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01 dezembro 2025

Natal de Luz e Memória: Aos que ficam e aos que construíram a nossa história.

 

Nesta época festiva, o nosso olhar percorre o mundo, procurando os amigos e familiares espalhados pela diáspora nestes últimos cinquenta anos. Mas o nosso coração procura também, com profunda reverência, aqueles que já não estão fisicamente ao nosso lado.

Este Natal é dedicado a todos os cubalenses que hoje residem em Portugal e nos quatro cantos do mundo, mas é, acima de tudo, uma homenagem sentida. Uma homenagem aos pais e avós que, com o seu suor, ergueram a cidade do Cubal; e aos amigos deste nosso blogue, companheiros de jornada que ajudaram a construir este espaço de união e que, entretanto, partiram. A saudade é imensa, mas o legado deles permanece vivo em cada palavra que aqui escrevemos.


Eternamente Cubal: Um Natal entre o Céu e a Terra

Cinquenta anos passaram, o tempo não abranda,
Espalhámos sementes por tanta varanda.
Da nossa Terra Amada a Portugal e ao mundo,
Carregamos a herança de um amor profundo.

Mas neste Natal, a prece vai mais além,
Para aqueles que amámos e que nos queriam bem.
Aos que ergueram o Cubal, pedra sobre pedra,
Com a força de quem sonha e o amor que não medra.
Aos que partiram cedo, deixando um lugar vago,
Mas cuja memória é hoje o nosso afago.

Lembramos os amigos deste nosso cantinho,
Que ajudaram o blogue a trilhar o caminho.
Vozes que se calaram, sorrisos que não vejo,
Mas que brilham no céu, num eterno desejo.
A falta que nos fazem, na mesa e na vida,
É ferida de saudade, mas nunca perdida.

Pois enquanto houver um de nós a recordar,
Eles estarão vivos, no brilho do olhar.
Na consoada sagrada, erguemos o pensamento,
Abraçando a ausência com todo o sentimento.

Santo Natal, Cubalenses, perto ou distante,
Aos que estão na Terra, e aos que são luz radiante.
Que a paz nos envolva, num laço que não cansa,
Unidos pela saudade, firmes na esperança.

Um Santo Natal, com muita paz e saúde para todos.
Aos que partiram, a nossa eterna gratidão e saudade.

Ruca

19 novembro 2025

🏊‍♂️Natações, memórias e a grande festa de 71 na Piscina do Ferrovia do Cubal!

 

🏊‍♂️ Natações, memórias e a grande festa de 1971 na Piscina do Ferrovia do Cubal!


Clique para ver o vídeo nostálgico dos momentos vividos na piscina do Ferrovia:

Estes registos intemporais a cores e preto e branco levam-nos de volta a uma época de sol, alegria e convívio, centrada num dos maiores orgulhos do Cubal: a magnífica piscina do Clube Desportivo Ferrovia do Cubal.

Estes momentos capturados atestam o estatuto da infraestrutura que foi considerada, à data de 1975, a terceira melhor piscina de Angola, apenas superada pelas grandes instalações de Luanda (Alvalade) e Huambo (também do Ferrovia). Este facto sublinha a importância e a qualidade desta secção desportiva para a nossa terra amada!

💖 Onde Tudo Começou: A Piscina Mais Antiga



Contudo, a história da natação no Cubal é mais profunda. Antes da grande inauguração do complexo que se vê no vídeo nostálgico da RTP (link abaixo), já existia uma piscina mais modesta no Ferrovia. Eram tempos igualmente dourados, de aprendizagem e convívio, que lançaram as bases para a excelência desportiva posterior.

Esta imagem, datada de 1959, capta um desses momentos preciosos na piscina mais antiga. Nela, vemos a elegância da juventude da época — no caso, a minha futura mãe Júlia Flórido —, pronta para desfrutar de um mergulho ou apenas do calor do sol do Cubal, num cenário que nos é tão querido.

🗓️ A Grande Inauguração de 1971

O grande marco que transformou o panorama social e desportivo do Cubal aconteceu a 26 de maio de 1971.

A prova está neste precioso testemunho (a medalha comemorativa), créditos José Lobo Pires- que celebra o "DIA DO C.F.B. INAUGURAÇÃO DA PISCINA CUBAL 26-5-1971". Foi uma festa memorável, que culminou com a abertura desta soberba piscina de 33,33 metros. Tornou-se de imediato o ponto de encontro preferido, um oásis de diversão nos dias quentes. Quem não se lembra do burburinho, dos mergulhos e dos risos que enchiam o ar à volta da água cristalina?

Ouvir os ecos da alegria na piscina é reviver a alma vibrante do Cubal!

📺 O Registo Histórico na RTP

A grandiosidade do evento de inauguração da piscina em 1971 foi de tal forma relevante que contou com a cobertura da RTP (Rádio e Televisão de Portugal).

Pode consultar o registo oficial dessa cerimónia histórica, que a própria RTP data a 29 de maio de 1971, no seu arquivo:

🔗 Link para o arquivo RTP: Inauguração da piscina do Ferroviário do Cubal

outros links para artigos/posts sobre a piscina

1 Clube Ferrovia do Cubal: Um legado desportivo que marca a história de Angola, por Fernanda Valadas

2 Viagem ao Cubal de J. L. Pena - Março 2008

3- Como eu vi o Cubal em 1972

4- Piscina do Ferrovia do Cubal, por Ana

5-Clube Desportivo Ferrovia do Cubal, por José Lobo Pires

6- Piscina do Ferrovia do Cubal, por Carlos Sousa

7- Clube Desportivo Ferrovia do Cubal - Sócio 174 - Raúl Gonçalves- A Reparadora Transmontana

8-Cubalenses, por Deolinda Gonçalves / Pecos

9 -Cubalenses, por Elisabete Azevedo

10- Viagem ao Cubal - Miló Carrasqueiro

11 -Clube Desportivo Ferrovia do Cubal, 1974, por Jose M Simões da Cunha

12- Cubal, 1959 | A beleza simples de um momento no jardim do Ferrovia, por ruca

13-Clube Desportivo Ferrovia do Cubal, Anos 70

14-Entrevista ao Presidente da Câmara Muni­cipal, Fernando da Silva Vilares e SISAL Símbolo dinamizador da cidade do Cubal , por Ana Catarina Monteiro

15-Cubal e Cubalenses, por José Luis Pena

16-1968-01-30 - Visita de Rebocho Vaz ao distrito de Benguela (Cubal)

17-Documentos históricos do Cubal, por Vitor Rodrigues (Algarvio)

18-Inauguração da Piscina do Clube Ferrovia do Cubal

19-Lita Cruz, Zé Fraga e Anibal Ribeiro Elias (foto de Mimi Fraga)

20-Livre ingresso ao Clube Desportivo Ferrovia do Cubal, por Meno Fontoura

Caso verifiquem alguma incorreção, p.f. agradeço nota. 

Saudações

Ruca




10 novembro 2025

🎂O blogue "CUBAL Angola Terra Amada!" celebra a sua MAIORIDADE: 18 ANOS de união e memória.

 






18 anos de alma Cubalense: O Blogue CUBAL Angola - Terra Amada!

O blogue "CUBAL Angola – Terra Amada!" Celebra a sua MAIORIDADE: 18 Anos de união e memória

Por Ruca (Rui Gonçalves), 10 de Novembro de 2025


Neste 11 de novembro de 2025, o nosso blogue "CUBAL Angola - Terra Amada!" atingirá a sua maioridade, completando 18 anos de existência. Este marco especial, que coincidirá com o 50.º aniversário da Independência de Angola, consagra o projeto como o "polo aglutinador indestrutível" e o "arquivo essencial" da comunidade Cubalense.

I. O cumprimento do manifesto fundador

A visão de 2007 era clara. Dezoito anos depois, o blogue **"não é apenas meu, mas sim de todos que nele participarem!"** e o objetivo de ser um **"elo de ligação entre todos nós"** foi plenamente concretizado.

[ Do Manifesto de 11 de Novembro de 2007 ]

CUBAL Angola - Terra amada!

"Momentos que o tempo não apaga, gravados na alma de quem os viveu. Revive a história do Cubal através de fotografias e memórias partilhadas. Junta-te a nós nesta viagem ao passado!"

Síntese dos momentos mais emocionais e relevantes

O nosso Livro de Visitas é o coração do blogue, repleto de histórias que comprovam a nossa união:

  • O reencontro emocionante da **Mónica** e da **D. Antonieta** (#Mónica, 2009).
  • A busca da **Maura Piedade** (#766, 2025) por familiares do **Marco de Canavezes**, separadas pela história.
  • O **Pedro Jorge** (#5) sentiu-se um "filho legítimo da cidade".
  • O **Gil** (#636) celebrou o nascimento do seu filho Vítor, o "PRIMEIRO CIDADÃO" da cidade, em 1968.
  • A **Lourdes Morais** (#552) que encontrou neste espaço o seu "porto de abrigo" e "bálsamo".
  • O **Rui Moreira** (#143) e a **Prof. Olívia (Bia)** (#140) reencontraram-se após mais de 30 anos.
  • O **Necas Abreu** (2010) e as **Arlete e Bibito Guerra** (2010) afirmaram que este blogue trouxe a união à "FAMILIA CUBALENSE".

III. 🤝 Os pilares do Blogue: Reconhecimento a TODOS os Contribuintes

O espírito de partilha e a generosidade de **mais de 150 Cubalenses e Amigos** são o verdadeiro pilar deste projeto. Honramos todos os que ajudaram a construir este espólio histórico.

1. Autores de Mensagens e Testemunhos (Livro de Visitas)

  • Adelaide Serodio
  • Adelino Azevedo
  • Adriana Mota
  • Albertina Peixoto
  • Alberto Manuel Farinha da Silva Deus
  • Alberto Gonçalves de Moura
  • Albano Abreu Lemos
  • Alfredo Miguel Sequeira
  • Alzira Resende
  • Amadeu (Scott)
  • Amandio Barbedo Pinto
  • Ana Bela Faustino
  • Ana Correia
  • Ana Maria Guedes Resende
  • Ana Valadas
  • Anabela Borges
  • Anabela Cid
  • Anabela Figueiredo
  • Anabela Simoes
  • André Avelino dos Santos
  • Angelo Monteiro (Lito)
  • Angelo Sequeira
  • Angelo José Gonçalves de Carvalho
  • Anibal dos Santos Ribeiro Elias
  • anisabel (Belinha)
  • Antonieta Espinha
  • Antonio Francisco Peixoto Baptista (Toni Peixoto)
  • Antonio Garruço
  • Antonio Luis
  • Antonio Manuel Bento Saraiva
  • António Neves
  • António João L. Oliveira Pinheiro
  • Arlete e Bibito Guerra
  • Arlindo Eulógio Faial
  • ARTUR CONCEIÇÃO
  • Beatriz Ramos
  • Bernardete Rodrigues
  • Bia (Prof. Olívia)
  • Brasilino Paulino
  • Cândida (Canduxa)
  • Carla Lopes
  • Carlos Canais
  • Carlos Fernandes
  • Carlos Luz Falcão
  • Carlos Alberto Lobo Pires
  • Carlos Alberto Pinto da Costa
  • Carlos Manuel Dias Henriques da Silva
  • Cátia Laranjeira
  • Catumbelan (Lubomir Sazecek)
  • Celeste Alves
  • China (Jorge M Mendonça)
  • Cilinha Gonçalves
  • Costa Pereira
  • Cristina Galhardo (Tina)
  • Cruz (Clarycruz)
  • Custodio Santos Veiga
  • Dejanira (Teixeira Diogo)
  • Diny Querido
  • Edmundo do Ó Vinhas
  • Eduardo A. Flórido
  • Eduardo Dinis Chaves
  • Eduardo Sousa
  • Elga Valadas
  • Elizabeth (Ribeiro)
  • Elizete Mendes
  • Emílio Rodrigues
  • Ernesto Manuel Santos (Tota)
  • Ester Sequeira Rodrigues
  • Fati Cardoso
  • Fátima Vaz
  • Fernando Chimuasso Gaspar
  • Fernando Henrique Pires
  • Fernando Matoso
  • Fernando Sousa Costa
  • Filomena Oliveira (Mena)
  • Filomena Sá Pinto (Manecas)
  • Filomena Teixeira
  • Fontoura (Meno Fontoura)
  • Francisca Isilda Silva (Chica)
  • Francisco Alfredo Gonçalves (Chico Chiputia)
  • Francisco Freire Valadas (Chico)
  • Francisco Prata
  • Gacinda Fernandes
  • Géna Silva (Mª Eugénia Domingos da Silva)
  • Gertrudes Neto
  • Gil (Julio Gil Barros)
  • Gi Vilares (Joaquim Vilares)
  • Helena Carvalho
  • Hmilton ferreira
  • Honorio Fragata
  • Horácio Machado
  • Hugo Guerra
  • Ilídio Vaz da Silva
  • Isabel Gomes (ou Isabel Marques)
  • Isabela Valadas
  • Ivone Matos Antunes
  • Jaime (Amizade)
  • Jaime Salinas de Moura (Salinas)
  • João Brito
  • João Karyvera
  • João Porto
  • Joaquim de Lisboa
  • Joaquim Neves Mendes e Isabel
  • Joelma
  • Jorge Abreu
  • Jorge de Coimbra
  • Jorge Lage
  • Jorge Manuel Gomes de Amorim
  • José Arménio Coelho
  • José Carlos Vieira da Silva
  • José Carvalho Malheiros
  • José Henriques
  • José Laranjeira
  • José Lobo Pires
  • José Manuel Flores de Moura
  • José M. Campos Simões
  • José Pais (Zeca)
  • José Simões
  • Julia Ferreira (Júlia florista)
  • Julio (para Marlene)
  • Julieta Falcão e filhas
  • Lourdes Morais
  • Lourdes Morais-
  • LOURDINO MARQUES
  • Lucilia Ramalho
  • Luis Armas
  • Luís Campos
  • Luís Marques Monteiro
  • Luisa Espínola
  • Manuel Luís
  • Manuela (Borges)
  • Manuela Plaza Caria
  • Manela Fernandes
  • Mário Seiça Campanhã
  • Mario Branco (Pica)
  • Marilia Moreira
  • Marlene (Guimarães)
  • Maura Piedade
  • Mauro Valadas
  • Mimi Fraga
  • Mimi Peixoto
  • Milo Sousa Carrasqueiro
  • Mónica
  • Naomi
  • natividade
  • Necas Abreu
  • Nelson Augusto Vogel Seixas
  • Olga Martins Viana
  • Paulo Pinto
  • Paulino Katchipia
  • Pedro Jorge
  • Pinhal Dias
  • Quim Pereira
  • Raquel Gil
  • Rosy
  • Ruca (Rui Gonçalves)
  • Rufino Luciano
  • Rui da Silva Moreira
  • Rui de Carvalho
  • Rui João Reis Silva Lopes
  • Rui Jorge Machado Correia
  • Rui van der Kellen
  • Sancha (Mª dos Anjos)
  • São (Rodrigues)
  • Sérgio Aguiar
  • Sofia Àlvares
  • Sofia Guedes Resende
  • Tadeu Celso Paulo Albino
  • Teresa Pena
  • Teresa Tavares
  • Thierry Lagorsse
  • Tózé
  • Um Moanha
  • Vanda
  • Varandas Monteiro
  • Vasco
  • Vera Barroso
  • Victor Alves
  • Victor Branco de Brito
  • Victor Manuel Teixeira Martins
  • Victor Rodrigues (Algarvio)
  • Vitor Peixoto
  • Yara
  • Zeca Cardoso
  • Zé Duarte
  • Zé Fraga
  • ZEZAU

2. Autores de conteúdos por cedência (Fotos, Documentos, Textos)

  • Abel Parente
  • Adelaide Serôdio
  • Adelaide
  • Albertina Peixoto (Tininha)
  • Albano Abreu Lemos
  • Alice Almeida
  • Alice Valadas
  • Ângela Coelho
  • Angelo Sequeira
  • Ana (Bernardo)
  • Anabela Borges
  • Anabela Simões
  • André Avelino Santos
  • Anunciação Campanhã
  • António Freitas de Oliveira
  • António de Matos
  • António Monteiro
  • Arlete e Bibito Guerra
  • Augusto Pessoa
  • Aurora Boto Sérgio
  • Barroso Romão
  • BATALHÃO DE ARTILHARIA 741
  • Beatriz Ramos
  • Cândida (Canduxa)
  • Carlos Canais
  • Carlos Dias da Silva
  • Carlos Luz Falcão
  • Carlos Monteiro
  • Carlos de Sousa e Odete de Almeida
  • Carmo Menezes
  • Catarina Monteiro (Narciso)
  • Celeste Alves
  • Cila Gonçalves
  • Comissão Org. Convívios Cubalenses
  • CrisTINA Carrasqueiro
  • Cristiana Brito
  • Cristina Paulista
  • Cruz Clarimundo
  • Custódio Santos Veiga
  • Dalete
  • David Pires
  • Deolinda Gonçalves
  • Diny Querido
  • Edgardo (Rogério) Xavier
  • Edmundo do Ó Vinhas
  • Eduardo A. Flórido
  • Eduardo Dinis (Tondela)
  • Elga Valadas
  • Elisabete Azevedo (Betinha)
  • Elizabeth Ribeiro
  • Elsa Gil
  • Emílio Lima ("PORTO")
  • Emílio Rodrigues
  • Eufémia Marques
  • Fábio dos Santos
  • Família Manuel Henriques
  • Fernanda Oliveira
  • Fernanda Ramos
  • Fernando Abrantes (J. Simões)
  • Fernando Amaro
  • Fernando Carona
  • Fernando Henrique Pires
  • Fernando José Neves
  • Fernando Machado
  • Fernando Marta Neves
  • Filomena Sá Pinto (Manecas)
  • Fontoura (Meno Fontoura)
  • Francisca Isilda
  • Francisco Prata
  • Gert van dermeersch
  • Gi Vilares
  • Gil (Júlio Gil Barros)
  • Graça Pires
  • Graciete e Romão
  • Helena Carvalho
  • Hernâni Cabral
  • Herculano e Maria do Carmo Guerra
  • Isaura Faria
  • Isabela Valadas
  • Jesús Laguardia
  • João Palmeira
  • João Pinheiro
  • Joaquim Flórido
  • Joaquim de Lisboa
  • Jorge Lage Leite Ribeiro
  • José António Tabulo
  • José Luís Ferreira
  • José Luís Pena
  • José M. Simões da Cunha
  • José Paulista
  • José Sancho
  • José Simões
  • Leonor Escaleira
  • Letinha e Elga Valadas
  • Linda Rogado
  • Lourdes Morais
  • Lourdes Teixeira
  • Luís Benites de Sousa
  • Lurdes Henriques
  • Lurdes Sousa
  • Mandinho e Ana Maria Pinto
  • Manuel e João Porto
  • Manuel Porto
  • Márcia Vilarinho Flórido
  • Margarida Vieira da Silva (Caldeira)
  • Mariana Carracha Gonçalves
  • Maria Bernardete Rodrigues
  • Maria Dhramamor
  • Maria Helena Mendes
  • Maria José Dias Santos
  • Maria João Fidalgo Castro
  • Mª Teresa Tavares
  • Miguel Paulista
  • Miguel Sequeira
  • Miló Carrasqueiro
  • Mimi Fraga
  • Mimi Peixoto
  • Mónica Antonieta Mata
  • Natacha Caldeira
  • Natália Sousa
  • Nuno Baptista e Sandra Kellen
  • Nuno Cação
  • Olga Martins Viana
  • Olga e Natália Sousa
  • Olívia Abreu
  • Orlando Castro
  • Paula Oliveira
  • Paulo Gonçalves
  • Paulo Vidazinha
  • Pedro Jorge
  • Pica (Mario Branco)
  • Raúl Gonçalves
  • Rui Mendonça
  • Rui Mendonça Lopes
  • Rui Moreira
  • Rui Marta Neves (Zito)
  • Rui Serpa
  • Ruca (Rui Gonçalves)
  • Sandra Maurício
  • Sandra Santos
  • São Múrias
  • Selma Picado
  • Sílvia Pena
  • Sofia Resende
  • Toni (António P. Baptista)
  • Vanda Alves
  • Vera Barroso
  • Victor Oliveira
  • Vítor Rodrigues (Algarvio)
  • Zeca Pais
  • ... e muitos outros!

A nossa luta é a memória. A nossa vitória é a união.

📢 IV. Um apelo pela continuidade e pela ética do arquivo

O meu mais profundo agradecimento a todos os Cubalenses e Amigos que têm colaborado, transformando este blogue numa fonte de inegável interesse histórico. Contudo, neste ano de maioridade, o futuro exige uma ação clara e partilhada:

1. Apelo à ética do espólio (Termos & Condições Reforçados)

**A todos aqueles que extraem informação ou imagens para criação de vídeos próprios em seu benefício, apelo a que o façam com imagens próprias, e não aproveitando o trabalho efetuado no blogue retirando ou cortando as imagens que estão identificadas com o nome de quem cedeu**, efetuando vídeos e posts em diversos locais sem a respetiva menção de origem, contrariando o que se encontra definido na nossa ética de partilha.

2. Apelo à delegação da missão e à colaboração

O blogue deve continuar a ser a ponte para que as novas gerações e as futuras possuam um local de inegável interesse histórico pela nossa passagem. Por isso, faço um apelo direto:

Procuram-se Voluntários para Colaboração!

Voluntários, em articulação comigo (Ruca), que se disponibilizem a efetuar contributos e criação de posts, ajudando a honrar este espaço. **Um dia, eu poderei ter de deixar delegado a alguém que continue a honrar este espaço.** Manifestem o vosso interesse.

Reforço do arquivo:

Continuem a enviar documentos que possuam nos "baús" familiares! Contribuam para concentrarmos o espólio cubalense nesta página, ajudando a que as novas gerações e as futuras possuam um local de inegável interesse histórico pela nossa passagem naquele local que nos ficou indelevelmente marcado no coração.

PARTICIPA NO BLOG DO CUBAL!
Envie testemunhos, fotografias e documentos p/ email: cubal.ruca@gmail.com

Um grande abraço 🫂 e saudações Cubalenses,

Ruca

08 novembro 2025

💰O financiamento e a construção da Escola Industrial e Comercial do Cubal em 1967

 


💰 O financiamento e a construção da Escola Industrial e Comercial do Cubal em 1967

(Documento: Portaria n.º 22 993, publicada no Diário do Governo, n.º 256, I Série, de 3 de Novembro de 1967.)

O nosso oitavo documento histórico fecha o ciclo de transformação da nossa principal instituição de ensino! Se o documento anterior (Decreto n.º 47 799) decretou a elevação da Escola para **Industrial e Comercial**, esta **Portaria n.º 22 993**, de **3 de Novembro de 1967**, traduz essa decisão em números, autorizando o financiamento para a **construção e o apetrechamento** da nova escola.

Os números do investimento no Cubal

O decreto autoriza o Governo-Geral de Angola a avançar com as obras e as compras necessárias, definindo os montantes máximos para o investimento, escalonados por ano. Reparem nos valores destinados à nossa Vila, que estão logo no ponto **1), alínea e)**:

e) Escola Industrial e Comercial do Cubal:

1967 . . . **350 000$00**
1968 . . . **550 000$00**

TOTAL . . . **900 000$00**

Apesar de o montante total de **900.000$00** para o Cubal ser inferior ao de outras localidades mencionadas (como Lobito e Luso), este valor é crucial, pois confirma a passagem da escola do plano legal para a **realidade física**. Este dinheiro destinava-se a construir ou adaptar edifícios e a adquirir o equipamento (máquinas, ferramentas, material de laboratório) necessário para os novos cursos de Eletromecânica, Formação Feminina e Comércio.

O financiamento vinha por conta da dotação atribuída ao "Plano Intercalar de Fomento - Promoção social - Educação", reforçando o carácter de desenvolvimento e planeamento deste investimento.


🔎 O legado das obras e do ensino

Este documento é a prova de que a nossa escola era uma obra com orçamento definido e cronograma a cumprir. É um testemunho do período de grande e rápido desenvolvimento que o Cubal viveu na década de 60.

Quem viu a construção ou remodelação da Escola Industrial e Comercial? Têm fotografias das obras ou do equipamento novo? A vossa memória constrói a nossa história documentada!

Saudações Cubalenses!

Ruca

05 novembro 2025

⛈️ Mais de 30 mil raios em Lisboa: Não vos lembrou as trovoadas épicas do nosso Cubal?

Um estrondo na madrugada de Lisboa. Os jornais referem em dezenas de milhares de raios. Mas o que este fenómeno me fez sentir não foi o tremor da capital, foi o tremor da nossa casa no Cubal, nos anos sessenta e setenta! Quem se lembra daquelas trovoadas que pareciam não ter fim, que faziam a mobília ranger e os vidros cantar ao ritmo do raio? É uma memória forte, sobretudo a do abraço de proteção da minha mãe. Um porto seguro contra a fúria do céu. Se a trovoada de Lisboa o transportou para estes tempos, leiam e partilhem a vossa história!

Notícia em Destaque:

"Acordou com a trovoada? Zona de Lisboa atingida por milhares de raios durante a madrugada"

Excerto: "A madrugada desta quarta-feira foi marcada por intensas trovoadas na região de Lisboa e Vale do Tejo. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), nas últimas 24 horas, até às 06:50, foram registadas mais de 20 mil descargas elétricas positivas e mais de 10 mil descargas negativas..."

Fonte: CNN Portugal

O estrondo que nos unia 

Cubal, sol de fim de tarde, mas o céu se fecha em dor,
Anos sessenta, setenta, o terror do trovão maior.
Não era só chuva, era a terra a respirar,
E o ar carregado, os vidros a vibrar.

Mas a força maior, que a memória não desfaz,
Era o abraço quente que a minha jovem mãe me traz.
Um escudo de amor, contra a fúria da tempestade,
A tremer de medo, mas seguro no seu lume.

Lisboa treme hoje, a notícia faz-nos ver,
Que a saudade do Cubal não se pode esconder.

E tu, Cubalense, essa trovoada de outrora,
Não te abraça a alma, não te faz reviver essa hora?

E tu, Cubalense, essa trovoada de outrora, não te abraça a alma, não te faz voltar àquele tempo? Partilha connosco as tuas memórias!

Ruca

03 novembro 2025

7) De Escola Técnica elementar a Industrial e Comercial! O salto do Ensino no Cubal em 1967

,


(Documento: Decreto n.º 47 799, publicado no Diário do Governo, n.º 165, I Série, de 17 de Julho de 1967)

Avançamos rapidamente na nossa cronologia! Se o quarto documento (Decreto n.º 46519 de 1965 ) nos mostrou a criação da **Escola Técnica Elementar** no Cubal, este sétimo documento — o **Decreto n.º 47 799**, de **17 de Julho de 1967** — demonstra o rápido desenvolvimento da nossa Vila e a resposta do Governo à procura por formação profissional!

A reclassificação: Mais estudos, mais futuro

O preâmbulo do decreto explica o motivo desta reclassificação: satisfazer as necessidades resultantes do "progresso industrial e comercial verificado na província de Angola" e reclassificar escolas para uma **"maior extensão dos estudos nelas ministrados"**

E a Vila Cubal, menos de dois anos após a fundação da sua primeira escola técnica, é a principal beneficiária! O **Artigo 1.º** decreta formalmente:

Citação do Artigo 1.º:

"São elevadas à categoria de **escolas industriais e comerciais** as Escolas Técnicas Elementares de Henrique de Carvalho e **do Cubal**, ambas de frequência mista, nelas passando a funcionar:


  1. Ciclo preparatório do ensino secundário;
  2. Cursos de formação de: Electromecânico, Formação Feminina, e Geral de Comércio;
  3. Secções preparatórias para os institutos industriais e comerciais.

É um salto quântico na qualidade e diversidade da educação oferecida no Cubal!  De "Elementar", passamos a ter **cursos industriais** (Electromecânico, Trabalhos Manuais, Electricidade, Serralharia e Grafias ) e **cursos comerciais** (Geral de Comércio).

Isto reforça a narrativa que temos vindo a construir: o Cubal não era apenas um concelho no mapa; era um **polo em crescimento industrial e comercial** que exigia mão de obra qualificada. Os símbolos no nosso brasão (o gado e o sisal) ganham agora um novo complemento: a **formação técnica**!

O Decreto também extingue a Escola Elementar a partir da data de funcionamento da nova escola, garantindo que todo o pessoal transite para a nova instituição, mantendo os seus direitos.


🔎 O legado da Escola Industrial e Comercial do Cubal

Esta é uma das instituições mais importantes na memória de muitos cubalenses. Com a criação de novos quadros de pessoal (Art. 2.º), a escola ganhou uma nova vida e mais capacidade de ensino.

Quem estudou no **Ciclo Preparatório**, no curso de **Electromecânico** ou na **Formação Feminina** desta Escola?  Quem lecionou?  

Partilhem connosco as vossas memórias, fotos e histórias desta época dourada da educação no Cubal!

Saudações Cubalenses!

Ruca

02 novembro 2025

6) 👨‍👩‍👧‍👦 O Decreto de 1966 que reforçou o Registo Civil no Cubal

 



(Documento: Portaria n.º 21 886, publicada no Diário do Governo, n.º 43, I Série, de 21 de Fevereiro de 1966.)

Avançamos para o **sexto documento** da nossa série histórica! Depois de termos visto a PIDE, o Brasão e a Escola Técnica, voltamos a mergulhar na **administração e na vida cívica** dos cubalenses. O documento de hoje, a **Portaria n.º 21 886**, de **21 de Fevereiro de 1966**, confirma o crescimento e a necessidade de reforçar serviços essenciais na Vila Cubal: o **Registo Civil**.

O sumário é claro: criam-se lugares de "oficial privativo" nas delegações do Registo Civil de vários concelhos de Angola. A justificação é que o "movimento das delegações do registo civil situadas nos concelhos mais populosos da província de Angola aconselha a criação de lugares oficiais privativos".

O Cubal e o reforço dos serviços essenciais

A Portaria manda, portanto, criar um lugar de oficial privativo em cada uma das delegações do registo civil de uma vasta lista de concelhos. E, orgulhosamente, o **Cubal** está incluído nessa lista! Este é o reconhecimento oficial do aumento da população e da atividade cívica no nosso concelho.

Citação da Portaria n.º 21 886 (Ponto I):

"É criado um lugar de oficial privativo em cada uma das delegações do registo civil dos concelhos de Amboim, Andulo, Bailundo, Bela Vista, Bocoio, Caála, Caconda, Cacuso, Camacupa, Cambambe, Capelongo, Cela, Chitato, **Cubal**, Dande, Dilolo, Duque de Bragança, Ganda, Golungo Alto, Icolo e Bengo, Libolo, Menongue, Negage, Porto Alexandre, Quibala, Saurino, Seles e Vila Nova, na província de Angola."

A criação de um **Oficial Privativo** no Registo Civil do Cubal, que lida com nascimentos, casamentos e óbitos, é um indicador de que a vida na Vila estava a expandir-se a um ritmo que exigia um reforço de pessoal permanente e dedicado. É uma prova, fria e burocrática, do dinamismo demográfico e social que o Cubal vivia em meados da década de 60.

O documento também confirma o Diploma Legislativo de Angola n.º 3611, de 8 de Janeiro de 1966, que estabeleceu os quadros de pessoal auxiliar, e autoriza o Governador-Geral a abrir o crédito especial para suportar estes encargos.



No n.º 1, onde se lê: «... Capelongo, Cele, Chitato, Cubal, Dande, Dilolo, ...», deve ler-se: «... Capelongo, Santa Comba, Chitato, Cubal, Dande, Teixeira de Sousa, ...».


🔎 As memórias da vida cívica do Cubal

Com seis documentos, temos uma visão clara: em poucos anos (1962-1966), o Cubal foi formalmente estabelecido, ganhou símbolos, recebeu investimento em educação, viu o reforço da segurança e, agora, viu a consolidação dos seus serviços de registo de cidadania.

Conheces ou lembras-te do Oficial do Registo Civil do Cubal desta época? Se tiveres alguma memória ou fotografia ligada à Repartição do Registo Civil da Vila, partilha-a connosco!

Saudações Cubalenses!

Ruca

31 outubro 2025

4) 🎓 A aposta no futuro: O Decreto de 1965 que fundou a Escola Técnica elementar no Cubal!

 


🎓 A aposta no futuro: O Decreto de 1965 que fundou a Escola Técnica elementar no Cubal!

(Documento: Decreto n.º 46 519, publicado no Diário do Governo, n.º 200, I Série, de 4 de Setembro de 1965.)

A nossa série de documentos históricos continua a desenhar a linha do tempo da nossa comunidade! Depois de termos visto o estatuto de concelho, a integração distrital e o nosso brasão de armas, chego agora a um decreto que representa uma aposta fundamental no futuro: o **investimento na educação**.

O documento de hoje é o **Decreto n.º 46 519**, de **4 de Setembro de 1965**, emanado pela Direcção-Geral do Ensino do Ministério do Ultramar. O seu sumário é claro: criam-se escolas de ensino técnico em várias províncias ultramarinas.

O Reconhecimento do crescimento escolar do Cubal

A justificação para a criação de novos estabelecimentos de ensino em Angola, S. Tomé e Príncipe e Timor é clara: "O ritmo de crescimento das populações escolares ultramarinas impõe que periodicamente se criem novos estabelecimentos de ensino."

E a nossa Vila, recém-consolidada como concelho e com um brasão oficial, merecia esse passo. O texto refere especificamente:

Citação do Decreto n.º 46 519 (Justificação):

"Na província de Angola os índices de frequência escolar justificam também a criação de escolas técnicas elementares em Henrique de Carvalho e **no Cubal** (...)"

Isto significa que o Cubal tinha, naquela altura, **índices de frequência escolar** que justificavam a criação de uma instituição que oferecesse formação profissional e técnica. E, formalmente, no **Artigo 3.º**, a medida é decretada:

Artigo 3.º:

"São criadas na província de Angola duas escolas técnicas elementares, sendo uma localizada **no Cubal** e outra em Henrique de Carvalho, ambas de frequência mista."

Em 1965, o Cubal era mais do que um nome num mapa administrativo; era uma **comunidade em crescimento**, com jovens que necessitavam de formação para contribuir para o desenvolvimento económico local (pecuária e sisal, como vimos no brasão!). A Escola Técnica Elementar foi, sem dúvida, uma peça chave no desenvolvimento social e profissional da nossa "Terra Amada"!


🔎 O Nosso Apelo à Comunidade Cubalense

Se já publicámos os pilares da administração e da identidade, agora chegamos ao pilar da **formação**! É fundamental que as memórias desta Escola Técnica  não se percam.

**Fomos alunos da Escola Técnica elementar do Cubal?** Temos fotografias, diplomas, histórias de professores ou colegas? A vossa contribuição é vital! Partilhem-nas comigo!

Saudações Cubalenses! Ruca

3) ⚜️ O simbolismo do Cubal : O Decreto que criou o Brasão e a Bandeira da Vila Cubal em 1964

 



(Documento: Decreto n.º 45 618, publicado no Diário do Governo, n.º 69, I Série, de 21 de Março de 1964.)

Depois de mergulharmos nos documentos que comprovam o estatuto administrativo do Cubal como concelho,  trago-vos algo que toca diretamente na nossa **identidade e orgulho**: o decreto que estabeleceu o nosso **Brasão de Armas**, a **Bandeira** e o **Selo** oficiais!

O documento em questão é o **Decreto n.º 45 618**, de **21 de Março de 1964**, que surge para alterar o escudo de armas que havia sido concedido em 1963. Este novo decreto detalha, de forma heráldica e solene, os símbolos que a Vila Cubal teria direito a usar.

Os símbolos da Vila Cubal: A Riqueza da Terra

A descrição das Armas é particularmente rica, ligando a nossa simbologia à terra e à economia da região. O Artigo único do decreto define o seguinte:

Armas (Brasão):

  • **Fundo de verde**, simbolizando a fertilidade e a esperança.
  • Um **boi passante, de prata**, que representa a riqueza pecuária, um pilar económico da nossa região.
  • Em **chefe**, ou seja, no topo do escudo, **três plantas de sisal, de ouro**, alinhadas em faixa. O sisal foi, durante décadas, um motor essencial da economia do Cubal.
  • **Coroa mural, de prata, de quatro torres**, que é o símbolo heráldico reservado às vilas.
  • Listel branco com a designação: **«Vila Cubal»**.

Bandeira e Selo:

  • A **Bandeira** foi definida como **esquartelada de amarelo e vermelho**.
  • O **Selo** continha a mesma composição das armas, com os dizeres: **«Câmara Municipal da Vila de Cubal»**.

É emocionante ver o nosso passado rural e económico — o gado e o sisal — eternizados no nosso brasão! Este decreto é mais do que lei; é um retrato oficial da nossa identidade, publicado em Paços do Governo da República a 21 de Março de 1964.


🔎 O que nos dizem estes símbolos?

Estes três documentos históricos publicados hoje dão-nos uma visão completa do Cubal em 1964: o estatuto de concelho, a integração no Distrito de Benguela e, agora, a sua identidade visual e heráldica. Eu continuarei a procurar por mais documentos que iluminem a história da nossa "Terra Amada"!

Se têm recordações, fotos ou histórias relacionadas com o boi, o sisal, ou a Câmara Municipal da Vila Cubal daquela época, partilhem-nas comigo!

Saudações Cubalenses!

23 junho 2025

A Escola Industrial e Comercial do Cubal – D. João II: Forjar o futuro através do conhecimento

É com imenso orgulho e um profundo sentido de gratidão que hoje partilhamos no nosso blogue um conjunto de imagens e documentos históricos que nos transportam para um pilar fundamental do desenvolvimento e progresso do nosso Cubal: a Escola Industrial e Comercial – D. João II. Mais do que um mero edifício, esta escola foi um verdadeiro motor de oportunidades, forjando profissões e preparando gerações para os desafios do futuro.

 

A Escola Industrial e Comercial do Cubal era um centro vital onde a teoria se aliava à prática, capacitando os jovens com as competências necessárias para as mais diversas áreas.

 

As fotografias dos interiores da escola são um testemunho vivo desse ambiente de aprendizagem e trabalho. Observamos as bancadas robustas e as ferramentas organizadas nas oficinas da Escola Industrial e Comercial , onde rapazes e raparigas (embora nestas fotos vejamos principalmente homens) aprendiam o ofício. Estas imagens de trabalho prático – seja na serralharia, na mecânica ou na eletricidade (como podemos vislumbrar , que mostram alunos dedicados aos circuitos elétricos e outros ofícios) – são a prova da seriedade e da qualidade do ensino técnico daquele tempo. Ali, as mãos dos alunos tornavam-se experientes, e as mentes aguçavam-se para resolver problemas reais.

 

E a importância desta escola não é apenas uma memória; é um facto documentado. A imagem da Portaria do Boletim Oficial de Angola, confirma o investimento significativo nesta instituição. Vemos que, em 1967, foram atribuídos 350.000$00 e em 1968, 550.000$00, totalizando 900.000$00. Estes valores, consideráveis para a época, demonstram o compromisso das autoridades com a promoção do ensino industrial e comercial no Cubal, reconhecendo o seu papel estratégico no desenvolvimento regional. Este tipo de apoios financeiros permitiram equipar as oficinas, contratar  professores e oferecer uma formação de excelência.

 

A Escola Industrial e Comercial – D. João II, à semelhança do Colégio Eça de Queirós, Instituto Liceal , Escola Primaria 40 de outras instituições , representavam um investimento no capital humano do Cubal. Formava-se não apenas trabalhadores qualificados, mas também cidadãos conscientes do seu papel na construção de uma sociedade mais próspera.

 

Estas imagens e documentos são um tributo a todos os alunos, professores e funcionários que fizeram parte da Escola Industrial e Comercial – D. João II e das restantes Instituições de ensino. Foram eles que, com o seu trabalho e dedicação, ajudaram a construir o futuro do Cubal, deixando um legado de conhecimento e competência que ainda hoje se faz sentir.

 

Convidamos os nossos leitores a partilhar nos comentários as suas memórias, histórias ou fotografias relacionadas com a Escola Industrial e Comercial do Cubal. Ajuda-nos a enriquecer ainda mais este registo histórico! Caso verifiquem alguma incoerência no texto, agradeço que me informem para que possamos corrigir e manter a nossa história o mais fidedigna possível.

 

Ruca






19 junho 2025

Cubalenses de gema: Um brinde à amizade de outros tempos - Em frente à nossa (antiga) Igreja

Da esquerda para a direita: o 4º elemento é o meu pai, o Raúl Gonçalves, com o seu filho – eu – . 5º-Amílcar VinhaisMais à direita, como 10º elemento,  Albano.


Há fotografias que nos transportam diretamente para o coração de uma época e para um lugar exato, e esta, vinda do meu baú familiar, é uma dessas jóias raras. A cores, e datada provavelmente de 1968 ou 1969, captura um momento de genuína camaradagem entre tantos elementos masculinos do nosso querido Cubal, com o cenário reconhecível da Igreja do Cubal -à esquerda .

Ao olhar para esta imagem, sinto um calor especial no peito. É uma daquelas cenas que nos recordam a força dos laços que se criavam na nossa comunidade. Homens de várias idades, reunidos, com um espírito de união que transborda da fotografia. O ambiente, descontraído mas digno, sugere um encontro significativo, talvez uma celebração, uma confraternização ou um momento de convívio informal que se tornou inesquecível, tendo a nossa Igreja como testemunha.

Consigo reconhecer alguns rostos com clareza e emoção. Da esquerda para a direita, o quarto elemento é o meu pai, o Raúl Gonçalves, e vejo-o ali, protetor, com o seu filho – eu – resguardado junto dele. Uma imagem que me toca profundamente, relembrando a segurança e o carinho daquele tempo. Logo a seguir ao meu pai, identifico o Amílcar Vinhais, um grande e generoso amigo da minha família e mais um rosto familiar de grandes memórias. Mais à direita, como décimo elemento, está o Albano e a seguir julgo que seu filho (?).

Mas a beleza desta fotografia vai além das identificações pontuais. É no conjunto que ela nos fala mais alto: na forma como se agrupam, nos sorrisos, alguns contidos, outros mais abertos, nas posturas que refletem respeito e afeto. Cada um deles é um pedaço da história do Cubal, homens que, de diferentes formas, contribuíram para o pulsar da nossa vila.

Esta imagem é um testemunho da amizade à moda antiga, aquela que se forjava no dia a dia, nos eventos sociais, no trabalho e no lazer partilhado. São os rostos de uma geração que viveu e construiu o Cubal, e que nos legou um sem-fim de histórias e memórias.

Lanço, por isso, um apelo a todos os leitores do blogue: se reconhecerem mais alguém nesta fotografia, ou se tiverem alguma história associada a este momento ou a estas figuras, por favor, partilhem connosco nos comentários. Cada pedacinho de informação ajuda-nos a pintar um quadro mais completo do nosso passado e a manter viva a chama da nossa herança cubalense.

Ruca

18 junho 2025

Obrigado aos leitores e sobretudo a quem partilha as nossas memórias. 800,000 visualizações

Parabéns a todos os cubalenses e amigos que nos seguem! O blogue ultrapassou as 800.000 visualizações de páginas.

Obrigado aos leitores e sobretudo aos que partilham as nossas memórias. Só assim é possível!

Abraços

Ruca




 

Localizações principais. De onde nos visitam.


João Carona: O nosso campeão do Cubal e uma amizade para a vida


João Nascimento Carona
Reconheço o Morais (na direção da taça), o Alexandre (mão nos bolsos a usufruir do momento) , meu pai Raul de camisa branca a aplaudir maravilhado, o garoto é o Zito Marta Neves? (obrigado Miló). Quem reconhece quem?

No passado dia 16 de junho, a minha mãe, a Júlia, que infelizmente padece de dificuldades cognitivas, celebrou mais um aniversário. Recebi imensas mensagens de carinho de cubalenses, tanto telefónicas como nas redes sociais, e entre elas houve um telefonema que me tocou de forma especial: o da amiga Alice Cautela Carona. Para além da imensa alegria de voltar a ouvir a Alice, apercebi-me da fragilidade da saúde do seu marido, o nosso querido João Carona, que também enfrenta dificuldades cognitivas num estado avançado.

O João Carona… Que grande figura cubalense, multifacetada! Para além da amizade familiar que nos unia, todos nós no Cubal tínhamos e temos um enorme orgulho pelas suas façanhas motociclistas. Quem não se lembra das provas realizadas no final dos anos 60 e início de 70? Como nós vibrávamos com as suas vitórias! O João Carona era um campeão nato. E hoje, mais do que nunca, desejo que ele continue a ser esse campeão, e a minha esperança é que a sua saúde possa, de alguma forma, melhorar.

O João era um mecânico automóvel e de motos absolutamente excecional, um autêntico génio. Ele próprio desenvolvia e adaptava as suas motos para competição. Eu era uma criança, mas recordo-me perfeitamente que, durante as brincadeiras com o seu filho Vítor – que era ainda mais miúdo do que eu – o João Carona explicava-me as adaptações dos motores. Lembro-me (teria eu uns seis / sete oito anos) que ele me disse, com uma seriedade e um pormenor que me tratava como se fosse um adulto, como tinha desenvolvido e adaptado um simples motor da Florett para competição. Os detalhes que me contava ficaram gravados na minha memória infantil.

O João Carona foi também, durante um período, mecânico na oficina do meu pai, "A Reparadora Transmontana", onde, mais uma vez, a sua aptidão e mestria eram evidenciadas diariamente. A nossa afinidade familiar ia muito além disso: os meus pais, o Raul (que infelizmente nos deixou em 2020) e a Júlia, foram convidados para padrinhos batismo do Paulo, o segundo filho da Alice e do João Carona. Lembro-me tão bem dessa cerimónia, um momento de grande união familiar.

Ao ver estas fotografias e ao saber do estado de saúde do João, bem como da amizade inabalável da Alice, não pude deixar de sentir a necessidade de homenagear esta família tão amiga. Desejo-lhes o melhor que a vida ainda pode proporcionar. Sinto saudades daquelas brincadeiras no quintal dos meus vizinhos cubalenses, onde, no meio dos jogos com o amiguinho Vítor, tínhamos o papagaio cinzento, o Jacó. Sei que o Jacó ainda veio para Portugal e viveu muitos e muitos anos… Para além das bicadas que nos dava, divertíamo-nos muito com aquele papagaio cinzento que falava pelos "cotovelos". E no meio de tudo isto, o João Carona mostrava-me como funcionavam os motores… Enfim, são memórias que me preenchem a alma.

Esta é a minha forma de expressar o profundo carinho e respeito por esta família e, acima de tudo, pelo nosso querido João Carona. Que a força e a esperança continuem a acompanhá-lo a ele e família.

Ruca


Desafio aos Leitores:

Sabemos que as histórias do João Carona são muitas e certamente repletas de momentos vibrantes! Se também tiverem memórias, fotografias ou episódios que queiram partilhar sobre o nosso campeão, o João Carona, convidamo-vos a fazê-lo nos comentários. Vamos juntos manter viva a sua história e as suas façanhas!

03 junho 2025

Cubal, 1959 | A beleza simples de um momento no jardim do Ferrovia


Do meu baú pessoal e familiar surge mais esta fotografia, que provavelmente foi tirada no mesmo dia da imagem partilhada pela amiga Eufémia Marques em  post anterior . 

Na imagem, em destaque e com a serenidade de quem já carregava luz própria, está a minha linda futura mãe, Júlia Flórido (Gonçalves). De vestido branco, em pé à beira da piscina do Jardim do Ferrovia, onde hoje a memória corre mais forte que a própria água. Ao fundo, outras crianças e jovens parecem partilhar a mesma alegria desse tempo simples e puro.

Como referiu a Eufémia, não existia ainda o edifício do Clube Ferrovia — apenas os bungalows de madeira acolhiam as festas e encontros que tantos recordam com saudade. Mas a felicidade já morava ali, naquele espaço que era de todos, onde cada banco, cada árvore e cada olhar se tornavam eternos.

É impossível não me comover ao ver a minha mãe assim — jovem, bonita, firme no seu jeito tímido e elegante, sem saber ainda tudo o que a vida lhe reservava. São estas imagens que nos ligam à nossa origem, que dão rosto às histórias que ouvimos em casa e que, agora, partilhamos para que não se percam no tempo.

Com este registo, deixo mais uma peça do grande puzzle da memória cubalense.
Que esta imagem toque também o coração de quem a vê — e que ajude a manter viva a alma do nosso Cubal Angola Terra Amada.

Com carinho,
Ruca
https://cubal-angola.blogspot.com

02 junho 2025

Cubal – Finais dos anos 50 | Casamento da amiga Fátima Chícharo Neves.

Em pé da esquerda para direita : 2ª a minha jovem e futura mãe Júlia Flórido (Gonçalves), com 16-17 anos. Noiva : Fátima Chícharo Neves. Quem identifica as restantes amigas?
CLICAR NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Hernâni Cabral, disse: "Ruca. Além da tua mãe reconheço na direita da foto a seguir à miúda a Emília Saraiva que casou com o Benjamim Coelho e a seguir é a Lucília cunhada do Pereira revisor do CFB. As miúdas, direi que são as irmãs da Fátima Chícharo Neves mulher do Augusto Neves(cabecinha) e já a agora tias da Ana Paula Neves."...

 

Outro contributo cubalense, diz: Ruca,  a noiva, Fátima Chícharro, que casou com o Augusto Neves (cabecinha de ouro), como era conhecido. As duas crianças, irmãs da noiva, Corália e Lita Chicharo. 

Outro comentário não identificado: Como curiosidade, o edifício branco que aparece na foto era a serralharia do Sr Virgilégio, pai do Becas, no inicio do bairro da Camunda




 Do fundo do meu baú familiar, partilho mais uma pérola que nos transporta para os tempos dourados do Cubal no final dos anos 50. Esta fotografia, desbotada pelo tempo mas viva em emoções, traz consigo a simplicidade elegante e a beleza pura de uma geração que marcou os alicerces da nossa terra.

No verso da foto, apenas uma breve anotação: “Casamento de uma amiga…”. Uma frase que, apesar de vaga, abre um mundo de memórias e mistérios por desvendar.

Reconheço, com emoção, a minha querida mãe, Júlia Flórido (Gonçalves), ainda jovem, a segunda em pé a contar da esquerda. Uma imagem que me toca profundamente e me liga a tantas histórias ouvidas ao longo da vida — de amizades, festas, e de uma juventude vivida com intensidade no coração de Angola.

A noiva, ao centro, é o rosto da elegância e da felicidade, vestida de branco, com tiara e vestido de tule, rodeada pelas amigas que certamente fizeram parte do seu dia mais especial. Mas… quem será ela? E quem são todas estas jovens encantadoras que a rodeiam?

Lanço aqui um apelo a todos os que guardam na memória os tempos do nosso querido Cubal: ajudem-me a identificar este momento e ano do evento, esta noiva e os nomes de todas as jovens presentes na imagem. Cada nome que juntarmos a este retrato é uma peça que se encaixa no nosso puzzle de memórias.

Porque recordar é viver — e juntos mantemos viva a alma do nosso Cubal.

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Ruca
https://cubal-angola.blogspot.com