Não me importo de dar a minha opinião muito pessoal, sobre o meu regresso à minha terra.
Fui a primeira vez e desde aí tenho ido regularmente. Para quê passar férias em destinos turisticos estranhos, se o posso fazer na minha terra? Acresce o facto de toda a gente falar a mesma lingua.
No entanto não é isto que a Adelaide quer saber!
A minha terra continua na mesma. Os mesmos vetustos imbondeiros, a mesma cadência de cores, o dourado das anharas sem fim, as chuvadas torrenciais e magníficas, o mesmo pôr do sol mágico no risco do horizonte. É, a minha terra continua na mesma. O mesmo mar de águas tranquilas e quentes, os mesmos maboques e mangas, as mesmas goiabas e mamões, as mesmas massarocas assadas deixando um perfume no ar.
No entanto continuo a achar que não é isto que a Adelaide quer saber!
A minha terra continua na mesma. Um povo afável, que me tratou bem por onde passei, que nunca me perguntou se eu era estrangeiro ou "pula", que me tratou sempre de igual para igual.
As nossas cidades e em particular o Cubal, estão mais gastas por tantos anos de guerra, mas isso verdadeiramente importa-me pouco, face à importância de tudo o resto, porque tudo é recuperável com tempo e paciência.
Posso ser assaltado em Luanda, roubado no Lobito, posso ser insultado em qualquer sítio, mas verdadeiramente é muito mais perigoso, visitar S. Paulo ou o Rio de Janeiro ou Nova Iorque ou Pequim, ou Amsterdão.
Acho que era isto que a Adelaide queria saber!
O meu conselho é que toda a gente deve cumprir os seus sonhos sem medo de desilusões. Um dia, havemos de subir, como se diz na nossa terra e, nessa altura nenhum sonho já será possível.
Um abraço
Henrique
Fui a primeira vez e desde aí tenho ido regularmente. Para quê passar férias em destinos turisticos estranhos, se o posso fazer na minha terra? Acresce o facto de toda a gente falar a mesma lingua.
No entanto não é isto que a Adelaide quer saber!
A minha terra continua na mesma. Os mesmos vetustos imbondeiros, a mesma cadência de cores, o dourado das anharas sem fim, as chuvadas torrenciais e magníficas, o mesmo pôr do sol mágico no risco do horizonte. É, a minha terra continua na mesma. O mesmo mar de águas tranquilas e quentes, os mesmos maboques e mangas, as mesmas goiabas e mamões, as mesmas massarocas assadas deixando um perfume no ar.
No entanto continuo a achar que não é isto que a Adelaide quer saber!
A minha terra continua na mesma. Um povo afável, que me tratou bem por onde passei, que nunca me perguntou se eu era estrangeiro ou "pula", que me tratou sempre de igual para igual.
As nossas cidades e em particular o Cubal, estão mais gastas por tantos anos de guerra, mas isso verdadeiramente importa-me pouco, face à importância de tudo o resto, porque tudo é recuperável com tempo e paciência.
Posso ser assaltado em Luanda, roubado no Lobito, posso ser insultado em qualquer sítio, mas verdadeiramente é muito mais perigoso, visitar S. Paulo ou o Rio de Janeiro ou Nova Iorque ou Pequim, ou Amsterdão.
Acho que era isto que a Adelaide queria saber!
O meu conselho é que toda a gente deve cumprir os seus sonhos sem medo de desilusões. Um dia, havemos de subir, como se diz na nossa terra e, nessa altura nenhum sonho já será possível.
Um abraço
Henrique
4 comentários:
Parabéns Henrique! Mensagem bonita que transmites da nossa Terra. Estou convicto que a amiga Adelaide e todos que a lerem, mais depressa irão regressar.
Um abraço e obrigado por aceitares o desafio.
Obrigada Henrique pelo seu depoimento! Acredite que nele tudo valeu a pena ser mencionado, porque cada expressão nos transporta no tempo e no espaço... bem haja!
Se algum dia conseguir visitar a Terra Amada, onde me fiz HOMEM, mercê do contributo de tantos que hoje ainda povoam o meu pensamento, do quais não posso esquecer os meus inesquecíveis Mestres, será para satisfazer um desejo permanente e inultrapassável a que palavras como as tuas dão uma força MAIOR.
F. Matoso
Muito,mas muito obrigado por tão bonita mensagem.Mesmo só conhecendo
de nome,não me posso deixar de lem-
brar dos seus pais, que tanto me ensinaram.Um forte abraço.
Angelo Sequeira
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