Apesar da baixa qualidade da imagem disponibilizada, é com grande entusiasmo que partilhamos hoje um documento histórico notável, cedido gentilmente pelo António Freitas de Oliveira. Trata-se de um artigo de revista, com o título expressivo "CUBAL vai ser sede de concelho e deseja também uma agência do BANCO DE ANGOLA", que nos transporta diretamente para um momento crucial na história do nosso vibrante Cubal.
Uma época de otimismo e evolução
O texto, provavelmente publicado num período de pré-elevação ou pouco depois da crise do preço do sisal, capta na perfeição o espírito de luta e a ambição dos habitantes de Cubal. A "aspiração máxima" da povoação era clara: ascender à categoria de vila e sede de concelho.
🌿 Cubal, a “Sisalândia”: O artigo destaca o papel de Cubal como um dos maiores produtores de sisal de Angola – uma designação que a ligava intrinsecamente à sua economia agro-pecuária e aos seus "férteis terrenos".
A luta pelo reconhecimento
O artigo enfatiza que a elevação a sede de concelho seria a "efectivação de um sonho" alicerçado na sua crescente importância. A data de 1959 é mencionada como um ano de promessa para este passo em frente – um sonho que viria a concretizar-se. Para o registo histórico, o Cubal foi elevado à categoria de vila e sede de concelho em 14 de junho de 1961.
Os pilares do progresso desejado:
Infraestruturas: Construção de edifícios para a sede da Administração, Comissão Municipal, Fazenda, Correios, e a ampliação do Hospital.
Economia: O desejo de novas indústrias e a consolidação do setor do sisal, incluindo oficinas e armazéns.
Serviços Bancários: A necessidade urgente de uma agência do Banco de Angola, devido aos 200 km de distância até à agência mais próxima (em Benguela), demonstrando o crescente volume de transações comerciais, industriais e agrícolas.
O texto conclui com uma nota de forte confiança no futuro: "Só assim é que se compreende o progresso e só assim é que Angola caminhará para o futuro."
🏛️ Uma viagem no tempo
As fotografias que acompanham o artigo são um tesouro à parte, mostrando:
"Modernas construções" (a parte superior da imagem).
Uma "casa de arquitectura original" no Cubal (no centro).
Um edifício em construção.
Estes registos visuais são um testemunho tangível da arquitetura e do ímpeto de desenvolvimento urbano da época.
Agradecemos profundamente ao António Freitas de Oliveira por partilhar connosco esta peça de incalculável valor para a memória de Cubal. Ela recorda-nos que as cidades são feitas de sonhos e de esforços que, tal como o Cubal, procuraram e mereceram o seu lugar de destaque no mapa.
Convidamos os nossos leitores: Têm memórias, histórias ou mais informações sobre esta época do Cubal? Partilhem connosco nos comentários! Seria ótimo enriquecer esta narrativa.
Obrigado
Ruca

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