27 outubro 2008

Histórias de amigos cubalenses

Relativamente ao post anterior, "Antiga Igreja do Cubal", o nosso amigo Pedro Jorge presenteia-nos com uma deliciosa história em que interveio com uns colegas, quando cumpriam o serviço militar na nossa Cidade:
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Olá meu caro Ruca.
Era uma igreja bonita de arquitectura simples.
Fui lá assistir à missa algumas vezes e gostava das palavras do Padre José Ribeiro. Um dia fui escalado para limpar a Igreja com mais três companheiros meus.
Vou contar-te:
Um deles, deu a ideia em pormos os Santos na rua para tomarem ar! Houve outro que se enfiou na sacristia sem que déssemos por isso. E o resultado foi o pior possível, comeu todas as hóstias e não deixou uma gota de vinho que se destinava à missa!
Foi de tal forma que o Padre Zé não quis mais fascinas nossas!
Espero que Deus não me venha a castigar pela parte que me tocou, em colocar os Santos ao sol.
Recordações do Cubal.
Um abraço para ti, para os teus pais e esposa e para todos os Cubalenses.
Pedro Jorge.

25 outubro 2008

Caríssimos Amigos,

Tenho andado de dia para dia para Vos apresentar virtualmente. Mas o tempo é curto…e por vezes acabamos por não efectuar o que pretendemos.
Mas, hoje tenho a informar que ambos, são dois Guerreiros para a divulgação de terras de Angola!

Parabéns aos dois!

A Amiga Conceição, oriunda do Lobito, tem um site próprio muito interessante onde é visível as suas belíssimas fotos que capta nas suas fantásticas viagens. Também faz parte do blog da sua cidade Natal.
http://www.cidadelobito.com/index.html
http://www.mariapernadas.com/

O Amigo Ruca oriundo do Cubal tem dois blogs onde reúne carinhosamente as pessoas do Cubal. Por este meio comunicacional ele informa e incentiva a futuros encontros e reencontros.

http://cubal-angola.blogspot.com/
http://cubalenses.blogspot.com/

Ambos amigos de minha Família, a irmã da Sãozinha é afilhada de minha mãe e a mãe do Ruca é afilhada da minha avó.


Isto tudo, para vos apresentar e dar-vos a conhecer os blogs/sites que vocês veiculam informação na www.

Presentemente, recebi um e.mail da Sãozinha, a qual, está a organizar pela terceira vez uma viagem a Angola. Deste modo, quero informar o Ruca sobre esta viagem. Poderá também divulgar no seu Blog. Pois poderá existir alguém que esteja interessado em ingressar nesta “família angolana”.

Um beijinho para estes queridos Amigos,
Ana Catarina Monteiro

24 outubro 2008

Igreja nova Cubal – Comunhão Solene – Missa

1.Igreja nova – Comunhão Solene – Missa
2.Interior da Igreja na mesma cerimónia.

3.Padre Zé na mesma cerimónia

4. Cubal – procissão de Comunhão Solene.
À esquerda parte da Igreja nova....
(continua)

22 outubro 2008

Cubalenses

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Encontro dos Antigos Estudantes do Cubal - Agradecimento -

Aos Muanhas:

Com o 19º Encontro dos Antigos Estudantes do Cubal, chegou a hora de “passar a pasta” à Próxima Organização.

Temos a certeza que ficará bem entregue, pois o espírito de boa vontade, o empenho e entusiasmo de tudo se fazer, para que este dia perdure nas nossas memórias, está sempre presente em todos aqueles que abraçam desinteressadamente esta tarefa.

Foram dois anos de muitas alegrias e também de algumas dificuldades e desilusões. No entanto, o balanço, (como não podia deixar de o ser), foi POSITIVO e GRATIFICANTE, pela maneira como cada vez mais, os nossos colegas dizem PRESENTE, dando-nos o prazer do reencontro neste NOSSO DIA!

Não queria no entanto, em nome da Organização que cessa agora as suas funções, deixar de expressar um agradecimento especial, a alguns colegas e amigos que, desde o primeiro momento, nos deram o seu apoio incondicional, para levarmos a bom porto, estes Encontros.

Assim sendo, aqui fica o nosso OBRIGADO de coração: ao Victor Vieira, Dinny Querido, Jaime Marques de Almeida, Juca Laranjeira, Fernando Borges, Rui Lopes, Fernando e Mila Vaz, Cristina Campos, Manuel Portugal, Cristiana Moreira, Carlos Lopes, Sónia Simões, Henrique Faria.

Não podemos deixar também, de agradecer a disponibilidade e simpatia do Hernâni Cabral, que a todos encanta, no seu jeito “Muanha” de “cantar” o quino.

Às jovens que no 18º Encontro, nos presentearam com um momento de dança de rara beleza.

À Direcção do Hotel Quinta da Lagoa, na pessoa da D. Olívia, pela compreensão e simpatia, assim como a todo o pessoal que durante estes dois anos, nos atenderam com grande profissionalismo

Ao Ruca, pela sua disponibilidade em tudo fazer para que o Encontro fosse divulgado e pela preciosa ajuda que nos deu, ao facultar contactos, que de outra maneira, seria impossível podermos rever esses colegas.

Ao Carlos Botto e ao Trio Áfrika, por nos fazerem regressar a um passado que jamais se apagará, com as suas “kizombas”, “merengues” “tangos” e “valsas,” que por momentos nos transportam às farras do Clube Recreativo e ao Ferrovia!

O meu agradecimento pessoal, (desculpem-me, mas não ficaria de bem comigo se o não fizesse): ao meu filho e ao meu marido, pelo apoio e força que me deram nos momentos menos bons, em que o desânimo tomava conta de mim.
A vós, meus AMORES, um grande beijo e desculpem o meu “mau feitio”…

Por fim e em nome da Organização que agora termina esta tarefa, um BEM-HAJA ao José Lobo, pela sua disponibilidade e entusiasmo, de aceitar o desafio de organizar o 20º Encontro, tendo nós, a certeza que tudo fará, para que seja um sucesso.

O meu AMIGO José Lobo, lembrou-me uma frase que escrevi há uns anos num dos nossos livros:

«É possível AMAR uma terra fisicamente! É assim que sinto o nosso CUBAL, que com os seus “Kazumbis” me enfeitiçaram para sempre…»

Continuo com esse sentimento!!!

OBRIGADO E ATÉ SEMPRE!

Anabela Borges

21 outubro 2008

Cubalenses

1.Eugénia e Maria José
2.Fáb. Concentrado de Tomate
Fazenda Fernando Alberto
3.Famila Pena, Sogros, Amigos - Cubal
José Luís Pena, Teresa, Pena,Maria Pena,Lucrécia Ramos,
Maria Terceiro (mãe de Teresa),Vítor Pena, Zé Ilhéu e Rodrigues Terceiro (pai de Teresa)

4.Familia Sebastião das Neves
Purificação das Neves, José Fernando,Carlos Alberto e Sebastião das Neves

19 outubro 2008

"Efeitos" do nosso Blog e da amizade.

Que grande alegria a minha, a de encontrar mais uma amiga do Cubal!
Como estou grato ao Ruca por esta enorme surpresa!
Depois de conhecer o Sr.Domingos e D°Ana Batalha,o Benjamim, Mingo, Pobre, Tanta,Tercia, Guto, ... agora a Ana.
É na verdade um grande prazer, mas este prazer também se estendeu à minha irmã Carmem e aos meus pais. O interessante é que algum tempo antes, encontrei o teu irmão (Mingo) na net e soube assim que ele é o director provincial do comércio e industria de Benguela, o que me deixou muito orgulhoso,tentei por vários meios contactá-lo pelo telefone mas sem sucesso e agora a coincidência maravilhosa. A Ana. É verdade que estavamos muito ligados, o teu pai era muito amigo do meu e com as tuas irmãs aprendemos a "língua dos ps".
Se desejares envia-me o teu número de telefone pois eu gostaria de falar directamente contigo. Recebe por agora um enorme abraço deste cubalense que tem em alta estima todos os amigos do Cubal.
Meno Fontoura

16 outubro 2008

Igreja do Cubal

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Viagem ao Cubal de J. L. Pena - Março 2008

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Contributo de uma amiga gandense

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Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - Ana Batalha

Caro Ruca!
Chamo-me Ana Batalha, nasci no Cubal e sou a penúltima filha de Domingos Batalha, funcionário dos C.F.B. e de Ana de Sousa Calado Batalha. No total, somos 8 irmãos e vivemos durante muitos anos no Cubal. Tive conhecimento deste Blog, há algum tempo, de forma meramente casual (através de uma sobrinhas, enquanto estas navegavam na net). Nessa altura, lembro-me de estar on-line, uma mensagem de um dos filhos de um comerciante do Cubal, o Sr. Fontoura, mas do qual não tenho agora presente o nome, lembro-me apenas que ele referia estar, actualmente, a viver na Bélgica (se não estou em erro), o qual, procurava localizar alguns conterrâneos, entre os quais, figurava o nome do meu pai e dos meus irmãos mais velhos. Apesar de não ter tanta afinidade com a terra onde nasci (cerca dos 5 anos fomos morar para Benguela), como a restante família, fiquei comovida com essa mensagem e, por isso, cá estou a tentar reatar esse contacto. Assim, gostaria que me facultasse alguma informação sobre o endereço desse filho do Sr. Fontoura, caso a possua ou, uma outra qualquer via através da qual eu pudesse ter acesso ao endereço, para me poder apresentar (apesar de ser muito nova na altura - teria cerca de 5 anos - lembro-me perfeitamente dessa família e recordo-me de ir à loja deles fazer recados a mando da minha mãe) e também para lhe poder dar notícias dos meus irmãos.Sem mais, agradeço desde já a sua atenção e coloco-me seu inteiro ao dispor.
As minhas cordiais saudações, subscrevo-me, afectuosamente,
Ana Batalha
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Olá Ana,
Agora respondo-te através do blog.
Obrigado por esta tua mensagem (e emails trocados). De quem te referes é o nosso amigo Meno Fontoura que se encontra com a família na Suiça. Já te respondi ao email com conhecimento ao Meno.
Para te lembrares melhor, recordo que o Meno escreveu um post fantástico. Basta clicar AQUI para veres. O seu autor revela uma memória extraodinária!
Saudações
Ruca

Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - Maria do Carmo de Menezes

Olá
Sou a irmã mais nova de Nuno de Menezes e vai para muito tempo que ando para o contactar, por esta via, com o fim de agradecer o "apontamento" que escreveu sobre o meu irmão, aquando da sua morte (Pode ser revisto aqui) . MUITO OBRIGADA. Não sei se tiveram conhecimento que um mês depois de faleceu a minha cunhada Alda Lage, também em Benguela. Pela sua foto é bastante mais novo que eu (tenho 70 anos) e como todos os angolanos vim na "enxurrada" em 1975, actualmente vivo no Porto (Na época vivia no Balombo, entre Nova Lisboa e Lobito onde eu era gerente da Pousada e o meu marido Director da Empresa das Àguas do Cota-Cota). Julgo que deve ter vindo da nossa terra muito novo, mas certamente que tem por ela o amor e carinho que todos os verdadeiros angolanos têm. Tenho contacto com alguns angolanos e como não pode deixar de ser de vez enquanto cá nos reunimos para uma muambada. Tenho alguns emails de Angola de outros tempos e até de agora que se desejar posso ir mandando. Mais uma vez o meu muito obrigada.
Maria do Carmo de Menezes
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Minha Amiga,
Já lhe respondi por e-mail.
É um prazer enorme contar consigo nesta comunidade, pelo que espero tê-la sempre connosco.
Quanto às imagens de angola que diz ter, envie sempre que lhe for oportuno.
Uma saudação amiga e obrigado pela sua presença.
Ruca

14 outubro 2008

Lição de sapiência no 19º Encontro dos Antigos Estudantes do Cubal


‘’É possível viver uma terra preservada do espaço e do tempo “


Caros Muanhas

Antes de mais gostava de vos agradecer o facto de me permitirem estar convosco e poder partilhar os meus pensamentos, assim como agradecer a todos os que idealizaram, organizaram e participaram este evento, tornado-o num momento para todos inquestionável e catalisador das nossas memórias passadas e das nossas amizades. Muitos já não estão entre nós, de qualquer modo manteremos para sempre o seu espaço e memória. Jamais esqueceremos os nossos “Seculos”, capazes de nos passarem os valores que nos permitem manter esta forma simples e feliz de olhar para a vida. Gostava ainda de agradecer à Anabela, São e Isabel, o facto de nos terem dado esta honra, pois de facto é com enorme prazer que assumimos esta responsabilidade, com um grande sentimento de missão a cumprir pois acreditamos que jamais temos o direito de nos privarmos destes momentos. Se me permitem confesso-vos que me sinto um privilegiado pelo facto de poder contar com um enorme número de amigos do coração. Novos, antigos e até de menino..... de facto muitos amigos. Por eles sou muitas vezes confrontado com uma questão muito simples mas algo complexa de responder: “O que tem África? O que tem essa terra pequena de que tanto falas.... que faz com que a paixão e saudade perdure para sempre? Essa terra pequena que como alguém disse :
“Era uma vez uma cidadezinha embrulhada no cacimbo, no perfume inconfundível do sisal e nos panos e missangas das “Muanhas”” (Anabela Borges).

Na verdade também eu, coração africano, muitas vezes me pergunto que será que provoca toda esta mistura de sentimentos? Francamente as conclusões têm sido as mais diversas, algumas com racionalidade: juventude uma enorme disponibilidade para apreender, outras pelo mero recurso à intuição ou talvez inteligência emocional: paixão, meninice, irresponsabilidade, prazer pela atitude etc. Alguém escreveu tão simplesmente “ É possível amar uma terra fisicamente”! É assim que sinto o nosso CUBAL, que com os seus “cazumbis” me enfeitiçaram para sempre… Deixem-me acrescentar algo mais aquela frase que bem podia ser o titulo para um belo “poema” “É possível viver uma terra preservada do espaço e do tempo “ Uma vida sem condição em que o sonho se confunde na natureza sem fim. É isto mesmo. Tem de ser esta a resposta. Penso tantas vezes, é quase como se transportasse fisicamente num pedaço de papel, um poema sobre ela onde a vida corre aparte do tempo e do espaço, e a natureza é o único limite para o nosso pensamento. Sim, só assim foi possível criar sem limite um tão grande conjunto de memórias em tão curto espaço de tempo... que de tal riqueza nos provoca a permanente nostalgia e sentimento de ausência. Queremos sempre voltar... e acreditem ou não, voltamos todos os dias em todos os momentos a cada gesto, pensamento ou atitude. Somos Cubalenses. De facto e permitam-me uma vez mais citar alguém, e seguramente repetir aquilo que muitas vezes já leram, mas desculpem-me estou apaixonado por tudo aquilo em que consigo ver a minha terra. Ser-se Cubalense, por nascimento ou por adopção, é um privilégio que só a alguns, os chamados eleitos, é concedido. Para tal é necessário: que tenha bebido água do rio Cubal; que tenha inalado o cheiro daquela terra poeirenta impregnada do perfume inconfundível do sisal; que tenha apanhado no corpo as chuvadas refrescantes e consoladoras; que tenha sido picado por mosquitos ávidos de sangue; que tenha torrado a tez naquele sol abrasador e, por último, que tenha sentido na cabeça os efeitos de grandes cacimbadas. (Carlos Falcão)
Reconheçamos, o desafio de termos de ser felizes, de viver a vida mesmo tendo deixado para trás a árvore das memórias, cujos frutos alimentavam a nossa vida, os amigos, os familiares, o cheiro da terra, as lendas e cacimbadas !! Africa, Terra Minha.

Não existe mais
a casa onde nasci
nem meu Pai
nem a mulembeira
da primeira sombra.
Não existe o pátio
o forno a lenha
nem os vasos e a casota do leão.
Nada existe
nem sequer ruínas
entulho de adobes e telhas calcinadas.
Alguém varreu a fogo
a minha infância
e na fogueira arderam todos os ancestres.

(Costa Andrade)
Pois... mas os desafios enfrentam-se e caros Muanhas só nós podemos continuar a manter viva essa presença que nos alimentará mantendo-nos actuais no nosso passado, aliviando o peso a suportar por essa nostalgia que magoa intensamente e dói na alma. De facto somos só nós, e como tal gostaria de vos prestar a minha homenagem. A todos, os presentes os ausentes, a todos aqueles que amam e amaram verdadeiramente esta terra, pois são responsáveis por aquilo que somos, são um pedaço de nós e da nossa memória viva de uma infância feliz, num tempo longínquo mas que podemos continuar a viver no presente, como se a desventura não tivesse interrompido o nosso percurso, Estou certo que comungarão comigo esta felicidade, de me sentir.
Um Muanha de alma e coração que vive as suas origens, como uma lição de vida.

Obrigado
José Lobo Pires
19º Encontro dos Antigos Estudante do Cubal