14 maio 2009

Exposição de arte

Dia 21 de Maio de 2009, cerca das 19 horas, inaugura-se uma exposição com várias obras do nosso Edgardo Xavier, Mário Vinte e Um, Juvandes e de Jorge Cardoso.
Local: É aqui na Galeria Alpha em Lisboa, Av. Miguel Bombarda, 120 A ( tem estacionamento perto).
Apareçam.

13 maio 2009

Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - Emílio Rodrigues

Amigo Ruca:
Penso que não nos conhecemos. Mas esse facto não invalida que outros nos unam…o Cubal.
Fui militar em Angola entre 1969/71 e passei pelo Cubal entre Junho/70 e Janeiro/71.Apesar do tão pouco tempo a recordação daquela cidade será eterna.
Meu nome é Emílio Rodrigues, e fui Alferes Miliciano. Fiquei com inúmeras recordações, todas boas, desses poucos meses que lá estive colocado, eu e toda a tropa que me acompanhou, pois isso mesmo é relatado nos encontros anuais que a companhia vai realizando.Entre outras coisas que, por curiosidade, vou pesquisando na net, encontrei o seu blog, o que logo me despertou a memória e o relembrar outros tempos, outras amizades, vividos intensamente. Como referi o tempo foi pouco, mas ficaram muitas recordações e nomes amigos: O Desportivo, o Ferrovia, o Bar Karivera com o João(filho); Sousa & Carrasqueiro (Sr. Carrasqueiro e Sr. Zé e a esposa D. Alice) que por casualidade encontrei na Ericeira onde foi professora uns tempos; as manas Mariana, Isabel e Adriana, o Pires que jogava muito bem futebol de salão; o Manuel Sampaio com quem já me encontrei em Lisboa; o Sr. Gil fotografo; e mais e mais……cujos nomes não recordo pois já lá vão quase 40 anos.As inesquecíveis festas nos clubes, Desportivo e Ferrovia, a passagem de ano que durou até o sol ir bem alto..etc..etc…e por isso até anexo umas fotos dessas festas com caras bonitas do Cubal de então.Já vi que se reúnem todos os anos, e se eventualmente no próximo referir o meu nome a alguém, e se ainda houver quem se recorde de mim será motivo de muito orgulho, pois para mim o Cubal nunca será esquecido. Como hoje alguém diz: “Fui muito, muito feliz no Cubal”.
Fico aguardando noticias suas, se assim o entender conveniente, e se necessitar das fotos em original para alguma reprodução melhor, terei todo o prazer em as ceder.
Vou finalizar, na perspectiva de outros encontros, deixando os meus contactos
Não referi: actualmente estou reformado(bancário).
Um grande abraço com o Cubal no coração
*******
Caro Emílio,
É um enorme prazer receber mais um cubalense com um excelente testemunho, bem demonstrativo do que era a nossa cidade e a amizade que se cultivava .
Estou certo que irá encontrar amigos neste nosso espaço e que partilharam consigo os bons momentos, bem visíveis nas imagens que remete e que publicarei brevemente.
A minha esperança é que motive também os seus ex-companheiros de armas e que tiveram experiência semelhante no Cubal, a participarem e remeterem testemunhos da sua passagem. Muitas histórias haverá para contar... seria muito interessante que o nosso blog fosse enriquecido também com as suas experiências e imagens. Conto consigo para interceder junto dos mesmos, motivando-os a participar.
Obrigado!
Um grande abraço e apareça sempre.
Ruca
PS: E não se esqueça de aparecer já no próximo Encontro do Luso, e traga os ex-companheiros de armas!

09 maio 2009

Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - José de Oliveira Marques

Olá.
Vim pela 1ª vez aqui e não resisti a escrever.
Fui para o Cubal em 1969 com 9 anos.
Estudei no Liceu Eça de Queiroz com a Prof. D. Cecília e o marido. Tenho 2 irmãs gémeas (Geca e Mariana) mais novas, os meus pais chamavam-se Artur e Maria do Canto e o meu tio, António do Canto (conhecido por Cantinho) e a minha tia era a Natália. Tinha-mos 2 lojas de comércio no Chissingue e campos de algodão. Lembro-me de alguns amigos, como o Laranjeira, o Pratas que tinha uma Mini Honda, o Pinto que o pai trabalhava nos CFB e tinha uma grande gaiola de pássaros, o Benites que morava em frente á casa dos Fontouras, e eu morava nas traseiras da casa do Fontoura ao lado da casa da Sandra. E lembram-se da Gina? E o Jorge Vaz? Gostava que alguém me reconhecesse e me contactasse.
Vivo em Viana do Castelo.
Obrigado.

No aniversário da Betinha

1.
1.a
1.b


1.c

07 maio 2009

Procura de amigos

Caro Amigo,
Sou natural de Luanda e ando na Net a pesquisar se consigo encontrar o paradeiro de um amigo desde a infância, cujo apelido era Van der Kellen.
A ultima vez que o vi, foi em 1974 e moravam na Vila Alice em Luanda.
Caso saiba alguma informação, fico-lhe muito grato que me diga.
Julgo que o primeiro nome dele era Henrique.
Com os melhores cumprimentos,
***
Caro Manuel,
Bem vindo a este espaço. Vamos tentar que alguém nos ajude na informação pretendida.
Um abraço
Ruca

05 maio 2009

Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - Anabela Cid (Bélinha)

Olá,
Eu sou a Anabela Cid,mais conhecida por Bélinha,
Nasci no Cubal, recordo todos os momentos com mtas saudades da minha querida e adorada Angola.
Saí da minha terra natal com 13 anos. Tenho actualmente 46 anos.
Recordo a minha escola primária,os meus colegas, os professores(Prof.as. Olívia, Anizabel Cabral e Dª Fernanda e a fazenda Santana e Pires que me viu crescer.
Saímos de Angola a 4/10/1975. Sou filha do Francisco Cid(já falecido) e Otilia Cid.
Vivo actualmente em Ervedal da Beira, Concelho de Oliveira do Hospital, sou casada e tenho um filho.Muitos beijinhos a todos.
****
Olá Anabela,
Acredito que tenhamos sido colegas! Tanta coincidência! A nossa idade, as Professoras, ( a Anizabel Cabral também me "aturou" pelo menos na 2ª Classe (que saudade tenho dela). Também saímos de Angola em Outubro de 1975, eu e os meus pais, via Lobito num barco pesqueiro de nome Kalua, até Luanda..... uma viagem que um dia (talvez) aqui venha revelar bem como as peripécias e perigos por que passamos até ao quartel de Luanda, onde salvo erro outro cubalense que nos vê ( O Fernando H. Pires) também lá esteve (carece de confirmação). Vamos recordar coisas boas e uma delas é também a tua presença. Aparece sempre e se possível envia testemunhos.
Um abraço
Ruca

Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - Belinha

Olá Ruca, obrigada.
Eu sou a Belinha a sobrinha da Celeste e Vítor Alves do Cubal.
Vivi em Benguela, estudei no Colégio Nun'Alvares Pereira e depois fui viver para a Ganda. Gostava tanto de contactar os meus colegas da Escola Industrial da Ganda.
Tenho tantas saudades da minha terra, sempre que falo em Angola fico emocionada. Saí de lá com dezasseis anos e não mais voltei.
Um dia quero voltar. Sou uma cota de 50 anos, mas não vou morrer sem ver a minha terra amada e a minha gente.
Ruca obrigada por construíres este blog.
Parabéns, boa sorte beijinhos, peço a todos meus colegas que me contactem
um xi coração grande para toda Angola

Família Ramos

1.
2. Padrinho Albano e Beatriz Ramos ainda bébé
3.
Este é o meu irmão Ramos
4.
Fotos e comentários : Beatriz Ramos

04 maio 2009

Uma notícia triste.

Acabei de receber uma notícia triste.
A nossa amiga Milú (ponta esquerda) partiu. Uma estrela se acendeu no céu.
Encontra-se hoje em câmara ardente na Igreja de Nossa Senhora Da Luz - Largo da Luz 1600 Carnide, Lisboa e o seu funeral partirá daquela Igreja, amanhã pelas 09 Horas para o cemitério de Carnide.
À família Silva, aqui ficam expressas as sentidas condolências.
Ruca

02 maio 2009

Cubalenses

1.
Tó Flórido, Mata e Elisabete

2. Ausenda, Beatriz, Óscar Mata,

Nelo Leitão e Celeste Mata 3.

Óscar Mata, Silva (ponta esquerda),São Múrias, Adelaide e ??
4.
Beatriz, Óscar e Celeste 5.

Da Esqª (Miladi não visível na totalidade) Tó Florido, Mata, Elisabete, Ausenda, Beatriz Ramos, Óscar, Silva (ponta esquerda) Adelaide,
À frente: Nelo Leitão, Celeste, São Murias e ??
Na mesma festa do post anterior.

Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - Mário Rui Pires

Alô Ruca,
Estive a ver o teu blog sobre o Cubal, e achei bastante interessante.
Estou de regresso à "terra" no proximo mês e quando passar pelo Cubal não me esqueço de tirar umas fotos.


(...) morava do outro lado da rua, entre a casa do Professor Leonel e a casa da D. Laura, ou seja, um pouco acima da tua casa.
Jogávamos à bola com o Milito Peixoto e o Silveira.
Não tenho a certeza se fomos colegas na Escola Primária 40 e 307.
O meu pai era o Director da Escola Preparatória e Escola Industrial e Comercial, mais conhecido por "cachimbeta" (fumava cachimbo).
Um abraço
Mário Rui Pires (vizinho de rua e amigo do futebol)

Envio 2 fotos onde estão os meus pais e que retirei do blog,
Luso/2009 - Os meus pais estão ao centro;
Mira/2009 - Os meus pais estão com a Luisa Ferreira.
Eu também estive em Mira, mas não fui fotografado.
***
O Mário Rui também apareceu. Já troquei emails com o mesmo e relembramos alguns (bons) momentos da nossa infância. Todos ficamos a aguardar a participação futura no nosso blog.
Um abraço à família Pires
Ruca

01 maio 2009

Cubalenses

1.
Da Esqª : Mata, Binda, Fernanda, Antonieta Espinha e filha Belinha, Alexandre Barbosa Fonseca, Ramos, os meus padrinhos Albano e Cândida, o miúdo a beber é o meu mano Amadeu, Silva.
Os miúdos: Celeste Mata, Adelaide, São Murias, Auzenda, Nelo Leitão, Óscar a segurar na Betinha, a loirinha com franjinha ao lado da Betinha sou eu. O menino que está atrás/ao lado de mim é o Ruca! Lucinda ao lado do Ruca
Os outros que me perdoem não me lembro . (Beatriz)

2.
Beatriz Ramos e Ruca

3.
Mata, Binda, Fernanda, Antonieta Espinha e filha Belinha, Ruca, Lucinda e ...

4.

5.
Quem não estiver identificado, agradeço a V. ajuda.

Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - Beatriz Ramos

A Beatriz, cumpriu o que prometeu na sua última comunicação. Envia-nos testemunhos de cubalenses que irão enriquecer o nosso blog. Obrigado à Beatriz Ramos e desculpem mas é mesmo um agradecimento especial, pelo facto de num dos testemunhos eu também ser contemplado quando tinha +-4 anos . Ruca


****

Olá, já matei saudades e já me arrepiei claro está, já não me lembro de algumas pessoas do Cubal, mas dos nomes não esqueço, por exemplo, Liliana Pais de Sousa, e Elsa, pois fui vizinha da D. Alda e o Sr Pais, segundo dizia a minha mãe a dona Alda foi a parteira, também me lembro muito da Sónia Maria Pais de Sousa, do Nelson, do Edgar, tanto é assim k o meu filhote chama se Edgar e a minha filha Sónia.
Eu sou a Beatriz, irmã do Amadeu Ramos e filha do Ramos e Isaura, estudei no colégio Eça de Queiroz.
Beijinhos a todos do Cubal.
SAUDADES
Beatriz Ramos

***

A Beatriz Ramos também chegou ao nosso convívio virtual...
Que bom Beatriz! Vem sempre a este teu/nosso espaço e faço votos que tenhas aí nesse baú, alguns testemunhos para partilhar connosco. Ficámos à espera.
saudações
Ruca

30 abril 2009

Cubalenses

1.
Rodrigues Terceiro, Domingos da Silva e José Cravo
CFB Cubal

2.
Rodrigues Terceiro, Hermínia, Teresa e ....
3.
Maria Terceiro, Isaias, Hermínia e Teresa
4.
Isaías Terceiro e Hermínia Terceiro

Encontros cubalenses

Boa tarde amigos Cubalenses.
Hoje casualmente encontrei o Aníbal Tomaz. Houve aquele tique natural de duas pessoas que se gostam. Naturalmente nos abraçamos. Um abraço prolongado. Nos primeiros minutos depois de várias divagações, ele disse-me: Sabe, eu já estou reformado. E de repente sobrevoou no meu cérebro uma nuvem que me disse em voz alta que era muito bom eu estar velho para rever o Anibalzito. Era assim com este diminutivo que eu o tratava e logo por acréscimo bailou a figura dele e doutros putos de calção dessa época e apareceram o Vítor Vieira , o Cristina, o Henrique Faria, o Alvarito e outros que me faziam andar de gatas no ringue do Ferrovia, mas que deslumbravam as noites de futebol de salão que despovoavam quási todas as residências da cidade.
Belos e bem belos tempos
Vamos todos rever-nos no LUSO e em MIRA.
Um grande abraço.
Gil Barros

29 abril 2009

Cubalenses

1.
1973


2.
1965/1966
3.

Vamos comentar e legendar estas imagens?

“REGRESSO AO PASSADO” 34 ANOS VOLVIDOS…

ENCONTRO ENTRE OS “AMIGOS DE TODO O SEMPRE”…

Abel, Eduardo, Nando e Cila e seu neto

“Somos donos dos nossos actos, mas não donos de nossos sentimentos, somos culpados do tudo que fazemos, mas não somos culpados do que sentimos; Podemos prometer actos, mas não podemos prometer sentimentos... Actos são pássaros engaiolados, sentimentos são pássaros em voo”. (Mário Quintana)

"Odeio quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia" (Nietzsche).
.
“Desassossegados do mundo correm atrás da felicidade possível, e uma vez alcançado o seu quinhão, não sossegam: saem atrás de loucuras improváveis, aquela que se promete constante, aquela que ninguém nunca viu, e por isso sua raridade. Amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos. São sabidamente apressados, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem menos amor do que planeiam. Pensam antes de concordar e quando discordam, pensam que pensaram melhor, e com clareza uns dias e com a mente turva em outros, pensam tanto que pensam que chegam a pensar de estar a descansar. Têm insónias e são gentis, incomodam-se com as verdades imutáveis, riem-se quando bebem, não enjoam, mas ficam tontos com tanta ideia solta, com tamanha esquizofrenia, não se acomodando em rede, leito, lamentam apenas falta que faz uma paz inconsciente. Dormem de manhã. Já provaram o gosto da liberdade e sabem que é bem valioso, por isso têm asas prontas para voar. Acreditam no incrível, sonham com o impossível e riem um riso largo, como se soubessem de algo que é só deles. São donos de uma esperança sem tamanho e vão até o fim do mundo, se o destino é ser feliz”. “Basta-me um pequeno gesto, feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve... Mas só esse eu não farei. Uma palavra caída das montanhas dos instantes desmancha todos os mares e une as terras mais distantes... Palavra que não direi. Para que tu me adivinhes, entre os ventos taciturnos, apago meus pensamentos, ponho roupas quentes e nocturnas, que amargamente inventei. E, enquanto não me descobres, os mundos vão navegando nos ares certos do tempo, até não se sabe quando... E nesse dia terei acabado... “Não precisa ser homem, não precisa ser mulher, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaros, do sol, da lua, do canto, de ventos e de canções das brisas. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, principal objectivo, deve ser o de amigo. Deve sentir-se amargurado pelas pessoas tristes e compreender o imenso vazio de solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura um amigo para gostar das mesmas coisas, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de todo um passado, de toda uma infância. Tem-se um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve-se gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beiras de estrada, do cheiro da terra depois da chuva, de se deitar na erva... Um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Um amigo que nos faça parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive”.
.
“No manto deleitoso do nosso sonho, deixa-nos embarcar, sentindo a vibração incontida, de caminhar por trilhos de vento, de luas e sóis, até chegarmos ao nosso DEUS”. (Eduardo A. Flórido)


Eduardo Flórido
Feita de partículas de pensamentos estereotipados, pretendi, num dia especialíssimo e na companhia de outro grande amigo, de seu nome ABEL PARENTE , fazermos uma surpresa a um grande amigo e sua esposa, CARONA (kiko) e CILA, já que no dia combinado, os mesmos completavam 34, sim digo bem , trinta e quatro anos de casados e repletos de felicidade. Acto combinado, acto praticado aí fomos nós, felizes e contentes, relembrando destemperadamente as nossas e desculpem a expressão “sacanagens” de infância, ou mais ou menos, aquelas atitudes impensadas que todos nós volvidos anos, relembramos, mas alguns teimam em mostrar-se diferentes, por uma questão de honorabilidade social, que quer queiramos ou não, temos forçosamente de respeitar, pois atitudes e comportamentos cívicos, dizem apenas respeito a quem quer que seja, o interveniente. De consciência tranquila, um pequeno desvio até à cidade de Espinho, onde nos aguardava ansiosamente outro Cubalense de gema, AMADEU DA SILVA RAMOS. Abraços, lágrimas tudo à mistura, numa onda de confusões, que o tempo, essa máquina trituradora de todas as moléculas, não nos consegue fazer apagar, só a morte nos separará e mesmo essa com todas as interrogações, ainda me leva à esperança de um dia, nos possamos juntar a uma qualquer lareira, num cantinho lá do céu e rir-nos-emos, certamente, de anos passados, no exílio terrestre, onde dificilmente não se sente, a diferenciação de trato aos filhos de um DEUS MENOR.

O RAMITOS (EX-MANDRAKE), com mãos ágeis para a cozinha e com sapiência de mestre, presenteou-nos com um saborosíssimo arroz de cabidela, que caiu, sinceramente, talvez até pela companhia e adiantado da hora, como dos mais saborosos, até hoje comido. Depois do repasto e para bastante mágoa nossa, o MESTRE RAMOS, como havia sido combinado anteriormente, não nos pode acompanhar, o motivo: afazeres profissionais. Lamentando mas, entre mais uma recordação, e outra qualquer obra perpetuada, de difícil explicação, o coração aperta-se-nos: havia chegada a hora da partida, a mesma emoção, a mesma cordialidade, mas com uma tristeza aumentada, um amigo já havia ficado, e com tanto, tanto, para se falar e brindar, mas não faltarão ocasiões, certamente.

Daí, ao destino, somos ainda separados por algumas dezenas de Kms., mas com uma lágrima, no canto do olho, por deixarmos alguém da nossa geração, começamos a sentir o prazer de nos irmos apercebendo que a família do NANDO CARONA, estava a ficar cada vez mais perto... Durante o caminho mais uma paragem, para saudarmos um grande amigo do ABEL PARENTE (ex-colega na R.D.Congo ) e esposa, que nos presenteiam com um faustoso jantar e excelente companhia. Perfeito e aproveito aqui para um agradecimento muitíssimo especial à família em causa, numa simpatia exemplar, própria das nossas aldeias onde toda a pureza ali se junta, e a comunhão é de longe, uma forma de união fortíssima entre pessoas, diferente em todos os aspectos desta selva, de cimento armado. Agradecimentos, despedidas e finalmente o destino há muito traçado nesta Capital: Cidade de Gouveia.

Ali chegados e devido ao adiantado da hora, hotel, dormida e pequeno-almoço. Estou a fazê-lo, o ABEL ainda não saíra do seu quarto, eis que o telelé toca, do outro lado tb., se sente a emotividade, de GRANDES AMIGOS, que quis o destino separar, há algumas décadas, eh pá onde estão? Informo o NANDO de imediato diz que dentro de 20 mnts, estaria ali, para nos ir buscar, e ensinar-nos o caminho até à sua casa. O ABEL desce, conto-lhe do FERNANDO, acabo de comer à pressa e de imediato esperamos pacientemente a chegada do NANDO , que nos surpreende com a sua esposa CILA, por quem era acompanhado. Foi o delírio, entre, fortes abraços, emotividades sentidas, relembranças do passado, e muita, muita amizade sentida de lembranças inesquecíveis, os homens choraram por se aperceberem que de repente, recuaram no espaço e no tempo, e África estava ali à mão de semear, saiu tudo tão atabalhoado, mas tão real e em tão perfeita sintonia que de repente me apeteceu descalçar os sapatos e pedir um arco, a uma qualquer criança e fazer uma qualquer corrida, porque, o homem descera do seu pedestal e estava ali no meio da sua existência, de onde viera, de onde era feliz, de onde foi arrancado à força, pela força de outros homens, que em nome da LIBERDADE sem os escrúpulos de formação, que nós em ANGOLA tínhamos, felizmente e num capeamento DEMOCRÁTICO, nos lixaram (perdão) a vida a todos. Passemos à frente… Dali à casa do Carona, apenas um saltinho, e somos surpreendidos pela excelência de uma família, filhas 3, filho 1, genro e a bênção da família, o netinho, recém-chegado, para viver no seio do amor e da agradabilidade visível a olho nu, que existe numa forma de educação diferente, mas responsável daquela casa, sita algures em GOUVEIA.

Abel e neto do Nando e Cila Carona

O que se passou seguidamente, não será relatado, desde sempre, aprendi que as coisas, intimas e valorosas só tem essa mesma validade, quando na realidade, não estão ao alcance de todos, só dos intervenientes, e a esses cabe, a musicalidade sinfónica orquestrada, de todas as acções praticadas, boas ou más. Por isso, eu abri, NUM INTRÓITO INCONFUNDIVEL, com diversos pensamentos muito mais profundos, que eventualmente, possam parecer, eles apenas dignificam quem os viveu e ai eu dedico-os SEM SOMBRA DE PECADO, a esses dois maravilhosos amigos, CARONA e CILA, ou CILA e CARONA… ALI HÁ PARTE DO MEU PASSADO e TB., O MEU EXISTENCIALISMO PERSISTE EM DURAS BATALHAS INTERIORES…

Abel, Carona e Cila
Apenas EU, e o ABEL PARENTE, queremos de todo o coração agradecer, à família CARONA, a expressão máxima de conforto, beleza e todos os adjectivos qualificativos (na gramática portuguesa com tanto desacordo ortográfico ainda serão assim denominados?), pelo alvo de carinho com que nos fizeram o favor de presentear, neste dia de emotividades demasiadamente fortes, foi de rebentar… emotividade de alegria e pensamentos de nos fazerem rir e chorar, e importante, só com lembranças do passado.

A TODO SEM EXCEPÇÃO, e pelas lágrimas que por motivos vários foram vertidas, o meu mais sincero e elegante bem haja, a todos sem excepção, por esta partícula de espaço e tempo que ainda me formou muito mais como homem (continuarei a prender até morrer), o meu mais sincero e reconhecido, MUITÍSSIMO AGRADECIDO… E, ATÉ JÁ.

Embora o Amigo compincha ABEL, não esteja presente, sei que ele na República Democrática do Congo, pensará exactamente da mesma forma.

Cila, Nando, Abel e Liliana

Dois velhotes
Nota do administrador do blog:
O título da imagem acima é da inteira responsabilidade do Sr. E.Flórido.
Eventual reclamação deverá ser feita, junto do mesmo.
1. Eduardo Flórido (com neto da Cila e Carona)

Eduardo, pai babado
Nando e Liliana (filha)
Sandra (filha)


Eduardo A. Flórido