06 março 2025

Recreativo do Cubal: a equipa que fazia mais sucesso que as calças à boca de sino nos anos 70!


José Manuel Dias Borges, , disse:

Em pé da esquerda para a direita:

Zé Duarte, Iliaúca meu colega no Tchivinguiro, Castela, Tito, Pereira, Mendes. 

Em baixo no mesmo sentido:

 Quim, Tomás,Porto, Eusébio e Mandinho.





Deixe o seu comentário e ajude-nos a identificar todos os jogadores desta equipe histórica! E já agora, partilha connosco as tuas memórias no Cubal!
 

Cubalenses com Ana Maria Pinto

Imagem 1: Identifiquem p.f.

Imagem 2: Identifiquem p.f.

Imagem 3: Identifiquem p.f.

Imagem 4: Identifiquem p.f.

Imagem 5: Identifiquem p.f.

 

05 março 2025

Relembrando o Campeonato Provincial de Angola (tabela classificativa "Girabola" 1973): O Recreativo do Cubal e Mandinho, nosso goleador.

No espírito de preservar a memória do futebol angolano e a história do nosso querido Recreativo do Cubal, revisitamos a classificação do Campeonato Provincial de Angola "Girabola" 1973, um dos campeonatos mais marcantes da época. Esta publicação surge como uma reedição de um artigo anteriormente partilhado, no nosso blogue, em 27 de outubro de 2010 por Júlio Gil Barros e agora relembrado com a participação especial no blogue da família Mandinho.

O Campeonato Provincial de Angola de 1973 trouxe grandes momentos para o futebol angolano e para o nosso Recreativo do Cubal, que brilhou na competição. Na tabela classificativa, encontramos o Cubal disputando a liga com equipas históricas como o Sporting de Luanda, o Benfica de Benguela, o Ferroviário de Moçâmedes, entre outros.

Entre os destaques individuais, um nome sobressai:  Mandinho , figura emblemática do nosso clube e um dos goleadores da prova. O seu talento e faro de golo garantiram momentos inesquecíveis aos adeptos cubalenses, sendo reconhecido entre os melhores marcadores do campeonato.

A memória do nosso futebol vive através dessas recordações, que fazem parte da identidade e do orgulho dos cubalenses. Convidamos todos a partilharem as suas lembranças e homenagearmos juntos aqueles que marcaram o nosso passado desportivo.

Se tem histórias, fotografias ou recordações do Recreativo do Cubal, participe e ajude-nos a manter viva esta rica história no blog  Cubalense !

https://cubal-angola.blogspot.com

Classificação Geral do Campeonato Provincial de Angola "Girabola-73":

  • Clubes:  Recreativo do Cubal
  • Destaque:  Mandinho entre os melhores marcadores
  • Outros Marcadores Destacados:  Chico Gordo, Mandinho (Cubal), Gomes (Benfica de Luanda), Ferreira Pinto (Sporting de Benguela), Dudu (Benfica do Huambo)

Girabola1973, Recreativo do Cubal, Mandinho, futebol angolano, história do Cubal, Júlio Gil Barros.

Ruca

05/03/2025


Nota adicional:

Caros leitores e amigos do blog Cubal Angola Terra Amada,

Obrigado pelo interesse e às questões pertinentes levantadas sobre a designação 'Girabola 1973' na publicação do blogue. É importante esclarecer este ponto para mantermos a precisão histórica e a clareza da informação.

Como apontado nos comentários, o campeonato de futebol sénior em Angola no ano de 1973 foi oficialmente denominado 'Campeonato Provincial de Angola'. Este campeonato foi organizado pela Associação Provincial de Futebol de Angola, inserido no sistema desportivo colonial português no então território ultramarino.

A designação 'Girabola' surgiu em 1972, por iniciativa do radialista Rui Carvalho, como um termo popular para se referir ao campeonato. No entanto, em 1973, o nome oficial da competição ainda era 'Campeonato Provincial de Angola'.

A inclusão da designação 'Girabola 1973' na publicação do blog foi influenciada pela referência encontrada no artigo da revista digitalizada. Reconheço que esta informação pode gerar confusão, e agradeço a  atenção e os esclarecimentos prestados.

O objetivo do blog é compartilhar e preservar a memória de Cubal e de Angola, e sua participação é fundamental para enriquecermos este espaço com informações corretas e precisas.

Agradeço a todos os que desenvolveram para este debate construtivo e convido-vos a continuarem a partilhar as vossas memórias e conhecimentos sobre a história do Cubal e de Angola.

Um abraço a todos,

Ruca



Mandinho
Recreativo do Cubal

Testemunhos - atualização do post (05/03/2025)

Olá Cubanenses
Quem n conheceu o grande avançado do Rec.do Cubal de seu nome Mandinho. Não sei o nome próprio dele, por incrível que pareça, mas n interessa, pois foi mais um dos craques que passaram pelo Cubal e que me esqueci de anunciar na minha crónica enviada ao E. Flórido. Um dia (um domingo por acaso) jogámos contra o Atlético da Tapadinha que esteve em digressão por Angola na disputa da Taça de Portugal e esta lembrou-se de ir ao Cubal jogar com o Rec. a pedido do Valentim uma vez q o mesmo tinha o gênero a jogar nesse clube (com tradição em Portugal)de seu apelido Leitão, um bom centro avançado, por acaso. O nosso amigo Mandinho fez o 3º golo do Cubal com um tiro à meia volta, quase sobre a linha de dificuldades, q os adversários correram até ele e cumpriram-no efusivamente, dizendo-lhe, "se este golo fosse visto na Metrópole (velho termo colonial), serias faladas na rádio e TV durante mais de 1 mês. Empatamos 3-3 depois de estarmos a perder na 1ª parte por 3-0.Esta equipa estava na 1ªdivisão.
Um abraço do amigo Canais
27/12/2010



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Nome: Amandio Barbedo Pinto
E-mail: amandio_pinto79[at]hotmail.com 
Localização: Reino Unido

Olá sou filho de um apaixonado de Cubal. O meu pai era conhecido por Mandinho, trabalhava na empresa "Joaquim de Sousa" e jogava futebol no Recreativo de Cubal.
O meu pai perdeu as referências e contatos de todos os seus conhecidos, por isso prazer de dar o prazer de rever alguém desse tempo.
Ele fala-me muito da equipe de futebol que jogou em 1972/1973...
Recreativo de Cubal 1972/1973

O meu pai era avançado seu nome Mandinho, Porto, Cristina, Eusébio, TitoMachado, Mendes, Zé Maria, Quim, Dias, Telmo, Dionísio, Canais, etc...depois foi jogar para Nacional de Benguela...
Se alguém se lembrar do meu pai ou tenha alguma informação, por favor entre em contato comigo. Obrigado. amandio_pinto79[at]hotmail.com

24 de janeiro de 2011

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Olá, "Ruca"

Feliz Natal para si e sua família.

Procure algo sobre o meu Ídolo (o meu Pai) e descubra por descobrir o seu blog  (aqui neste link) . E graças a si, certamente quando o meu paizinho tiver conhecimento vai adorar rever certas fotos daqui.Um muito obrigado

Magda Barbêdo Pinto
(filha do "Mandinho")
Dezembro 2010

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Olá Ruca, 
Tenho acompanhado tudo sobre o Cubal através do teu Facebook e, a cada memória partilhada, o coração aberto de saudades. O Cubal nunca deixou de estar presente em mim, e é com enorme carinho que grava aqueles tempos tão felizes.
Lembro-me de ti ainda pequenino, e tenho guardadas na alma as melhores lembranças dos teus pais, por quem sempre tive um carinho muito especial. O Cubal foi e será sempre uma parte de nós, e sei que sente o mesmo.
Sou esposa do Mandinho, que jogou no Clube Recreativo do Cubal, e juntos compartilhamos essa nostalgia tão bonita que nos une a esta terra e às pessoas que fizeram dela um lar.
Gostaria muito de compartilhar com você estas fotografias, e dou-te de coração a minha autorização para publicar no seu blog. Que possa despertar em todos nós um pouco da emoção de reviver esses momentos inesquecíveis.
Beijinhos
Ana Maria
01 de março de 2025



Carnaval cubalense - 1968 no Clube Recreativo do Cubal

da dtªpara a esqª : Vanda Alves, Marinela Valadas, Isa Valadas, Auzenda Silva, ??, Peixoto, Milito Peixoto, ???

 
Na retaguarda : quem identifica, quem ?

Carnaval cubalense - 1970

Isa Valadas e Nando Valadas Morão

 

04 março 2025

Cubalenses- Grupo de amigos em passeio até à barragem do John - Cubal 06/12/1964

Nanda Valadas, disse:Teresa Almeida, Luís Marques Monteiro, Dolly Farinhas, Nanda Valadas, Mota Veiga, irmão do Luís M. Monteiro, João Camilo Farinhas e Toninho Valadas foi o fotógrafo e não está nesta foto.
Imagem 2: idem
Imagem 3: idem
Imagem 4: idem

Cubalenses -Regresso do tanque da Fazenda Elisa - janeiro de 1966

Com a ajuda da Nanda Valadas: Álvaro Carvalho, Luís Lírio, Toninho Valadas, Marília Moreira,Vitor Rodrigues (hotel), Anabela Espinha, Gina Valadas, Tucha, Locas, Becas, Dolly Farinhas, Teresa Almeida, Zezito (filho da Tucha), Nanda Valadas e Elga Valadas.

 

Desporto no Cubal - Corrida de bicicletas - Finais dos anos 40

Quem reconhece, quem?

 

Desporto no Cubal anos 50 - Equipa de basquete masculina

Vilar, Brito, Arnaldo Nunes
Quem identifica?
 da Esq para a dtª
 em cima :
em baixo :

 

Cubalenses - Anita Valadas - em traje de chita - ano 1963

Anita Valadas - em traje de chita
O 1º Prémio valeu um belo pote chinês

 

Cubalenses -Graciete Neves (Laranjeira) - anos 50

Graciete Neves (Laranjeira)  

 

Cubalenses - Irene Santos (Barbosa) anos 50

Irene Santos (Barbosa) anos 50

 

Cubalenses - Odília Neves Borges - anos 50/60

Odília Neves Borges - anos 50/60 

 

Cubalenses - António Valadas e Mário Paulo

Legenda :_____ Ano _____

 

Memórias do Cubal: A ponte aérea para o Colégio Paula Frassinetti e a busca pela excelência educacional (Anos 40/50/60)

Estas fotografias, gentilmente cedidas por Fernanda Valadas, transportam-nos para um tempo em que o Cubal era um ponto de ligação crucial para as famílias da região. Nas décadas de 40, 50 e 60, o avião conhecido como "barriga de jinguba" provavelmente um Dakota Douglas DC-3  ou um C-47 Skytrain  (a versão militar do DC-3)  e um outro aterrava no campo de aviação do Cubal, para transportar os alunos, filhos de fazendeiros e comerciantes abastados, que frequentavam o prestigiado colégio Paula Frassinetti, em Sá da Bandeira (atual Lubango).  

Naquela época, Paula Frassinetti foi considerada o melhor colégio de Angola, um colégio de mães, e muitas famílias do Cubal e arredores optaram por internar seus filhos, em busca de uma educação de excelência. A aterragem do avião no Cubal era, portanto, um evento marcante, um momento de reencontro e de festa. O campo de aviação transformou-se num local de convívio, onde se celebraram os laços familiares e comunitários.

As fotografias capturam uma atmosfera vibrante desses momentos. Vemos o avião provavelmente na chegada dos alunos, felizes por regressarem a casa para as férias, e as famílias, ansiosas por os receberem. 

Imagem 1) CAMPO DE AVIAÇÃO DO CUBAL -  Dado que a foto tirada em Angola nos anos 50, é possível que seja um  Dornier Do 27  ou  Dornier Do 28 , usado frequentemente em regiões africanas pela sua robustez e capacidade STOL (decolagem e pouso curtos). Outra possibilidade é o  de Havilland DH.114 Heron , que também operou na África nessa época. Ajudem se souberem. Ruca



Nas 2 fotografias a seguir, vemos a família Valadas junto ao avião, prestes a embarcar (ou a chegar), um momento de despedida (ou de recepção) e de expectativa.

Imagem 2)  Toninho Valadas, Olga, Lisete, Chico, Anita e Nanda 

Douglas DC-3 ou um C-47 Skytrain (a versão militar do DC-3) Este modelo foi amplamente utilizado em Angola e noutras colónias portuguesas nos anos 40, 50 e 60, tanto para transporte civil como militar. Empresas como a  DTA (Divisão de Transportes Aéreos, precursora da TAAG)  usavam o DC-3 para ligar diversas localidades angolanas.    
  • O motor radial com hélice de duas pás, característico do  DC-3 .
  • O formato da fuselagem e a posição da asa baixa.
  • O trem de pouso fixo com carenagens laterais, um traço clássico do DC-3.
  • Imagem 3) ajudem na legenda da imagem

    Entre as alunas podemos destacar a irmã da Fernanda, Olga Valadas, Amélia Guerra, e outros jovens como Fernanda Souza, Juca Queiroz (?) entre outros (recordem os nomes no comentários). 

    E nesta fotografia vemos os alunos já no internato de Paula Frassinetti, o ambiente escolar de um dos melhores colégios de Angola.

    Imagem 4) ajudem na legenda da imagem


    Imagem 5) ajudem na legenda da imagem

    Os aviões "barriga de ginguba" eram fretados pelas pessoas com mais posses, que podiam ser fazendeiros ou comerciantes com um nível de vida razoável. A viagem de avião, embora emocionante, não era isenta de perigos. A Fernanda recorda que, por vezes, o avião fazia escalas noutros locais, como na Ganda, para deixar passageiros. Infelizmente, a década de 50 também ficou marcada por um acidente de aviação na Serra [nome da serra, se possível Leba?], onde o piloto (Rosa ou Rolas) perdeu a vida. 

    À parte:

    Naquela época, a educação era uma prioridade para as famílias cubalenses. As meninas eram enviadas para o Colégio Paula Frassinetti, em Sá da Bandeira, enquanto os rapazes frequentavam o Liceu Alexandre Herculano, em Nova Lisboa (atual Huambo), um dos melhores liceus de Angola. Alguns jovens também optavam pelo Seminário de Luanda, que se equiparava aos melhores colégios do país. Vários jovens cubalenses, como Bibito Guerra, Celso Faria (filho), Toninho Valadas, Hamilton Ferreira e outros, estudaram nestas instituições como internos. Os cubalenses primavam por dar cultura aos seus filhos, naquele tempo.

    Estas fotografias são um testemunho valioso da história do Cubal e de Angola, um retrato de um tempo em que a ligação entre as comunidades era feita por aviões que rasgavam os céus, transportando sonhos e esperanças.

    Convidamos todos os cubalenses e amigos do Cubal a partilharem as suas memórias e a ajudarem-nos a identificar as pessoas presentes nas fotografias e a corrigir alguma imprecisão do texto ou completar o mesmo. Juntos, vamos construir um mosaico de recordações que nos permita preservar a história da nossa terra.


    Um Tributo ao Cubal: 

    Imagens e recordatório: Fernanda Valadas;

    Texto: Ruca


    02 março 2025

    O arquivo do Cubal: O Recreativo em campo, a Paixão na bancada (Mandinho e Ana Maria Resgatam a História do Cubal)

    Vamos identificar: 
    Em pé
    Em baixo (da esquina para dta)

     Recreativo do Cubal: A Glória dos Anos 70 em Imagens

    Estas imagens, preciosidades resgatadas do baú de memórias do Mandinho e da Ana Maria, transportam-nos diretamente para os vibrantes anos 70, a época dourada do Recreativo do Cubal. Cada fotografia é um testemunho da paixão que unia a comunidade cubalense em torno do seu clube.

    Vemos aqui o Recreativo em formação, a garra dos jogadores, a emoção estampada nos rostos. Conseguimos quase ouvir os gritos de incentivo da bancada, a alegria contagiante que se espalhava pelo ar a cada golo, a cada vitória.

    O Mandinho, craque de outros tempos, partilha connosco este tesouro, permitindo-nos reviver momentos de pura magia. Agradecemos profundamente ao Mandinho e à Ana Maria por este presente, por nos darem a oportunidade de recordar e celebrar a história do nosso Recreativo.

    Que estas imagens inspirem as novas gerações a valorizar o legado do nosso clube, a honrar os heróis do passado e a construir um futuro ainda mais glorioso para o Recreativo do Cubal.

    Apelo aos Cubalenses e Amigos do Cubal:

    Convidamos todos os cubalenses e amigos do Cubal a juntarem-se a nós nesta viagem ao passado!

    • Comentem: Partilhem as vossas memórias, as vossas histórias, as vossas emoções.
    • Identifiquem: Ajudem-nos a identificar todos os jogadores, a equipa técnica, os dirigentes presentes nas fotografias.
    • Datem: Se possível, ajudem-nos a determinar o ano exato em que estas fotografias foram tiradas.
    • Enriqueçam: Partilhem quaisquer outros comentários, informações ou curiosidades que possam enriquecer este post e a história do nosso Recreativo.

    Juntos, vamos manter viva a chama da paixão pelo nosso clube, pelo nosso Cubal, terra amada!

    Ruca

    01 março 2025

    O Recreativo do Cubal: Memórias de um tempo dourado

    Da esq para a direita:
    Em pé:
    em baixo: 

    As imagens que a Ana Maria e o Mandinho nos enviaram são verdadeiros tesouros, cápsulas do tempo que nos transportam para a época de ouro do Recreativo do Cubal. Apesar da qualidade das fotografias, a emoção que delas emana é palpável, quase como se pudéssemos ouvir os ecos dos aplausos e os gritos de golo que enchiam o ar.

    O Mandinho, com os seus golos magistrais, era um dos heróis daquela equipa, um símbolo da paixão e do talento que pulsavam no coração do Cubal. Mas ele não estava sozinho. Quem mais se recorda dos restantes  jogadores e eq técnica que partilhavam o relvado com ele? Quem consegue identificar os rostos que, lado a lado, construíram a história do nosso clube?

    Este é um convite à memória coletiva, um apelo aos cubalenses de todas as gerações para que nos ajudem a reconstituir este mosaico de recordações. Cada nome, cada rosto, cada história é uma peça fundamental para entendermos a grandeza do Recreativo do Cubal.

    Naqueles tempos, o futebol era mais do que um jogo; era um elo que unia a comunidade, um motivo de orgulho e de celebração. O Recreativo do Cubal era a nossa bandeira, o reflexo da nossa identidade e da nossa força.

    Que estas imagens e as memórias da Ana Maria e do Mandinho sirvam de inspiração para que possamos resgatar e preservar a história do nosso clube, para que as futuras gerações possam conhecer e valorizar o legado dos nossos heróis.

    Juntos, vamos manter viva a chama do Recreativo do Cubal!

    28 fevereiro 2025

    Cubal, terra de talentos: O desporto em destaque no Jornal de Benguela

    Este artigo de 27.03.1969 resgata a memória de um tempo em que o desporto cubalense pulsava com vitalidade e paixão. O entusiasmo de Novais da Silva (que já havia residido no Cubal)  ecoa até hoje, inspirando-nos a valorizar o potencial desportivo da nossa terra e a cultivar o espírito de união que ele tão bem descreveu. Que a história do Recreativo do Cubal e de suas atletas talentosas nos inspire a construir um futuro ainda mais promissor para o desporto cubalense.
    Texto: Ruca
    Acervo : Fernanda Valadas

    "Por mais de uma vez nas colunas deste jornal e de outros órgãos da Informação da Província, ventilámos a possibilidade do Cubal estar presente na vida Desportiva em que se integra.

    O facto, de por várias vezes termos sido residentes da terceira cidade do Distrito de Benguela, tem-nos proporcionado a oportunidade de aquilatarmos do valor desportivo do Cubal. Portanto, foi com grata satisfação que lemos a notícia que este jornal publicou numa das suas últimas edições, de que o Clube Recreativo do Cubal ia participar com uma equipa sua, no campeonato distrital e até possivelmente no torneio de Abertura, que terá início no próximo domingo.

    Do valor e possibilidade do Cubal, nunca duvidámos. Rapaziada esfuziante e que gosta da sua terra não lhe falta. Gente com capacidade para orientar o seu Desporto, também felizmente por lá existe. E não é só em futebol, que a cidade do Cubal pode estar presente nas provas do seu distrito. Também em outras modalidades o Cubal pode ter presença válida e valorosa, e daqui estamos a recordar uma equipa de basquetebol feminino, que começámos a germinar naquela cidade, e onde se estavam a revelar jogadoras de muito apreciável nível técnico. Podemos afirmar que moças como Fernanda Silva, Fernanda Valadas, Lília, Rosa e outras de que de momento não temos presente os seus nomes, seriam valores positivos do nosso basquetebol feminino, se lhes fosse dada oportunidade de competirem a sério, em provas oficiais.

    Mas o assunto, agora não é basquetebol, mas sim futebol, o desporto das multidões. O Recreativo vai dar o arranque. A cidade do Cubal tem o dever de estar presente no campeonato do seu distrito e como tenacidade não falta às gentes cubalenses, por que não na prova máxima da Província?

    Porém, faço daqui um pedido a todos os cubalenses. Nada de politiquices clubistas. Uma equipa, mas válida. Neste caso, que envergue a camisola do Recreativo, mas que para além de simples equipa de clube, seja a verdadeira representação de uma cidade, estuante de vida e de querer. Nada de dispersão de valores. O Recreativo deu o pontapé de saída. Que todos os cubalenses se juntem em volta da bandeira do mesmo. Se todos forem unidos e derem o seu contributo sincero, desde já podemos afirmar: temos equipa para largos voos.

    Portanto, amigos do Cubal: corações ao alto e lembrem-se do velho ditado: «A união faz a força».

    NOVAIS DA SILVA"



    27 fevereiro 2025

    Chove lá fora, mas brilhas em mim, pai Raúl

     

    Hoje, 27 de fevereiro de 2025, o meu querido pai Raúl faria 91 anos. Partiu em abril de 2020, no meio da pandemia, sem a assistência que merecia, deixando em mim uma dor que não passa, uma ausência que não se apaga.

    Nesta fotografia, vejo mais do que uma imagem: vejo o amor, a proteção e a força do meu herói. O homem que me acompanhou, que lutou por mim, que me ensinou o valor da vida e do amor incondicional.

    Hoje, chove em Lisboa, tal como chovia no dia 6 de abril de 2020, quando o céu também chorava a sua partida. Mas, apesar da tristeza, guardo no coração as lembranças, o carinho e a certeza de que este amor nos une para sempre.

    Feliz aniversário, meu pai. Continuas vivo em mim.

    Rui Gonçalves (Ruca)

    A Tribo Muhanha da Fazenda Caviva: Um património cultural inestimável

    As imagens da tribo Muhanha capturadas na Fazenda Caviva, naquela época propriedade de António Valadas, são um testemunho vibrante das tradições e costumes que moldam a rica tapeçaria cultural de Angola. Estas fotografias, focando nos jovens durante a iniciação da adolescência, revelam um rito de passagem profundamente significativo na vida da tribo.

    Uma imagem em particular destaca-se: uma jovem Muhanha com adornos intrincados nas tranças. Estes adornos não são apenas enfeites estéticos; são símbolos carregados de significado cultural, refletindo a identidade e a herança da tribo. Outra foto mostra um grupo de pessoas em pé, provavelmente durante uma reunião comunitária, com várias outras figuras ao fundo, vestindo diferentes tipos de roupas, incluindo chapéus e jaquetas.

    Noutra imagem, vemos um grupo de  pessoas, algumas sem camisa, num ambiente rural ou tribal, sugerindo um contexto cerimonial. A estrutura de palha ao fundo reforça o cenário de aldeia. Além disso, há uma fotografia de indivíduos de costas, vestidos com trajes tradicionais, incluindo cocares e saias em camadas, participando numa atividade comunitária.

    Uma das fotos mais tocantes mostra um grupo de pessoas, algumas com coberturas para a cabeça e outras carregando itens nas costas, em um cenário natural. Este momento congelado no tempo é um vislumbre da vida diária e das interações sociais dentro da tribo.

    António Valadas, com a sua paixão por história e geografia, conseguiu capturar estas nuances etnográficas com uma sensibilidade e compreensão raras, contribuindo imensamente para a documentação visual da cultura Muhanha. Infelizmente, a transição de Angola para Portugal trouxe consigo uma perda incalculável. Muitas das imagens capturadas por António Valadas foram destruídas pela chuva, privando-nos de um património cultural que seria inestimável. No entanto, as fotografias que sobreviveram, partilhadas generosamente pela filha Fernanda Valadas,  continuam a servir como janelas preciosas para um passado culturalmente rico e diversificado.

    Estas imagens não são apenas registros visuais; são narrativas silenciosas que falam de um mundo de tradições, de histórias não contadas e de uma identidade coletiva que resistiu ao tempo e às adversidades. Cada fotografia é uma homenagem à resiliência e à beleza da tribo Muhanha, e ao olhar atento de António Valadas, cujo legado fotográfico continua a inspirar e a educar.

    Nota do autor: caso seja verificado alguma incoerência histórica ou outra, no texto que publico, queiram por favor dar-me nota. Obrigado  Ruca

    Fotos: família Valadas 

    Pesquisa em várias fontes online e livros/ Texto:  Ruca

    foto1 




    Foto 2

    foto 3



    foto 4

    foto 5