18 abril 2025

Instituto Liceal do Cubal: rostos e histórias de um tempo

 


O Instituto Liceal do Cubal, imponente na sua traça, ergue-se nesta fotografia de 1963, como um farol de conhecimento num período de grande desenvolvimento para a região. A sua arquitetura moderna e funcional era o reflexo da aposta na educação das jovens gerações do Cubal. Esta imagem capta a solenidade do edifício, que marcou a paisagem e a vida da comunidade local.


Na escadaria do Instituto Liceal do Cubal, neste dia de 16 setembro de 1965, um grupo de jovens estudantes oferece-nos um sorriso aberto. Da esquerda para a direita, vemos o Celso Rogério, com uma pose relaxada, depois o Silva (Karivera) sentado, com o seu sorriso inconfundível. Mais acima, o Luciano Ferreira, de óculos, espreita por entre os colegas. Do lado direito, a Nanda, a Palmira, a Marília e a Olga surgem lado a lado, contagiando-nos com a alegria dos seus tempos de liceu. Esta fotografia é um retrato de convívio e da camaradagem que unia estes jovens nas paredes do seu liceu.


Celso Rogério,  o João Silva (Karivera) sentado, com o seu sorriso inconfundível. Mais acima, o Luciano Ferreira


Nanda, a Palmira, a Marília e a Olga


Esta terceira fotografia, tirada também a 16 de setembro de 1965 nas escadas do Instituto Liceal do Cubal, mostra-nos um trio de estudantes num momento de pausa. À esquerda, a Nanda sorri com uma energia contagiante. No centro, o Bernardino abraça as colegas pelos ombros, num gesto de amizade. À direita, a Marília completa o grupo com um olhar sereno. A imagem transmite a vivacidade e os laços fortes que se criavam no ambiente estudantil do Cubal.


Nanda , o Bernardino, a Marília 

17 abril 2025

Registo de alegria nas antigas Festas da Vila do Cubal, 25 de Agosto de 1962

Ecos de um baile no velho Cubal

Na foto antiga, um tempo já distante, O Cubal das memórias, doce instante. Um baile em festa, lembrança que persiste, Nos corações que a saudade ainda assiste.

Fernanda e Alcides, jovens a sonhar, No centro da imagem, um laço a se firmar. Um sorriso de menina, a vida a despertar, "Tudo era belo!", o tempo a confirmar.

Laranjeira e Graciete, par de outrora, Na dança da vida, uma eterna aurora. Hoje no céu, estrelas a brilhar, Do Cubal antigo, um amor a ficar.

E Luís, menino, espiando a folia, Um sorriso puro, que a alma irradia. Naquele Agosto de outrora, alegria sem par, De um tempo de encantos, a nuncaFindar.

As barracas de esteira, tecto de lona, Balões coloridos, a cena que entona. Um tempo singelo, de festa e calor, Onde a amizade vencia qualquer dor.

Cubal das saudades, terra do meu querer, Onde os velhos tempos insistem em viver. Nesta foto, um tesouro, para sempre guardar, De amigos unidos, que o tempo quis levar.

Mas no blogue amigo, a chama sempre acesa, Em cada olhar, a memória regressa. E nos corações que guardam a beleza, O velho Cubal renasce com certeza.

in, Cubal Angola Terra Amada! https://cubal-angola.blogspot.com/


Nanda Valadas e Alcides Tavares.
À esqª  Sr Laranjeira e Graciete , Luís Lírio (militar no destacamento ) sorri.

Esta fotografia  captura um momento vibrante das antigas Festas de Agosto do Recreativo no Cubal, a 25 de Agosto de 1962. No centro da imagem, vemos Nanda Valadas e Alcides a partilhar um alegre passo de dança, sorrisos nos rostos que refletem o espírito festivo da ocasião.

À esquerda do casal, o Sr. Laranjeira e sua esposa, D. Graciete, também desfrutam do baile. Um pouco mais atrás, o jovem Luís Lírio, na altura ainda namorado de Anita (irmã de Fernanda Valadas), espreita a animação com curiosidade.

As Festas de Agosto do Recreativo eram, outrora, um ponto alto no calendário do Cubal. Realizavam-se em barracas artesanais, construídas com esteiras, capim e cobertas por lonas, criando um ambiente rústico e acolhedor. O espaço festivo ganhava cor com muitos balões de papel e serpentinas (soutaches) a enfeitar o recinto. Eram momentos de convívio, celebração e reforço dos laços comunitários.

Os sorrisos espontâneos e a linguagem corporal dos presentes transmitem a leveza e a felicidade que se viviam nesses eventos. Nanda Valadas e Alcides, no centro da ação, personificam a juventude e a vivacidade da época.

Partilhamos esta preciosa recordação, gentilmente enriquecida pela memória de Fernanda Valadas, para celebrar os bons momentos que marcaram a história do Cubal e do Recreativo. Se tem mais histórias ou recordações destas festas memoráveis, convidamos a deixar o seu comentário! Vamos juntos preservar a memória coletiva do Cubal.


Ruca

Miss Académica do Cubal, 14 de Fevereiro de 1965

à Esq: A pequenita Miló , encoberta pela mãe Laidita, Nanda, e Silvério Falcão.

Esta foto  leva-nos de volta a um dia especial no Cubal em 1965: a eleição da Miss Académica. O dia 14 de Fevereiro ficou marcado na memória como uma festa da beleza e da juventude das estudantes da terra.

No meio da imagem, a Nanda Valadas está radiante ao receber a faixa de Miss Académica, um símbolo de que foi escolhida e de que encantou a todos. A Laidita é quem lhe entrega a faixa naquele momento cheio de emoção.

Aqui mais perto, conseguimos ver a Miló Sousa, ainda criança, a assistir a tudo com curiosidade. E lá no fundo, o Silvério Falcão segura a prenda para a Miss, uma elegante salva em prata que, segundo nos contam, foi ele próprio a entregar.

Esta fotografia não é só uma imagem antiga; é como uma janela para vermos como era o Cubal há muitos anos. Mostra-nos os eventos que faziam as pessoas felizes e como se valorizava a juventude e a escola. Os concursos de Miss Académica eram momentos de festa, onde se celebrava a beleza e a simpatia das jovens estudantes.

Partilhamos esta recordação para que todos se lembrem e celebrem o passado do Cubal. Se alguém se lembra de mais detalhes deste dia ou tem alguma história para contar, deixem um comentário!

Ruca

Desejamos a todos os nossos amigos e seguidores uma Santa Páscoa abençoada! Partilhem a vossa alegria! 🕊️

Desejamos a todos os nossos amigos e seguidores uma Santa Páscoa abençoada! 

Partilhem a vossa alegria! 🕊️

Ruca

16 abril 2025

Procissão a decorrer em local emblemático do Cubal - "Os 3 pinheiros"



 
 
                            Quem se lembra desta zona específica do Cubal nos anos 50?

Esta imagem transporta-nos para um local específico e carregado de memórias: a Procissão dos Passos a decorrer quase em frente à casa da família Valadas.

Esta perspetiva oferece-nos uma ligação pessoal à família que preservou e partilhou estas preciosidades históricas. A menção aos "3 pinheirinhos" ainda tão pequenos é um detalhe temporal enternecedor, ajudando-nos a situar esta memória no início dos anos 1950 e a perceber a evolução da paisagem ao longo das décadas. Esta imagem da procissão a passar em frente à casa da família Valadas sugere a centralidade destes eventos religiosos na vida da comunidade e a forma como as famílias estavam intrinsecamente ligadas a estas tradições religiosas. Podemos imaginar a família Valadas a assistir à passagem da procissão, partilhando este momento de fé com os seus vizinhos e amigos.

Quem se lembra desta zona específica do Cubal nos anos 50? Reconhecem a casa da família Valadas ou os "3 pinheirinhos" na sua juventude? Que memórias vos suscita esta imagem que une a celebração religiosa com a história de uma família local, numa época de outrora? Partilhem as vossas recordações e ajudem-nos a completar este mosaico de memórias do Cubal.

NB: Qualquer incoerência, incorreção ou eventual erro no texto, agradeço que me informem para ser corrigido. Obrigado. Ruca.

Ruca

Retratos de uma dedicação: Professor Vitor e Dona Emília: Pioneiros da educação que marcaram o Cubal dos anos 50

As preciosas fotografias partilhadas abrem uma janela para um capítulo fundamental da história do Cubal: a chegada e o legado do Professor Vitor Ribeiro da Silva e da sua esposa, Dona Emília, em 1953. Estas imagens evocam a memória destes pioneiros da educação, figuras centrais na formação das primeiras gerações de estudantes cubalenses.

O Professor Vitor é recordado com carinho como o mestre do primeiro ano para muitos, incluindo a própria Fernanda, que teve o privilégio de ser sua aluna. A menção da Dona Emília como professora primária, embora não tenha sido professora da Fernanda, ressoa na memória os "mais velhos e experientes' do Cubal, como ela carinhosamente refere, que certamente se emocionarão ao rever estas imagens únicas.

Este casal de educadores desbravou o caminho do ensino no Cubal, numa época em que as oportunidades de educação formal eram escassas. O seu pioneirismo não se limitou a transmitir conhecimentos, mas também a construir as bases de uma cultura de aprendizagem na comunidade. A dedicação do Professor Vitor e da Dona Emília moldou o futuro de inúmeros jovens cubalenses, abrindo portas para novas oportunidades e contribuindo para o desenvolvimento da região.

Estas imagens oferecem-nos um vislumbre do Professor Vitor e da Dona Emília inseridos no quotidiano do Cubal dos anos 50. Longe da formalidade da sala de aula, vemos aqui o casal que desbravou o ensino na região, num momento de participação no evento comunitário e religioso já referido. A sua presença discreta mas marcante, o Professor Vitor com uma postura talvez mais reservada e Dona Emília, possivelmente com um semblante acolhedor, representam a força motriz por detrás da formação de muitos dos 'mais experientes"' do Cubal que hoje recordam com carinho os seus ensinamentos.

Estes retratos a dois sublinham que o seu impacto foi além das paredes da escola. Eles tornaram-se parte integrante do tecido social do Cubal, influenciando positivamente a vida de inúmeras famílias. Ao vermos o Professor Vitor e a Dona Emília neste contexto, reforçamos a ideia do seu pioneirismo como um ato de entrega e compromisso com o desenvolvimento da comunidade através da educação.

É com profunda gratidão que recordamos estes educadores incansáveis, cujo legado continua vivo nas recordações daqueles que tiveram o privilégio de ser seus alunos e de os conhecer. 

Esclarecimentos sobre os locais de ensino do Professor Vitor Ribeiro da Silva e Dona Emília


Segundo o apurado, o Professor Vitor Ribeiro da Silva lecionou inicialmente numa sala da sua residência, localizada em frente ao Clube Ferrovia. Posteriormente, as aulas passaram a decorrer nas instalações do próprio Clube Ferrovia, onde outros professores, como o Doutor Santos e D. Ermelinda, também lecionaram.

A primeira sala de aulas de Dona Emília situou-se numa propriedade do Senhor Valente, numa rua acima em direção ao cemitério. Mais tarde, Dona Emília passou a dar aulas num espaço ao lado da padaria (possivelmente a Padaria do Sr. Almeida), atrás da antiga igreja. O Professor Vitor foi o impulsionador da construção do Instituto, mas, após a sua conclusão, mudou-se para Benguela, onde adquiriu o Colégio Salazar. O Doutor Santos assumiu a direção do Instituto no Cubal, sendo o ano letivo de 1962/63 o primeiro a decorrer nas novas instalações, após os anos anteriores terem sido nas instalações do Ferrovia e na casa do Professor Vitor.

Convidamos todos os que foram alunos do Professor Vitor e da Dona Emília, ou que possuam memórias desta época, a partilharem os seus testemunhos nos comentários, enriquecendo ainda mais esta homenagem. 

 Partilhem as vossas recordações!


NB: Qualquer incoerência, incorreção ou eventual erro no texto, agradeço que me informem para ser corrigido. Obrigado. Ruca.


Professores Vitor e Emília com o seu filhote mais velho Francisco Ribeiro da Silva (Chiquinho)



Imagens : Cedidas por Nanda Valadas 
Texto: Ruca 
 

Memórias do Cubal nos anos 50: Procissão de Fé e a presença da Virgem Maria na comunidade (Parte 3)

Imagem 1 : quem identifica?

Estas imagens desta comovente viagem ao Cubal dos anos 50 transportam-nos para o âmago da vida religiosa e comunitária. Numa  vemos um grupo de jovens mulheres a caminhar, com a imponente imagem de Nossa Senhora  de Fátima a erguer-se ao fundo. A sua presença, mesmo em segundo plano, sugere a centralidade da devoção mariana na fé da comunidade cubalense. Estas jovens, com os seus olhares talvez direcionados à Virgem Maria, representam a continuidade da fé através das gerações.

A imagem final oferece-nos um vislumbre da comunidade unida numa procissão. A atmosfera de devoção e a participação de tantas pessoas indicam a profunda fé que permeava o Cubal daqueles tempos. É natural assumir que, numa comunidade com forte tradição católica, a figura de Nossa Senhora de Fátima,  teria um lugar de destaque nestas manifestações religiosas.

Estas duas fotografias, juntas, pintam um quadro do Cubal dos anos 50 onde a fé era um pilar da vida comunitária, e a devoção à Virgem Maria era uma parte integrante da sua identidade religiosa.

Ajudem na identificação. 

Imagem 2

 

Também faz parte da história 

Memórias do Cubal nos Anos 50: O solene momento da Crisma (Parte 2)

Imagem 1 : Reconhece-se as manas Dora Vilar e Luisa Vilar... quem  reconhece ? 

Continuamos a desvendar as memórias do Cubal dos anos 50, estas  fotografias transportam-nos para um momento particularmente solene: a Crisma. Vemos um grupo de jovens, na sua maioria meninas, elegantemente vestidas de branco, com os seus delicados véus e coroas de flores. Os seus rostos, embora jovens, refletem a importância e a solenidade deste passo na sua vida religiosa.

As mãos juntas em oração e o olhar compenetrado destas crianças evocam a pureza e a fé que marcavam estas cerimónias. Ao seu lado, observamos a presença atenta de adultos, provavelmente os padrinhos e familiares, que desempenhavam um papel crucial no acompanhamento e apoio espiritual destes jovens.

Imagem 2

Imagem 3

Imagem 4
Estas imagens são um belíssimo retrato de uma tradição religiosa profundamente enraizada na comunidade do Cubal. Através destes rostos, podemos sentir a importância deste sacramento e a união familiar que o envolvia. 

Fiquem connosco para mais recordações emocionantes do Cubal dos anos 50!

Memórias do Cubal nos anos 50: Celebração e Fé em comunidade - (Parte 1)

Nesta época especial que antecede a Páscoa de 2025, abrimos novamente o nosso arquivo de memórias para partilhar convosco um conjunto de 10 fotografias verdadeiramente especiais, resgatadas do passado pela generosidade da Fernanda Valadas. Estas imagens são mais do que meros instantâneos; são documentos históricos que nos transportam diretamente para o Cubal dos anos 50, revelando faces, eventos e costumes de uma época que muitos de nós apenas conhecemos por relatos.
A mensagem de voz da Fernanda, que carinhosamente tentei transcrever, ilumina um pouco o contexto destas preciosidades. Falamos de momentos ligados à fé e à educação, pilares da comunidade cubalense de então.
Na primeira imagem que partilhamos (e que já nos evoca tanta nostalgia), podemos vislumbrar um evento religioso marcante. Pelas palavras da Fernanda, poderemos estar perante a solenidade da Crisma ou a tocante Procissão do Senhor dos Passos ou do Corpo de Deus. A solenidade dos participantes e o ambiente que se adivinha na fotografia convidam-nos a imaginar a importância destas celebrações para a vida da comunidade.
Mas não ficamos por aqui! As restantes  fotografias que se seguirão desvendam outras facetas da vida no Cubal daquela década e do mesmo evento. Seremos apresentados aos primeiros professores do colégio local, figuras como o Senhor Victor e a Dona Emília, cujas aulas marcaram a vida de muitos. Estas imagens serão certamente um deleite para todos aqueles que foram seus alunos e para quem se interessa pela história da educação no Cubal.


Imagem 1 : quem identifica?

O Lanche e a "Orquestra Império" nas Festividades do Cubal dos Anos 50
As festividades não eram apenas momentos religiosos, mas também oportunidades para fortalecer os laços comunitários e celebrar a vida em conjunto, ao som da música que embalava os corações cubalenses.
Têm memórias da Orquestra Império e dos seus músicos?

Nesta imagem temos oportunidade de espreitar um pequeno lanche, onde a Dona Matilde Freire, avó do Eurico, da Gina e do Nando Vaz, surge rodeada por outros rostos, incluindo o do irmão da Fernanda. Ao fundo desta cena, um detalhe curioso: o que parecem ser as barracas das festas do Cubal e os suportes onde a Orquestra Império, possivelmente a primeira orquestra local, colocava as suas pautas. Uma referência rica à vida social e cultural da época, que talvez o Hernâni Cabral (nosso Soba), filho de José Maria Cabral também músico, possa ajudar a desvendar com as suas memórias.

Cada uma destas fotografias é uma janela para o passado, um convite a recordar e a partilhar memórias. São rostos familiares, lugares que marcaram a nossa história e momentos que definiram a identidade do Cubal.

Ao longo dos próximos posts, partilharemos convosco cada uma destas preciosidades. Convidamos todos os que reconhecem nas imagens, que se lembram dos eventos retratados ou que têm histórias para partilhar sobre estas figuras e estes tempos, a deixarem os seus comentários. Vamos juntos construir esta narrativa coletiva, preenchendo as lacunas do tempo com as nossas memórias.

Quem se (re)vê nestas fotos? Que histórias estas imagens vos trazem à memória? Partilhem connosco esta viagem no tempo!

Fiquem atentos às próximas publicações e preparem-se para uma dose de nostalgia e de reencontro com o passado glorioso do nosso Cubal!


texto : ruca

imagens: Nanda Valadas

NB. Caso verifiquem necessidade de correção de algo no texto, agradeço nota. 

15 abril 2025

Uma viagem no tempo à Barragem do John - Cubal: rostos da amizade nos Anos 50

António Valadas, Cunha e José Maria Cabral e.... ? quem identifica?
    Hernani Cabral, disse:
" O de boina à frente, é o meu tio Joaquim Cabral, atrás Antônio Valadas, atrás de capacete é o Aires da Silva irmão do cele Aires Careca, segundo à esquerda com a mão no ombro do sr. Valadas, parece -me o pai da Gena Queirós, o meu pai José Maria Cabral, de camisa aos quadrados, o senhor careca conhece-o mas não me lembro o nome. Os outros dois á frente dele não conheço. Tenho comigo umas 7/8 fotos tiradas na mesma altura onde aparecem outros Cubalenses. Foram-me cedidas pelo Aires da Silva aqui identificado."

Chico Valadas, disse ( nos comentários abaixo):  reconheço o Cabral e tio do Hernani, sr Eduardo pai da Maria Eugénia Queirós e o Zé ilhéu, além de meu pai e sr Cunha. 

Madalena Lage Santos, disse:
À direita, sentado de calções e meias altas, é o meu falecido pai, o Lage eletricista. Lembro me de todos !!! 

Esta fotografia, capturada nos anos 50, é um tesouro que congela no tempo um momento de pura cumplicidade junto à majestosa Barragem do John. Entre as rochas e o murmúrio da água, vemos um grupo de amigos — António Valadas, Cunha e José Maria Cabral — cujos sorrisos descontraídos e poses naturais contam histórias que as palavras muitas vezes não alcançam.

A imagem, embora parcial (com alguns rostos no topo cortados pelo limite da fotografia original), respira a essência de uma época em que os encontros eram celebrados com simplicidade e a paisagem servia de testemunha silenciosa. As roupas clássicas, os chapéus despretensiosos e a cascata ao fundo pintam um retrato nostálgico, onde a engenharia humana e a beleza natural se harmonizavam.


Eis o desafio lançado a todos os guardiões da memória (aos nossos "sobas"):Quem reconhece os outros companheiros desta cena? Quem pode nomear os amigos cujos rostos ficaram à sombra do tempo? Cada identificação é um fio que tece a tapeçaria desta história coletiva, reavivando laços que o tempo não apagou.

Que esta imagem não seja apenas um registo do passado, mas um lembrete daquilo que permanece: a amizade que resiste às décadas, a beleza das pequenas aventuras e o convite eterno a olhar para trás com gratidão. Afinal, como dizia o poeta, "a vida é a arte do encontro" — e aqui, à beira da barragem, ela foi magistralmente retratada.

"Quem se (re)vê nesta foto? Quem completa a história?" Partilhem as vossas memórias e ajudem a preencher os espaços em branco desta narrativa tão especial.

Imagem: Nanda Valadas

Texto: Ruca