Há comentários que são mais do que comentários — são janelas abertas para o passado, fios que ligam pessoas, histórias e afectos a um Cubal que vive ainda no coração de muita gente. O António Pedro Almeida deixou-nos um testemunho precioso, cheio de nomes, memórias e caminhos familiares que atravessam gerações. Pela riqueza das suas palavras, merece ser guardado aqui, no nosso arquivo de afectos cubalenses.
📜 A memória que o António partilhou connosco
A mãe, Maria Natália, hoje com 94 anos se fosse viva, falava-lhe das festas no Cubal. O avô, Joaquim Espírito Santo Ferreira (138 anos faria hoje), foi chefe de posto no tempo em que se ergueu a igreja do Cubal, se abriu a escola onde lecionava a avó, Maria Joaquina Melo Martins (125 anos de memória). Eram dias da estrada Cubal-Ganda, das árvores alinhadas, do tempo do boi cavalo, das fazendas de sisal dos alemães — entre eles, talvez Kiskerof — e das caçadas na época da II Guerra Mundial.
O tio, João Abel Correia Martins (95 anos teria hoje), cresceu no Cubal, viria mais tarde a ser engenheiro no Banco de Crédito em Luanda e conduziu as obras para a abertura do Banco de Crédito no Cubal, onde estava o Sr. Vitor Alves. Pelo relato, conviviam famílias ligadas aos Caminhos-de-Ferro, recordando-se os Cristina, entre outros nomes que florescem como ecos de uma época de festa, amizade e construção.
Histórias que o tempo levou nos braços, mas não apagou — porque alguém as recordou. E porque agora ficam aqui escritas.
✨ Gratidão e homenagem
Ao António, o nosso profundo agradecimento pelas palavras que nos deixou, pela generosidade de memória e pelo carinho pelo CUBAL Angola Terra Amada.
Disse ele, com verdade que nos atravessa:
“Nada consegue apagar as boas memórias de uma gente digna e honrada... A amizade essa é imortal.”
Que estas páginas sejam casa para todas as histórias que merecem não cair no silêncio. Se também guarda memórias do Cubal, este é o lugar para as partilhar.
Ruca
CUBAL Angola Terra Amada
📩 Envie também a sua história
💬 Comente abaixo ou partilhe no nosso Facebook
Sem comentários:
Enviar um comentário