07 novembro 2010

Como eu vi o Cubal em 1972


1. "Semanário Sul"

2. Vistas do Cubal

Já lá vão 48 anos que, pela primeira vez passei no Cubal, foi num dia de Novembro, que não me esquece por ser o dia em que o saudoso aviador Emílio de Carvalho foi do antigo Huambo a Benguela, num avião «Caudron», com pleno êxito e, naquele tempo como hoje, os comboios quer rumo ao Leste, quer rumo a Benguela, passavam de noite. Assim o Cubal só se vislumbrava nas trevas quebradas por uma luz filtrada pelas trinchas de uma porta ou por janela aberta em casa de quem, como era hábito vinha à chegada do comboio, à espera de alguém.
3. A fachada do Edifício do Palácio da Justiça do Cubal

Notámos a falta de hortaliças, que vêm de fora, do Chinguar e outros pontos, assim sugerimos à Câmara, que junto dos seus viveiros instale uma boa horta para o abastecimento da cidade e, estamos certos que o seu rendimento daria bem para manter o seu encarregado que simultaneamente trataria dos viveiros. Era de utilidade, proveito e extasiava a vista de quem lá fosse ver e sAssim e embora voltasse a passar pelo Cubal, mas de comboio e uma vez de camioneta, só agora me foi possível ver o Cubal de dia já cidade, embora muito moça, mas garrida como todas as moças que se prezam. O Cubal é uma grande terra, que procura tornar-se uma grande cidade, o que estamos certos, num futuro muito próximo, o será.
As suas ruas e avenidas, bem delineadas, algu­mas já arborizadas, estão a preparar-se para receber o asfalto, enquanto este não vem, procura a Câmara evitar a incómoda poeira regando-as onde o movimen­to é maior.
Verificamos alguns talhões com casebres e ruí­nas, que muito desfeiam a cidade e até no topo de uma avenida uma velha casa aguardando o camartelo para que fique deveras airosa. Um problema que, estamos certos, a Câmara resolverá.
Vimos as obras da nova igreja, qual enorme barco com a sua proa bem lançada, singrando rumo ao futuro contra a descrença e, incutindo na alma e nos corações a poderosa fé em Cristo, ao lado, a velha Igreja, que a nosso ver, deveria ser conser­vada, transformando-a em Museu Regional.
De passagem vimos a fábrica de sumos de fruta. Tem o Cubal ainda o problema do abastecimento de água que em breve estará solucionado, pois foi-nos dado ver as obras de captação e construção do tanque abastecedor e as obras da respectiva conduta.
O local da captação é convidativo a um passeio e tornar-se ponto escolhido para um fim-de-semana se a edilidade colocar, com pouca despesa, umas árvo­res, uns jangos e uns bancos campestres e, vamos lá ao piquenique...
eria um estímulo para outros concorrendo assim para o barateamento das hortaliças indispensáveis às donas de casa, com a vantagem de a terem fresquinha, ao natural, e não por conservá-la nas geleiras...
Visitamos a piscina dos ferroviários e ficámos encantados pelo que lá vimos e o que será quando estiver concluída.



4. A Piscina do Ferrovia
5.O Clube Ferrovia do Cubal
Também vimos o recinto de jogos pobres do Recreativo, o Clube sensação do Distrital de 71 e que poderia estar no Provincial senão fosse... não vale a pena remexer as cinzas... Também fomos ver o seu campo de futebol, mas, tanto o recinto como o campo de futebol precisam de ser concluídos e, cremos que o bairrismo dos cubalenses e o auxílio das entidades ligadas ao Desporto não deixarão de auxiliar o Recreativo para que possa concluir as obras em curso.
6.Aspecto do campo de futebol
Passamos pelo Emissor Regional do Rádio Clube de Benguela, que não visitamos, mas que nos pareceu funcional.
Sentimos que o tempo disponível não nos permi­tisse fazer uma visita ao verdadeiro Cubal, isto é às suas actividades agro-pecuárias com base no sisal e algodão e criação bovina, o sisal foi e continuará a ser o «forte» da agricultura, tem dado muitos dissa­bores dada a incerteza do mercado, mas estamos certos que a montagem da anunciada fábrica para a sua industrialização se não remedia em parte a crise, é perspectiva para um futuro mais risonho de que as gentes laboriosas do Cubal são merecedoras para compensação da luta que vêm travando para manter o que tanto lhes custou a criar e com muitos sacrifícios vêm mantendo. Portugueses de rija têm­pera, como de resto são todos os que mourejam por qualquer dos cantos de Angola, fazemos votos since­ros pela rápida solução dos seus problemas e o novo ano lhes permita a todos quer sejam da cidade ou das «chitacas» a concretização dos seus anseios que reverterão a bem da cidade e do seu concelho.
Reportagem de Governo Montez para o "Semanário Sul"
24 de Janeiro de 1972

CUBAL ANTES

Caminho de Ferro de Benguela - Estação do Cubal

CUBAL ANTES

1.



06 novembro 2010

Fazenda Eliza no Cubal

1.
2. Ano 1962
3. Ano 1962
Cidália, Olga, Fernanda Valadas, ??, a última será a Olivia Baptista?.
4.
Hugo Xavier, José Luis Pena, Simões??, Vitor Algarvio e ???.

05 novembro 2010

Cartão de Purificação e Emídio de Lemos

Cartão de
 Purificação e Emídio de Lemos

Cartão de Viriato A. Ferreira

Cartão de Viriato A. Ferreira
Cubal, 1959

Cartão de Armando Faria (Marco de Canavezes)


Cartão de Armando Faria (Marco de Canavezes)


Cartão de José Fernando Neves, Cubal 1958

Cartão de José Fernando Neves, Cubal 1958

Convite de Casamento de Liliana Pais e Augusto de Sousa

 Alda da Silva Pais e José Pais
Têm a honra em convidar V. Exa. para o casamento de sua filha
Liliana da Silva Pais

A cerimónia terá lugar na Capela do Sagrado Coração de Jesus, do Cubal,
 pelas 16.30 horas do dia 20 de Abril de 1957
Conceição de Sousa e Joaquim de Sousa
Têm a honra em convidar V. Exa. para o casamento de seu filho
Augusto de Sousa 

Notícias dos Cubalenses e amigos do Cubal - Ângela Coelho Reis (Candimba)

Ângela Reis5 de Novembro de 2010 às 7:44
Assunto: Cubal
Olá Ruca. 
Não nos conhecemos pois saí do Cubal muito pequena com 5 anos. 
Sou filha de Ângelo Coelho (mais conhecido como Candimba) e de Maria Eduarda Martins. 
A minha irmã ( Eduarda) tinha 10 anos quando viemos embora. 
A minha mãe conhecia a tua mãe e ia ao cabeleireiro. 
Cumprimentos, 
Ângela Coelho Reis.
*** 
Olá Ângela,
Ainda bem que vieste também até ao nosso espaço. Éramos muito miúdos naquela altura. Mas lembro-me de ouvir falar dos teus familiares (Candimbas ;-)). Quando estiver com os meus pais falarei em ti. Eles lembrar-se-ão certamente.
Já sabes, o convite é sempre o mesmo. Tenta participar com alguns testemunhos familiares e não só, daquele tempo, alimentando a chama do nosso blogue.
Uma saudação amiga cubalense.
Ruca

04 novembro 2010

Testemunho de José Arménio de Almeida FONTOURA




Caro Ruca,
se permites gostaria de pedir a todos os Cubalenses que aproveitemos esta oportunidade para nos MANIFESTARMOS, escrevendo uma pequena mensagem, enviando fotos e também consultando o site http://www.cubal.no.sapo.pt/ onde podemos encontrar muitos endereços de pessoas conhecidas.

Ao José Luís Pena que tanto colaborou para a difusão de um site magnífico, não se deixe desencorajar, mas, pelo seu conhecimento e amor pelo Cubal, assim como pela riqueza de suas fotos, POR FAVOR faça renascer de novo a partilha no http://cubal-angola.blogspot.com/ a alegria de todos nós.

Também ao Henrique Faria, ao Tomané e a todos que tenham a possibilidade NÃO ABANDONEM e vamos aproveitar esta oportunidade no http://cubal-angola.blogspot.com/, colaborando e enriquecendo o mesmo, com documentos que nos recordem o Cubal.

Gostaria de me apresentar:

Chamo-me José Arménio de Almeida FONTOURA, nasci no Cubal em 14 - 7 - 1959.Meus pais, Francisco e Aurora Fontoura, eram comerciantes na Camunda , rua Diogo Cão ; casa e loja,feitas pelo senhor Fonseca). Meus irmãos são : Carmem Maria, Fernando Alberto e Elisabete.Estive no Cubal até 1981, depois fui viver para Benguela. Ainda nessa altura lá ficaram comigo no Cubal : meu tio João Alberto Fontoura (do Chissongo),Sr. Lopes e Da. Argentina ,Carlos Lopes da Jamba de baixo .Também ficaram lá: o Ricardo e o Mendes também do Jamba ,Pinto do Calenguer, D.Julia comerciante na Camunda e sua filha Adelaide (Laidita)que estudou no colégio Eça de Queiroz (e que depois foi estudar para Benguela),um familiar da D.Piedade (que ficou com o Pompilio a tomar conta das padarias),o Nascimento da Camunda,o Chico filho do falecido Gonçalves Chiputia do Bar,que está lá até hoje, o Cordeiro e o Marques da fazenda A.Pereira (Banja-Banja),a familia Aurélio,o Sr.Batalha e seu filho Domingos (Mingo).Os Rodrigues, comerciantes. Ramos das panelas …Estudei na escola primaria n°40, quando ainda existia o quartel da tropa portuguesa, depois na Escola Preparatória (salvo erro Trindade Coelho),e escola Industrial e Comercial D. Joâo II,no curso geral de electricidade. Tive como professores: na 1° , 2° ou 3° classe Carracho,3° ou 4°A filha do sr.Lopes e também o falecido Leonel (e sua famosa sabatina). Mais tarde o Engenheiro Falcão, o Maia (matematica) a Rita ( francês) Barnabé (t.manuais)….O continuo era o S.Silva.Como Colegas lembro-me de :Luis Alberto Benites de Sousa que está em Lisboa (seu pai era reformado do C.F.B.e abrira um boteco e discoteca na Camunda (Rebita), Carlos Alberto de Brito Claudio,(C.F.B.).Fernandinho,irmâo do Zé Duarte, Fernandes, Luis Filipe da Vinha Faria, Alzira Guedes Resende (que foi meu par nas danças "a barra da minha saia" e sua irmã Ana Maria. Viriato, Fátima, Anabela e irmã Delfina, Elisabete Carona, Silvino, António Albernaz ,filho de um agente da Policia, Simões filho de um escrivão do tribunal, Manecas, Leitão ( ...de bicicleta íamos apanhar esquilos na estrada da Ganda em frente ao Canjulo. Timoteo, Chipeio, André Mário Domingos, Tomané, Helder( Zé Cuzão), José Manuel da Costa e Silva , Manuel Antonio Pires Amaro da sapataria, em frente ao Zé Îlhéo(das goiabas e dos cães).Outros amigos : Teresa Canavez da Peixaria, Batista que morava perto do sindicato, Pilartes O Pratas do cinema, Céu Batista, Vitor Esteves Alves, Horacio da moagem, Seixas, a Gina Vaz, Emanuel e Kalica Alves. Portos, João do bar e ... perdoem-me dos que agora nâo me lembro. Alguns antigos amigos e colegas de meus irmãos que me recordo bem ,e ainda outros mais velhos: Clemente, Elga, Olga Valadas (o seu poema foi um dos mais bonitos que eu ja pude ler sobre Angola. Comoveu-me muito. Obrigada mil vezes). Sapatilhas, A Mena cunhada do Clanote que foi (salvo erro) ele que matou o hipopótamo no rio Cubal. Os Batalhas: Mingo ,Tanta, Pobre e Tércia. A Fatima Silva, Adozinda dos Santos Porto, Olga Faria de Sousa, Andrade, Carvalho Lopes,( filho do S.Lopes da sapataria),e tocava no conjunto do Ferrovia. Filomena Sarmento, Julio do Tipoia, Vitor Silva, Pessera, Mimi Peixoto, Boto. A Tina Carrasqueiro (que foi meu par nas danças das festas da cidade)e sua irmâ Miló, Telmo, Campanhã. China (campeâo de motocrosse e orgulho dos jovens). Clarisse, Rui Batista , Céu e sua mãe D° Rosa).Liliana Pais, Fernando Pires e o Marques da Silva do emissor regional (toco sempre e discos pedidos ;um programa feito pelos ouvintes). Sr. Guerra e seus filhos Jacinto e o Bibito( que me deu boleia no seu Citröen quando em 1975 o carro em que eu seguia para Benguela avariou perto de Catengue onde formavamos as colunas com os caixotes para Benguela). Do Vitor Alves, sobrevivente de um acidente de avião no Lobito, o Formiga que estudou na Da. Cecilia.O Paulista que tocava no conjunto. Morais Sarmento, professor,D.Cândida parteira(que eu e o Benites de Sousa fomos chamar, correndo,quando minha irmã mais nova estava para nascer.Lembro-me de outros e alguns comerciantes : Os Sousas, Candimbas, Cardosos, e Alfredo, Rodrigues, D. Piedade, o Tipoia onde sempre comprava o meu alpino. Karivera, Sr. Peixoto que animava as nossas festas, o Chiputia onde jogavamos os matraquilhos, ou o bar João, o Saraiva (rebentaram uma bomba na sua casa quando entraram os sul - africanos com a Unita). O Araujo, Almeida, Porto, Campanhãs, Aurélio, D. Julia, Albano, Fernandes, Orlando da serraçâo, Horacio da moagem (onde eu brincava as escondidas na enorme montanha de milho) e filmes, Santos Menino da outra moagem, Canavezes da peixaria, João do talho, Raul mecânico, Elsa cabeleireira, Carona mecânico e nosso campeão de corridas de motorizadas e onde meu irmão Fernando foi aprender mecânica quando saiu da D.Cecilia, (graças a isso hoje é um excelente mecânico em Vila Real ). O Cabral e Valentim da serração, o Vinhais, Pinto do Kalenguer, Clemente da pensão, Vieira da escola de condução,(foi na sua escola de Benguela que eu tirei a minha carta). O Gil da Foto Lig, o Sampaio também fotografo, os enfermeiros Duarte do C.F.B.(onde levamos de urgência minha pequena irmã quando esta foi mordida por uma cobra) e Costa do Sindicato, (que me arrancou um dente quando eu tinha 7 anos). Perto do instituto (onde também tínhamos uma casa).Carrasqueiro e seu mini-mercado, Carolino do Gerequete, Ezequiel da sapataria, Miguel barbeiro, que também tocava viola. O João do talho, O Noro e D.Isabel (faleceu há pouco tempo em Blois , França. Também seu filho Joel faleceu num acidente em Portugal quando foi de férias.) O sr.Esmeraldo Dias Pinto, Delfina e filhos que meus pais tanto desejariam saber onde se encontram . Como Jogadores do meu tempo: Porto, Morais, Mendes, Valdir, Cristina, Bibezinho, Telmo , José Maria (Pomumo), Pompilio, Quim, ... Ai que saudades !!! E as Mini -Hondas? e os Piqueniques na lagoa do Johne, na casa abandonada, no Chissongo, no rio Cubal, perto da ponte da Cassiva ou perto da ponte do C.F.B., A lagoa da Caviva, seus patos e suas sanguessugas, e as nossas festas nos clubes : Recreativo (da vila) e Ferrovia. assim como a nossa piscina. O Terra, suas hortas e sua piscina. O Chimbasse, no Tondela, na fazenda da Ruth.As caçadas de crianças, primeiro de fisgas depois de pressão de ar : as cutes, rolas, pombos-verdes, catuites, zonguinhas, bicos-de-lacre, sacajoeres ,siripipis, viuvinhas e os primeiros jogos de bola primeiro com meias e depois com bolas de borracha, que se vendiam nos comércios. os jogos de bilhas, as nossas brincadeiras de criança (hoje bem diferentes)! Ai quanta saudade !!! Penso que esta palavra é bem conhecida de todos nós angolanos e cubalenses.Assim caros amigos estarei atento a todas as vossas mensagens, e, sempre com esperança (como disse Olga Valadas : um cubalense nunca desiste! de encontrar mais cubalenses conhecidos).
Uma vez mais, caro amigo Rui, muito obrigado e boa continuação.

02 novembro 2010

Cubalenses - último dia de aulas em 1975 Liceu do Cubal

Ruca
Aqui te envio uma foto retirada da minha "Gavetinha das memórias CUBALENSES".
Foi tirada no último dia de aulas em 1975, no Liceu do Cubal.

Em cima da esqª: "Naldinho"(Arnaldo Nunes), Paula Cabecinha, Marlene Pratas de Oliveira(Filha do Jaime do Cinema),Isabel Cristina Ferraz, Aurora Boto Sérgio (minha prima e irmã do Boto e da Pauleca), Ferraz,
Em baixo da esqª : Nelo Lago Bom, Anabela Borges, "Doutor" era família do Luís Van der Kellen e Ilda Ferraz.

Convite de casamento de Ivone Duarte e José Maia - Cubal 05 de Janeiro de 1957

 Convite de casamento de Ivone Duarte e José Maia
05 de Janeiro de 1957

Convite de Casamento de Maria Idalina Antónia da Silva e Pedro Paulo Dias

 Casamento de Maria Idalina Antónia da Silva e Pedro Paulo Dias
03 de Agosto na Igreja do Cubal

Convite de Casamento de 05 de Janeiro de 1957 - Maria Helena da Silva Moreira e Manuel Aires Rodrigues

Convite de casamento
de
Maria Helena da Silva Moreira e Manuel Aires Rodrigues
realizado na Capela do Cubal em 05 de Janeiro de 1957


A Reparadora Transmontana

1. Cartão de apresentação
A REPARADORA TRANSMONTANA

2.Autocolante

Serafim Lopes & Filhos - PENSÃO VIZEU

Serafim Lopes & Filhos
PENSÃO VISEU
Caixa Postal, 120
Cubal

Fazenda Fernando Alberto, Ldª

Fazenda Fernando Alberto, Ldª 
Caixa Postal 2 * End. teleg. OFAL
Cubal -Angola

Sociedade Agrícola Kiskerhof, Lda

Sociedade Agrícola Kiskerhof, Lda
Cultura, desfibra e exportação de sisal
Cubal