Este escrevi quando ainda vivia em Lenzerheide,Suíça em Agosto de 1986 e é dedicado a minha tão querida Professora LAIDITA!!!
No meu livro de autógrafos infantil,tenho uma quota que diz mais ou menos assim:
"Tudo o que fizeres fá-lo com Deus no coração" Esta frase e lembrada e relembrada vezes sem fim em varias ocasiões da minha passagem por esta vida;
Ela leva-me ao passado,onde sentada na escola,ouvia a voz doce e carinhosa deste ser bondoso,meigo e atentivo as nossas necessidades de criança.
Com ela aprendi a ler,contar,escrever...
Aprendi também que a vaidade é fútil,a nada nos leva, aprendi que e melhor dar que receber;
Ela ensinou-me a respeitar o ser humano,ensinou-me que quem perdoa e feliz.
Aprendi com ela o sentido da família,amizade,amor pelo próximo.
Aprendi alegria,aprendi canções, aprendi tambem tristezas e orações...
Ensinou-me lições que jamais esqueci, ensinou-me a dar os primeiros passos na estrada da vida e,embora jamais a tenha visto, continua a ensinar-me a cada momento que passa, pois a marca da sua bondade esta gravada na minha alma e, sem saber, ela guia-me.
Há pessoas que nos marcam pelas mágoas que nos causam...Mas tu, minha doce professora, estás GRAVADA pela bondade e devoção demonstrada!
Isa Valadas
Convite / Memórias do Cubal! Fotografias de décadas revelam momentos e pessoas que marcaram a história do Cubal. Compartilha as tuas lembranças e histórias nos comentários ou por email: cubal.ruca@gmail.com Juntos, vamos enriquecer essa jornada no tempo!Respeito pelas memórias: Se alguém da foto, ou familiar, preferir a remoção, por favor, entre em contato. Preservar a história e o respeito pelas memórias é o meu compromisso.Junta-te a nós! Descubramos e celebremos o passado do Cubal! Ruca
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23 agosto 2011
14 agosto 2011
UNIDOS NA SAUDADE - Poema de Olga Valadas
UNIDOS NA SAUDADE
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Distante para além do mar
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Distante para além do mar
o Cubal para trás deixei
ficou sozinha a chorar
a terra que tanto amei
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Sempre com um ar festivo
dançava-se até ser dia
no Club Recreativo
ou então no Ferrovia
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Cubal Cubal estas sempre comigo
tens lugar cativo no meu coração
Cubal Cubal foste ardente esperança
és doce lembrança da minha ilusão
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Nosso orgulho natural
nas extensões grandiosas
das fazendas de Sisal
bem cuidadas e formosas
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Santana e Pires Elisa
Sisalinda Calenguer
Fernando-Alberto Caviva
Kiskerhoff Lonjomber
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Tomolo Jamba Capira
Malongo Quende e Lombulo
Rio-Catumbela Lutira
Chimbasi Hanha e Tumbulo
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Banja-Banja ou A. Pereira
Dungo Bumbua e Riobom
Longire Cambuta e Pessera
Jerequete e Lago Bom
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Alto-Cubal e a Lagoa
Cassiva Lunda Coporolo
Capupa Lombiri e Chimboa
Unge e Cambondongolo
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Instituto Liceal
Colégio "Eça de Queirós"
com mestria genial
a nossos filhos deram voz
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Cubal tu não estás sozinho
nesta dor que te consome
os Cubalenses baixinho
chorando dizem teu nome
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Cubal mil vezes gravaram
no coração e nos sentidos
e n'uma só voz juraram
p'ra sempre viver unidos
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Poema de Olga Valadas
28-06-1993
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Hi Ruca, (...)
Aqui vai uma quadra da minha mãe que descobri nos meus 'tesouros'.
Isa Valadas
08 dezembro 2010
Tradição de Natal, família de Isa Valadas (Greatbatch)
Todos os Natais tenho por tradição convidar alguém que não tem ninguém para acarinhar ou ser acariciado;Faço-o mesmo que o(a) tenha conhecido a poucas horas ou dias.Faço-o, porque sei que a quadra de Natal e sinonimo de amor,família e amigos!Ao recebe-los no seio da família,divido o amor que nos rodeia,partilho momentos preciosos com um ser que há muito perdeu ou ate nunca conheceu o sentido de família:Ao fazê-lo,sei que ajudo um único ser humano carente, que, por nunca lhe terem dado carinho se tornou seco:Ao fazê-lo,faço um amigo(a),quando o faço, dou um exemplo aos meus filhos que aprendem a dar a mão aos que mais necessitam, para que façam 'diferenca' neste mundo material, de concorrência, de amizades virtuais...Todos os anos alguém diferente se senta connosco a mesa,como mais um membro da família que connosco participa nos jogos e brincadeiras depois da ceia servida.Ao olhar para o rosto desse ser frágil e de olhar triste, vejo um brilho de alegria,um agradecimento em silencio e um sorriso que há muito não sorria...E tratado com carinho, atenções e muito mimo! Sei que não posso mudar o mundo, nem ter a mesa todos aqueles que precisam,mas ao receber pelo menos um amigo(a) que no mundo esta sozinho,sei que mudei uma vida,fiz num dia um(a) amigo(a) e dei exemplo aos meus filhos de que o amor não se vende, não se compra, não se cobra,o amor transmite-se com um gesto, até num sorriso. O Natal esta a porta e quando começamos a decorar a casa, os meus filhos pergunta: Mami, quem vem cear connosco, quem é que não tem família e precisa de carinho?
Eu sorrio, 'orgulhosa' pois a lição está aprendida e quando vou dormir, durmo um sono tranquilo e sinto-me bem comigo! Por isso eu sempre convido um ser sozinho e o trato com carinho!!!!
04 dezembro 2010
E porque o Natal vem aí.... (por Isabela Valadas)
Abri a porta do passado e entrei numa casa repleta de amor, uma casa cheia de gente conversando, rindo e crianças brincando; Na cozinha vi a minha avó a dar instruções ao cozinheiro para o que fazer para jantar. Na varanda a mesa grande com toalha posta, os bancos e cadeiras à volta à espera de ser preparada para a refeição. O som da buzina insistente de um carro que pára no quintal e todos nós corremos alegres e excitados para receber os que acabam de chegar.Todos falam ao mesmo tempo, numa confusão de beijos e abraços as malas se vão tirando e são levadas para os quartos. Enquanto os adultos ficam na sala, as mães e avó vão para a cozinha fazer filhoses e o avó junta-se a nós e brincamos de 'casinhas'; A Lisinha e a mãe, o nosso avô e o pai e os restantes são os filhos. Como um bom pai, ele vai arranjar comida para os filhos e dirige-se à cozinha e 'rouba' filhoses com cuidado para que a avó não se aperceba, mas é sempre apanhado e corrido da cozinha com comentário zangado: ÉS PIOR QUE AS CRIANÇAS, SAI DAQUI QUE NÓS ESTAMOS A TRABALHAR E AS FILHOSES SÃO PARA A CEIA DE NATAL!!! Ele volta para a varanda com ar sorridente e as mãos cheias de filhoses que põe na mesa e a mãe, (Lisinha) pai e filhos sentam-se e comem deliciados. As horas passam,a tarde cai e nós continuamos a brincar com o avô... À noite, depois do duche tomado, somos chamados para o jantar...Os miúdos sentam-se todos de um lado, os adultos do outro e o avô e a avó nas cabeceiras da mesa. A atmosfera é alegre e o som de gargalhadas e conversa fiada enchem o ar... Depois de comer, o cheirinho do café que é servido e os adultos envolvem-se em conversas de códigos e línguas que nós miúdos não entendemos...Referiam-se às prendas que compraram para cada um de nós que o Pai Natal traria em dois dias... Os dias passaram, e a noite da consoada chegou.. O ar estava eléctrico de excitação, a mesa era posta, as luzes na árvore completavam o quadro lindo da família reunida a mesa. O som da harmónica e viola entoam as notas de NOITE DE PAZ e um calor invade os nossos corações infantis. Depois, a Olga (Minha mãe), cantava É NATAL, a voz melodiosa enche-nos os olhos d'agua... As horas passam,e nós, cansados vamos para a cama, mas custa-nos dormir pois amanhã é Natal... Quando acordamos de manhã, bem cedinho, os adultos ainda deitados, vamos a correr para o 'sapatinho' e após o som de papel a ser rasgado ouve-se o som de todos nós excitados,contentes com os presentes que recebemos... Brincamos uns com os outros alegremente! E, assim se passaram os anos,um atrás do outro com Natais MARAVILHOSOS! MAS, com os anos, também alguns se foram e o quadro de Natais felizes são só parte das minhas memorias; Jamais voltaremos a juntar toda a família, mas uma certeza ficou... A CERTEZA de que esses Natais deixaram a marca do Amor e do calor humano que transmitimos aos novos membros da família e, assim, o quadro do Natal perfeito perdurará em historias que contamos dos Natais que passamos quando éramos crianças...E O AMOR PASSARÁ DE GERAÇÃO PARA GERAÇÃO!!!! ENCOSTO A PORTA...
Isabela Valadas
19 fevereiro 2010
13 fevereiro 2010
Tributo à minha mãe Olga Valadas
Deste-me um pedaço de ti, levaste metade de mim...Quando partiste levaste contigo o teu rosto bonito, o teu sorriso carinhoso, acalentador de onde dos teus lábios palavras de conforto ouvia nas horas turbulentas; criança, jovem e até mulher! Levaste contigo os braços que me apertavam num abraço de amor infinito... Levaste também o som da tua voz que soltavas cristalina quando o fado cantavas. Levaste contigo o som melodioso da harmónica que tão bem tocavas... Levaste o teu espírito jovem,lutador,alegre! Levaste a amizade que nos unia, levaste a minha melhor amiga, levaste aquela gargalhada que era tua aquela que não oiço mais pois mais ninguém tem, porque era tua!!! Levaste o som do meu nome quando com ar brincalhão me chamavas de 'ISSABELA'. Levaste os teus cabelos negros que tantas vezes afaguei e sequei. Levaste as tuas mãos que tantas vezes agarrei e beijei. Levaste a tua pele morena, os teus olhos doces, carinhosos que quando zangados me punham a mil kilómetros de distância... Levaste também o teu colo, onde tantas vezes me sentei mesmo mulher! LEVASTE TUDO!!!! Deixaste comigo o vazio e um frio eterno... Deixas-te o vazio, Mamã.....Um vazio imenso, um vazio que dói, um vazio que me sufoca!!!!!! Um vazio que não sei preencher, deixaste o vazio, Mamã....Um vazio...!!!!
Isabela Valadas
12 fevereiro 2010
Memórias
Ruca,espero esteja tudo bem ai nesse cantinho do mundo. Aqui vão alguns 'desabafos' desta saudosa Cubalense para o blog ...Estão um pouco 'ferrugentos' pois já não escrevo aos anos!!!Foi preciso descobrir este blog para despertar as prosas adormecidas em mim. Aqui vão:
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É estranho como uma fotografia nos leva à hora e local exacto, despertando memórias adormecidas ou até esquecidas; Memórias doces, outras amargas, mas lindas... E, sem querer, sinto os meus olhos molhados e um nó na garganta que se liberta num soluço de dor! Como voa o tempo; O tempo voa, mas esta dor não passa; A recordação da minha infância sempre presente na minha memória. De tanto relembra-las em saudades se tornam e por sua vez a saudade em dor se transforma!Não vivo do passado, mas quando o presente se me depara friamente e doloroso, é no passado que me aconchego e geralmente 'renasço' armada com um escudo protectivo e invencível, pois o passado me diz que enquanto eu souber quem sou e de onde venho, jamais me sentirei derrotada e o futuro também um dia se tornara passado.
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Isabela Valadas
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