Hoje, abrimos o nosso baú de memórias para revisitar uma noite de puro brilho e entretenimento no nosso querido Cubal. Estas imagens, que presumo serem de um Espectáculo de Variedades, realizado em 11 de julho de 1962, trazem-nos a vivacidade e o glamour dos palcos que, por vezes, visitavam a nossa vila.
Ao observar as fotografias, somos transportados para a atmosfera efervescente daquele dia. Vemos artistas com figurinos elaborados e cheios de brilho, em palco, a atuar para o público cubalense. A presença das bandeiras nacionais de Portugal e do Brasil visíveis numa das imagens leva-nos a crer que se trataria de artistas brasileiras/os.
E foi precisamente o nosso querido Rodrigo "Bibito" Guerra que, com a sua memória prodigiosa, nos lançou mais luz sobre este evento! Segundo o Bibito, "Pelo jeito, são fotos de um 'teatro de revista' que o Giusepe Bastos levava do Brasil para Angola, com grande sucesso. Era uma apresentação de quadros soltos, com piadas, músicas e muitas mulheres.".
Este esclarecimento do Bibito é fundamental e faz todo o sentido, pois Giuseppe Bastos (Lisboa, 8 de dezembro de 1911 — Lisboa, 11 de abril de 1975) foi, de facto, um notável empresário e produtor teatral português. Dedicou a sua vida ao teatro, explorando diversos espaços em Portugal, como o Parque Mayer, o cine-teatro Capitólio, e em sociedade com Vasco Morgado, os teatros Variedades e Maria Vitória. A sua atividade teatral estendeu-se para além-mar, com produções em locais tão diversos como os Açores, Moçambique, África do Sul, Brasil e, claro, Angola. Foi responsável pela vinda a Portugal de grandes artistas estrangeiros, incluindo muitos do Brasil, o que reforça a ideia da presença de artistas brasileiros no Cubal, como sugerido pelas bandeiras.
Este espetáculo terá sido, sem dúvida, um momento alto na vida social do Cubal, trazendo um pouco do glamour dos grandes palcos para a nossa vila.
Um agradecimento muito especial à Olga Viana pela generosa partilha destes documentos históricos tão vívidos, que nos permitem revisitar momentos importantes vividos pelo seu saudoso marido, José Martins Viana, e por toda a comunidade. Agradecemos a quem nos ajuda a manter estas memórias vivas.
Peço a todos os cubalenses que se lembrem deste espetáculo – ou de outros do género – que partilhem as suas recordações e comentários. As vossas memórias são essenciais para enriquecer a nossa história coletiva.
Obrigado, Ruca



No seguimento do comentário do Bibito, relembra-se quem foi:
Giuseppe Bastos (Lisboa, 8 de Dezembro de 1911 — Lisboa, 11 de Abril de 1975) foi um empresário e produtor teatral português.
Dedicou toda a sua vida à causa teatral e explorou, no Parque Mayer, um teatro desmontável no recinto onde mais tarde foi criado o Estádio Mayer para a actividade desportiva de luta e boxe.
Também explorou o cine-teatro Capitólio e de seguida, em sociedade com o seu colega Vasco Morgado, os teatros Variedades e Maria Vitória. Quando explorava este último teatro, a morte veio-o a surpreender.
Teve enorme actividade teatral, com produções no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, no Teatro Avenida de Lisboa e em diversos Teatros nos Açores, Angola, Moçambique, África do Sul e Brasil. Foi responsável pela vinda a Portugal de grandes artistas estrangeiros, nomeadamente do Brasil, de Espanha e França. Com Eugénio Salvador, produziu grandes espectáculos de revista no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.. in Wikipédia



Pelo jeito, são fotos de um "teatro de revista" que o Giusepe Bastos levava do Brasil para Angola, com grande sucesso. Era uma apresentação de quadros soltos, com piadas, músicas e muitas mulheres.
ResponderEliminarObrigado Bibito pela excelente colaboração relembrando aos mais cacuenjes, que nada se lembram destes momentos históricos da nossa Cidade.
ResponderEliminarContinue por favor a enriquecer este nosso espaço, com os seus comentários conhecedores.
abraço
Ruca
EU TENHO FOTOS DO GIUSEPPE BASTOS E DOU.
ResponderEliminaro meu contacto é
ResponderEliminarsapatinhovermelho@gmail.com