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Da esquerda para a direita: o 4º elemento é o meu pai, o Raúl Gonçalves, com o seu filho – eu – . 5º-Amílcar Vinhais. Mais à direita, como 10º elemento, Albano. |
Há fotografias que nos transportam diretamente para o coração de uma época e para um lugar exato, e esta, vinda do meu baú familiar, é uma dessas jóias raras. A cores, e datada provavelmente de 1968 ou 1969, captura um momento de genuína camaradagem entre tantos elementos masculinos do nosso querido Cubal, com o cenário reconhecível da Igreja do Cubal -à esquerda .
Ao olhar para esta imagem, sinto um calor especial no peito. É uma daquelas cenas que nos recordam a força dos laços que se criavam na nossa comunidade. Homens de várias idades, reunidos, com um espírito de união que transborda da fotografia. O ambiente, descontraído mas digno, sugere um encontro significativo, talvez uma celebração, uma confraternização ou um momento de convívio informal que se tornou inesquecível, tendo a nossa Igreja como testemunha.
Consigo reconhecer alguns rostos com clareza e emoção. Da esquerda para a direita, o quarto elemento é o meu pai, o Raúl Gonçalves, e vejo-o ali, protetor, com o seu filho – eu – resguardado junto dele. Uma imagem que me toca profundamente, relembrando a segurança e o carinho daquele tempo. Logo a seguir ao meu pai, identifico o Amílcar Vinhais, um grande e generoso amigo da minha família e mais um rosto familiar de grandes memórias. Mais à direita, como décimo elemento, está o Albano e a seguir julgo que seu filho (?).
Mas a beleza desta fotografia vai além das identificações pontuais. É no conjunto que ela nos fala mais alto: na forma como se agrupam, nos sorrisos, alguns contidos, outros mais abertos, nas posturas que refletem respeito e afeto. Cada um deles é um pedaço da história do Cubal, homens que, de diferentes formas, contribuíram para o pulsar da nossa vila.
Esta imagem é um testemunho da amizade à moda antiga, aquela que se forjava no dia a dia, nos eventos sociais, no trabalho e no lazer partilhado. São os rostos de uma geração que viveu e construiu o Cubal, e que nos legou um sem-fim de histórias e memórias.
Lanço, por isso, um apelo a todos os leitores do blogue: se reconhecerem mais alguém nesta fotografia, ou se tiverem alguma história associada a este momento ou a estas figuras, por favor, partilhem connosco nos comentários. Cada pedacinho de informação ajuda-nos a pintar um quadro mais completo do nosso passado e a manter viva a chama da nossa herança cubalense.
Ruca
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Ruca