De repente, como tudo o que é bom na vida e depois de separações a que somos muitas vezes forçados, como foi o caso, pelos imponderáveis da vida, o imprevisível vai sucedendo, transportando-nos inúmeras vezes à IMIGRAÇÃO DE PENSAMENTOS de todo um passado recente, mas que já vai distando 40 anos (uma vida!!!), em que amigos e dos bons como o nosso caso, maturados pela dor da ausência, daqueles companheiros(a) da juventude, viram a sua liberdade neurónica, ser manipulada pela inconsciência de factos que, muito honestamente preferia que fossem lidos, em qualquer uma história, de um qualquer país, do que tendo como nós, sujeitos de acções sofridas e de modo algum, praticadas. A lei da vida no entanto é inexorável, afasta-nos, e acaba de um modo distinto também, por nos voltar a juntar, graças a algum bom SAMARITANO e neste caso SALIENTE-SE e LOUVE-SE o empenho do meu querido, e, outro grande amigo, sobrinho Ruca, um senhor por Excelência, quer na sua forma de estar, quer ainda pela sua própria vontade, com a criatividade do BLOG do Cubal (numa dedicação louvável e sempre disposto a colaborar em todo o sentido de entreajuda e apenas com um único fim: Sentidamente, sentir Paz de um dever cumprido numa cruzada que se propôs e que felizmente tem frutificado pela sua grandeza, de visibilidade de muitos Cubalenses espalhados pelo mundo fora e outros mesmo neste cantinho da Europa, à beira-mar plantado). O ciclo está montado e toda essa composição está em marcha, a semente fortifica, meu caro e bom amigo, e fundamentalmente outras acções surgirão, no entanto e para já cumpre-se a iniciativa, deixaram de haver desaparecidos muitos aparecerão, mais ainda surgirão, e não restem dúvidas, um Cubalense trará outro e certamente muitos se juntarão, infelizmente não na nossa cidade, mas senão podemos ir até lá, traremos a nossa cidade até cá...Foi com inegável surpresa e muito bom grado que tive a oportunidade, de saber do teu paradeiro MARTA e crê fizeste-me reviver um passado que dou comigo a pensar, muitas vezes o quanto é bom ter tido amigos como tu, e outros da nossa turma e não só... Dizias-me a certo passo que a memória já te fugia, mas que ainda te lembravas a nossa componente comercial, Alicinha, Campanhã, Emília, Elga, Bessa (desaparecido infelizmente, mas um dia estaremos com ele), Áurea, Odilia, Aristides, Francisca, Tony (o do Alto Catumbela) e mais uns quantos que, com ajuda da nossa querida Alicinha, consegui reunir em pensamento, Helena Direito de Almeida, Abílio, Elga ou Helga Pessera (?) Létinha Valadas, Graça Cravo, Filipa Cruz, Memória, Carlos Martins, Fernanda Paulista (que saudades Nanda, um dia estaremos contigo também), Adozinda, Arménio Múrias, Lourdes Lousa, e possivelmente mais um ou outro que me tenha faltado e à nossa querida Alicinha também, não se tenha lembrado. Aos que naturalmente não estão aqui apareçam e digam de sua justiça, teremos muitíssimo gosto que sejam lembrados e perdoem-me a mim e ao Marta (a Alicinha deu-me uma grande ajuda), mas a idade não perdoa... Fora isto também, e independentemente daqueles que estudaram na parte Comercial, poderemos lembrar aqui amigos, penso que comuns, uns já vistos, outros nunca mais encontrados e casos de Manuel Fernando Carona, Abel Parente, Mário Jorge Vaz Faustino, Anabela Vaz Faustino, Lilia Almeida Pinto, Paulista, Aurora, Maria Emília, Natália de Sousa, Fernando Rebelo de Freitas, Norberto Mendes, Olga de Sousa, Napoleão, enfim um universo de amigos que independentemente de não serem do nosso curso teria muitíssimo gosto em confraternizar, como certamente tu também.Voltando à nossa turma, salientava aqui as professoras de Inglês Maria José do Nascimento (Meu Deus, quando esta senhora levava aquele celebérrimo vestido verde, ui o sangue que corria em negativas, Santo Deus), a nossa querida Raquel (professora de Português, ainda sem acordos ortográficos), sua mãe Srª Dª. Olímpia, Professora Albertina (a primeira professora que usava apenas um maxi-cinto), o Cachimbeta, nosso digníssimo Director, Padre Sebas, Padre José Ribeiro, White Horse (adiantavamos o relógio da escola, para o contínuo Sebastião lhe marcar falta e nós pirarmo-nos), e o celebérrimo, como tu focas, Dr. Largo, (que nos deixava copiar química e apenas nos dizia, copiar é feio, não se deve fazer), Franklin Ivens , Zeca Neves (já falecido), Rodrigues, o homem que usava em Angola em pleno Verão, casacos de Inverno... Fernando Gomes Pinto (o professor de história que no 1º dia de aulas me perguntou porque não tinha ido para palhaço, ao qual eu respondi: porque o senhor ainda não comprou nenhum circo)... Que tempos! Voltando ao Campanhã, dir-te-ei apenas, que a rivalidade existente era espectacular, e ganhou-me uma porção de corridas, porque usava um carretinho de dez 10 dentes na roda traseira, quando descobri, comecei eu a usar o mesmo estratagema e a partir daí ganhei mais do que perdi, mas hoje passado tantos anos, o miúdo que me deu um imenso trabalho (hoje possivelmente um homenzarrão), foi o teu mano LEONEL MARTA NEVES, que grata surpresa, nessa corrida... Apresenta-lhe os meus cumprimentos. Bem muito mais haveria para contar, mas desafiaremos a memória do tempo, de um modo simples, iremos falando, em historietas vividas com intensidade do cheiro da chuva na nossa terra queimada, por aquele maravilhoso Tempo, que apenas foi só isso e nada mais, uma bênção da NATUREZA... O TEMPO, QUE O TEMPO TEM, NUNCA FOI NADA, SEM NÓS, NEM NINGUÉM. Fernando Marta, para ti e família,
Um abração de saudades,
*EduardoAFlórido