16 abril 2025

Memórias do Cubal nos anos 50: Procissão de Fé e a presença da Virgem Maria na comunidade (Parte 3)

Imagem 1 : quem identifica?

Estas imagens desta comovente viagem ao Cubal dos anos 50 transportam-nos para o âmago da vida religiosa e comunitária. Numa  vemos um grupo de jovens mulheres a caminhar, com a imponente imagem de Nossa Senhora  de Fátima a erguer-se ao fundo. A sua presença, mesmo em segundo plano, sugere a centralidade da devoção mariana na fé da comunidade cubalense. Estas jovens, com os seus olhares talvez direcionados à Virgem Maria, representam a continuidade da fé através das gerações.

A imagem final oferece-nos um vislumbre da comunidade unida numa procissão. A atmosfera de devoção e a participação de tantas pessoas indicam a profunda fé que permeava o Cubal daqueles tempos. É natural assumir que, numa comunidade com forte tradição católica, a figura de Nossa Senhora de Fátima,  teria um lugar de destaque nestas manifestações religiosas.

Estas duas fotografias, juntas, pintam um quadro do Cubal dos anos 50 onde a fé era um pilar da vida comunitária, e a devoção à Virgem Maria era uma parte integrante da sua identidade religiosa.

Ajudem na identificação. 

Imagem 2

 

Também faz parte da história 

Memórias do Cubal nos Anos 50: O solene momento da Crisma (Parte 2)

Imagem 1 : Reconhece-se as manas Dora Vilar e Luisa Vilar... quem  reconhece ? 

Continuamos a desvendar as memórias do Cubal dos anos 50, estas  fotografias transportam-nos para um momento particularmente solene: a Crisma. Vemos um grupo de jovens, na sua maioria meninas, elegantemente vestidas de branco, com os seus delicados véus e coroas de flores. Os seus rostos, embora jovens, refletem a importância e a solenidade deste passo na sua vida religiosa.

As mãos juntas em oração e o olhar compenetrado destas crianças evocam a pureza e a fé que marcavam estas cerimónias. Ao seu lado, observamos a presença atenta de adultos, provavelmente os padrinhos e familiares, que desempenhavam um papel crucial no acompanhamento e apoio espiritual destes jovens.

Imagem 2

Imagem 3

Imagem 4
Estas imagens são um belíssimo retrato de uma tradição religiosa profundamente enraizada na comunidade do Cubal. Através destes rostos, podemos sentir a importância deste sacramento e a união familiar que o envolvia. 

Fiquem connosco para mais recordações emocionantes do Cubal dos anos 50!

Memórias do Cubal nos anos 50: Celebração e Fé em comunidade - (Parte 1)

Nesta época especial que antecede a Páscoa de 2025, abrimos novamente o nosso arquivo de memórias para partilhar convosco um conjunto de 10 fotografias verdadeiramente especiais, resgatadas do passado pela generosidade da Fernanda Valadas. Estas imagens são mais do que meros instantâneos; são documentos históricos que nos transportam diretamente para o Cubal dos anos 50, revelando faces, eventos e costumes de uma época que muitos de nós apenas conhecemos por relatos.
A mensagem de voz da Fernanda, que carinhosamente tentei transcrever, ilumina um pouco o contexto destas preciosidades. Falamos de momentos ligados à fé e à educação, pilares da comunidade cubalense de então.
Na primeira imagem que partilhamos (e que já nos evoca tanta nostalgia), podemos vislumbrar um evento religioso marcante. Pelas palavras da Fernanda, poderemos estar perante a solenidade da Crisma ou a tocante Procissão do Senhor dos Passos ou do Corpo de Deus. A solenidade dos participantes e o ambiente que se adivinha na fotografia convidam-nos a imaginar a importância destas celebrações para a vida da comunidade.
Mas não ficamos por aqui! As restantes  fotografias que se seguirão desvendam outras facetas da vida no Cubal daquela década e do mesmo evento. Seremos apresentados aos primeiros professores do colégio local, figuras como o Senhor Victor e a Dona Emília, cujas aulas marcaram a vida de muitos. Estas imagens serão certamente um deleite para todos aqueles que foram seus alunos e para quem se interessa pela história da educação no Cubal.


Imagem 1 : quem identifica?

O Lanche e a "Orquestra Império" nas Festividades do Cubal dos Anos 50
As festividades não eram apenas momentos religiosos, mas também oportunidades para fortalecer os laços comunitários e celebrar a vida em conjunto, ao som da música que embalava os corações cubalenses.
Têm memórias da Orquestra Império e dos seus músicos?

Nesta imagem temos oportunidade de espreitar um pequeno lanche, onde a Dona Matilde Freire, avó do Eurico, da Gina e do Nando Vaz, surge rodeada por outros rostos, incluindo o do irmão da Fernanda. Ao fundo desta cena, um detalhe curioso: o que parecem ser as barracas das festas do Cubal e os suportes onde a Orquestra Império, possivelmente a primeira orquestra local, colocava as suas pautas. Uma referência rica à vida social e cultural da época, que talvez o Hernâni Cabral (nosso Soba), filho de José Maria Cabral também músico, possa ajudar a desvendar com as suas memórias.

Cada uma destas fotografias é uma janela para o passado, um convite a recordar e a partilhar memórias. São rostos familiares, lugares que marcaram a nossa história e momentos que definiram a identidade do Cubal.

Ao longo dos próximos posts, partilharemos convosco cada uma destas preciosidades. Convidamos todos os que reconhecem nas imagens, que se lembram dos eventos retratados ou que têm histórias para partilhar sobre estas figuras e estes tempos, a deixarem os seus comentários. Vamos juntos construir esta narrativa coletiva, preenchendo as lacunas do tempo com as nossas memórias.

Quem se (re)vê nestas fotos? Que histórias estas imagens vos trazem à memória? Partilhem connosco esta viagem no tempo!

Fiquem atentos às próximas publicações e preparem-se para uma dose de nostalgia e de reencontro com o passado glorioso do nosso Cubal!


texto : ruca

imagens: Nanda Valadas

NB. Caso verifiquem necessidade de correção de algo no texto, agradeço nota. 

15 abril 2025

Uma viagem no tempo à Barragem do John - Cubal: rostos da amizade nos Anos 50

António Valadas, Cunha e José Maria Cabral e.... ? quem identifica?
    Hernani Cabral, disse:
" O de boina à frente, é o meu tio Joaquim Cabral, atrás Antônio Valadas, atrás de capacete é o Aires da Silva irmão do cele Aires Careca, segundo à esquerda com a mão no ombro do sr. Valadas, parece -me o pai da Gena Queirós, o meu pai José Maria Cabral, de camisa aos quadrados, o senhor careca conhece-o mas não me lembro o nome. Os outros dois á frente dele não conheço. Tenho comigo umas 7/8 fotos tiradas na mesma altura onde aparecem outros Cubalenses. Foram-me cedidas pelo Aires da Silva aqui identificado."

Chico Valadas, disse ( nos comentários abaixo):  reconheço o Cabral e tio do Hernani, sr Eduardo pai da Maria Eugénia Queirós e o Zé ilhéu, além de meu pai e sr Cunha. 

Madalena Lage Santos, disse:
À direita, sentado de calções e meias altas, é o meu falecido pai, o Lage eletricista. Lembro me de todos !!! 

Esta fotografia, capturada nos anos 50, é um tesouro que congela no tempo um momento de pura cumplicidade junto à majestosa Barragem do John. Entre as rochas e o murmúrio da água, vemos um grupo de amigos — António Valadas, Cunha e José Maria Cabral — cujos sorrisos descontraídos e poses naturais contam histórias que as palavras muitas vezes não alcançam.

A imagem, embora parcial (com alguns rostos no topo cortados pelo limite da fotografia original), respira a essência de uma época em que os encontros eram celebrados com simplicidade e a paisagem servia de testemunha silenciosa. As roupas clássicas, os chapéus despretensiosos e a cascata ao fundo pintam um retrato nostálgico, onde a engenharia humana e a beleza natural se harmonizavam.


Eis o desafio lançado a todos os guardiões da memória (aos nossos "sobas"):Quem reconhece os outros companheiros desta cena? Quem pode nomear os amigos cujos rostos ficaram à sombra do tempo? Cada identificação é um fio que tece a tapeçaria desta história coletiva, reavivando laços que o tempo não apagou.

Que esta imagem não seja apenas um registo do passado, mas um lembrete daquilo que permanece: a amizade que resiste às décadas, a beleza das pequenas aventuras e o convite eterno a olhar para trás com gratidão. Afinal, como dizia o poeta, "a vida é a arte do encontro" — e aqui, à beira da barragem, ela foi magistralmente retratada.

"Quem se (re)vê nesta foto? Quem completa a história?" Partilhem as vossas memórias e ajudem a preencher os espaços em branco desta narrativa tão especial.

Imagem: Nanda Valadas

Texto: Ruca

11 abril 2025

Juventude no Cubal: Piquenique em motorizada - ano 1962

Diretamente do álbum de família da irmã da Fernanda Valadas (e enviadas pela sobrinha Raquel), chegam-nos mais recordações preciosas da vibrante juventude cubalense, desta vez do ano de 1962! Vamos partilhar duas fotografias que captam um animado passeio de domingo em motorizadas.

O destino? A colina em frente à antiga ponte do caminho de ferro sobre o rio Cubal. Como conta a Fernanda, "fomos todos de motorizada", às vezes com dois ou três ocupantes por veículo, para um piquenique diferente. Era assim a diversão: ar puro, boa companhia, e a paisagem marcada pela linha do comboio.

Nesta primeira fotografia, vemos parte do grupo com as suas motorizadas. A Fernanda ajuda a recordar quem são alguns deles: o Toneca Mamede (que infelizmente partiu há muitos anos num acidente), a criança Carlitos Lopes (que muitos recordarão do Conjunto Ferrovia, nos anos 70), o irmão da Fernanda, Chico, a própria Fernanda, e o Carlos Santos (conhecido por 'Mombaka'), que pertencia à primeira comissão de militares colocada no Cubal após 1961.


Imagem 1

Imagem 2

Depois do passeio de motorizada que vimos na foto anterior, o grupo reuniu-se descontraidamente na relva da colina, perto da ponte do comboio, a aproveitar o sol e a conversa. Nesta imagem, podemos ver o grupo mais alargado, num momento de puro convívio.

A Fernanda Valadas identifica os presentes neste retrato de amizade: a Conceição Lopes, a Lucília Lopes, o Toneca Mamede (que na altura namorava a Conceição), a Anita Valadas (irmã da Fernanda), o militar Carlos Santos ('Mombaka'), o Carlitos Lopes (criança) , a Arminda Mendes (tia da Elisete e do Tonito Mendes), a Lizete Valadas (outra irmã da Fernanda) e, claro, a própria Fernanda.

Um testemunho fantástico dos laços de amizade e dos momentos simples e felizes que marcaram a juventude no Cubal daqueles tempos. Estas duas fotografias são um vislumbre precioso dessa camaradagem e alegria de viver. Um enorme obrigado à Fernanda e Raquel por nos abrirem estas janelas para o passado e partilhar connosco estas memórias tão ricas!

Ruca

08 abril 2025

Memórias de 1967: Convívio entre Cubal e Lobito nas Festas da Cidade.

As fotos partilhadas pelo João Palmeira irradiam a atmosfera vibrante das Festas da cidade do Cubal em 1967. Em destaque, a elegante e desportiva seleção de futebol de salão do Lobito, especialmente convidada para abrilhantar as festividades. No meio dos jovens atletas, reconhecemos as figuras mencionadas por João Palmeira, o guardião das redes desta equipa memorável.


Na fileira de cima, o olhar do 'grandão' Edgar sobressai, imponente. Ao seu lado, Sequeira, com os seus característicos óculos, surge na fileira de baixo, denotando concentração. E claro, o próprio João Palmeira, o guarda-redes que nos recorda este momento, certamente cheio de orgulho por defender as cores do Lobito. (alguém consegue identificar os jogadores?)

Mas a estrela maior desta equipa era, sem dúvida, Edgar. Já com um nome firmado em várias seleções, na altura demonstrava o seu talento também nos relvados do futebol de 11, no Lobito Sports Club. Esta imagem captura um instante de união e expectativa antes dos jogos e da confraternização que se seguiria no clube.



Após a formalidade da fotografia de equipa, a festa continuou no clube, onde os jogadores do Lobito e os anfitriões do Cubal que se misturaram num ambiente de descontração e alegria. Esta imagem capta um desses momentos de convívio, onde vemos alguns dos atletas do Lobito a partilharem conversas animadas.

No centro da imagem, podemos identificar alguns dos rostos que vimos na fotografia da equipa, agora sorridentes e descontraídos, desfrutando da hospitalidade cubalense. As garrafas nas mãos de alguns e os olhares trocados sugerem um ambiente festivo e acolhedor. É visível a camaradagem entre os jogadores visitantes e os membros do clube local, unidos pelo espírito das festividades e, certamente, pela paixão pelo desporto. Este era o espírito da época, onde o convívio e a celebração eram tão importantes quanto a competição


Esta última fotografia expande o nosso olhar sobre a celebração no clube, revelando um ambiente ainda mais abrangente de camaradagem. Vemos um grupo maior de pessoas, incluindo os jogadores do Lobito e os seus anfitriões Cubalenses, lado a lado, a partilharem momentos de convívio e boa disposição.

Os sorrisos nos rostos e a proximidade entre as pessoas demonstram a atmosfera acolhedora e festiva da ocasião. É notável a integração dos visitantes do Lobito na comunidade  Cubalense, transcendendo a rivalidade desportiva e celebrando a união através das festividades da cidade. Esta imagem final é um testemunho do espírito de comunidade e da alegria que marcaram as Festas do Cubal em 1967, onde o desporto serviu como um elo para fortalecer os laços entre regiões vizinhas como o Cubal e o Lobito.

Imagens: João Palmeira

Texto: Ruca com indicações do João Palmeira


03 abril 2025

Amigas de infância no Cubal: Recordação de 1951

A nossa amiga Fernanda continua a abrir o seu baú de recordações, partilhando connosco esta fotografia carregada de ternura, captada por volta de 1951 no Cubal. Uma imagem que nos devolve à simplicidade e à alegria das amizades que nascem na infância.

Na imponente carrinha Internacional do pai da Nanda,  António Valadas, vemos três pequenas amigas: a própria Fernanda, então com 3 anos, a sua irmã mais velha, Anita, com 5, e, entre elas, a Paula, filha do Sr. Mário Paulo, também com cerca de 5 anos na altura.

Como a Fernanda recorda, eram amigas "desde que nasceram praticamente", e esta fotografia é também um testemunho das fortes ligações entre as famílias que animavam o Cubal daqueles tempos. Muitas famílias partilhavam amizades e cumplicidades, criando laços que perduravam.

O tempo, por vezes, leva a que os caminhos se separem, e Fernanda partilha com emoção a memória da amiga Paula, de quem soube recentemente que já partiu.

Fica esta imagem como uma doce homenagem a esses anos de infância, às amizades puras que nos marcam para sempre e às memórias preciosas do nosso Cubal. Um agradecimento especial à Fernanda por mais esta partilha inestimável.

Ruca

Memórias do Cubal: A gazelinha do Parque Infantil da Vila (1967)

Esta fotografia, uma janela para o passado datada de 24 de Setembro de 1967, chegou-nos através da nossa conterrânea Fernanda, carregada de emoção e de histórias. Transporta-nos de imediato para um local que vive na memória de muitos de nós: o antigo Parque Infantil da Vila, um espaço central na infância e juventude de gerações de cubalenses.

A Fernanda partilhou connosco, com a voz embargada pela nostalgia, as suas recordações vividas deste lugar e, em particular, da pequena gazela – a "gazelinha" – que ali vivia. "Era o parque Infantil da Vila", recorda, fazendo questão de o distinguir do parque do pessoal do Ferrovia, que mais tarde deu lugar a campos de jogos.

No coração do Parque da Vila, esta gazela habitava um espaço que a memória da Fernanda regista como limitado, talvez "uns 3 por 3 ou 4 por 4 metros". Confessando-se "desde sempre uma doida por animais", a Fernanda sentia uma imensa "pena" ao ver a condição do animal. "Era muito meiguinha", lembra, apesar do capim que o guarda diligentemente lhe levava todos os dias, e das "ramas" que a própria Fernanda por vezes lhe oferecia.


A imagem captura um momento de rara cumplicidade. Enquanto a maioria das crianças e adultos apenas observava a gazela do lado de fora da vedação, a Fernanda, que morava mesmo ali ao lado e tinha a confiança do guarda, tinha o privilégio de entrar. "Ninguém entrava ali... mas eu... ficava ali perdida a fazer-lhe festinhas", conta.

Olhar para esta foto hoje evoca na Fernanda, e certamente em muitos de nós, um misto de sentimentos. Há a ternura pelo animal ("adorava, gostava muito desta gazela"), mas também a "dó" e a consciência, que talvez "naquele tempo não havia", das limitações em que vivia. Era um tempo diferente, com outra sensibilidade, mas a empatia e o carinho já existiam, como prova o relato da Fernanda. 

Esta não é apenas uma memória pessoal da Fernanda; é um fragmento da memória coletiva do Cubal. O Parque da Vila, com a sua "gazelinha", foi palco de brincadeiras, de encontros, de descobertas para tantos. É uma recordação que, como diz a Fernanda, "tem significado para quem conheceu".

Agradecemos imensamente à Fernanda por partilhar esta fotografia preciosa e o seu relato tão genuíno. Que sirva para reavivar as memórias de todos aqueles que passaram pelo Parque Infantil da Vila e se lembram, com carinho ou compaixão, da pequena gazela que marcou uma era.

E tu caro cubalense? Lembras-te deste parque? E da gazelinha? Partilha as tuas recordações nos comentários!

Obrigado

Ruca

29 março 2025

Lutira, 1964: Memórias de amizade eterna

 

Lutira, 1964: 
Quatro amigos eternizados na memória do Cubal. 
Da esquerda para a direita, 
Luís Lousa, Henrique Alves, Mário Pinto e Adriano Silva

Esta fotografia, capturada no Lutira em 1964, eterniza um momento de pura camaradagem entre quatro amigos que, infelizmente, já nos deixaram, mas que permanecem vivos nas nossas memórias. Da esquerda para a direita, recordamos com carinho Luís Lousa, Henrique Alves (pai da Vanda Alves), Mário Pinto (cunhado da Nanda Valadas, marido da Lisete e avô da Raquel, que nos deixou recentemente) e Adriano Silva (filho do Sr. Adriano).

Nesta imagem, vemos os seus sorrisos e a cumplicidade que os unia, testemunhos de uma época em que a amizade era um laço forte e duradouro. Cada um deles, com a sua personalidade e histórias, contribuiu para a rica tapeçaria da nossa comunidade no Cubal.

Hoje, prestamos homenagem às suas vidas e recordamos a alegria que trouxeram às nossas vidas. Que esta imagem seja um tributo à sua memória e um símbolo do impacto que tiveram em nós.

Agradecemos à Nanda Valadas por partilhar esta preciosa recordação connosco.

Ruca

27 março 2025

10 de Agosto de 1973: "Lito Sebastião" e a História do Cubal

Marques da Silva, Carlos Alberto das Neves (Lito Sebastião) e
José Manuel Dias Faria (Vereador da CMC) 

Em 10 de agosto de 1973, o Cubal testemunhou um momento histórico com a posse de Carlos Alberto das Neves, ou 'Lito Sebastião' (obrigado Fernanda Valadas por nos relembrares) como era carinhosamente conhecido pelos mais velhos, como presidente da Câmara Municipal. Filho do ilustre Comendador Sebastião das Neves e de Purificação das Neves, figuras proeminentes na comunidade cubalense da época, Carlos Alberto das Neves carregava consigo não apenas o seu próprio legado, mas também a herança de uma família respeitada.

A fotografia deste evento captura não apenas a figura de um líder, mas também um pedaço da história local. Além de Carlos Alberto das Neves, vemos também Marques da Silva, repórter, locutor e responsável pelo Emissor Regional do Cubal e José Manuel Dias Faria, Vereador da CMC, outras figuras marcantes na vida da nossa terra.

Este post é uma homenagem à sua memória e uma forma de preservar a história do Cubal para as futuras gerações.

Convido a todos a partilhar as Vossas próprias lembranças e histórias sobre Carlos Alberto das Neves, Marques da Silva e José Manuel Dias Faria, bem como a família Sebastião das Neves nos comentários.

Obrigado

Ruca.

CARLOS ALBERTO NEVES NA PRESIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DO CUBAL - 10 DE AGOSTO DE 1973

Com a presença do Governador do Distrito, Coronel Franco do Carmo, tomou posse do cargo de Presidente da Câmara Municipal do Cubal, terra da sua naturalidade, o Sr. Carlos Alberto Neves. Conta apenas 33 anos, fez os estudos liceais em Benguela e Sá da Bandeira e é filho do Comendador Sebastião das Neves.
Recordamos, a propósito, que exerceu as funções de vereador no quadriénio 1969/73. Reeleito para o quadrénio seguinte, encontrava-se no exercício dessas funções quando foi nomeado para o actual cargo.
A população do Cubal muito espera do seu ânimo, inteligência e espírito de iniciativa, qualidades que, aliadas ao amor à terra onde nasceu, contribuirão decisivamente para o bom desempenho de tão difícil cargo.

Gil Barros "Setembro de 1973"





Revista Semana Ilustrada nº 326 de 19 a 26 de Setembro de 1973 cedida pelo Gil. Texto e fotos extraídos por http://cubal-angola.blogspot.com/

Sessão solene posse de Carlos Alberto das Neves como Presidente da Câmara Municipal do Cubal . 10/08/1973

1. Quem identifica? 
2. Carlos Alberto Neves , Governador do Distrito de Benguela- Coronel Franco do Carmo e ???quem identifica?
3. Carlos Alberto Neves , Governador do Distrito de Benguela- Coronel Franco do Carmo, e José Manuel Dias Faria.

Acto de posse de Carlos Alberto das Neves
como Presidente da Câmara Municipal do Cubal
10/08/1973

12 março 2025

N'as cadeiras do Recreativo: memórias de um tempo feliz no Cubal -agosto de 1961

Nanda (com 13 anos) , Anita (com 15 anos) e Lisete (17-18 anos)

Hoje, o nosso blogue recebe mais um tesouro do passado, partilhado pela querida Fernanda (família Valadas). Uma foto que nos transporta diretamente para o antigo Clube Recreativo do Cubal, onde a Fernanda, a sua irmã Anita e  Lisete posam, jovens e sorridentes, sentadas nas icónicas cadeiras do clube.

E que cadeiras! A Nanda descreve-as com um carinho especial: um módulo único, sem apoios de braços, onde se sentavam para ver os filmes no antigo cinema do Recreativo. Imaginem só, um bloco de cadeiras unidas, lado a lado, a testemunhar tantas histórias e emoções.

A Fernanda recorda com saudade as sessões de cinema, onde os filmes de Cantinflas e as "cowboyadas" faziam as delícias da plateia. Eram tempos em que a sala enchia, as gargalhadas ecoavam e a magia do cinema nos transportava para outros mundos.

Mas as cadeiras do recreativo eram mais do que simples assentos. Eram palco de algumas "convenções" sociais da época. Os rapazes sentavam-se de um lado, as raparigas do outro. 

A Fernanda recorda com carinho esses tempos felizes, onde a vida era mais simples e as memórias se construíam em torno do cinema, das festas e das conversas com o pai, que lhe transmitia a paixão pela leitura e a curiosidade pelo mundo.

Esta foto e as memórias da Fernanda Valadas, da família Valadas são um verdadeiro tesouro para o nosso blogue, um pedacinho da história do Cubal que nos transporta para outros tempos. E quem sabe, talvez um dia encontremos um módulo dessas cadeiras para o museu, para que as futuras gerações possam conhecer este pedaço da nossa história.

Obrigado, Fernanda, por partilhares connosco estas memórias tão especiais!

👩‍❤️‍👩Imagem gentilmente partilhada: Raquel Valadas Oliveira / Fernanda Valadas

Memórias de um tempo de festa: O Rancho Folclórico do Cubal e a alma de uma comunidade - Anos 1957, 1958, 1959

Adenda ao post inicial:

Olá a todos! Queria partilhar convosco uma pequena atualização ao post sobre as memórias do rancho folclórico do Cubal. Recebi recentemente mais duas fotografias que me foram enviadas pela Fernanda, e que nos transportam ainda mais para aqueles tempos de festa.

Fotos datadas de 26 de setembro de 1959, mostram uma atuação do Rancho Folclórico do Cubal,  em Caimbambo. Imagens fascinantes, pois podemos ver a Lisete Valadas a dançar com o João Marques. Curiosamente, como a Nanda me explicou, eles não eram o par oficial naquela atuação, mas a fotografia captou esse momento especial. No verso da foto, a irmã da Nanda,  Lisete fez questão de escrever a data e o local, o que torna esta recordação ainda mais preciosa.

A outra foto mostra o João Marques com a Emília Saraiva, o par correto daquela atuação. É engraçado ver como as fotos nos podem contar histórias diferentes, e como um simples clique pode capturar momentos únicos e inesperados.

Agradeço à Fernanda Valadas por partilhar estas memórias connosco. E, claro, um agradecimento especial à sobrinha da Fernanda, RAQUEL VALADAS OLIVEIRA que guarda com tanto carinho estas relíquias de família. É bom saber que estas memórias estão a ser preservadas e partilhadas com todos nós.

Espero que gostem destas novas adições ao post. Continuem a acompanhar o blog para mais recordações do Cubal! E participem!

Ruca

Imagem (A


Imagem (B




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Post inicial:

Com um misto de nostalgia e alegria, partilho hoje 3 fotografias que são verdadeiros tesouros da nossa história cubalense. Capturadas entre 1957 e 1959, retratam o nosso Rancho Folclórico em todo o seu esplendor, uma expressão viva da nossa cultura e tradições.

Graças à gentileza de Fernanda Valadas, podemos hoje revisitar um dos momentos culturais mais marcantes do Cubal: as apresentações do Rancho Folclórico. Nas imagens, vemos os jovens Emília Saraiva, Amílcar Vinhais, Isaura Mendes e João Marques envergando trajes típicos que refletem a riqueza do folclore português, preservado com tanto carinho pela nossa comunidade.

Estas fotografias  transportam-nos  para um tempo em que o Rancho Folclórico era o coração pulsante da nossa comunidade, um espaço onde gerações se uniam para celebrar a nossa identidade. Mais do que uma simples dança, o rancho representava união, tradição e alegria. As suas apresentações reuniam famílias, amigos e vizinhos, fortalecendo os laços entre os cubalenses. A música, os trajes e os movimentos coreografados transmitiam histórias e emoções, mantendo viva a nossa cultura.

Os rostos jovens e vibrantes dos dançarinos nessas fotografias  recordam-nos o orgulho e a felicidade de ver o nosso Rancho em cena. Aqueles momentos eram de festa e convívio, onde a comunidade se reunia para aplaudir e celebrar a nossa história.

Que estas imagens sirvam de inspiração para continuarmos a valorizar e preservar a nossa cultura, garantindo que as futuras gerações conheçam e orgulhem-se do nosso património.

Agradeço imensamente a Fernanda Valadas pela partilha destas imagens únicas, que nos permitem recordar e honrar momentos que marcaram gerações.

E tu cubalense e amigo do Cubal? Conheces algum dos organizadores ou mentores destes eventos? Compartilha as tuas lembranças e histórias nos comentários!  A tua contribuição é fundamental para enriquecer este post e preservar a memória do nosso Rancho Folclórico.

Viva a cultura, viva o Cubal!

Ruca



Foto 1 : Emilia Saraiva, Amilcar Vinhais, Isaura Mendes e Joao Marques

Foto 2

Foto 3


 

10 março 2025

Blogue Cubal-Angola Terra Amada!: Um legado para as futuras gerações


Cubal-Angola Terra Amada!
 Um legado para as futuras gerações
Dados demográficos
Dados demográficos - Quem nos vê.


Localizações /Regiões de onde somos vistos

Caro cubalense e amigo do Cubal,

É com grande alegria que partilhamos contigo informações importantes sobre quem nos acompanha nesta jornada de resgate da história do nosso querido Cubal. Os dados estatísticos mostram que a maioria dos visitantes do nosso blogue pertence à faixa etária acima dos 65 anos. Isso revela algo muito significativo: são aqueles que viveram o Cubal no seu auge, que guardam memórias preciosas e que querem manter viva a história da nossa terra. No entanto, também vemos uma presença importante de leitores entre os 55 e 64 anos, e até mesmo algumas faixas mais jovens que começam a interessar-se pelo nosso passado.

Este blogue não é apenas um espaço de recordação, mas também uma ponte entre gerações. Precisamos garantir que as histórias do Cubal, dos cubalenses e dos momentos que marcaram a nossa terra não se percam com o tempo. Para isso, convidamos-te a participar ativamente!

Se tens fotos antigas, histórias, recordações da vida no Cubal ou simplesmente queres partilhar algo que ajude a construir este arquivo vivo, escreve-me! O conhecimento e as memórias são um legado que devemos passar adiante, e cada contribuição é um passo para que o Cubal continue presente no coração das gerações futuras.

Juntos, podemos manter o Cubal vivo, não apenas na memória, mas também na história!


Os Nossos Leitores ao Redor do Mundo:

A história do Cubal ultrapassa fronteiras! Os nossos leitores acompanham-nos de diversos países, incluindo:


  • Portugal (48%)
  • Países Baixos (15%)

  • Estados Unidos (12%)

  • Brasil (6%)

  • Reino Unido (3%)

  • Angola (2%)

  • Irlanda (2%)

  • Suécia (2%)

  • Alemanha (2%)

  • Áustria (1%)

  • Suíça (<1%)

  • Canadá (<1%)

  • França (<1%)

  • Bélgica (<1%)

  • Singapura (<1%)

  • Espanha (<1%)


Este alcance global mostra o interesse e a conexão que pessoas de diferentes partes do mundo têm com a história do Cubal. É uma prova de que as nossas raízes e memórias são universais e merecem ser preservadas.


Incentivo à Participação:


Aos nossos leitores mais experientes, pedimos um favor especial: incentiva os teus filhos, netos e amigos a conhecerem este blogue. Mostra-lhes a importância das suas raízes e o valor de preservar a nossa história. Para os mais jovens, convidamos-te a juntares-te a nós nesta jornada. 


Conta-nos as tuas histórias, partilha fotos antigas, participa nos debates. Vamos juntos construir um arquivo vivo da nossa história, para que o Cubal continue vivo na memória de todos.


Um abraço fraterno,
Ruca
Cubal-Angola Terra Amada!