência. Que belo testemunho da nossa Cidade! Obrigado Gi por partilhares com todos os amigos cubalenses.


Aproveito para mencionar que no Suplemento do BOLETIM OFICIAL DE ANGOLA, de Terça- Feira, 23 de Janeiro de 1968, é referido o seguinte, que transcrevo:

GOVERNO GERAL DE ANGOLA
Portaria nº 15371
Eleva à categoria de cidade, a Vila do Cubal, sede do Concelho do mesmo nome, do Distrito de Benguela.
Tendo em consideração o grande desenvolvimento atingido no concelho do Cubal, do Distrito de Benguela, revelado pela criação feita pelo Decreto nº 48 033, de 11 de Novembro de 1967, de um Julgado Municipal de 1ª classe;
Com o parecer favorável do Conselho Económico e Social;
No uso da competência atribuída pelo artigo 155º da Constituição, o Governador-Geral de Angola manda:
Número único: É elevada à categoria de cidade, a vila do Cubal, sede do concelho do mesmo nome, do distrito de Benguela.
Cumpra-se.
Residência do Governador-Geral de Angola, em Luanda , 23 de Janeiro de 1968.
O Governador-Geral,
Camilo Augusto de Miranda Rebocho Vaz

Palestra em alusão ao 42º aniversário do Cubal

Administração promove palestra em alusão ao 42º aniversário do Cubal .
Cubal - Uma palestra sobre a fundação e desenvolvimento do município do Cubal, marcou quarta-feira, a abertura das festividades do quadragésimo segundo aniversário da região, a assinalar-se a 23 do mês em curso.

O administrador municipal em exercício do Cubal, Júlio da Silva Kwanza Santos, que orientou a palestra defendeu na ocasião, coesão e unidade dos munícipes em torno das acções dirigidas para o bem estar das populações e apelou a contribuírem de forma consciente no progresso e desenvolvimento da localidade.

Considerou que a participação do cidadão, aliada aos esforços do Governo, levará o município a estar bem servido e resolver o mais rápido possível as necessidades básicas das populações.

Salientou que os trabalhos de reabilitação e ampliação da barragem hidroeléctrica do Lomaum em curso, a construção de raiz de um posto de abastecimento de combustível e loja de proximidade em fase conclusiva demonstram o empenho do Governo na melhoria e aumento da oferta dos serviços sociais básicos as populações.

Segundo o responsável, a requalificação da cidade do Cubal aliada a remodelação de lancis e asfaltagem das vias são acções previstas para o ano em curso.

A palestra contou com a presença de membros do Governo, autoridades civis, eclesiásticas, tradicionais entre outros convidados.

Para dimensionar a data, varias actividades desportivas, culturais e recreativas estão a ser realizadas no município.

O município do Cubal, com uma superfície de 4.794 quilómetros quadrados, possui três comunas nomeadamente Capupa, Tumbulo e Yambala. Tem uma população estimada em 306 mil habitantes que se dedicam fundamentalmente da agricultura e pecuária.

Esta localidade foi fundada em 1912 e elevada a categoria de vila em 23 de Janeiro de 1968, até então pertencente ao concelho da Ganda, através da portaria numero 15.371 decreto numero 48.033 de 11 de Novembro de 1967, pelo despacho do então governador de Angola, Camilo Augusto de Miranda Rebocho Vaz, que até Novembro de 1974 o concelho do Cubal era formado pelos postos de Quendo, da Hanha, da sede e do Caimbambo.

O Cubal é habitado pelas tribos Vahanhas, Kissanjes, Mungandas e Bocoios que se fixaram na região por proporcionar a pratica da agricultura e caça.
in Angop
21-01-2010 11:01

10 julho 2018

1968-01-30 - Visita de Rebocho Vaz ao distrito de Benguela (Cubal)






Inauguração do Posto Administrativo de Caimbambo: Rebocho Vaz caminha na rua, cumprimenta populares e autoridades locais, corta fita inaugural; pessoas no exterior do posto. Cubal: Rebocho Vaz caminha na rua e passa revista à guarda de honra; inauguração da Câmara Municipal e cerimónias de elevação da vila a cidade; multidão no exterior, Rebocho Vaz entrega as chaves da cidade e cumprimenta presentes; inauguração do hospital: edifício, pessoas no exterior, Rebocho Vaz dirige-se para o edifício, bênção, corte da fita inaugural, individualidade local discursa, populares aplaudem, visita às instalações. Vila Mariano Machado: Rebocho Vaz caminha na rua, visita piscina e unidades fabris.
clicar neste link: Visita de Rebocho Vaz ao distrito de Benguela - inclui Cubal

07 junho 2018

31º Convívio dos Cubalenses - 2018 - 01. JULHO .2018 Restaurante Quinta das Muralhas na Pampilhosa – Mealhada Portugal


31º Convívio dos Cubalenses - 2018 - 01. JULHO .2018 Restaurante Quinta das Muralhas na Pampilhosa – Mealhada Portugal

31o Convívio dos Cubalenses - 2018
01. JULHO .2018 - Primeiro Convívio dos Cubalenses: 03 de Julho de 1988

Amílcar Vinhais : 223 744 959 / 960 429 396
António Maia : 231 949 717 / 964 960 834
José Carlos Ferreira : 914 106 225 - Email: nelaferreira48@hotmail.com

Caros Cubalenses e amigos do Cubal,

Informamos que dia 1 de Julho (1o domingo de Julho de 2018) se realiza o 31o Convívio dos “Cubalenses e Amigos do Cubal”, à semelhança de 2017 o Convívio será no Restaurante Quinta das Muralhas na Pampilhosa Mealhada.

Localização do evento: quem vem da Autoestrada A1 de Lisboa ou do Porto, sai na portagem da Mealhada ao chegar à rotunda grande, vira à direita (direção Coimbra) depois da Bomba de Combustível - Repsol encontra a placa que diz Pampilhosa, haverá setas itinerantes desde a entrada Pampilhosa, ao Restaurante Quinta das Muralhas, Rua São Joaquim, no 45-54. 3050-452 Pampilhosa do Botão.

Telefone 231 940 954 919 408 600 www.arte-eventos.com

GPS: Lat. 40 20 ́ 133133 - Long. 8 24 ́ 744873 Tem parque de estacionamento para viaturas.
A receção será efetuada no hall de entrada do restaurante, com 2 mesas de apoio:
Mesa de apoio 1
Validação de transf. e recebimentos. Controlada a inscrição serão entregues a cada participante ou ao grupo talões numerados. Estes deverão ser conservados para se organizarem nas mesas no salão para almoçarem.
Mesa de apoio 2
Servirá de logística à mesas 1. No salão existirão mesas de 6, 8, 10 e 12 lugares.
Estes serão aleatórios, podendo no entanto, caso desejem, organizar grupos sendo conveniente que façam as reservas até à véspera.
Ás 12:30 horas, a mesa de bebidas e petiscos (self-service) será exposta no jardim que dá acesso ao restaurante.

Bebidas: Martini, Cerveja, Gin, Água Tónica, Vinho do Porto, Moscatel de Favaios, Água Lisa, Sumo de Laranja.
Petiscos: Bolinhos de bacalhau, Rissóis de peixe, Croquetes, Caprichos do mar, Rissóis de camarão, Salada de Atum c/ Feijão-Frade, Tentáculos ensalsados, Salada de grão de bico c/ bacalhau, pão.
Às 13 horas: será servido o almoço (Menu servido) Ementa: Sopa de legumes.

Prato de Peixe - Bacalhau à Quinta c/ cebolada, batata frita dólar e tomate
Prato de carne - Leitão à Bairrada c/ guarnição.
Dieta - peixe cozido c/ todos ou bife grelhado - pedido antecipado a quando da inscrição


Bebidas: vinho tinto, branco e rosé, refrigerantes, cerveja, água. Espumante bruto servido com o leitão Sobremesas: Salada de frutas, pudim e bolo comemorativo.
Café e digestivos.


Custo: 26,00 € - Crianças até aos 3 anos não pagam, dos 4 aos 10 anos pagam - 13,00 €.
Animação do nosso Convívio: Conjunto musical JX de Coimbra. Terá a complementar a colaboração dos

nossos amigos Botto e Pais do Amaral, que se disponibilizaram para atuar durante o evento - o nosso

agradecimento.
Reservas: Através do Email: maryvinhais@gmail.com - luis.vinhais@gmail.com


Telemóveis: Amílcar Vinhais - 960 429 396 - António Maia 964 960 834.
Importante: agradecemos que os interessados no almoço convívio façam a inscrição e o seu pagamento por transferência bancária, impreterivelmente até 25. Junho, para informar o restaurante quanto ao no de presenças.
IBAN: PT50 0045 1372 4015 6205 3518 0, destinatário da Conta M. Vinhais/Amílcar Vinhais.
Caso a transferência não seja no nome da pessoa inscrita agradecemos que sejamos informados, para qualquer dúvida estaremos à vossa disposição.

Um abraço de amizade
A Organização 

11 novembro 2017

Efeméride 11.11.2007 - 11.11.2017 - 10 anos de blogue e reencontros. 10 anos de blogue do Cubal virtual

Cubalenses e amigos do Cubal,
Não poderia  deixar passar, sem recordar , esta significativa data . Foi no dia 11.11.2007 que comecei a criação deste espaço que visou apenas e tão só a união ou reencontro de tantos nós cubalenses e amigos do Cubal e que se encontravam dispersos e sem contactos.
Muita coisa se passou, entretanto, no que diz respeito ao ciberespaço. Com o advento das redes sociais Hi5 (acho que já extinto) e mais tarde o Facebook tive consciência que o paradigma tinha mudado e que, com a facilidade na criação de página individual no Facebook, cada um iria partilhar  os seus testemunhos e documentos na "sua página". Perdeu-se a possibilidade em termos o espólio documental, concentrado, numa única pagina, num único local, passando a estar dispersos por todas as páginas pessoais, a meu ver, com maior dificuldade na consulta, se bem que os comentários, pelas características da plataforma FB, são mais facilitados.

Apesar de tudo, sinto o dever cumprido na missão de reunir a tribo cubalense. 

Quero enviar-vos um abraço, sendo um forte e especial abraço a todas e a todos os que pro ativamente e sem individualismo, contribuíram e contribuem para que o nosso blogue continue a ser uma referencia ao facultarem e partilharem, neste espaço,  os seus documentos familiares sobre a nossa Terra Amada .

Tem sido um imenso prazer continuar a servir esta comunidade, como exemplo a mensagem recebida há 4 dias que transcrevo, apelando à ajuda naquilo que nos está a ser pedido:

(...)

Caro Ruca,

Chama-me Rosa da Conceição e nasci no Cubal, na Fazenda Elisa no ano de 1959. Saí do Cubal aos 5 anos para Benguela onde vivo até agora. Não tive a oportunidade de conhecer o meu pai, sei que é português, trabalhou na fazenda Elisa e chama-se ou chamava-se Amaral. Sei também que tenho dois irmãos mais velhos que eu com os nomes de "Fernando e Manuel" também portugueses e viveram no Cubal. Gostava de ter mais informações sobre eles, apesar de se passar muitos anos. 
Por curiosidade encontrei uma página na internet criada por si e com o seu endereço, por isso tomei a liberdade de lhe escrever. 
Se me puder ajudar a saber de alguma in formação ficarei muito grata.
Os meus cumprimentos
Rosa


(...)


Abraços
Ruca
11.11.2017