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03 abril 2025

Amigas de infância no Cubal: Recordação de 1951

A nossa amiga Fernanda continua a abrir o seu baú de recordações, partilhando connosco esta fotografia carregada de ternura, captada por volta de 1951 no Cubal. Uma imagem que nos devolve à simplicidade e à alegria das amizades que nascem na infância.

Na imponente carrinha Internacional do pai da Nanda,  António Valadas, vemos três pequenas amigas: a própria Fernanda, então com 3 anos, a sua irmã mais velha, Anita, com 5, e, entre elas, a Paula, filha do Sr. Mário Paulo, também com cerca de 5 anos na altura.

Como a Fernanda recorda, eram amigas "desde que nasceram praticamente", e esta fotografia é também um testemunho das fortes ligações entre as famílias que animavam o Cubal daqueles tempos. Muitas famílias partilhavam amizades e cumplicidades, criando laços que perduravam.

O tempo, por vezes, leva a que os caminhos se separem, e Fernanda partilha com emoção a memória da amiga Paula, de quem soube recentemente que já partiu.

Fica esta imagem como uma doce homenagem a esses anos de infância, às amizades puras que nos marcam para sempre e às memórias preciosas do nosso Cubal. Um agradecimento especial à Fernanda por mais esta partilha inestimável.

Ruca

Memórias do Cubal: A gazelinha do Parque Infantil da Vila (1967)

Esta fotografia, uma janela para o passado datada de 24 de Setembro de 1967, chegou-nos através da nossa conterrânea Fernanda, carregada de emoção e de histórias. Transporta-nos de imediato para um local que vive na memória de muitos de nós: o antigo Parque Infantil da Vila, um espaço central na infância e juventude de gerações de cubalenses.

A Fernanda partilhou connosco, com a voz embargada pela nostalgia, as suas recordações vividas deste lugar e, em particular, da pequena gazela – a "gazelinha" – que ali vivia. "Era o parque Infantil da Vila", recorda, fazendo questão de o distinguir do parque do pessoal do Ferrovia, que mais tarde deu lugar a campos de jogos.

No coração do Parque da Vila, esta gazela habitava um espaço que a memória da Fernanda regista como limitado, talvez "uns 3 por 3 ou 4 por 4 metros". Confessando-se "desde sempre uma doida por animais", a Fernanda sentia uma imensa "pena" ao ver a condição do animal. "Era muito meiguinha", lembra, apesar do capim que o guarda diligentemente lhe levava todos os dias, e das "ramas" que a própria Fernanda por vezes lhe oferecia.


A imagem captura um momento de rara cumplicidade. Enquanto a maioria das crianças e adultos apenas observava a gazela do lado de fora da vedação, a Fernanda, que morava mesmo ali ao lado e tinha a confiança do guarda, tinha o privilégio de entrar. "Ninguém entrava ali... mas eu... ficava ali perdida a fazer-lhe festinhas", conta.

Olhar para esta foto hoje evoca na Fernanda, e certamente em muitos de nós, um misto de sentimentos. Há a ternura pelo animal ("adorava, gostava muito desta gazela"), mas também a "dó" e a consciência, que talvez "naquele tempo não havia", das limitações em que vivia. Era um tempo diferente, com outra sensibilidade, mas a empatia e o carinho já existiam, como prova o relato da Fernanda. 

Esta não é apenas uma memória pessoal da Fernanda; é um fragmento da memória coletiva do Cubal. O Parque da Vila, com a sua "gazelinha", foi palco de brincadeiras, de encontros, de descobertas para tantos. É uma recordação que, como diz a Fernanda, "tem significado para quem conheceu".

Agradecemos imensamente à Fernanda por partilhar esta fotografia preciosa e o seu relato tão genuíno. Que sirva para reavivar as memórias de todos aqueles que passaram pelo Parque Infantil da Vila e se lembram, com carinho ou compaixão, da pequena gazela que marcou uma era.

E tu caro cubalense? Lembras-te deste parque? E da gazelinha? Partilha as tuas recordações nos comentários!

Obrigado

Ruca

29 março 2025

Lutira, 1964: Memórias de amizade eterna

 

Lutira, 1964: 
Quatro amigos eternizados na memória do Cubal. 
Da esquerda para a direita, 
Luís Lousa, Henrique Alves, Mário Pinto e Adriano Silva

Esta fotografia, capturada no Lutira em 1964, eterniza um momento de pura camaradagem entre quatro amigos que, infelizmente, já nos deixaram, mas que permanecem vivos nas nossas memórias. Da esquerda para a direita, recordamos com carinho Luís Lousa, Henrique Alves (pai da Vanda Alves), Mário Pinto (cunhado da Nanda Valadas, marido da Lisete e avô da Raquel, que nos deixou recentemente) e Adriano Silva (filho do Sr. Adriano).

Nesta imagem, vemos os seus sorrisos e a cumplicidade que os unia, testemunhos de uma época em que a amizade era um laço forte e duradouro. Cada um deles, com a sua personalidade e histórias, contribuiu para a rica tapeçaria da nossa comunidade no Cubal.

Hoje, prestamos homenagem às suas vidas e recordamos a alegria que trouxeram às nossas vidas. Que esta imagem seja um tributo à sua memória e um símbolo do impacto que tiveram em nós.

Agradecemos à Nanda Valadas por partilhar esta preciosa recordação connosco.

Ruca

27 março 2025

10 de Agosto de 1973: "Lito Sebastião" e a História do Cubal

Marques da Silva, Carlos Alberto das Neves (Lito Sebastião) e
José Manuel Dias Faria (Vereador da CMC) 

Em 10 de agosto de 1973, o Cubal testemunhou um momento histórico com a posse de Carlos Alberto das Neves, ou 'Lito Sebastião' (obrigado Fernanda Valadas por nos relembrares) como era carinhosamente conhecido pelos mais velhos, como presidente da Câmara Municipal. Filho do ilustre Comendador Sebastião das Neves e de Purificação das Neves, figuras proeminentes na comunidade cubalense da época, Carlos Alberto das Neves carregava consigo não apenas o seu próprio legado, mas também a herança de uma família respeitada.

A fotografia deste evento captura não apenas a figura de um líder, mas também um pedaço da história local. Além de Carlos Alberto das Neves, vemos também Marques da Silva, repórter, locutor e responsável pelo Emissor Regional do Cubal e José Manuel Dias Faria, Vereador da CMC, outras figuras marcantes na vida da nossa terra.

Este post é uma homenagem à sua memória e uma forma de preservar a história do Cubal para as futuras gerações.

Convido a todos a partilhar as Vossas próprias lembranças e histórias sobre Carlos Alberto das Neves, Marques da Silva e José Manuel Dias Faria, bem como a família Sebastião das Neves nos comentários.

Obrigado

Ruca.

12 março 2025

N'as cadeiras do Recreativo: memórias de um tempo feliz no Cubal -agosto de 1961

Nanda (com 13 anos) , Anita (com 15 anos) e Lisete (17-18 anos)

Hoje, o nosso blogue recebe mais um tesouro do passado, partilhado pela querida Fernanda (família Valadas). Uma foto que nos transporta diretamente para o antigo Clube Recreativo do Cubal, onde a Fernanda, a sua irmã Anita e  Lisete posam, jovens e sorridentes, sentadas nas icónicas cadeiras do clube.

E que cadeiras! A Nanda descreve-as com um carinho especial: um módulo único, sem apoios de braços, onde se sentavam para ver os filmes no antigo cinema do Recreativo. Imaginem só, um bloco de cadeiras unidas, lado a lado, a testemunhar tantas histórias e emoções.

A Fernanda recorda com saudade as sessões de cinema, onde os filmes de Cantinflas e as "cowboyadas" faziam as delícias da plateia. Eram tempos em que a sala enchia, as gargalhadas ecoavam e a magia do cinema nos transportava para outros mundos.

Mas as cadeiras do recreativo eram mais do que simples assentos. Eram palco de algumas "convenções" sociais da época. Os rapazes sentavam-se de um lado, as raparigas do outro. 

A Fernanda recorda com carinho esses tempos felizes, onde a vida era mais simples e as memórias se construíam em torno do cinema, das festas e das conversas com o pai, que lhe transmitia a paixão pela leitura e a curiosidade pelo mundo.

Esta foto e as memórias da Fernanda Valadas, da família Valadas são um verdadeiro tesouro para o nosso blogue, um pedacinho da história do Cubal que nos transporta para outros tempos. E quem sabe, talvez um dia encontremos um módulo dessas cadeiras para o museu, para que as futuras gerações possam conhecer este pedaço da nossa história.

Obrigado, Fernanda, por partilhares connosco estas memórias tão especiais!

👩‍❤️‍👩Imagem gentilmente partilhada: Raquel Valadas Oliveira / Fernanda Valadas

Memórias de um tempo de festa: O Rancho Folclórico do Cubal e a alma de uma comunidade - Anos 1957, 1958, 1959

Adenda ao post inicial:

Olá a todos! Queria partilhar convosco uma pequena atualização ao post sobre as memórias do rancho folclórico do Cubal. Recebi recentemente mais duas fotografias que me foram enviadas pela Fernanda, e que nos transportam ainda mais para aqueles tempos de festa.

Fotos datadas de 26 de setembro de 1959, mostram uma atuação do Rancho Folclórico do Cubal,  em Caimbambo. Imagens fascinantes, pois podemos ver a Lisete Valadas a dançar com o João Marques. Curiosamente, como a Nanda me explicou, eles não eram o par oficial naquela atuação, mas a fotografia captou esse momento especial. No verso da foto, a irmã da Nanda,  Lisete fez questão de escrever a data e o local, o que torna esta recordação ainda mais preciosa.

A outra foto mostra o João Marques com a Emília Saraiva, o par correto daquela atuação. É engraçado ver como as fotos nos podem contar histórias diferentes, e como um simples clique pode capturar momentos únicos e inesperados.

Agradeço à Fernanda Valadas por partilhar estas memórias connosco. E, claro, um agradecimento especial à sobrinha da Fernanda, RAQUEL VALADAS OLIVEIRA que guarda com tanto carinho estas relíquias de família. É bom saber que estas memórias estão a ser preservadas e partilhadas com todos nós.

Espero que gostem destas novas adições ao post. Continuem a acompanhar o blog para mais recordações do Cubal! E participem!

Ruca

Imagem (A


Imagem (B




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Post inicial:

Com um misto de nostalgia e alegria, partilho hoje 3 fotografias que são verdadeiros tesouros da nossa história cubalense. Capturadas entre 1957 e 1959, retratam o nosso Rancho Folclórico em todo o seu esplendor, uma expressão viva da nossa cultura e tradições.

Graças à gentileza de Fernanda Valadas, podemos hoje revisitar um dos momentos culturais mais marcantes do Cubal: as apresentações do Rancho Folclórico. Nas imagens, vemos os jovens Emília Saraiva, Amílcar Vinhais, Isaura Mendes e João Marques envergando trajes típicos que refletem a riqueza do folclore português, preservado com tanto carinho pela nossa comunidade.

Estas fotografias  transportam-nos  para um tempo em que o Rancho Folclórico era o coração pulsante da nossa comunidade, um espaço onde gerações se uniam para celebrar a nossa identidade. Mais do que uma simples dança, o rancho representava união, tradição e alegria. As suas apresentações reuniam famílias, amigos e vizinhos, fortalecendo os laços entre os cubalenses. A música, os trajes e os movimentos coreografados transmitiam histórias e emoções, mantendo viva a nossa cultura.

Os rostos jovens e vibrantes dos dançarinos nessas fotografias  recordam-nos o orgulho e a felicidade de ver o nosso Rancho em cena. Aqueles momentos eram de festa e convívio, onde a comunidade se reunia para aplaudir e celebrar a nossa história.

Que estas imagens sirvam de inspiração para continuarmos a valorizar e preservar a nossa cultura, garantindo que as futuras gerações conheçam e orgulhem-se do nosso património.

Agradeço imensamente a Fernanda Valadas pela partilha destas imagens únicas, que nos permitem recordar e honrar momentos que marcaram gerações.

E tu cubalense e amigo do Cubal? Conheces algum dos organizadores ou mentores destes eventos? Compartilha as tuas lembranças e histórias nos comentários!  A tua contribuição é fundamental para enriquecer este post e preservar a memória do nosso Rancho Folclórico.

Viva a cultura, viva o Cubal!

Ruca



Foto 1 : Emilia Saraiva, Amilcar Vinhais, Isaura Mendes e Joao Marques

Foto 2

Foto 3


 

10 março 2025

Mergulhos na memória: Os piqueniques no tanque da Fazenda Eliza, Cubal dos Anos 60

Com um sorriso nostálgico e um baú repleto de memórias, Fernanda Valadas abriu-nos as portas do passado, presenteando-nos com um tesouro de fotografias dos anos 60. Estas imagens, captadas na Fazenda Eliza, no Cubal, revelam um tempo em que a alegria e a camaradagem floresciam à beira do tanque, um oásis de convívio e diversão.

As fotografias transportam-nos para os piqueniques organizados pelo Instituto, onde alunos, professores, pais e amigos se reuniam para um dia de pura felicidade. A jornada até à Fazenda Eliza, uma caminhada de 5 km, era apenas o prelúdio para um dia repleto de mergulhos, risos e partilha.

O tanque, outrora um local de recreação e alegria, era o palco principal destes encontros. Nas fotos, vemos rostos sorridentes, mergulhos ousados e momentos de pura descontração. Fernanda recorda com carinho as brincadeiras com o engenheiro Farinhas, as conversas à volta da mesa grande e os mergulhos com o amigo João Camilo.

Mas nem só de água e sol se faziam estes piqueniques. Havia também espaço para a cumplicidade e a travessura. Fernanda partilha connosco o segredo dos cigarros escondidos no regato, um recanto arborizado onde os jovens se aventuravam, longe dos olhares dos adultos. Entre risos, partilhavam tabaco de forma quase ingénua, marcados pela esperteza de apagar, com casca de laranja, qualquer vestígio antes do regresso.

As fotos da Fernanda Valadas são um testemunho precioso de um tempo em que a amizade, o respeito e a alegria eram os ingredientes principais da vida no Cubal. Um tempo em que a comunidade se unia em torno de momentos simples, mas inesquecíveis.

Deixo aqui algumas das fotos que a Fernanda me enviou, um verdadeiro tesouro para todos os que amam o Cubal e a sua história.


A CAMINHADA

Imagem 1:
Luísa Espínola, Olga Santos, Eng Farinhas, Cidália, Palmira, Maria Sampaio, Nanda Valadas

Imagem 2 :
Luisa , Cidália, Olga, Palmira, Mª Sampaio, Celeste Almeida

Imagem 3:
identifiquem

Imagem 4: identifiquem


NO TANQUE

Imagem 5:
Nanda



Imagem 6:
Nanda

Imagem 7:
identifiquem

Imagem 8:
identifiquem


Imagem 9:
identifiquem

Imagem 10:
Nanda Valadas, João Camilo....

Imagem 11:
Ribas, Dr Santos, Luís Lino, Alda, Neto Rosa, Farinha, M. Sampaio, Palmira

Imagem 12:
Nanda

Imagem 13:
 Zé Farinha e Fátima Proença, com Nanda Valadas e....



O PIQUENIQUE

Imagem 14:
Alda, Gaby, Farinha, Schultz, Celso Rogério, Lídia (terramoto), Necas, João Camilo, Ribas, Armando Ferreira, Luís Lino....



Imagem 15:
Silva (Karivera), Eng Farias, Padre José Ribeiro, Irmã do Padre Zé (Maria?), Dra Celeste Almeida Dias, D. Gina Freitas de Oliveira,D. Felismina, Fátima Proença, Custódio e Nanda Valadas.



Imagem 16:
Eng Farinhas , Padre Zé Ribeiro, D Felismina


Imagem 17:
Vitor(algarvio), Nanda Valadas, Zé Simões (por trás), Anabela Simões, Hugo Ricardo Xavier, Paula Xavier e Milú Santos e....

Imagem 18:
José Miguel Paulista, Armando Ferreira, ??, Ribas, Fernando Rosa, Padre Zé Ribeiro, Farinha, Edmundo, ??


Fotos gentilmente cedidas por Fernanda Valadas que me explicou estes mergulhos  memoráveis.

Texto : Ruca 


Nb: caso verifiquem alguma imprecisão no texto p.f. agradeço me seja dada a respetiva nota. Rg









04 março 2025

Cubalenses- Grupo de amigos em passeio até à barragem do John - Cubal 06/12/1964

Nanda Valadas, disse:Teresa Almeida, Luís Marques Monteiro, Dolly Farinhas, Nanda Valadas, Mota Veiga, irmão do Luís M. Monteiro, João Camilo Farinhas e Toninho Valadas foi o fotógrafo e não está nesta foto.
Imagem 2: idem
Imagem 3: idem
Imagem 4: idem

Cubalenses -Regresso do tanque da Fazenda Elisa - janeiro de 1966

Com a ajuda da Nanda Valadas: Álvaro Carvalho, Luís Lírio, Toninho Valadas, Marília Moreira,Vitor Rodrigues (hotel), Anabela Espinha, Gina Valadas, Tucha, Locas, Becas, Dolly Farinhas, Teresa Almeida, Zezito (filho da Tucha), Nanda Valadas e Elga Valadas.

 

Desporto no Cubal - Corrida de bicicletas - Finais dos anos 40

Quem reconhece, quem?

 

Desporto no Cubal anos 50 - Equipa de basquete masculina

Vilar, Brito, Arnaldo Nunes
Quem identifica?
 da Esq para a dtª
 em cima :
em baixo :

 

Cubalenses - Anita Valadas - em traje de chita - ano 1963

Anita Valadas - em traje de chita
O 1º Prémio valeu um belo pote chinês

 

Cubalenses -Graciete Neves (Laranjeira) - anos 50

Graciete Neves (Laranjeira)  

 

Cubalenses - Irene Santos (Barbosa) anos 50

Irene Santos (Barbosa) anos 50

 

Cubalenses - Odília Neves Borges - anos 50/60

Odília Neves Borges - anos 50/60 

 

Cubalenses - António Valadas e Mário Paulo

Legenda :_____ Ano _____

 

Memórias do Cubal: A ponte aérea para o Colégio Paula Frassinetti e a busca pela excelência educacional (Anos 40/50/60)

Estas fotografias, gentilmente cedidas por Fernanda Valadas, transportam-nos para um tempo em que o Cubal era um ponto de ligação crucial para as famílias da região. Nas décadas de 40, 50 e 60, o avião conhecido como "barriga de jinguba" provavelmente um Dakota Douglas DC-3  ou um C-47 Skytrain  (a versão militar do DC-3)  e um outro aterrava no campo de aviação do Cubal, para transportar os alunos, filhos de fazendeiros e comerciantes abastados, que frequentavam o prestigiado colégio Paula Frassinetti, em Sá da Bandeira (atual Lubango).  

Naquela época, Paula Frassinetti foi considerada o melhor colégio de Angola, um colégio de mães, e muitas famílias do Cubal e arredores optaram por internar seus filhos, em busca de uma educação de excelência. A aterragem do avião no Cubal era, portanto, um evento marcante, um momento de reencontro e de festa. O campo de aviação transformou-se num local de convívio, onde se celebraram os laços familiares e comunitários.

As fotografias capturam uma atmosfera vibrante desses momentos. Vemos o avião provavelmente na chegada dos alunos, felizes por regressarem a casa para as férias, e as famílias, ansiosas por os receberem. 

Imagem 1) CAMPO DE AVIAÇÃO DO CUBAL -  Dado que a foto tirada em Angola nos anos 50, é possível que seja um  Dornier Do 27  ou  Dornier Do 28 , usado frequentemente em regiões africanas pela sua robustez e capacidade STOL (decolagem e pouso curtos). Outra possibilidade é o  de Havilland DH.114 Heron , que também operou na África nessa época. Ajudem se souberem. Ruca



Nas 2 fotografias a seguir, vemos a família Valadas junto ao avião, prestes a embarcar (ou a chegar), um momento de despedida (ou de recepção) e de expectativa.

Imagem 2)  Toninho Valadas, Olga, Lisete, Chico, Anita e Nanda 

Douglas DC-3 ou um C-47 Skytrain (a versão militar do DC-3) Este modelo foi amplamente utilizado em Angola e noutras colónias portuguesas nos anos 40, 50 e 60, tanto para transporte civil como militar. Empresas como a  DTA (Divisão de Transportes Aéreos, precursora da TAAG)  usavam o DC-3 para ligar diversas localidades angolanas.    
  • O motor radial com hélice de duas pás, característico do  DC-3 .
  • O formato da fuselagem e a posição da asa baixa.
  • O trem de pouso fixo com carenagens laterais, um traço clássico do DC-3.
  • Imagem 3) ajudem na legenda da imagem

    Entre as alunas podemos destacar a irmã da Fernanda, Olga Valadas, Amélia Guerra, e outros jovens como Fernanda Souza, Juca Queiroz (?) entre outros (recordem os nomes no comentários). 

    E nesta fotografia vemos os alunos já no internato de Paula Frassinetti, o ambiente escolar de um dos melhores colégios de Angola.

    Imagem 4) ajudem na legenda da imagem


    Imagem 5) ajudem na legenda da imagem

    Os aviões "barriga de ginguba" eram fretados pelas pessoas com mais posses, que podiam ser fazendeiros ou comerciantes com um nível de vida razoável. A viagem de avião, embora emocionante, não era isenta de perigos. A Fernanda recorda que, por vezes, o avião fazia escalas noutros locais, como na Ganda, para deixar passageiros. Infelizmente, a década de 50 também ficou marcada por um acidente de aviação na Serra [nome da serra, se possível Leba?], onde o piloto (Rosa ou Rolas) perdeu a vida. 

    À parte:

    Naquela época, a educação era uma prioridade para as famílias cubalenses. As meninas eram enviadas para o Colégio Paula Frassinetti, em Sá da Bandeira, enquanto os rapazes frequentavam o Liceu Alexandre Herculano, em Nova Lisboa (atual Huambo), um dos melhores liceus de Angola. Alguns jovens também optavam pelo Seminário de Luanda, que se equiparava aos melhores colégios do país. Vários jovens cubalenses, como Bibito Guerra, Celso Faria (filho), Toninho Valadas, Hamilton Ferreira e outros, estudaram nestas instituições como internos. Os cubalenses primavam por dar cultura aos seus filhos, naquele tempo.

    Estas fotografias são um testemunho valioso da história do Cubal e de Angola, um retrato de um tempo em que a ligação entre as comunidades era feita por aviões que rasgavam os céus, transportando sonhos e esperanças.

    Convidamos todos os cubalenses e amigos do Cubal a partilharem as suas memórias e a ajudarem-nos a identificar as pessoas presentes nas fotografias e a corrigir alguma imprecisão do texto ou completar o mesmo. Juntos, vamos construir um mosaico de recordações que nos permita preservar a história da nossa terra.


    Um Tributo ao Cubal: 

    Imagens e recordatório: Fernanda Valadas;

    Texto: Ruca