01 março 2025

O Recreativo do Cubal: Memórias de um tempo dourado

Da esq para a direita:
Em pé:
em baixo: 

As imagens que a Ana Maria e o Mandinho nos enviaram são verdadeiros tesouros, cápsulas do tempo que nos transportam para a época de ouro do Recreativo do Cubal. Apesar da qualidade das fotografias, a emoção que delas emana é palpável, quase como se pudéssemos ouvir os ecos dos aplausos e os gritos de golo que enchiam o ar.

O Mandinho, com os seus golos magistrais, era um dos heróis daquela equipa, um símbolo da paixão e do talento que pulsavam no coração do Cubal. Mas ele não estava sozinho. Quem mais se recorda dos restantes  jogadores e eq técnica que partilhavam o relvado com ele? Quem consegue identificar os rostos que, lado a lado, construíram a história do nosso clube?

Este é um convite à memória coletiva, um apelo aos cubalenses de todas as gerações para que nos ajudem a reconstituir este mosaico de recordações. Cada nome, cada rosto, cada história é uma peça fundamental para entendermos a grandeza do Recreativo do Cubal.

Naqueles tempos, o futebol era mais do que um jogo; era um elo que unia a comunidade, um motivo de orgulho e de celebração. O Recreativo do Cubal era a nossa bandeira, o reflexo da nossa identidade e da nossa força.

Que estas imagens e as memórias da Ana Maria e do Mandinho sirvam de inspiração para que possamos resgatar e preservar a história do nosso clube, para que as futuras gerações possam conhecer e valorizar o legado dos nossos heróis.

Juntos, vamos manter viva a chama do Recreativo do Cubal!

28 fevereiro 2025

Cubal, terra de talentos: O desporto em destaque no Jornal de Benguela

Este artigo de 27.03.1969 resgata a memória de um tempo em que o desporto cubalense pulsava com vitalidade e paixão. O entusiasmo de Novais da Silva (que já havia residido no Cubal)  ecoa até hoje, inspirando-nos a valorizar o potencial desportivo da nossa terra e a cultivar o espírito de união que ele tão bem descreveu. Que a história do Recreativo do Cubal e de suas atletas talentosas nos inspire a construir um futuro ainda mais promissor para o desporto cubalense.
Texto: Ruca
Acervo : Fernanda Valadas

"Por mais de uma vez nas colunas deste jornal e de outros órgãos da Informação da Província, ventilámos a possibilidade do Cubal estar presente na vida Desportiva em que se integra.

O facto, de por várias vezes termos sido residentes da terceira cidade do Distrito de Benguela, tem-nos proporcionado a oportunidade de aquilatarmos do valor desportivo do Cubal. Portanto, foi com grata satisfação que lemos a notícia que este jornal publicou numa das suas últimas edições, de que o Clube Recreativo do Cubal ia participar com uma equipa sua, no campeonato distrital e até possivelmente no torneio de Abertura, que terá início no próximo domingo.

Do valor e possibilidade do Cubal, nunca duvidámos. Rapaziada esfuziante e que gosta da sua terra não lhe falta. Gente com capacidade para orientar o seu Desporto, também felizmente por lá existe. E não é só em futebol, que a cidade do Cubal pode estar presente nas provas do seu distrito. Também em outras modalidades o Cubal pode ter presença válida e valorosa, e daqui estamos a recordar uma equipa de basquetebol feminino, que começámos a germinar naquela cidade, e onde se estavam a revelar jogadoras de muito apreciável nível técnico. Podemos afirmar que moças como Fernanda Silva, Fernanda Valadas, Lília, Rosa e outras de que de momento não temos presente os seus nomes, seriam valores positivos do nosso basquetebol feminino, se lhes fosse dada oportunidade de competirem a sério, em provas oficiais.

Mas o assunto, agora não é basquetebol, mas sim futebol, o desporto das multidões. O Recreativo vai dar o arranque. A cidade do Cubal tem o dever de estar presente no campeonato do seu distrito e como tenacidade não falta às gentes cubalenses, por que não na prova máxima da Província?

Porém, faço daqui um pedido a todos os cubalenses. Nada de politiquices clubistas. Uma equipa, mas válida. Neste caso, que envergue a camisola do Recreativo, mas que para além de simples equipa de clube, seja a verdadeira representação de uma cidade, estuante de vida e de querer. Nada de dispersão de valores. O Recreativo deu o pontapé de saída. Que todos os cubalenses se juntem em volta da bandeira do mesmo. Se todos forem unidos e derem o seu contributo sincero, desde já podemos afirmar: temos equipa para largos voos.

Portanto, amigos do Cubal: corações ao alto e lembrem-se do velho ditado: «A união faz a força».

NOVAIS DA SILVA"



27 fevereiro 2025

Chove lá fora, mas brilhas em mim, pai Raúl

 

Hoje, 27 de fevereiro de 2025, o meu querido pai Raúl faria 91 anos. Partiu em abril de 2020, no meio da pandemia, sem a assistência que merecia, deixando em mim uma dor que não passa, uma ausência que não se apaga.

Nesta fotografia, vejo mais do que uma imagem: vejo o amor, a proteção e a força do meu herói. O homem que me acompanhou, que lutou por mim, que me ensinou o valor da vida e do amor incondicional.

Hoje, chove em Lisboa, tal como chovia no dia 6 de abril de 2020, quando o céu também chorava a sua partida. Mas, apesar da tristeza, guardo no coração as lembranças, o carinho e a certeza de que este amor nos une para sempre.

Feliz aniversário, meu pai. Continuas vivo em mim.

Rui Gonçalves (Ruca)

A Tribo Muhanha da Fazenda Caviva: Um património cultural inestimável

As imagens da tribo Muhanha capturadas na Fazenda Caviva, naquela época propriedade de António Valadas, são um testemunho vibrante das tradições e costumes que moldam a rica tapeçaria cultural de Angola. Estas fotografias, focando nos jovens durante a iniciação da adolescência, revelam um rito de passagem profundamente significativo na vida da tribo.

Uma imagem em particular destaca-se: uma jovem Muhanha com adornos intrincados nas tranças. Estes adornos não são apenas enfeites estéticos; são símbolos carregados de significado cultural, refletindo a identidade e a herança da tribo. Outra foto mostra um grupo de pessoas em pé, provavelmente durante uma reunião comunitária, com várias outras figuras ao fundo, vestindo diferentes tipos de roupas, incluindo chapéus e jaquetas.

Noutra imagem, vemos um grupo de  pessoas, algumas sem camisa, num ambiente rural ou tribal, sugerindo um contexto cerimonial. A estrutura de palha ao fundo reforça o cenário de aldeia. Além disso, há uma fotografia de indivíduos de costas, vestidos com trajes tradicionais, incluindo cocares e saias em camadas, participando numa atividade comunitária.

Uma das fotos mais tocantes mostra um grupo de pessoas, algumas com coberturas para a cabeça e outras carregando itens nas costas, em um cenário natural. Este momento congelado no tempo é um vislumbre da vida diária e das interações sociais dentro da tribo.

António Valadas, com a sua paixão por história e geografia, conseguiu capturar estas nuances etnográficas com uma sensibilidade e compreensão raras, contribuindo imensamente para a documentação visual da cultura Muhanha. Infelizmente, a transição de Angola para Portugal trouxe consigo uma perda incalculável. Muitas das imagens capturadas por António Valadas foram destruídas pela chuva, privando-nos de um património cultural que seria inestimável. No entanto, as fotografias que sobreviveram, partilhadas generosamente pela filha Fernanda Valadas,  continuam a servir como janelas preciosas para um passado culturalmente rico e diversificado.

Estas imagens não são apenas registros visuais; são narrativas silenciosas que falam de um mundo de tradições, de histórias não contadas e de uma identidade coletiva que resistiu ao tempo e às adversidades. Cada fotografia é uma homenagem à resiliência e à beleza da tribo Muhanha, e ao olhar atento de António Valadas, cujo legado fotográfico continua a inspirar e a educar.

Nota do autor: caso seja verificado alguma incoerência histórica ou outra, no texto que publico, queiram por favor dar-me nota. Obrigado  Ruca

Fotos: família Valadas 

Pesquisa em várias fontes online e livros/ Texto:  Ruca

foto1 




Foto 2

foto 3



foto 4

foto 5


Confraternização no Cubal nos Anos 60


Estas imagens, partilhadas pela São Múrias, mostra uma confraternização no Cubal, provavelmente nos anos 60. Na foto, podemos ver o pai da São, Armando Vinhais, Viana e outros amigos desfrutando de um momento de celebração e amizade. Este registro é um testemunho valioso das tradições e da vida social daquela época.

Identifiquem os restantes e corrijam se algo incorreto. 

Ruca

Foto 1: Armando Vinhais, Viana e......?

Foto  2: Chefe Cardoso com esposa e filhos , alguns polícias e São Múrias

26 fevereiro 2025

Memórias do Cubal: Uma caçada nos Anos 40 e o ecletismo de um Povo


Que incrível documento histórico! Parece ser uma imagem cheia de memórias e significados.

A fotografia partilhada por Fernanda Valadas é um verdadeiro tesouro do Cubal dos anos 40. Nela, observamos uma caçada que reúne o pai Valadas, com capacete e arma na mão, o jovem Toninho Valadas e a saudosa Olga Valadas. Este registo não é apenas um vislumbre de uma época passada, mas também um testemunho do espírito aventureiro e ecletismo dos cubalenses.

Este momento capturado nos anos 40/43 ou 44, além de eternizar a união familiar e a coragem dos caçadores, transporta-nos para um período em que o Cubal e os cubalenses viviam intensamente cada desafio. Embora alguns dos indivíduos na imagem permaneçam desconhecidos, é inegável que todos eles contribuíram para a rica tapeçaria histórica da nossa região.

Convido todos os visitantes e leitores do nosso blogue cubalense a participarem, ajudando-nos a identificar os intervenientes desta memorável caçada. Se alguém tiver informações adicionais, sua contribuição será de imenso valor para preservar e homenagear a memória dos campeões daquele tempo.

Ruca


 

25 fevereiro 2025

Glória no Cubal: Equipa do Instituto Liceal vence campeonato em 1966

Pessoal, vamos lá identificar os campos!


Esta fotografia é um verdadeiro tesouro histórico, captando um momento de glória para o Instituto Liceal do Cubal em 29 de janeiro de 1966. A equipa vencedora do campeonato representa não apenas o talento desportivo, mas também o espírito de união e determinação que sempre caracterizou a nossa terra cubalense.

O Cubal, com a sua rica história e diversidade cultural, sempre se destacou pelo seu ecletismo, abrangendo desde o desporto até às artes e à educação. Esta imagem é um testemunho desse ecletismo, mostrando como o desporto unia a comunidade e celebrava o sucesso dos nossos jovens.

Agradecemos à Fernanda Valadas por partilhar esta memória preciosa e ao Júlio Gil Barros da Foto LIG por captar este momento histórico. 

Convido todos os cubalenses a juntarem-se a nós na identificação dos campeões nesta fotografia e a partilharem as suas próprias memórias e histórias do Cubal. Juntos, podemos preservar e celebrar o nosso rico património cultural.

Visita o nosso blogue https://cubal-angola.blogspot.com para mais histórias e fotografias do Cubal.

Ruca

24 fevereiro 2025

Um retrato do Cubal em tempos de Mudança: O Concurso de Tiro e o Contexto Histórico de 1966

Fernanda Valadas,Gaspar Almeida, Gilda Cid e Loca

A fotografia captada por Gil da Foto Lig Cubal, juntamente com o recorte do jornal "O Comércio" de 26 de junho de 1966, oferece-nos um vislumbre fascinante do Cubal e de Angola num período crucial da sua história. A imagem centraliza-se no Concurso de Tiro de Guerra, um evento promovido pela Organização de Defesa Civil, onde Fernanda Valadas se destaca ao conquistar o 1º lugar na competição de tiro com pistola Walter. Ao seu lado, encontramos Gilda Cid (prima da Paula Xavier) e Locas, figuras que também fazem parte da memória coletiva do Cubal.

No entanto, esta fotografia não é apenas um registo de um evento local. É um documento histórico (obrigado Nanda!)  que nos transporta para um tempo marcado por tensões políticas e sociais. Em 1966, Angola encontrava-se em plena Guerra Colonial, um conflito que opunha o regime português aos movimentos de libertação angolanos. O recorte do jornal "O Comércio" reflete essa realidade, com um artigo que denuncia a "tenebrosa ação destrutiva" da rádio comunista nas suas emissões para África. Este discurso, típico da época, revela a preocupação do regime português em controlar a informação e em combater a influência do comunismo, que era associado aos movimentos de libertação.

Neste contexto, o Concurso de Tiro de Guerra ganha um significado adicional. Não era apenas uma competição desportiva, mas também uma forma de mobilização e de preparação da população para a defesa do território. A Organização de Defesa Civil, responsável pelo evento, desempenhava um papel importante na organização da resistência contra os movimentos de libertação.

A presença de figuras femininas como Fernanda Valadas e Gilda Cid na fotografia também é digna de nota. Numa época em que o papel da mulher era frequentemente relegado ao espaço doméstico, a sua participação num evento público e associado à defesa do território demonstra a sua crescente importância na sociedade angolana.

Em suma, a fotografia e o recorte do jornal "O Comércio" são documentos históricos valiosos que nos permitem compreender melhor o Cubal e Angola em 1966. Eles revelam um tempo de mudança, marcado por tensões políticas e sociais, mas também pela participação ativa da população na construção do seu futuro.

#história #historiadocubal #historiadeangola

Nota breve e importante: As informações e imagens apresentadas neste artigo visam contextualizar um período histórico específico e não representam necessariamente a minha opinião atual como autor.

Ruca

23 fevereiro 2025

Equipa do Instituto Liceal do Cubal - Clube Ferrovia - Fevereiro de 1965

imagem 1) Da esquerda para a direita, em pé, estão:  João Camilo, Mota Veiga, Lino e Brito.
Agachados, da esquerda para a direita: Farinha, João Silva e Guei

Imagem 2) Pormenor de 2º plano quem são? Amílcar Vinhais(?) e.... (?) 

Imagem 3 : Quem são ?___________-

Memórias do Instituto – Fevereiro de 1965

Nesta fotografia histórica, captada no recinto do Clube Desportivo Ferrovia do Cubal, imortaliza-se um momento especial da equipa do Instituto Liceal do Cubal. Em pé, da esquerda para a direita, vemos João Camilo, Mota Veiga, Lino e Brito. Agachados, Farinha, João Silva e Guei completam o grupo.

O ano de 1965 ficaria marcado por muitos desafios e conquistas, mas também por ares de mudança em Angola. No desporto, o espírito de equipa e a dedicação eram o motor que movia jovens atletas a defender com orgulho as cores do Instituto.

No fundo da imagem, observa-se a plateia atenta (pormenor nas imagens 2 e 3) , testemunha do fervor competitivo e da paixão pelo futebol de salão. Esta é mais do que uma simples fotografia; é um pedaço da história do Cubal e da juventude que viveu intensamente aqueles tempos.

Ruca

Memórias do Cubal – Homenagem ao Alferes Vilela Brazão (1965)

Esta fotografia, captada no Cubal em 1965, regista um momento solene de homenagem ao Alferes Vilela Brazão. À mesa, num ambiente formal, vemos figuras que marcaram aquele tempo, incluindo Alferes Baptista, Fernanda Valadas, o homenageado, Inspetor Marques Monteiro, Mário Fernandes e Chefe Cardoso.

A disposição elegante da mesa e a seriedade dos presentes refletem o respeito e reconhecimento pelo serviço prestado pelo homenageado. O Cubal, naquele período, era palco de encontros sociais e cerimónias como esta, onde laços de camaradagem e apreço eram celebrados.

Este recorte de jornal não é apenas um testemunho de um evento específico, mas também uma valiosa peça de memória da comunidade cubalense. Se alguém tiver recordações deste momento ou informações adicionais, partilhe nos comentários e ajuda-nos a reconstruir a história vivida!