26 maio 2015

Cubal, por Joaquim Flórido

CUBAL

Cinco letras perfiladas
De criança transformadas
Num amor sentimental
São no mapa um pontinho
Muito muito pequenino
O nosso querido Cubal

Terra longínqua bastante
Uma lembrança constante
Situada além do mar
Quem lá viveu ou nasceu
Nesse cantinho do céu
Terá sempre que te amar

Do Cubal quando eu menino
Tu ainda pequenino
Só me resta a saudade
Tão longe no tempo é presente
Viverei eternamente
Revendo-me nessa idade

Foi terra de todos nós
Sem raças, credos ou voz
Em consonância total
Realço com jactância
A minha feliz infância
Nessa vivência rural

É dever do Cubalense
Ter no presente e pra sempre
Gratidão e não esquecer
Por tudo quanto lhe demos
Mas muito mais recebemos
Na bênção de lá viver

Lembro pessoas de bem
Que ali viveram também
O seu exemplo foi escola
De quem segui a conduta
No viver e na labuta
Pela minha vida fora

Terra de sublime encanto
Por quem és te quero tanto
Sofro, só por te não ver
Serei grato eternamente
Pago simbolicamente
Pensando em ti ao morrer

Mas polvilho de esperança
A minha perseverança
Um dia poder voltar
É talvez sim, ilusão
Ou desmedida ambição
Esse dia há de chegar...
Se a crença não for cumprida
Partirei triste na vida
Até morto, hei-de chorar!

Por: Joaquim Flórido