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13 dezembro 2009

Saudade

Saudade
A saudade é quando te vestes de barco

E sais para um mar que não sei
A saudade solta é um rei
Que troca a gente da terra pela bruma
Como Dom Sebastião
Que muitos vêem
E outros não
A saudade é um caminho sem curvas
Para o infinito

Edgardo Xavier


Publicado no Recanto das Letras em 16/09/2009
Código do texto: T1813276

20 março 2009

Poesia de Edgardo Xavier - Divulgação


O Edgardo Xavier irá lançar o seu segundo livro de poesia : " O Canto da Pedra " da Papiro Editora.
O evento terá lugar na Livraria-Galeria Verney, em Oeiras, às 16 horas do dia 28 de Março, Sábado.
Estou certo que o Edgardo ficará muito feliz se os amigos aparecerem e partilharem este momento tão importante da sua vida.
Relembro que me perdi por diversas vezes no seu primeiro livro "Amor Despenteado", saboreando as suas palavras bem dispostas, num talento enorme e onde eros e alma são tão bem tratados.
Entre outros poemas que já tive oportunidade em aqui partilhar, hoje lembro-me deste pela sua actualidade:

Cegos
Não são só os que negam a verdade
da luz
do afecto
ou da limpa claridade dos teus olhos
Cegos
são todos os que olham rosas
e sentem pedras

*
in Amor Despenteado - Poesia -Edgardo Xavier

15 dezembro 2008

Dói-me o tempo


Dói-me o tempo estéril
Dos abraços que não demos
Dos beijos apenas prometidos
E do amor que seria eterno

Dói-me de nós
O fogo em que ardemos
Sem afecto

Náufragos sob o mesmo tecto
Na avidez da sede
Partilhada

Estátuas de carne
Mudas
Na expectação da febre




***************
O post de hoje é um poema do nosso amigo Edgardo Xavier, que escolhi do seu Livro "Amor despenteado"...
cheio de significado!
Um abraço ao Edgardo, extensivo a toda família Xavier.
Ruca

22 maio 2008

Poesia de Edgardo Xavier

Amar é crescer por dentro

Contigo todas as palavras
São de renda ou de cristal
Contigo vestem-se de prata as manhãs
E as horas
Suspendem-se dos teus olhos
Imóveis
Como fotos do tempo

Sou a pedra em que te apoias
Acordo ao som do teu nome
E cego para tudo o que não seja
A luz que vem de ti

Cantam em mim as tuas alegrias
Soam cá dentro as tuas mágoas
Sou toque de avé-marias
Sou som de todas as águas
ou o arrepio das folhas
Na bebedeira do vento
Amar é ser tudo isto
Amar é crescer por dentro

Edgardo Xavier