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25 março 2012

Narciso e Companhia Ltda

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Narciso e Companhia Ltda
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Narciso e Companhia Ltda
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Narciso e Companhia Ltda
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Narciso e Companhia Ltda
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Narciso e Companhia Ltda
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Narciso e Companhia Ltda
Ao lado esquerdo identifico o meu futuro pai Raúl Gonçalves (com o maçarico de solda na mão), enquanto colaborador da oficina do Sr Narciso. Há muitos anos mesmo!! Também se pode ver o Ernesto Santos. Obrigado Catarina! Ruca

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Sr Narciso dentro uma Ford

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Nestes sítios virtuais, o nosso Amigo Ruca, reúne de uma forma tão carinhosa o passado e o presente. As boas recordações, dessa terra africana, são aqui reveladas por várias Famílias espalhadas pela nossa aldeia global…

Meu avô materno, Eduardo Narciso, foi para Angola no ano de 1949/50 rumo a uma vida melhor. Minha avó, Maria Manuel fica em Portugal com a minha mãe Maria Fernanda e vão para África somente no ano de 1955. Nesta nova terra nasce minha tia Margareth e a tia Maria João.

Meu avô Narciso iniciou o seu trabalho na fazenda “Fernando Alberto” do Sr. Sebastião das Neves. Aqui foi o responsável pela parte mecânica da fábrica de sisal desta fazenda. Posteriormente, estabeleceu-se na cidade do Cubal com uma oficina própria com o sócio Sr. Vieira.

Mais tarde, a firma passou a chamar-se Narciso e Companhia Ltda, na qual, minha avó ficou como sócia de meu avô.

Nesta época os seus negócios começaram a progredir e mais tarde tornou-se representante da marca Mazda no distrito de Benguela.

Paralelamente, e como hobby, o avô Narciso obteve uma fazenda onde se cultivava o Sisal. Muitos almoços, caçadas e convívios eram aqui organizados…

Enfim, muitas histórias reais se passaram e muitos de V/ se recordam certamente.

Minha avó, hoje em dia, ainda fala dessa terra, tão quente, onde a verdadeira amizade se fazia sentir numa forma tão Familiar.

Como um “Homem que não sonha é um Homem morto que caminha.”, sonho num dia caminhar nesta terra e levar o meu Primito João Ricardo a esta cidade, rica em recordações e repletas de meras miragens….

Para esta família Cubalense junto um álbum com várias fotos…
BOAS RECORDAÇÕES!!!
Laripo!

Ana Catarina Monteiro (Narciso)

12 janeiro 2011

Cubalenses - Eduardo Narciso e amigos

1.Caetano, Aranha e Eduardo Narciso
28.01.1954
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A Catarina Monteiro, envia-nos uma série de testemunhos do seu querido avô Eduardo Narciso.

Quem não se lembra deste saudoso amigo?

23 outubro 2010

Convite de Casamento em 01 de Setembro de 1973


Elza e Quim
Casamento em 01 de Setembro de 1973, pelas 12 horas, na
Igreja do Sagrado Coração de Jesus, no Cubal

Convite de Casamento em 01 de Setembro de 1973 - Cubal


Olga Maria Faria de Sousa
Manuel António Reis
Casamento em 01 de Setembro de 1973
Cubal, na Sé Catedral do Cubal, pelas 15,30H

Três residentes do Cubal apontam necessidades e aspirações



Rodrigo Guerra (Bibito)

Humberto Silveira, chefe de secretaria da Câmara Municipal

António Teixeira da Costa - enfermeiro

Publicidade a
Mário Rodrigues Fernandes

No decurso da nossa reportagem na bela cidade do Cubal, resolvemos auscultar a opinião abalizada de três residentes, situados em sectores diferentes, para aquilatarmos e aferirmos do encontro ou desencontro de opiniões.
Assim, começamos por ouvir o Sr. Humberto Silveira, chefe de secretaria da Câmara Municipal daquela cidade, a qual formulamos a pergunta comum:
— No seu entender, quais as necessidades e aspirações mais prementes da cidade do Cubal?
— Há uma necessidade absoluta: a criação de um Liceu, com os 2º - 3º ciclos, atendendo ao elevado número de alunos que, cada ano, concluem o ciclo preparatório. Também seria de toda a conveniência a construção de um aeroporto, que permitisse à DTA o estabelecimento de carreiras aéreas, pelo menos bissemanais, atendendo às necessidades cada vez mais prementes das deslocações rápidas — e muito mais nesta Angola imensa, onde as distâncias são medidas por centenas de quilómetros e muitas vezes por estradas de mau piso. «Uma outra necessidade seria a elevação dos Serviços Notariais de molde a permitir a celebração de escrituras e contratos, etc.
«No campo das aspirações, muitas há! A criação do distrito do Cubal, com sede nesta cidade; a criação da comarca; a construção de um complexo hoteleiro, com os requisitos necessários ao conforto e comodidade; a construção de um cinema funcional; a conclusão do Estádio Gimnodesportivo Fernando Vilares e a do Estádio Municipal e... tantas outras.
A mesma pergunta agora feita ao Sr. Rodrigo Guerra, que nos disse;
— Necessidades e aspirações são duas coisas diferentes embora vulgarmente se confundam. Por exemplo, temos as ligações rodoviárias, aspecto este em que o Cubal tem sido, de certo modo, desprezado. As estradas do concelho estão, de uma forma geral, em muito mau estado. As ligações Cubal/Caluquembe e Cubal/Lobito/Leste, de que muito se tem falado, continuam a não passar de intenção... O prejuízo que daí vem para a Economia da região é considerável por falta de vias de comunicação rodoviária e em boas condições. Parece paradoxal que a JAEA apenas tenha a seu cargo a estrada Cubal/Coporolo, com cerca de 80 km e em muito mau estado, e a restante rede (manutenção e construção de outras) a cargo do Governo do Distrito, que não dispõe de máquinas suficientes para a sua conservação, quanto mais para abertura de outras muito necessárias!
«Um campo de aviação, por incrível que pareça o Cubal, que desde os tempos de pequena povoação possuía o seu campo de aviação, não o tem agora.
«Reordenamento rural, um outro problema, pois milhares de indivíduos trabalhadores e suas famílias, habitam em bairros que mais não são que amontoados de pequenas e inestéticas barracas disseminadas sem qualquer ordem pela periferia da cidade. A condições de habitabilidade são praticamente nulas. Impõe-se, pois a necessidade da construção de mais bairros e em locais próprios. «Uma Associação Económica é uma das necessidades do Cubal. As centenas de actividades comerciais, industriais e agrícolas da região têm de estar à mercê apoiadas numa entidade que de perto sinta os seus problemas e os transmita superiormente por forma cônscia, colaborando com a administração pública na procura da melhor solução.
«Um parque infantil nos tempos que correm, já não é um luxo mas uma necessidade imperiosa. As crianças devem merecer todo o carinho das gentes que estão à frente dos destinos de uma cidade. No Cubal a criança não tem entretimentos adequados. Foi simples e puramente esquecida. Mas ainda estamos a tempo de remediar esse lapso e a construção de um parque infantil é coisa que deve ser encarada com simpatia.
"Iluminação pública também é deficiente, muito embora já se tenha feito alguma coisa neste campo. O crescimento da cidade não dá força à Câmara, que tenta remodelar a rede de modo a proporcionar ao Cubal a iluminação que uma urbe exige. Esta é uma das aspirações.
« Abastecimento de água, este um problema em vias de ser resolvido e ainda bem. Talvez que muito em breve o assunto esteja solucionado pelo menos tecnicamente, já o factor quantidade só à Natureza pertence...».
Por fim ouvimos o Sr. António Teixeira da Costa enfermeiro :
— Em primeiro plano e no meu entender, pois também estou a sofrer as consequências, é a falta de água. Este problema, que reputo de capital importância para a sanidade da cidade e higiene da população desde há muito que poderia estar resolvido e só o não está porque outros de somenos importância têm prendido as atenções de quem tinha por obrigação de dar prioridade a tão grave problema.
«Ainda há outros problemas por resolver e que julgo deviam merecer a atenção do município, tais como: acabamento da rede de esgotos e da asfaltagem das ruas da cidade; acabar-se com a construção do campo de aviação, há tanto tempo já iniciado mas que acabou por ficar à disposição dos mosquitos, praga de que a cidade é muito fértil. Também as crianças residentes nesta cidade têm necessidade de um parque Infantil, que é coisa que não há, onde possam passar umas horas de recreio a coberto de quaisquer riscos. Existe de facto um arremedo de um parque, mas desprovido de baloiços e de outros acessórios necessários à brincadeira da miudagem.
«E para já é tudo o que se me oferece dizer-
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Testemunhos digitalizados cedidos por Ana Catarina Monteiro (Narciso)
Transcrição do texto e manipulação das imagens: Ruca http://cubal-angola.blogspot.com/

16 outubro 2010

Entrevista ao Presidente da Câmara Muni­cipal, Fernando da Silva Vilares e SISAL Símbolo dinamizador da cidade do Cubal

Prossegue a publicação no nosso blog, de documentos históricos da nossa Cidade, facultados pela Ana Catarina Monteiro (Narciso).   
Uma vez que a entrevista, no contexto histórico e da época, é interessante para nos (re)lembrarmos de alguns momentos que marcaram o desenvolvimento do Cubal, e temendo que se tornasse de difícil leitura, transcrevi a reportagem . Espero que apreciem. Mais uma vez agradeço à Ana Catarina, a partilha destes documentos extraídos do Semanário Sul. Ruca

SISAL
Símbolo dinamizador da cidade do Cubal




Cubal moderno

Aspecto moderno do Cubal

Edifício Sede do C. D. Ferrovia do Cubal

 Fernando da Silva Vilares
Presidente da Câmara Municipal do Cubal

Tem sido notória a onda de desenvolvimento que se tem registado nos últimos tempos, nesta jovem cidade.

Muitas novas construções, aberturas de ruas a avenidas a criação de estabelecimentos do ensino e outras repartições, a construção da piscina do CDF, o estádio Municipal em constantes inovações, a asfaltagem das artérias da cidade, etc., etc.

A população cubalense continua a lutar, construindo, melhorando e criando novas indústrias, o problema da agricultura vai-se diversificando cada vez mais, o Go­verno não falta com o seu apoio dirigindo e contribuin­do materialmente, a Edilidade, depois de muita luta, co­meça a sentir o apoio dos habitantes desta vasta região e tudo isto, traduz-se elo­quentemente no panorama que hoje se desfruta e que é, sintetizadamente PROGRES­SO.

Novas perspectivas se vão abrindo e nós, neste número em que se focam diversos aspectos do Cubal, não podíamos deixar de entrevistar o Presidente da Câmara Muni­cipal, Fernando da Silva Vilares.

Apesar dos seus inúmeros afazeres, Fernando Vilares, desmultiplicou-se e dispôs-se a conversar connosco, e o bate-papo começou.

— Sendo o problema do abastecimento de água o de mais premente necessidade e o de mais difícil resolução, o que nos diz Senhor Pre­sidente?

— A falta de água aflige ho­je os maiores centros popu­lacionais da Província, salvo raríssimas excepções. O pro­blema tam origem não só na irregularidade das quedas pluvíométricas, como tam­bém na enorme explosão demográfica que se vem verifi­cando desde há meia dúzia de anos em toda a Província. Repare que Luanda, Lobito, Benguela, Nova Lisboa, Sá da Bandeira cidades com de­senvolvimento mais acentuado, onde a construção civil ocupa o primeiro lugar, pólos de atracção de fixação da população, mercê da instalação de Universidades, loca­lização de indústrias, etc., sofrem a chamada crise de crescimento, e a água é um elemento que se não poude poupar. Se há meia dúzia de anos as captações eram mais do que suficientes, hoje têm um débito inferior ao consumo normal e o resultado está à vista. O Cubal, cujo desenvolvimento acompanhou em proporção o de outras cidades tem também sofrido o problema do abastecimento de água para as máquinas. Mas o nosso proble­ma está resolvido.

«Temos tudo preparado, para fornecer água da nossa Barragem, dentro de dias. Aguardamos apenas a chega­da das bombas doseadoras para tratamento de água, que será neutralizada com leite de cal e será esterilizada com hipoclorito de cálcio. Se não houver demora na entrega dos materiais que compõem a Estação de tratamento, cal­culo fazer os ensaios até ao fim do corrente mês e tere­mos assim resolvido o problema que mais preocupa o Município.

— E passando da água pa­ra a luz, diga-nos por favor o que há feito e o que falta ainda, realizar?

— Já muito se fez neste sector municipal e a maior prova é a evolução que se tem verificado na arrecada­ção de receitas. Propomo-nos logo que haja disponibilidade financeira, fechar o anel em alta tensão o que implica a aplicação de centenas de metros de cabo construção e apetrechamento de 3 cabines de transformação, etc., que monta a algumas centenas de contos. É nosso desejo electrificar as novas avenidas antes da sua pavimentação, o que esperamos conseguir ainda este ano. Além disto, há ainda que iluminar algu­mas zonas da cidade e as remodelações que vão sendo necessárias, vão-se e fazendo cadenciadamente.

— E o sistema de esgotos está totalmente em funcionamento?

— A lª fase dos esgotos compreendida entre as aveni­das Silva Tavares e CFB, foi executada por empreitada e está em funcionamento desde há anos.

«Por administração directa temos vindo a executar, na medida das possibilidades, as restantes fases. A parte já executada é mais extensa que a 1ª fase e inclui o canal que drena para o Rio Unge, todas as águas da parte sul da ci­dade. Antes da pavimentação como acontece com a rede de abastecimento de água e condutores da electricidade, queremos concluir a obra, que vem funcionando eficaz­mente, para evitar esburacar o asfalto.

— Agora, Senhor Presidente, sobre a ligação por asfalto da rodovia entre Catengue e a, nossa, cidade, visto que só faltam cerca de 70 km., e em tão mau estado durante a maior parte do ano diga-nos por favor o que há de verdade e que for do seu conhecimento?

— Isso é um assunto que transcende o âmbito municipal. Sei no entanto que o estudo até Robert Williams está feito e que o troço Catengue-Cubal, está andando a toda a força e suponho que a asfaltagem está para breve.

— Gostávamos que nos falasse agora sobre outros pro­jectos que a Câmara Municipal, tenha em mente realizar. Pode dizer-nos algo?

— Sim, temos vários nomeadamente e dentro do plano de prioridade estabelecido pela Câmara, estão em curso as seguintes obras:

a) Abastecimento de água;

b) Esgotos pluviais;

c) Preparação de ruas para pavimentação;

d) Implantação do Plano de Urbanização;

e) Cemitério Municipal;

f) Lancilagem dos pas­seios;

g) Estádio Municipal;

h) Campo de aviação.

Algumas destas obras es­tão em vias de conclusão. Acabadas, outras surgirão, num constante desenvolvi­mento. Para as Câmaras como sabe, há sempre muito a fazer, mas nem sempre há verbas. E no que respeita ao Campo de aviação, não há possibilidades de o concluir. A Câmara já iniciou a cons­trução de um novo Campo de aviação, mas porque não te­mos máquinas, fomos obri­gados a suspendê-la. A Ae­ronáutica Civil, deu como inoperante a pista existente e hoje o Cubal, vê-se privado de ligações aéreas. Mas o as­sunto está apresentado já a quem de direito e aguarda­mos uma urgente resolução, na medida em que este é também um assunto de capital importância.

— E agora, que a nossa conversa já vai de certo mo­do longa e que vários assuntos foram focadas, as colu­nas do nosso Jornal, são suas.

— Resta-me agradecer a amabilidade que teve, porque efectivamente cabe à Imprensa, um papel preponderante na divulgação na divulgação dos assuntos que interessam ao bem co­mum. A informação só atin­ge os seus fins, quando as­sente na verdade e a verdade só se colhe através dos res­ponsáveis. O “diz-se” até ho­je, só teve uma virtude “Destruir”. Dos boatos, todos nós conhecemos as consequências.

«Ao Jornal Sul, desejo que trilhe o caminho da verdade e da isenção como até agora vem acontecendo, na defesa desta Angola imensa a quem tanto queremos».


E nós, simples homens da informação, devolvemos ao Senhor Presidente da Câma­ra Municipal do Cubal, os agradecimentos que nos diri­ge. Eles são para si mais devidos, por tudo quanto tem feito em prol do Cubal, de Angola e de um Portugal ca­da vez maior.


A cidade do Cubal, ainda na sua fase de desenvolvimento primário, procura muito justamente acelerar os seus meios de expansão de forma a atingir aquele nível essencial que lhe permita encabeçar ao lado de outras cidades da província, já mais enraizadas pela idade.
O aspecto geral da urbe dá-nos, para já, uma panorâmica urbanística bem delineada, com vincada projecção, como que a dizer que se está a construir no presente com os olhos postos no futuro. Os imóveis obedecem a umas linhas arquitectónicas já bem definidas e em moldes modernos e sugestivos, que dão garbo e beleza à urbe.
Problemas, como todas as cidades que se prezam, também os tem, mas com o tempo e com a tenacidade e o querer dos homens conscien­ciosos, esses problemas hão-de ser resolvidos.
De momento vive-se a euforia da subida da cotação do sisal, o símbolo dinamizador da cidade do Cubal. Este um bom pronuncio, pois trata-se, como está bem de ver, da principal cultura rentável e da qual vivem muitas centenas de pessoas. A ascensão da cotação do sisal veio, em boa hora, trazer novas esperanças às gentes do Cubal, atendendo ao facto de que se trata de uma importante fonte de receitas que dá o pão a ganhar a muita gente.
Cubal — uma cidade jovem com a bússola assertada em direcção ao progresso e ao desenvolvimento socioeconómico!

26 setembro 2010

A nova Igreja é uma obra que dignifica a cidade do Cubal e A Cidade do Cubal está mais pobre. - artigo extraído do Semanário Sul


Foto 1 - Página do "Semanário Sul"

Para melhor leitura, transcreve-se o texto da Foto 1, gentilmente cedida  pela Ana Catarina Monteiro (Narciso), que daqui saúdo e agradeço pela excelente colaboração que presta ao nosso blog. Para além desta página a Ana Catarina remete-nos outros excelentes testemunhos históricos da Cidade do Cubal, que aqui irei publicar, quando efectuar o respectivo tratamento (imagem e texto).
Efectuei também o destaque dos anunciantes que boa memória nos trazem. Como calcularão o anúncio do meu pai (na foto 5) trouxe-me à memória algo que não consigo descrever pela alegria enorme que senti e que os meus pais irão recordar com saudade. 
Obrigado Catarina. Ruca
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A nova Igreja é uma obra que dignifica a cidade do Cubal
Foto 2
Igreja em Construção
O grande imóvel que é já a nova Igreja do Cubal, vem preencher mais uma importante lacuna até aqui existente na vida da cidade.
A garra com que grande número da população se lançou ao empreendimento está ali bem vincada, com o moderno e funcional edifício que é a nova igreja.
Abordamos o grande mentor da obra, o Padre José de Jesus Soares Ribeiro, e à queima-roupa, perguntámos-lhe:
A quanto monta a obra ? — Cerca de 3,000 contos — respondeu-nos.
E prosseguindo perguntámos mais: Considera pronta a 1ª fase e a segunda adiantada?
— Sim está quase completa a segunda fase, pois falta só a cobertura interior, os vitrais e mármores. Espero que a torre fique definitivamente concluída, dentro de 30 dias.
— Quando espera começar a utilizar a nova Igreja?
— Nos princípios do próximo ano, ou seja logo que sejam colocados os vitrais, que ficarão representando dezasseis cenas bíblicas, desde a Árvore da Vida até à descida do Espírito Santo, tudo em vidro a cores.
— Quanto já gastou?
— À volta de 1.200 contos em dinheiro e cerca de 600 contos em materiais oferecidos.
— Diga-nos, Padre José. Qual a capacidade do templo e qual a altura máxima da torre ?
— O templo está calculado para albergar à volta de 1,500 pessoas, e a torre ficará com o miradouro de 46 metros de altura e com a cruz, atingirá um total de 55 metros.
E a terminar, formulámos mais uma pergunta. Tem tido auxílios?
— Sim em especial da população e Governo Geral que concedeu um subsídio de 250.000$00. Depois urna pequena ajuda do Governo do Distrito, outra do Bispado da Diocese e mais uns quantos, pequenos. Mas a obra, vai andando.
E nós Cubalenses, sentimo-nos orgulhosos.


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A cidade do Cubal está mais pobre
Há pessoas que pela sua projecção, a sua forma típica e a sua popularidade, se tornam como um “cartaz” vivo da uma cidade. São pessoas de tal forma conhecidas e influentes que passam a ser consideradas como uma “instituição” da terra. A expressão poderá ser um pouco exagerada na sua dimensão, mas no fundo temos de concordar que é assim mesmo. Isto vem a propósito de dois grandes homens, dois conhecidíssimos nomes na vida da Cidade do Cubal : os Srs. Jean Luc e António Cabral, pessoas muito estimadas por toda a população, dada a acção que ambos deram com o seu esforço para o desenvolvimento e projecção da cidade, que da lei da vida foram libertados. As suas figuras deixaram de aparecer nos lugares comuns e as suas vozes deixaram de se levantar para judicialmente focarem assuntos de capital importância para a urbe, mas as suas memórias perdurarão para todo o sempre nos anais gloriosos do Cubal.
Jean Luc - António Cabral — presentes.

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O correspondente no Cubal do "Semanário Sul" era o Jugiba ou seja o nosso Gil Barros. Presumo que o texto terá sido por ele elaborado quando da publicação naquele semanário. Ruca

Pormenor dos anúncios publicados:
Foto 3
Faria Santos & Irmão, Lda


Foto 4
Farmácia do Cubal

Foto 5
A REPARADORA TRANSMONTANA
de
Raúl José Gonçalves